sábado, 20 de dezembro de 2014

Existência de lacticínios em armazenamento privado na UE

19-12-2014 
 

 
Desde que a Comissão Europeia reabriu a ajuda ao armazenamento privado no passado dia cinco de Setembro devido ao veto russo, foram solicitadas 20.520 toneladas de manteiga e 14.335 de leite desnatado em pó.

A maioria das ofertas de manteiga procedem da Irlanda e dos Países Baixos, enquanto do leite desnatado em pó (LDP) deriva da Alemanha. As quantidades de manteiga e LDP disponíveis em armazenamento têm vindo a diminuir a longo do mês de Novembro, devido à descida da produção de leite por motivos sazonais.

A ajuda ao armazenamento privado de manteiga e LDP vai manter-se aberta até 28 de Fevereiro de 2015. Para o queijo foi derrogada a 13 de Setembro devido ao aumento desproporcionado das ofertas por parte de países não exportadores de queijo para a Rússia. Nos 18 dias de abertura do regime, foram oferecidas 100.803 toneladas de queijos, grande parte das quais provenientes da Itália.

Fonte: Agrodigital


Celorico da Beira premeia melhores couves de Natal cultivadas no concelho

19-12-2014 
 

 
Cerca de 40 agricultores de Celorico da Beira são esperados na IV edição do Concurso de Couves de Natal, a realizar, no sábado, pela União de Freguesias de São Pedro, Santa Maria e Vila Boa do Mondego.

«Já temos 30 agricultores inscritos, mas, como aceitamos inscrições no próprio dia, o número de participantes irá aumentar. Eu estou a apontar, no mínimo, para 40 concorrentes», disse hà agência Lusa o autarca José Rocha.

O evento que divulga a couve, um produto integrante da ementa natalícia, vai decorrer a partir das 09:00 horas na Praça da República, na vila de Celorico da Beira, distrito da Guarda, e tem o apoio da câmara municipal.

O presidente da União de Freguesias de São Pedro, Santa Maria e Vila Boa do Mondego referiu que entre os inscritos encontram-se «meia dúzia de filhos de agricultores», o que revela o interesse dos jovens pelo evento.

Para incentivar os mais novos a apostarem na agricultura, o concurso também inclui a atribuição de dois prémios surpresa aos horticultores mais jovens, segundo a organização.

José Rocha disse à Lusa que o IV Concurso de Couves de Natal pretende, para além de distinguir os produtores das melhores couves cultivadas no concelho, chamar a atenção dos habitantes para a importância do sector agrícola.

«O concelho de Celorico da Beira tem atualmente meia dúzia de produtores de hortícolas», apontou o autarca, lembrando que nos anos de 1960/70, existiam várias dezenas de horticultores que vendiam os seus produtos em feiras e mercados dos concelhos de Guarda, Trancoso, Fornos de Algodres, Gouveia e Pinhel, entre outros.

O concurso vai premiar as dez melhores couves de Natal, de acordo com um regulamento que avalia padrões relacionados com o peso, o diâmetro e o aspecto, disse José Rocha.

No final do concurso, que tem participação gratuita, as couves serão oferecidas aos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira, tal como aconteceu no ano anterior. O programa do evento inclui, pelas 10:30, a avaliação dos exemplares pelo júri, seguindo-se, às 11:00, a divulgação dos vencedores e, pelas 12:30 horas, um almoço convívio.

Fonte: Lusa

Marcas de Distribuição continuam a perder vendas


por Ana Rita Costa
18 de Dezembro - 2014
As marcas de Distribuição perderam cerca de 4,9% em vendas entre 6 de outubro e 2 de novembro, enquanto as marcas de fabricante se mantiveram estáveis com um ligeiro crescimento de 0,1%.

 
Segundo os dados da Nielsen, os Bens de Grande Consumo sofreram uma quebra de 1,7% impulsionada, sobretudo, pela categoria Higiene Pessoal, que caiu 3% por força das MDD e das MdF, que decresceram 3,2% e 2,9%, respetivamente.

Também a Alimentação manteve a tendência negativa, registando um decréscimo de 2%, perdas que se devem às marcas de Distribuição, que desceram 5,7%, enquanto as MdF cresceram moderadamente em cerca de 0,7%.

Já as Bebidas recuperaram um pouco após um verão negativo, ainda que tivesse mantido uma queda de 0,9%. Nesta categoria, as marcas de Distribuição caíram 3,7% e as marcas de Fabricante sofreram uma diminuição de 0,2% nas vendas.

A Higiene do Lar foi, por sua vez, a única a crescer durante este período, com um aumento nas vendas de cerca de 1,5%, impulso dado pelo dinamismo das MdF, que cresceram 2,2%, enquanto as MDD caíram em 0,1%.

Parlamento dos Açores vai acompanhar impacto do fim das quotas leiteiras

19-12-2014 
 

 
Governo dos Açores e partidos representados no parlamento da região deram aval a uma proposta do PSD que visa promover o acompanhamento, pela Assembleia Legislativa regional, do impacto do fim do regime de quotas leiteiras no arquipélago.

A proposta de resolução do PSD propõe que a comissão parlamentar de Economia fique encarregada de «acompanhar o impacto social e económico do fim do regime de quotas leiteiras nos Açores, elaborando relatórios semestrais».

Os social-democratas pretendem que no final do acompanhamento da situação seja elaborado um relatório, que deverá ser apresentado na sessão plenária de Setembro de 2016.

Ouvido na comissão parlamentar de Economia, o secretário regional da Agricultura e Ambiente, Luís Neto Viveiros, afirmou que não vê «qualquer inconveniente» na proposta do PSD/Açores, considerando que todos os contributos são positivos.

O deputado da maioria socialista Duarte Moreira declarou que a proposta do PSD «vem no bom sentido», apesar do trabalhado que o Governo dos Açores tem vindo a desenvolver para atenuar os eventuais impactos negativos do fim do regime europeu de quotas leiteiras, a partir de Abril de 2015.

Também o deputado do CDS-PP Félix Rodrigues deu o seu aval favorável à iniciativa parlamentar. A proposta do PSD/Açores deverá ser agora votada no plenário do parlamento dos Açores.

Fonte: Lusa

INTERVENÇÃO TÉCNICA NO SISTEMA INFORMÁTICO iSIP

Informa-se que por motivos de ordem técnica o iSIP  irá sofrer uma interrupção no período compreendido entre os dias 20 e 22 de dezembro de 2014, pelo que não será possível realizar as habituais comunicações à base de dados.

Em face desta situação o sistema estará desligado pelo que o acesso à respetiva informação não será possível durante estes três (3) dias. Neste sentido, solicita-se que evite o contacto com os nossos serviços, em especial através dos canais telefónico e presencial, para qualquer pedido de esclarecimento que tenha por base a informação residente neste sistema.

Agradecemos a sua compreensão, estando certos que a presente intervenção contribuirá para que o IFAP possa no futuro servi-lo melhor.

INDISPONIBILIDADE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DO IFAP




O IFAP informa que, no âmbito de trabalhos de manutenção das bases de dados que suportam os sistemas do IFAP, algumas aplicações estarão, previsivelmente, indisponíveis nas datas a seguir indicadas, nomeadamente:

iSINGA: 7 de dezembro de 2014, no período 8h-13h
iSIP: 20, 21 e 22 de dezembro de 2014
Todos os sistemas: 11 de janeiro de 2015 (Paragem para implementação de melhoria nos sistemas)

McDonald's do Japão é obrigado a racionar batatas fritas



A McDonald's começou a limitar as suas porções de batatas fritas nas suas 3.200 lojas japonesas ao menor dos três tamanhos disponíveis, culpando a escassez de batatas processadas dos EUA.
O problema também afectou outras redes de restaurantes, enquanto uma disputa de estivadores na Costa Oeste americana repercute por todo o oceano Pacífico.
A McDonald's pediu desculpa aos seus clientes no Japão com avisos afixados nas caixas registadoras e numa mensagem no seu site local.
«Como actualmente estamos a ter dificuldade na aquisição das batatas fritas McDonald's, ofereceremos apenas o tamanho pequeno», dizia a nota no site.
A McDonald's também reduziu em 50 ienes o preço das refeições que normalmente acompanham os pedidos de batatas de tamanho médio.
O Japão é o segundo maior mercado da McDonald's, depois dos EUA, e a escassez de batata frita ocorre no encalço de outros problemas mais sérios na sua cadeia de fornecimento. Em meados deste ano, a cadeia teve que tirar os Chicken McNuggets da lista, depois de ter sido descoberto que um fornecedor na China estava a misturar carne com validade expirada nas suas entregas.
Muitos clientes passaram a evitar a rede desde então, e em Julho, a McDonald's Japan, que é parcialmente propriedade da matriz americana, suspendeu a sua previsão de lucro do ano.

"Nova" Casa do Douro tem que representar cinco mil viticultores


19 Dezembro 2014, 13:11 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

O Governo publicou regras para o concurso para a organização que irá liderar a "nova" associação de direito privado da Casa do Douro. Sem eleições não há novo organismo.
Foi publicada esta sexta-feira, 19 de Dezembro, a portaria que estabelece as regras para a elegibilidade de candidatos ao concurso do organismo sucessor da Casa do Douro, no âmbito da sua reconversão em associação de direito privado.
 
A portaria nº 268/2014 "define o procedimento de selecção da associação de direito privado, de inscrição voluntária dos seus membros, que sucede à associação pública da Casa do Douro", no âmbito da reestruturação iniciada pelo decreto-lei de 15 de Outubro passado.
 
No diploma conhecido esta sexta-feira, o Governo estabelece algumas condições para os potenciais candidatos serem admitidos às eleições. Uma delas é "ter como associados ou representar pelo menos cinco mil viticultores da região demarcada do Douro (RDD), com uma superfície de vinha da RDD superior a cinco mil hectares".
 
Para se apresentarem ao procedimento de selecção, as "associações ou federações de direito privado, sem fins lucrativos" têm que ter por objecto "a representação dos viticultores da RDD, a prestação de serviços aos viticultores e capacidade estatutária para actuar na totalidade da área da RDD".
 
O período de apresentação de candidaturas, acrescenta a portaria, "decorre de 5 a 9 de Janeiro de 2015".
 
O Governo avisa contudo, no preâmbulo da portaria publicada esta sexta-feira, que "a ausência de marcação da data das eleições para o conselho regional e a falta de eleição da comissão eleitoral, com a antecedência estatutariamente exigida, sem que este órgão tenha deliberado pela manutenção dos actuais titulares dos órgão por designar novos titulares, determinam a impossibilidade de a associação de direito privado se constituir" nos termos e prazos definidos pelo decreto de 15 de Outubro.

Região da Lezíria aposta na agricultura e agroindústria


 
 sexta, 19 dezembro 2014
Augusto Mateus liderou equipa que definiu estratéfgia para a Lezíria


Os onze municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) querem aproveitar o atual quadro comunitário de apoio (2014-2020) para transformar a região numa referência nacional e internacional no setor agrícola e agroindustrial.

O objectivo consta do documento que define a estratégia da Lezíria para os próximos seis anos, onde se aposta em quatro eixos fundamentais: competitividade e internacionalização, promoção da coesão social e da empregabilidade, requalificação e sustentabilidade territorial e modernização e eficiência dos serviços públicos

Chamado de "Estratégia Lezíria 2020", o documento foi apresentado pelo economista Augusto Mateus, que liderou uma equipa que recolheu e sistematizou o trabalho de reflexão de 19 entidades que há um ano assinaram um protocolo com a CIMLT.

Lembrando que este é o quinto programa de apoio comunitário que visa equilibrar as várias regiões da Europa, Augusto Mateus lamentou que o nível de coesão entre os vários territórios ainda não tenha sido atingido "Falta coesão territorial, social e económica", disse o especialista, referindo que estes problemas muitas vezes regionais têm de ser vistos como problemas nacionais. "Valia a pena não nos preocuparmos tanto com o dinheiro mas mais com os projetos a desenvolver", afirmou.

Trabalhar a internacionalização, trazer inovação para aproveitar os recursos endógenos no âmbito da agricultura e agroindústria, e fazer coisas novas, com abertura de espirito, são outras linhas mestras desta estratégia. "Só não se tem sucesso se quisermos ser o que não somos", completou Augusto Mateus.

A necessidade de fazer bem e aproveitar esta que pode ser uma das ultimas oportunidades de garantir fundos estruturais foi reforçada pelo administrador-executivo da CIMLT. António Torres elogiou o trabalho e os contributos das 19 entidades que colaboraram nesta estratégia e destacou a postura de diálogo franco e aberto entre parceiros. "Fomos à Nersant [Associação Empresarial da Região de Santarém] e ao Agrocluster [associação de empresas e entidades do sector agro-industrial] perguntar o que era necessário fazer", exemplificou.

 

Presidente da CIMLT alerta para problemas com a execução

Numa declaração que fez questão de definir como "para memória futura", o presidente da CIMLT, Pedro Ribeiro, também presidente da Câmara Municipal de Almeirim, manifestou a sua preocupação com a execução do atual programa de fundos estruturais.

"Espero que daqui a dois ou três anos não venham alterar os pressupostos (...) e que muitos destes fundos não tenham de ser realocados", frisou o autarca, explicando que, em seu entender há pouco dinheiro para questões fundamentais como a construção e manutenção de infraestruturas em setores-chave como a edução, indispensáveis para atingir patamares de qualidade de vida que todos pretendemos.

 

Centro de transferência de conhecimento e tecnologia

A cerimónia de apresentação da Estratégia Lezíria 2020, que se realizou esta quinta-feira, 18 de dezembro, na Estação Zootécnica Nacional, no Vale de Santarém, serviu também para a assinatura de um memorando de entendimento para a criação de um centro de transferência de conhecimento e tecnologia para os setores agrícola e agroindustrial.

A parceria envolve nove entidades: a CIMLT, a Câmara de Santarém, as universidades de Lisboa e de Évora, a Escola Superior Agrária e o Instituto Politécnico de Santarém, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Nersant e o Agrocluster do Ribatejo.

As entidades envolvidas vão definir, num prazo de 90 dias, o formato da parceria, num processo que será acompanhado pelo Ministério da Agricultura (como observador), e que deverá ter como sede a antiga Estação Zootécnica Nacional.

A Google está à procura de projectos empreendedores na área da Agricultura

O projecto Farm2050 quer apoiar start-ups na área da Agricultura, de forma a potenciar e modernizar o sector
Texto de Liliana Pinho / JPN • 19/12/2014 - 12:16

Se tens uma ideia genial na área da Agricultura, de modo a potenciar ou modernizar o sector, e por acaso estás à procura de investimento financeiro, ajuda na concretização de protótipos, acesso a canais de distribuição ou ainda uma forma de testar as novas soluções, o Farm2050 pode ajudar.
 
Lançado pelo director executivo da Google, Eric Schmidt, através do laboratório Innovation Endeavors and Flextronics Lab IX, este projecto norte-americano pretende ajudar novos empreendedores e start-ups a modernizar a Agricultura. É que nas próximas décadas, diz o site da iniciativa, a produção agrícola deverá crescer 70% para fazer face ao crescimento da população.
 
Ainda assim, as empresas agrícolas têm muitas vezes dificuldades em encontrar financiamento, problema que a plataforma Farm2050 quer ajudar a ultrapassar, apoiando e reunindo investigadores, agricultores, distribuidores e investidores com o objectivo de modernizar este sector.
 
Para apresentar a sua ideia parceiros do projecto, os jovens empreendedores só precisam de preencher o formulário de contacto e aguardar feedback.
 
Se os mentores da Farm2050 considerarem que a ideia pode ajudar a resolver o desafio da alimentação mundial, os seus autores terão acesso ao apoio do 'cluster'. "Já vimos a tecnologia a resolver desafios da humanidade, na área do ambiente, da saúde ou das finanças", lê-se no site oficial do projecto. "A missão do Farm2050 é catalisar soluções inovadoras na área da agricultura apoiando os empreendedores com os recursos necessários para construir uma indústria agrícola melhor", acrescentam os mentores da iniciativa.

Organização ambiental denuncia agravamento da desflorestação em Moçambique



A organização moçambicana Justiça Ambiental (JA) considerou hoje que a desflorestação em Moçambique continua a agravar-se, apontando a exploração ilegal de madeira, as queimadas descontroladas, a falta de fiscalização e a corrupção como principais causas.

«A exploração ilegal de madeira permanece na sua maioria impune, a corrupção é generalizada, a fiscalização é insuficiente e ineficiente e terá de passar por uma análise integrada e discussões sérias e inclusivas a vários níveis», destaca a JA, no relatório Análise do Sistema de Exploração dos Recursos Florestais em Moçambique, enviado hoje à Lusa.
De acordo com dados oficiais da Direção Nacional de Terras e Florestas do Ministério da Agricultura, citados no relatório, a desflorestação anual em Moçambique está acima dos 219 mil hectares, num país que possui uma área florestal de cerca de 40,6 milhões de hectares.
Dinheiro Digital / Lusa

«A nova soja ecológica»: Uruguai regulamenta cultivo de cannabis para uso industrial


O governo uruguaio divulgou esta sexta-feira a regulamentação do cultivo de cânhamo não psicoativo, uma planta utilizada no sector têxtil, na alimentação e na cosmética e cuja exploração foi autorizada há um ano pela lei que regulamentou o mercado de cannabis no país.
O decreto que regulamenta o uso do cânhamo permitirá iniciar este cultivo no país, o primeiro da América do Sul a autorizar o cultivo desta planta - classificada pelos seus impulsionadores como a «nova soja ecológica» - para uso industrial.
Segundo o decreto publicado no site da presidência, entende-se por cannabis não psicoativa (cânhamo) as plantas ou as suas partes que não contenham mais de 1% de tetrahidrocanabinol (THC), o componente psicoativo da substância; as sementes não poderão superar 0,5% de THC.
O controlo destes cultivos estará a cargo do ministério de Gado, Agricultura e Pesca, mas os agricultores também precisarão de se inscrever no registo da Cannabis a cargo do Instituto de Regulação e Controlo da Cannabis (IRCCA), criado na lei que regulamentou em Dezembro de 2013 todo o mercado de cannabis, desde a sua produção à comercialização.

Produção de madeira cresce pelo quarto ano consecutivo


19 DE DEZEMBRO DE 2014 AGROTEC
wooden cut textureA produção mundial dos principais produtos madeireiros continuou a apresentar um crescimento gradual em 2013 pelo quarto ano consecutivo, segundo os últimos dados publicados pela FAO.

A maioria dos tipos de produção de madeira aumentou, como a produção de pellets de madeira, mas a produção de pasta e papel estancou em 2012-13 devido, em grande parte, a uma diminuição do consumo na China, onde se publica cada vez mais de forma eletrónica, em vez de usar os processos de impressão tradicionais.

A produção madeireira em 2013 superou o nível anterior a recessão de 2007 em todos os grupos de produtos, com exceção da madeira serrada.

As regiões da Ásia e do Pacífico, América Latina e Caribe e América do Norte assistiram a uma mais rápida recuperação. Na Europa, a recuperação abrandou em 2012 e deve ainda crescer, sobretudo na Europa Ocidental e Meridional, onde a produção e o consumo cairam em 2012-2013 para alguns produtos como a madeira em rolo industrial e tábuas em madeira.

 Ler mais aqui.

XIX Congresso de Zootecnia


19 DE DEZEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

A Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica (APEZ) e a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESA-IPVC) organizarão o XIX Congresso Nacional de Zootecnia ​nos dias 16, 17 e 18 de abril de 2015, na ESA, em Refóios, Ponte de Lima.

Neste evento serão abordados temas como a Nutrição e Alimentação Animal, Melhoramento Genético, Reprodução e Bem-estar, Tecnologia Alimentar e as diferentes produções animais,abordando as questões mais relevantes ao nível de produção, comercialização e competitividade, contando para tal com a presença de oradores de renome internacional.

Tendo como referência as organizações anteriores, estimamos a presença de aproximadamente 200 congressistas no XIX Congresso de Zootecnia e esperamos que este evento seja um importante meio de contacto entre empresários, produtores, técnicos, investigadores e estudantes.

Poderá consultar as normas de submissão de comunicações clicando aqui. Para os prazos de envio, clique aqui.

Para mais informações: zootec2015@esa.ipvc.pt

Programa

16 de abril (5ª feira)

09.00 Entrega de documentação

10.00 Sessão de abertura

10.30 Lição inaugural

11.15 Pausa para café

Sessão I – Genética e Melhoramento Animal

11.30 Conferencista convidado

12.00 Comunicações livres

13.00 Almoço

Sessão II – Ruminantes

14.30 Conferencista convidado

15.00 Comunicações livres

16.00 Pausa para café e discussão de posters (Sessão I a III)

Sessão III – Tecnologia Alimentar e Valorização de Produtos Regionais

16.30 Conferencista convidado

17.00 Comunicações livres

18.30 Assembleia Geral da APEZ

20.00 Jantar (Churrasco na ESA-IPVC)

17 de abril (6ª feira)

Sessão IV – Nutrição e Alimentação

09.00 Conferencista convidado

09.30 Comunicações livres

10.15 Pausa para café

Sessão V – Outras Produções Animais

10.30 Conferencista convidado

11.00 Comunicações livres

13.00 Almoço

Sessão VI – Reprodução e Bem-Estar Animal

14.30 Conferencista convidado

15.00 Comunicações livres

16.00 Pausa para café e discussão de posters (Sessão IV a VII)

Sessão VII – Monogástricos

16.30 Conferencista convidado

17.00 Comunicações livres

Mesa Redonda

18.00 "A Zootecnia como oportunidade de investimento"

19.00 Sessão de Encerramento

18 de abril (sábado)

9.00 Visita a explorações/agro-indústria


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Um predador ameaçado


     
Sónia Balasteiro   Sónia Balasteiro, | 17/12/2014 20:46:00 3974 Visitas   
Há cerca de 300 lobos em Portugal
DR
Um predador ameaçado 
As últimas notícias de ataques a gado perto de povoações tornaram  o maior carnívoro ibérico ainda mais temido. Mas, garantem os especialistas, neste conflito antigo é o lobo que mais teme o ser humano que o deixou à beira da extinção.

O lobo 'Mouro' captado por uma câmara de vigilância durante a sua viagem de 60 km até às encostas de Santa Luzia e Serra d'Arga, em Viana do Castelo
'Mouro' andou 60 km «em linha recta» para chegar à Serra d' Arga e às encostas de Santa Luzia, a poucos quilómetros de Viana do Castelo. Conseguiu chegar a estas  montanhas em Fevereiro de 2013, após ter ultrapassado obstáculos que costumam ser mortais para a maioria dos lobos. 

Depois de ter sido expulso da sua alcateia, 'Mouro' foi obrigado a migrar. E, desde Castro Laboreiro, no Alto Minho, este lobo «atravessou todo o Vale do Vez, uma área fortemente humanizada,  passou pela A3 e, depois, pelo IC28», conta Helena Rio Maior, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/InBio) da Universidade do Porto.

'Mouro' é um dos cinco lobos ibéricos da alcateia que se instalou entre Santa Luzia e a Serra d'Arga, entre a cidade e o mar, e que, nas últimas semanas, foram notícia por atacar rebanhos nas aldeias próximas de Viana do Castelo. Os investigadores sabem exactamente por onde andou este lobo porque Mouro é um dos 15 animais marcados por telemetria desde 2007, através de um programa de monitorização da espécie executado pelo CIBIO e apoiado pela Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI). 

Mas, dos 15 lobos marcados com GPS no âmbito do programa para a conservação da espécie,  apenas nove sobreviveram durante o período de 18 meses em que foram seguidos - lamentam as organizações envolvidas na conservação do maior carnívoro português, actualmente em vias de extinção e com um território reduzido ao Norte e Centro do país.  «Já suspeitávamos que o conflito com o homem implicava taxas de mortalidade bastante elevadas para os lobos, mas nunca imaginámos que fosse tanto», lamenta Helena Rio Maior, que investiga o lobo ibérico há 12 anos, e está a realizar uma tese de doutoramento sobre a espécie.

Falta fiscalização
O primeiro lobo marcado a morrer, conta a especialista, foi abatido a tiro. Um outro morreu envenenado, dois foram capturados em laços (que os caçadores destinam geralmente aos javalis) e os últimos foram, também, abatidos a tiro: «O furtivismo é uma das maiores ameaças à conservação da espécie», nota a bióloga. 

A escassez de presas selvagens - o lobo alimenta-se de animais como o javali, o corço e o veado - é outra das grandes ameaças, nota Helena Rio Maior.

É por isso que o lobo desce às povoações: vai à procura de presas fáceis, ou seja, de animais domésticos desprotegidos. «A chave para a conservação do lobo e para uma maior protecção do gado seria uma fiscalização apertada para controlar o furtivismo, o que teria como consequência um aumento das presas selvagens e das presas silvestres», explica, acrescentando: «Um maneio do gado com métodos de protecção rigorosos permitiria diminuir os ataques aos animais domésticos e, desta forma, o conflito homem-lobo». Outra grande ameaça é a destruição do habitat natural do lobo.

Há cerca de 300 lobos
em Portugal
Mas o pior 'pesadelo' com que se deparam estes animais - sobretudo os da alcateia das serras d'Arga e Santa Luzia, a que 'Mouro' se juntou - é mesmo o ser humano. E é um inimigo devastador. Tanto que deixou o lobo em vias de extinção.

Segundo os últimos censos, já de 2002-2003, a população destes animais foi estimada em apenas cerca de 300 em território nacional. Em média, especifica Helena Rio Maior, cada alcateia tem seis  indivíduos a norte do Douro e 4,5 a sul.

As notícias sobre a aproximação deste predador às populações - apesar «de ser extremamente tímido» e «temeroso do ser humano» - não ajudaram a espécie, já de si mal-amada pelos pastores, diz, por seu lado, Sílvia Ribeiro, do Programa Cão de Gado (ver caixa): «Os lobos não são perigosos para o homem, não atacam humanos. Pelo contrário, têm medo deles», garante a responsável. 

Os lobos aproximam-se das povoações apenas para procurar alimento e «muitas vezes as pessoas confundem-nos com cães vadios». «A verdade é que, quando os prejuízos são causados por lobos, há direito a indemnização, por se tratar de uma espécie protegida», acrescenta Sílvia Ribeiro.

Os testes de ADN realizados pelo Grupo Lobo às carcaças de gado deixadas na zona de Almeida, por exemplo, mostram que, por vezes, o predador não é o lobo, mas cães vadios. 
De qualquer modo, «é importante», insiste Sílvia Ribeiro, que «os proprietários de animais voltem a ter velhos cuidados de protecção dos seus rebanhos ou manadas».


Medidas para proteger o gado

    
Sónia Balasteiro   Sónia Balasteiro, | 17/12/2014 13:10:00 689 Visitas   
Ter um cão de gado é uma das medidas mais eficazes para manter os lobos afastados das manadas e dos rebanhos.
DR
Medidas para proteger o gado

Ter um cão de gado é uma das medidas mais eficazes para manter os lobos afastados das manadas e dos rebanhos. O Grupo Lobo criou, já em 1997, o programa 'Cão de Gado', através do qual entrega aos pastores cachorros de Castro Laboreiro, da Serra da Estrela de Pêlo Curto, de Gado Transmontano e Rafeiros do Alentejo (informações em lobo.fc.ul.pt).
 

O Grupo Lobo organizou uma lista de métodos eficazes para evitar os ataques de lobos aos animais domésticos.
Outra das medidas a adoptar em territórios onde vive o lobo ibérico é a presença de um pastor junto do rebanho: contribui para diminuir o risco de predação, impedindo a dispersão dos animais e escolhendo caminhos e pastagens mais abertas, evitadas pelo lobo.

Recolher os animais durante a noite, num estábulo seguro - a noite é o período em que todos os predadores estão mais activos - é outra das precauções a adoptar.

O Grupo Lobo aconselha ainda a colocar chocalhos nos animais do rebanho ou manada. «Permite ao pastor localizá-los mais facilmente. Alguns protegem o pescoço das mordeduras de canídeos», tanto de lobos como de cães vadios.

Outra medida a adoptar passa por não deixar as vacas parir no monte. Como predadores naturais, lobos atacam as presas mais frágeis.

As vedações eléctricas também têm tido bastante sucesso para impedir os ataques dos predadores. Por vezes podem ser substituídas por vedações permanentes em rede/malha de metal com cerca de dois metros de altura, enterrada para impedir a escavação.

Na zona da Beira Alta, por exemplo, foi concluída, em Setembro de 2013, a construção de uma vedação para proteger uma exploração de avestruzes localizada no concelho de Almeida, que vinha registando ataques frequentes de lobos. Desde então, não sofreu um único ataque, tendo-se conseguido uma redução de 100% dos prejuízos, congratula-se Sílvia Ribeiro, do Grupo Lobo.

Finalmente, acrescenta a responsável, outro método bastante eficaz é a utilização de luzes e de sons para afugentar os lobos.

Medos e mitos do 'lobo mau'

Ao longo dos séculos, o lobo é um dos predadores mais marcantes dos medos humanos - de que são exemplo histórias como a do Capuchinho Vermelho. No entanto, não é perigoso para o homem, nem o ataca.

Apesar disso, é visto como ameaça à vida humana, portador de doenças míticas como a 'lobagueira' e cúmplice de fadas dos lobos.

Mas a verdade é que o lobo é um predador necessário: controla animais como a raposa e a fuinha, devoradores de lebres, e é  responsável por reduzir outros predadores, como cães vadios, e de herbívoros que atacam as colheitas.


Agricultor acusado de tráfico de pessoas


     
16/12/2014 11:36:30 665 Visitas   
Agricultor acusado de tráfico de pessoas
O Ministério Público acusou um agricultor de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, de tráfico de pessoas por alegadamente recrutar e manter sob trabalho escravo cinco pessoas durante seis anos.

O homem de 43 anos foi detido, em Junho, pela Polícia Judiciária (PJ) e encontra-se, desde então, em prisão preventiva.

De acordo com a acusação divulgada na página da Internet da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o homem foi agora formalmente acusado da prática de cinco crimes de tráfico de pessoas e de um crime de detenção de arma proibida.

O processo está a correr na instância local de Macedo de Cavaleiros e o Ministério Público considerou haver indícios suficientes de que, de 2008 a Junho de 2014, o arguido "aliciou, transportou, alojou e acolheu em sua casa, em Alfândega da Fé, cinco pessoas, para que estas prestassem para si trabalho, naquela localidade mas também em Vilarelhos, Vila Flor, Mirandela e Vila Real".

Segundo a acusação, o recrutamento foi feito "sempre mediante a promessa de remuneração que nunca cumpriu, nem pretendeu cumprir".

O Ministério Público sustenta que o agricultor retirava os telemóveis e documentos de identificação aos trabalhadores, "coarctando-os na sua liberdade pessoal e de movimentos".

O indivíduo é ainda acusado de molestar " física e verbalmente" estas cinco pessoas "para as manter sob o seu domínio e impedir que abandonassem o trabalho".

O arguido pode agora pedir a abertura de instrução do processo, em que um juiz decidirá se vai ou não a julgamento.

Na altura da detenção do agricultor, a PJ divulgou que as vítimas "viram-se forçados a trabalhar de forma não remunerada, sujeitas a condições indignas e condicionadas na sua liberdade ambulatória, perante o trato de intimidação, ameaças e agressões físicas por parte do arguido".

A investigação apurou ainda "serem frequentes diversas práticas intimidatórias e humilhantes sobre os ofendidos que consistiam em reiteradas ofensas à integridade física".

Lusa/SOL

Linces libertados podem morrer por falta de alimento


     
16/12/2014 17:33:06 2945 Visitas   
Ao início da tarde, foi libertado em Mértola um casal de linces ibéricos
DR
Linces libertados podem morrer por falta de alimento
O presidente da Federação Portuguesa de Caçadores (FENCAÇA), Jacinto Amaro, alertou para o risco que os linces ibéricos hoje libertados em Mértola correm, devido à falta de coelhos bravos, o seu principal alimento.

Os linces "estão condenados a morrer à fome" por falta de alimento, numa altura em que acontece a "pior fase" da doença dos coelhos
Ao início da tarde, foi libertado em Mértola um casal de linces ibéricos, um dos quais já nascido em Silves, que irão viver numa primeira fase num cercado e só depois reintroduzidos na natureza, naquela que é a primeira libertação de exemplares da espécie em território nacional.

Para Jacinto Amaro não estão, contudo, criadas as condições para que a reintrodução do lince na natureza tenha sucesso, uma vez que ainda não há solução para erradicar a doença que tem dizimado o coelho bravo, além do facto de grande parte dos proprietários, concessionários de zonas de caça e agentes turísticos estarem contra a medida

Para o presidente daquela federação de caçadores, quando saírem do cercado, os linces "estão condenados a morrer à fome" por falta de alimento, numa altura em que acontece a "pior fase" da doença dos coelhos.

Jacinto Amaro adiantou que em 2011 foram abatidos em caça cerca de 100 mil coelhos, no entanto, desde essa altura, houve uma mutação do vírus que ataca aquela espécie, o que agravou a mortandade dos coelhos bravos e fez com que praticamente nenhuma das zonas de caça ao coelho no concelho de Mértola tenha aberto nos anos seguintes.

"Isto só é bom para o Governo, que quer aparecer numa grande operação mediática", sublinhou, acrescentando que foi tudo feito de forma "apressada", sem o consentimento da maioria dos proprietários das herdades vizinhas àquela onde foram libertados os dois linces.

Para aquele responsável, este poderia ser um dia histórico se o Governo estivesse a anunciar uma forma de erradicação da doença que afecta os coelhos, mas, na realidade, trata-se de "pura demagogia" e de uma "operação de marketing".

Jacinto Amaro defendeu, ainda, que algum do dinheiro usado na operação devia ter sido canalizado para a realização de um estudo aprofundado sobre o estado da população de coelhos bravos e na investigação de uma possível cura para a doença.

Confrontado pelos jornalistas com estas críticas, o secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, disse que tinha sido feito um censo quinzenal da população de coelho naquele território e que os dados recolhidos indicam que a população ultrapassa actualmente o mínimo considerado necessário para se poder reintroduzir o lince.

Lusa/SOL

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Portugal tem um novo sinal de trânsito: “Atenção, linces”


RICARDO GARCIA 16/12/2014 - 07:38
Para reduzir o risco de atropelamentos, a libertação dos linces em Mértola está a ser rodeada de cuidados adicionais.


Sinal que alerta para a presença de lincesDR

O pior que pode acontecer a Katmandu e >i>Jacarandá, o casal de linces ibéricos que será libertado esta terça-feira no concelho de Mértola, numa iniciativa inédita no país, é um dia virem a ser atropelados. Este risco real é uma das maiores apreensões que envolvem o programa de reintrodução desta espécie em Portugal, que entra agora numa fase decisiva, com a libertação de dez animais nos próximos oito meses no vale do Guadiana.

"A nossa principal preocupação de facto é a questão dos atropelamentos, que é a principal causa de mortalidade em Espanha", afirma o secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto.

Outrora abundante, a espécie Lynx pardinus tinha quase desaparecido da Península Ibérica – o único lugar onde existe – ao longo do século XX, até se transformar no felino mais ameaçado de extinção em todo o mundo. Nos últimos dez anos, a sua população voltou a crescer em Espanha, através de um plano de reintrodução conjunto com Portugal.

Mas os animais regressaram a um território modificado, com mais estradas e maior circulação de automóveis. Em Espanha, o número de linces atropelados subiu de nove em 2012 para 14 em 2013, e este ano a conta já vai em 20. O último caso foi o de Ketamina, uma fêmea nascida em Portugal, no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves, e libertada em Julho passado na Extremadura espanhola. Teve apenas três meses de vida selvagem. Em Outubro, morreu sob as rodas de um automóvel, perto de Badajoz.

Para reduzir o risco de atropelamentos, a libertação dos linces em Mértola está a ser rodeada de cuidados adicionais. Um deles é a instalação de placas específicas de sinalização nas estradas da região. Na verdade, trata-se de um novo sinal de trânsito, para alertar para a presença de animais. Ao invés de um gamo ou de uma vaca, como os que figuram nos sinais já existentes, neste caso o contorno é o da face de um lince ibérico. O novo sinal, segundo o Ministério do Ambiente, já foi homologado, embora a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária tenha informado o PÚBLICO de que o processo de autorização não está ainda completamente concluído.

Os sinais foram  instalados nos pontos considerados de maior perigo, identificados a partir de registos de atropelamentos de outros animais. A preparação também inclui a limpeza das bermas, para melhorar a visibilidade dos condutores e afastar os animais da estrada.

Só dentro de algumas semanas é que os linces Katmandu e Jacarandá de facto correrão riscos. Serão soltos primeiro numa área cercada com dois hectares, onde permanecerão em adaptação até serem finalmente libertados na natureza, possivelmente dentro de um mês.

Jacarandá, a fêmea, nasceu em 2012 no centro de reprodução de Silves, uma de três crias do casal Flora e Foco. Já Katmandu, o macho, nasceu em 2013 em Zarza de Granadilla, onde fica um dos quatro centros espanhóis de reprodução de lince ibérico. Os nomes dados aos animais no programa luso-espanhol seguem uma ordem alfabética regular, com a mesma inicial para todas as crias nascidas num mesmo ano.

Por pouco os dois linces não ficam em Portugal. Há uma programação para a libertação das crias dos cinco centros de reprodução. Em Silves, já nasceram 58 e outros 28 por lá passaram, provenientes de Espanha. De todos estes, 38 foram libertados do outro lado da fronteira e 22 morreram. "Este ano havia um conjunto de animais reservado para serem soltos em Portugal. Se não fossem reintroduzidos cá, seriam em Espanha", afirma o secretário de Estado da Conservação da Natureza. "Vínhamos há meses a acompanhar a situação no terreno para ver se isto seria possível ou não", completa.

Linces no zoo
A ideia inicial era realizar a operação no princípio do Verão. Mas as populações de coelho bravo, o principal alimento do lince, não tinham recuperado da razia que a doença hemorrágica viral lhes causara no ano passado.

Em Mértola, o secretário de Estado assegura que a situação agora é favorável. "Em Agosto/Setembro, dados no terreno indicavam que na zona onde vamos reintroduzir o lince tínhamos valores superiores a 3,5 coelhos por hectare, sendo que o mínimo que está definido para podermos pensar na reintrodução são dois coelhos por hectare", explica. A temporada de caça pode ter reduzido a concentração de coelhos, mas apenas ligeiramente, segundo Miguel de Castro Neto.

Depois de Katmandu e Jacarandá, quatro outros casais serão libertados no vale do Guadiana, um a cada dois meses. Numa segunda fase, está prevista a libertação de mais linces na região de Moura-Barrancos. Só numa terceira fase, se as condições forem favoráveis, é que a mesma operação será realizada na serra da Malcata, região a que ficou associado o lince na cultura popular, devido a uma campanha pioneira pela sua preservação há quase 40 anos.

Um predador ameaçado


     
Sónia Balasteiro   Sónia Balasteiro, | 17/12/2014 20:46:00 1163 Visitas   
Há cerca de 300 lobos em Portugal
DR
Um predador ameaçado 
As últimas notícias de ataques a gado perto de povoações tornaram  o maior carnívoro ibérico ainda mais temido. Mas, garantem os especialistas, neste conflito antigo é o lobo que mais teme o ser humano que o deixou à beira da extinção.

O lobo 'Mouro' captado por uma câmara de vigilância durante a sua viagem de 60 km até às encostas de Santa Luzia e Serra d'Arga, em Viana do Castelo
'Mouro' andou 60 km «em linha recta» para chegar à Serra d' Arga e às encostas de Santa Luzia, a poucos quilómetros de Viana do Castelo. Conseguiu chegar a estas  montanhas em Fevereiro de 2013, após ter ultrapassado obstáculos que costumam ser mortais para a maioria dos lobos. 

Depois de ter sido expulso da sua alcateia, 'Mouro' foi obrigado a migrar. E, desde Castro Laboreiro, no Alto Minho, este lobo «atravessou todo o Vale do Vez, uma área fortemente humanizada,  passou pela A3 e, depois, pelo IC28», conta Helena Rio Maior, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/InBio) da Universidade do Porto.

'Mouro' é um dos cinco lobos ibéricos da alcateia que se instalou entre Santa Luzia e a Serra d'Arga, entre a cidade e o mar, e que, nas últimas semanas, foram notícia por atacar rebanhos nas aldeias próximas de Viana do Castelo. Os investigadores sabem exactamente por onde andou este lobo porque Mouro é um dos 15 animais marcados por telemetria desde 2007, através de um programa de monitorização da espécie executado pelo CIBIO e apoiado pela Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI). 

Mas, dos 15 lobos marcados com GPS no âmbito do programa para a conservação da espécie,  apenas nove sobreviveram durante o período de 18 meses em que foram seguidos - lamentam as organizações envolvidas na conservação do maior carnívoro português, actualmente em vias de extinção e com um território reduzido ao Norte e Centro do país.  «Já suspeitávamos que o conflito com o homem implicava taxas de mortalidade bastante elevadas para os lobos, mas nunca imaginámos que fosse tanto», lamenta Helena Rio Maior, que investiga o lobo ibérico há 12 anos, e está a realizar uma tese de doutoramento sobre a espécie.

Falta fiscalização
O primeiro lobo marcado a morrer, conta a especialista, foi abatido a tiro. Um outro morreu envenenado, dois foram capturados em laços (que os caçadores destinam geralmente aos javalis) e os últimos foram, também, abatidos a tiro: «O furtivismo é uma das maiores ameaças à conservação da espécie», nota a bióloga. 

A escassez de presas selvagens - o lobo alimenta-se de animais como o javali, o corço e o veado - é outra das grandes ameaças, nota Helena Rio Maior.

É por isso que o lobo desce às povoações: vai à procura de presas fáceis, ou seja, de animais domésticos desprotegidos. «A chave para a conservação do lobo e para uma maior protecção do gado seria uma fiscalização apertada para controlar o furtivismo, o que teria como consequência um aumento das presas selvagens e das presas silvestres», explica, acrescentando: «Um maneio do gado com métodos de protecção rigorosos permitiria diminuir os ataques aos animais domésticos e, desta forma, o conflito homem-lobo». Outra grande ameaça é a destruição do habitat natural do lobo.

Há cerca de 300 lobos
em Portugal
Mas o pior 'pesadelo' com que se deparam estes animais - sobretudo os da alcateia das serras d'Arga e Santa Luzia, a que 'Mouro' se juntou - é mesmo o ser humano. E é um inimigo devastador. Tanto que deixou o lobo em vias de extinção.

Segundo os últimos censos, já de 2002-2003, a população destes animais foi estimada em apenas cerca de 300 em território nacional. Em média, especifica Helena Rio Maior, cada alcateia tem seis  indivíduos a norte do Douro e 4,5 a sul.

As notícias sobre a aproximação deste predador às populações - apesar «de ser extremamente tímido» e «temeroso do ser humano» - não ajudaram a espécie, já de si mal-amada pelos pastores, diz, por seu lado, Sílvia Ribeiro, do Programa Cão de Gado (ver caixa): «Os lobos não são perigosos para o homem, não atacam humanos. Pelo contrário, têm medo deles», garante a responsável. 

Os lobos aproximam-se das povoações apenas para procurar alimento e «muitas vezes as pessoas confundem-nos com cães vadios». «A verdade é que, quando os prejuízos são causados por lobos, há direito a indemnização, por se tratar de uma espécie protegida», acrescenta Sílvia Ribeiro.

Os testes de ADN realizados pelo Grupo Lobo às carcaças de gado deixadas na zona de Almeida, por exemplo, mostram que, por vezes, o predador não é o lobo, mas cães vadios. 
De qualquer modo, «é importante», insiste Sílvia Ribeiro, que «os proprietários de animais voltem a ter velhos cuidados de protecção dos seus rebanhos ou manadas».


França apresenta plano de proteínas vegetais

17-12-2014 
 

 
O ministro francês da Agricultura, Stephan Le Foll, apresentou o novo plano para o desenvolvimento de culturas proteaginosas e, desta forma, reduzir a dependência com o exterior.

O anúncio coincidiu com a fusão das interprofissionais francesas de culturas proteaginosas UNIP e de oleaginosas ONIDOL, dando lugar a uma interprofissional de culturas oleo-proteaginosas.

O plano francês é constituído por três eixos. Um primeiro para promover as culturas deste tipo e reforçar a autonomia das exportações pecuárias, mobilizando fundos em forma de diversas ajudas.

Uma ajuda associada, com um orçamento toral de 49 milhões de euros, repartidos por proteaginosas, com 35 milhões de euros; soja, com seis milhões e leguminosas forrageiras desidratadas, com oito milhões de euros.

Pagamento verde da política agrícola comum (PAC), que estabelece a obrigatoriedade de rodar três culturas nas explorações com mais de 30 hectares, com maior destaque para as proteaginosas. Além disso, cinco por cento da superfície arável deve ser de interesse ecológico e o cultivo de leguminosas tem esta consideração.

Dirigir ajudas às leguminosas forrageiras, de um total de 98 milhões de euros destinados à sua produção em explorações pecuárias, ajudas de quatro milhões de euros associadas à produção de sementes de leguminosas forrageiras; ajudas agro-ambientais e outras medidas dentro dos programas de desenvolvimento rural e, por último, o Programa Ambição 2017, cujo objectivo é duplicar a superfície de culturas biológicas em 2017.

O segundo eixo de actuação é o desenvolvimento da investigação e formação. O terceiro visa melhorar as relações, aumentando a interlocução com a interprofissional de oleo-proteaginosas e com o sector dos cereais.

Fonte: Agrodigital


Primeiro hotel vínico na região dos vinhos verdes

17-12-2014 
 

O primeiro hotel vínico da região dos vinhos verdes está a ser construído pela Quinta da Lixa, entre Amarante e Felgueiras, e vai dar emprego a 26 pessoas, adiantou à Lusa fonte do projecto.

Óscar Meireles, administrador da empresa com sede na Lixa, Felgueiras, explicou que a região «vai passar a contar com o primeiro hotel de charme», com uma ligação directa à vitivinicultura, através da Quinta da Lixa, um dos maiores produtores e exportadores de vinho verde.

«A ideia é criarmos sinergias em torno da nossa marca. O hotel era a ferramenta que nos faltava», afirmou, recordando que a empresa está a receber nas suas instalações cerca de 2.600 turistas por ano, em visitas planeadas.

A partir de Abril, observou, os apreciadores do enoturismo poderão contar com alojamento, numa unidade com preocupações ecológicas. Os turistas que regressam da região do Douro em direção ao Porto, a maioria estrangeiros, poderão ser potenciais hóspedes, explicou.

O novo espaço representa um investimento de quatro milhões de euros e estará preparado para proporcionar aos clientes a possibilidade de colher as uvas, podar, vinificar e engarrafar, beneficiando de um conjunto de equipamentos espalhados pela propriedade, incluindo uma adega experimental e sala de provas.

«No hotel, quem quiser, pode ser enólogo por um dia. O turista pode fazer o seu próprio vinho», comentou. A unidade hoteleira, de quatro estrelas, aproveita antigos edifícios de uma propriedade agrícola, designada Quinta de Sanguinhedo, totalmente remodelados, com cerca de 30 hectares, 20 dos quais com vinhas de várias castas.

Aquela área é repartida por territórios dos concelhos de Amarante e Felgueiras, correspondendo às freguesias de Telões e Borba de Godim, respectivamente. A unidade de alojamento designar-se-á "Monverde - Wine Experience Hotel", vai ter 30 quartos, 15 dos quais na casa nascente e 14 na casa poente, para além de um apartamento e equipamentos de apoio, com destaque para um SPA vínico.

A Quinta da Lixa comercializa quatro milhões de garrafas por ano, contando com 76 hectares de vinha. Cerca de 50 por cento da produção destina-se à exportação.

Em 2013, investiu quatro milhões de euros numa nova linha de produção e na aquisição de outra propriedade agrícola. O investimento permitiu triplicar a produção.

Fonte: Lusa

Negociação sobre denominação Alvarinho avançou "mais um bocadinho" - Instituto da Vinha


Lusa
17 Dez, 2014, 20:33

O vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) afirmou hoje que se "caminhou mais um bocadinho" em direção a um acordo sobre denominação de origem do vinho Alvarinho na região dos vinhos verdes.
"Hoje saio mais satisfeito ainda" do que na reunião efetuada há uma semana, acrescentou Toscano Rico, em declarações à agência Lusa, sem, porém, detalhar o que hoje foi conseguido entre os produtores de vinho alvarinho de Monção e de Melgaço e os das restantes sub-regiões do vinho verde.

O IVV e a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) estão a patrocinar uma negociação entre produtores que defendem que Monção e Melgaço devem manter o exclusivo denominação Alvarinho e outros que pugnam pelo seu alargamento a toda região dos vinhos verdes.

Uma das decisões tomadas hoje foi a marcação de uma ronda negocial para 13 de janeiro, sendo que o Ministério da Agricultura, através do IVV, determinou que este processo tem de ficar fechado até 15 desse mês.

O presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, declarou à Lusa que hoje "não houve um avanço significativo", mas referiu que este "é um caminho que está fazendo".

"Há pontos fechados ou muito próximos de ser fechados", acrescentou também.

Toscano Rico e Manuel Pinheiro frisaram que "é preciso ainda trabalhar" até dia 13 de janeiro na procura de um acordo final que seja "vantajoso" para as duas partes e salientaram que há "confiança" para que isso aconteça.

A reunião de hoje "foi muito boa", considerou também António Guedes, administrador da Aveleda e um dos representantes dos produtores que reclamam o alargamento da denominação Alvarinho.

"Não queria muito entrar em pormenores", acrescentou.

A agência Lusa tentou ouvir igualmente o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), Miguel Queimado, mas tal não foi possível. Esta organização é a porta-voz dos representa os produtores de Monção e de Melgaço, os quais temem ser lesados economicamente se perderem o seu exclusivo.

Os produtores que contestam o fim desse exclusivo alegam que "não há motivo para que seja possível fazer Alvarinho DOC (Denominação de Origem Controlada) em todo o país, exceto em 90 por cento da região dos vinhos verdes".

Organização ambiental denuncia agravamento da desflorestação em Moçambique


A organização moçambicana Justiça Ambiental (JA) considerou hoje que a desflorestação em Moçambique continua a agravar-se, apontando a exploração ilegal de madeira, as queimadas descontroladas, a falta de fiscalização e a corrupção como principais causas.

«A exploração ilegal de madeira permanece na sua maioria impune, a corrupção é generalizada, a fiscalização é insuficiente e ineficiente e terá de passar por uma análise integrada e discussões sérias e inclusivas a vários níveis», destaca a JA, no relatório Análise do Sistema de Exploração dos Recursos Florestais em Moçambique, enviado hoje à Lusa.
De acordo com dados oficiais da Direção Nacional de Terras e Florestas do Ministério da Agricultura, citados no relatório, a desflorestação anual em Moçambique está acima dos 219 mil hectares, num país que possui uma área florestal de cerca de 40,6 milhões de hectares.
Diário Digital / Lusa

Associações locais apreensivas com operacionalização do novo DLBC


por Ana Rita Costa
16 de Dezembro - 2014
As associações de desenvolvimento local estão preocupadas com o processo de transição para o novo quadro de Fundos Europeus Estruturais de Investimento (FEEI) e com os dados conhecidos relativamente ao processo e aos montantes financeiros constantes do aviso do "Concurso para a apresentação de candidaturas", referente ao Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC). 

 
Estas preocupações surgiram na Assembleia-Geral da Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, explica a Federação. "Ao nível da transição, a Federação Minha Terra e os seus associados consideram essencial que este processo se desenrole de forma rápida e tranquila, de modo a permitir a continuidade dos processos de desenvolvimento em curso, evitando situações de rutura, com efeitos graves nas economias locais, e permitindo o robustecimento das intervenções existentes, tanto ao nível das parcerias como dos territórios. Atrasos na receção e aprovação das candidaturas dos empreendedores poderão implicar um consequente prejuízo para as economias locais", refere a Minha Terra.

No domínio financeiro, o limite máximo de investimento elegível de 100 mil euros para operações a apoiar via Fundo Social Europeu (FSE) e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) "causa apreensão por ser limitativo face às expetativas de que o DLBC possa contribuir para a criação de emprego e perante a importância de um mecanismo desta natureza para apoiar as necessidades de crescimento e consolidação das empresas nos territórios rurais", conclui.

Portugal quer exportar dois mil milhões em frutas e legumes até 2020


por Ana Rita Costa
16 de Dezembro - 2014
A Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou na passada semana, no âmbito do 3º Simpósio Nacional de Fruticultura (SNF), que Portugal tem como objetivo exportar mais de dois mil milhões de euros em frutas, legumes e flores até 2020.

 
"Estamos a exportar mais de mil milhões de euros em frutas, legumes e flores e em 2020 ambicionamos exportar dois mil milhões de euros. Isso é uma meta extraordinariamente interessante e ambiciosa", apontou a responsável pela pasta da Agricultura.

Assunção Cristas quer que Portugal seja reconhecido como a "joalharia da agricultura", pela qualidade de produtos como a fruta, os legumes, as flores, bem como o azeite e o vinho.

Para além de Assunção Cristas, o 3º SNF recebeu outros dirigentes políticos, como o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, e o eurodeputado José Manuel Fernandes, que referiu que "o setor das frutas e produtos hortícolas tem um volume de negócios superior a 120 mil milhões de euros, empregando aproximadamente 550 mil pessoas."

Detetado surto de gripe aviária em aves selvagens nos EUA


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou, esta terça-feira, um surto de gripe aviária em aves selvagens no condado de Whatcom, no estado de Washington, ressalvando, porém, não haver razão para alerta.
A gripe aviária, do subtipo H5N2, foi detetada em patos, enquanto a estirpe H5N8 em falcões-gerifalte cativos que tinham sido alimentados com aves selvagens caçadas, explicou a USDA numa nota.
«Não foi encontrado o vírus em aves domésticas destinadas a consumo em nenhum lugar dos Estados Unidos. Não há um alerta imediato por causa dessas estirpes de gripe aviária», indicou o departamento.
Diário Digital / Lusa

Cavalo evoluiu geneticamente em função do seu uso pelos humanos


A domesticação dos cavalos provocou mudanças fisiológicas significativas neste animal, surgidas a partir do uso que os humanos fizeram deles, revela um estudo genético internacional.
Os cientistas decodificaram o genoma de antigos cavalos originários da Rússia a partir de ossos fósseis de 16.000 a 43.000 anos de antiguidade, uma era muito anterior à domesticação destes equinos, que remonta há 5.500 anos.
De seguida, compararam estes genomas antigos com os de cinco espécies modernas de cavalos domesticados, assim como com o genoma do cavalo de Przewalski, a única raça selvagem que não se extinguiu e que foi descoberta em 1879 na Mongólia.
Estas comparações mostraram que os cavalos domesticados partilham mais semelhanças genéticas com os seus ancestrais selvagens do que com os Przewalski, que ainda vivem.
Os autores do estudo estimam que entre 13% e 60% do genoma dos cavalos da actualidade provêm de espécies extintas.
Isto quer dizer que as raças domesticadas descendem todas, pelo menos em parte, de antigas populações equinas desaparecidas, concluíram os autores no trabalho publicado nos anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Os cientistas também identificaram o grupo de genes sobre os que teve mais influência a domesticação, em particular aqueles vinculados com a formação muscular, os membros, as articulações e o desenvolvimento do sistema cardíaco.
Isto ilustra as adaptações fisiológicas que aparentemente foram resultado do uso que deram os humanos aos cavalos ao longo dos séculos.
Os pesquisadores também constataram as mutações genéticas vinculadas ao comportamento social do cavalo e as suas capacidades de aprendizagem, o que também reflecte o processo de doma do animal.
Mas o genoma dos cavalos modernos contém, ainda, grande quantidade de mutações genéticas nefastas como resultado da domesticação, que significaram uma grande perda da diversidade genética e a extinção das espécies selvagens.
«Nós, (os humanos) provavelmente tivemos influência nos genes, cujas mutações permitiram transformar o cavalo num animal de transporte», disse a professora Beth Shapiro, chefe do laboratório de paleogenética da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e uma das principais autoras do estudo.
«Pudemos identificar os genes que controlam o comportamento do cavalo e a sua resposta ao medo», disse Ludovic Orlando, professor do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague.
«Estes genes poderiam ser os que transformaram os cavalos de animais selvagens em animais dóceis, como os conhecemos hoje», acrescentou.
Mas todo o processo de domesticação tem um custo se provocar uma acumulação de mutações genéticas que atentem contra a diversidade.
Este fenómeno já foi constatado em plantas cultivadas, como o arroz, e noutros animais, como os cães.
A domesticação do cavalo permitiu revolucionar a civilização e as sociedades humanas, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias, assim como a propagação de ideias, idiomas e religiões.
Os cavalos também revolucionaram a forma de guerrear, com o advento das carruagens e da cavalaria. Além do campo de batalha, também facilitaram a agricultura, acrescentaram os pesquisadores.

UE: Financiamento e ERASMUS para jovens agricultores


17 DE DEZEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
Os jovens agricultores foram uma das prioridades da presidência italiana, presidência que agora termina. A influência geracional na agricultura é essencial em todos os países da UE, se se tiver em conta que os trabalhadores agrários com menos de 35 anos apenas supõe 7,5% do total, enquanto que os que têm mais de 60 anos são 30%.

Por este motivo, a Presidência apresentou na reunião do Conselho de Ministros da Agricultura realizada na passada segunda feira, uma iniciativa de apoio ao jovens, cujas conclusões foram adotadas. As principais linhas da iniciativa são:

- Estabelecer um plano de acesso ao crédito com apoio do Banco Europeu de Investimento;

- Possibilidade de que os Estados membros, com carácter voluntário, possam porporcionar créditos sem juros para que os jovens possam adquirir terras, sempre que possuam a formação adequada e tenham um plano de negócio.

- Reforçar o conceito de Erasmus Agrícola, para facilitar a transferência de conhecimento e inovação, assim como o intercâmbio de informação e experiência profissional. Pode ficar a saber mais sobre um dos programas de erasmus para os estudantes de agronomia aqui: http://www.agrismundus.eu/

 Ler aqui.

Portugal está a abanar o mundo dos vinhos, diz o USA Today

Vinhos do Douro ocuparam três dos quatro primeiros lugares nos 100 melhores vinhos de 2014 da Wine Spectator

Douro é uma das regiões demarcadas mais antigas do mundo
Rui Manuel Ferreira/GI
17/12/2014 | 10:57 |  Dinheiro Vivo
"A melhor região de vinhos? Se está a pensar em Bordeaux, Burgundy ou Napa Valley, talvez seja tempo de pensar outra vez." O artigo do USA Today sobre os vinhos portugueses arranca assim, nem mais nem menos.
O jornal norte-americano explica que, depois de três vinhos do Douro terem ficado nos primeiros quatro lugares dos melhores de 2014 para a revista especializada Wine Spectator, os apreciadores de vinhos deviam pensar em Portugal como um dos países que mais agitam, neste momento, o mundo dos vinhos.
No artigo publicado esta semana pelo jornal USA Today, Paul Symington é um dos protagonistas. "Há muitos superlativos que se podem atribuir ao Douro. Muitos de nós argumentam que esta é a região vitivinícola mais bonita do mundo", diz.
O jornal escreve que, apesar de o Douro ser uma das mais antigas regiões de vinho demarcadas do mundo - que foi considerada Património Mundial pela UNESCO em 2001 -, a reputação dos seus vinhos data dos anos 90 e coincide com a época em que os produtores mudaram os métodos de produção para poderem produzir e comercializar vinhos tintos e brancos de qualidade.
O potencial dos vinhos do Douro, assegura o USA Today, vem da conjugação de fatores de solo com a proximidade do rio. "O Douro tem tudo", explica ao jornal Rui Cunha, professor universiário e enólogo na histórica Quinta da Boavista.
Os vinhos portugueses andam nas bocas do mundo: na semana passada, a BBC já tinha publicado um artigo que destacava a "geração revolucionária de fazedores de vinho portugueses".
Leia aqui o artigo completo publicado no USA Today.

Associações queixam-se de que fundos para a agricultura apoiam projectos que não são sustentáveis

ANA RUTE SILVA 16/12/2014 - 08:25
Agricultores sem experiência e dificuldades de escoamento de produção são o reverso da medalha do regresso aos campos. Novo programa comunitário terá critérios de acesso mais exigentes.

 
Aumento da produção fez cair preços, como aconteceu com o mirtilo JORGE SILVA/ARQUIVO

 Novos fundos para a agricultura têm 15 candidaturas formalizadas
Marta Martins, arquitecta de 31 anos, nunca tinha ouvido falar em hidroponia, um sistema de cultivo feito dentro de estufas e sem uso de solo. Mas quando uma consultora a abordou com a ideia, entusiasmou-se. O pai tinha um terreno disponível, em Almeirim, ela estava desempregada. "Não sabia nada sobre hidroponia nem de agricultura. Não sabia onde e a que preço iria vender a produção. A empresa que fez o projecto, vendeu-me a ideia como sendo uma agricultura de nova geração, fácil, mas com aceitação e valorização no mercado, escoamento garantido. Mostraram números que agradam a qualquer pessoa", conta.

 
O financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), o instrumento financeiro aprovado pela Comissão Europeia para o período de 2007-2013, foi-lhe também apresentado como uma solução "chave na mão". E, de facto, bastaram poucos meses para conseguir 50% de comparticipação, mediante factura, de um investimento global de 150 mil euros. Contudo, quase um ano depois, Marta Martins não consegue ainda tirar um ordenado para si. E, ao contrário do que lhe tinham dito, as alfaces que vende a dois intermediários não são valorizadas face às que são produzidas de forma convencional. "Disseram-me que o produto tinha muita aceitação no mercado, com escoamento garantido, mas a verdade é que tenho muito mais despesa e vendo ao mesmo preço", admite, acrescentando que também falhou "a parte do escoamento". Além disso, as experiências iniciais de cultivo tiveram "muitos azares pelo meio". "Na primeira vez, perdi 21 mil alfaces por erro meu, porque não tinha conhecimento", recorda.

Agricultores sem experiência e dificuldades de escoamento de produção são o reverso da medalha do regresso aos campos, fenómeno que ganhou espaço no discurso político e que, nos anos de crise, tem sido visto como uma alternativa à falta de trabalho. Entre 2009 e 2013, o número de novas empresas no sector disparou 100%, de 783 para 1569. E quase 25% dos projectos financiados pelo Proder são de jovens agricultores, num país que tem os produtores mais velhos da União Europeia (ver texto ao lado).

"Criámos uma imagem na população de que a agricultura é um oásis. Atraiu-se um conjunto de pessoas à terra que não têm condições financeiras, humanas, de solos, para serem agricultores. Mas como acharam que é o que está a dar, fazem os seus investimentos. É uma opção de cada um, mas mais grave é a análise e aprovação dos projectos para financiamento do Proder", critica Domingos dos Santos, presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (Fnop).

A esta organização têm chegado vários pedidos de ajuda. Há quem esteja a plantar culturas em terrenos impróprios, quem não faça as contas ao custo de transporte ou ainda quem venda a produção "a qualquer preço". "Temos de voltar à terra, mas é preciso ser eficiente", defende, acrescentando que na hora de disponibilizar fundos do Proder é preciso "dizer não". "Se eu quiser plantar morangos no centro do País, onde estou distante de qualquer centro de comercialização, posso até ter o melhor solo do mundo, mas se tiver uma produção para 50 caixas, a logística vai-me comer os resultados. Isso tem de ser analisado ", afirma.

Descida dos preços
Outro dos problemas que a viragem ao campo colocou é a descida de preços, impulsionada pelo aumento de produção. Segundo o INE, a superfície agrícola não utilizada caiu 20% face a 2009, apresentando o valor mais baixo desde que há registos estatísticos. Neste cenário de dinamismo, culturas como a dos mirtilos explodiram e o que antes era produto de nicho, proliferou, com a consequente queda de valor.

"Foi uma cultura interessante e era daqueles projectos chave na mão, todos iguais, e todos se faziam. As modas, como a dos mirtilos e das plantas aromáticas, são uma grande preocupação", diz Ricardo Brito Pais, presidente da Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP).

O representante desta organização, fundada há 40 anos, partilha a mesma opinião de Domingos do Santos e diz que "há muitos projectistas [consultoras que elaboram as candidaturas] que querem apenas receber o dinheiro do projecto, já fizeram 20 candidaturas iguais e submetem novas sem estarem preocupados". O acompanhamento técnico aos jovens agricultores é quase inexistente, contudo, há um apertado controlo e fiscalização depois de obtidos os incentivos comunitários. "Quando a entidade que gere o Proder aprova não vai ao terreno. Só lá vai depois fiscalizar. O importante é instalar jovens. Politicamente isso é positivo", continua Ricardo Brito Pais. O presidente da AJAP frisa que é feito um estudo de viabilidade económica associado ao investimento. Mas sabe que "às vezes é preciso alterar alguns dados para que as contas sejam favoráveis" e, assim, conseguir luz verde na aprovação final. Os problemas surgem depois, quando a produção avança e não se conseguem atingir os objectivos.

"A AJAP tem defendido um acompanhamento técnico. O projectista tem de continuar a acompanhar o projecto e não deixar o agricultor sozinho. Neste novo quadro comunitário lutámos muitos para que seja diferente. Há alterações mas são escassas para as necessidades", lamenta, defendo visitas mensais aos campos.

Em respostas enviadas por e-mail, fonte oficial do Ministério da Agricultura admite ter conhecimento de "casos de sucesso e alertas desse tipo de problemas". A tutela confirma que o novo programa de desenvolvimento rural (PDR 2020) já introduz "algumas cautelas" para dar resposta às dificuldades relatadas. Uma delas são os incentivos aos jovens que pertencem a Organizações de Produtores (OP). "Assim, entrarão mais protegidos e com mais força no mercado, com acções de produção em conjunto e com estratégias comuns, com ganhos de eficiência e uma clara orientação para o mercado", justifica. Foi também introduzido um "nível de co-responsabilização dos jovens no financiamento do projecto". Finalmente, a formação e o aconselhamento junto das OP vão passar a ser condições necessárias ao financiamento.

Questionado sobre o acompanhamento dos projectos financiados que, só para os jovens agricultores, totalizou 650 milhões de euros, o ministério liderado por Assunção Cristas responde que o Proder obriga a uma formação de 24 meses no caso de produtores sem experiência. "Têm de apresentar um plano empresarial que contempla um comprovativo da parte de compradores que garantem o escoamento dos seus produtos. É também feita uma visita final ao projecto, onde se confirma a boa execução do seu plano empresarial", continua a mesma fonte.

Marta Martins, a arquitecta que se virou para a agricultura depois de perder o emprego, não espera obter rendimentos tão cedo. "Há dias em que ficamos muito desiludidos, outros em que até gosto de andar aqui. Vi isto crescer, cada alface", conta. Se não tivesse sido abordada pela consultora, que ficou com 3% dos 75 mil euros conseguidos pelo Proder, provavelmente, não estaria a gerir uma estufa de hidroponia.

Novos fundos para a agricultura têm 15 candidaturas formalizadas


ANA RUTE SILVA 16/12/2014 - 08:19

Novo quadro comunitário 2015-2020 teve luz verde de Bruxelas. Portugal é um dos dez primeiros países com programas aprovados.

 
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, anunciou em Bruxelas a aprovação do PDR 2020 RUI FARINHA/ARQUIVO
 

Desde que arrancaram as inscrições, a 15 de Novembro, foram submetidas dezena e meia de candidaturas às primeiras medidas do Programa de Desenvolvimento Rural 2015-2020 (PDR2020). A aprovação de Bruxelas foi anunciada nesta segunda-feira pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e espera-se agora um aumento no número de projectos submetidos.

O Governo decidiu abrir as candidaturas ao PDR2020 antes da luz verde da Comissão Europeia para assegurar "continuidade no investimento" e, no site do novo programa de fundos comunitários, há um total de 1245 inscrições, metade das quais de beneficiários individuais e o restante de consultoras. As primeiras medidas disponíveis referem-se ao "investimento na exploração agrícola" e ao "investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas". Fonte oficial do Ministério da Agricultura esclarece que o incentivo aos jovens agricultores só deverá estar disponível em Janeiro.

A aprovação do PDR2020 "demonstra que Portugal fez desde muito cedo o seu trabalho interno", disse Assunção Cristas. "Pela primeira vez, aparece no pelotão da frente das aprovações dos programas de desenvolvimento rural. Isto ainda é mais relevante se tivermos em conta que Portugal tem um dos dez maiores programas de desenvolvimento rural da União Europeia", continuou, acrescentando que, caso não houvesse já luz verde, toda a campanha de 2015 estaria em risco, uma vez que as próximas aprovações só estão previstas para meados do próximo ano.

Até 2020, o PDR nacional vai ter à disposição cerca de 4,1 mil milhões de euros e foi um dos dez programas da União Europeia a ser aprovado, a par dos da Alemanha ou Finlândia, num total de 118 (nacionais e regionais). O pacote é co-financiado através do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader), no montante global de 95,6 mil milhões de euros, e de fontes nacionais, regionais e privadas. 

Quanto ao Proder, designação do programa de apoio ao desenvolvimento regional no anterior quadro de apoio, que termina agora a sua vigência, registou mais de 37.500 projectos, que representam um apoio de 4,5 mil milhões de euros. De acordo com o Ministério da Agricultura, alavancou um investimento superior a 7,6 mil milhões, com um potencial de postos de trabalho associados "a rondar os 38.500". As medidas para jovens agricultores (mais de sete mil) somaram 650 milhões de euros, num bolo total de 1,1 mil milhões de euros. O Alentejo foi a região que concentrou a maior fatia (37%), com destaque para o azeite. Seguiram-se o Centro (31%) e o Norte (24%). Mais de metade do investimento aprovado foi direccionado para as explorações agrícolas e para a transformação e comercialização. No caso do regadio, 50% foi direccionado para o Alqueva.

Em termos de sectores, 36% dos fundos foram aplicados em frutas e legumes, seguido da pecuária (27%). O investimento em vinho está presente em todas as regiões, "mas é na Região Norte que assume maior relevância", sublinha o ministério.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Queda de preços na produção preocupa Confederação Nacional da Agricultura (CNA)


15-12-2014 17:30 | Economia
Fonte: Agência Lusa 

Lisboa, 15 dez (Lusa) - A quebra dos preços na produção e o escoamento dos produtos são alguns dos temas que mais preocupam os agricultores e que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) vai levar na terça-feira ao Parlamento.

A CNA vai ser recebida em audiência na Comissão de Agricultura e Mar para abordar "problemas concretos da agricultura familiar", disse à Lusa o dirigente João Dinis.

A baixa "generalizada" de preços na produção e a "especulação com os preços dos fatores de produção", como o gasóleo, a electricidade, os adubos ou as rações são alguns dos assuntos que vão ser destacados.

João Dinis salientou que os agricultores são obrigados a vender os seus produtos "ao desbarato" devido aos preços ou "ficam com eles em casa por não terem escoamento".

A batata, por exemplo, que era vendida a 30 cêntimos por quilo no ano passado, foi vendida em 2014 a cerca de cinco cêntimos em média.

O mesmo responsável criticou também o facto de a comissão parlamentar não se ter feito representar no 7.º Congresso da CNA e da Agricultura Familiar Portuguesa, que decorreu a 23 de novembro em Penafiel.

"Protestámos por causa desta ausência e convocaram-nos logo a seguir para vir ao Parlamento", disse João Dinis.

RCR// ATR

Lusa/fim

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Exposição: josé maria da fonseca – 180 anos


DEC 15LISBOA, PORTUGALSETÚBALPOR GERSON INGRÊS
SETÚBAL – "José Maria da Fonseca – 180 anos" é o nome de uma exposição que apresenta espólio da empresa vitivinícola, inaugurada na passada sexta-feira no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, Setúbal.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, realçou que é um orgulho ter no concelho uma instituição como a José Maria da Fonseca, que surgiu numa altura em que Azeitão era uma terra pequena para se tornar num dos maiores impérios vinícolas a nível nacional.

A mostra conta os quase dois séculos de história da empresa, numa viagem através do espólio documental e fotográfico sobre localização das vinhas, castas, produtos e o engarrafamento de vinhos, de que é pioneira em Portugal.

Algumas peças referentes à primeira linha de engarrafamento e vinhos de grande visibilidade estão expostos, como é o caso do Periquita, a marca ex-líbris da empresa fundada em 1834, o vinho branco BSE e o famoso moscatel.

Ao longo da exposição, patente no Museu Sebastião da Gama até 31 de janeiro, são evidenciados os êxitos alcançados pela empresa, uma das líderes nacionais na produção e comercialização de vinhos de mesa e moscatéis, e a aposta na exportação, eixo fundamental do negócio.

O papel da empresa no campo social, em Azeitão e na Península de Setúbal, onde participa em atividades de patrocínio de eventos com organizações locais, obras e parcerias de cariz social, foi destacado na inauguração, em que estiveram presentes a sexta e sétima gerações da família, incluindo António Soares Franco, presidente da José Maria da Fonseca.

A exposição, de entrada livre, uma organização conjunta da Autarquia e da empresa vitivinícola, pode ser vista de terça a sexta das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00 e aos sábados das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00.

Encerramento do ano internacional da agricultura familiar



DEC 15NORTE, PORTUGALVILA REALPOR GERSON INGRÊS

VILA REAL – Comemorou-se ao longo do ano de 2014, o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF). A Câmara Municipal de Vila Real entendeu desde a primeira hora associar-se a estas comemorações, porquanto a larga maioria do seu território agrário é explorado essencialmente por explorações de cariz familiar com forte relevância na economia das populações locais, que tem na agricultura a sua principal fonte de rendimento.

No programa de atividades estava previsto que o encerramento destas comemorações acontecesse com um colóquio, que tivesse como tema a agricultura familiar e o desenvolvimento rural, aspetos particularmente relevantes num momento em que o país inicia um novo período de apoios comunitários. A Fagrorural decidiu também associar-se a esta iniciativa, para a qual todos estão convidados a participar.

Assim, no próximo dia 16.12.2014, pelas 10:30 horas, na Biblioteca Municipal, numa organização conjunta entre o Município de Vila Real e a delegação de Vila Real da Fagrorural, será promovido um colóquio cujo tema será a "AGRICULTURA FAMILIAR E O DESENVOLVIMENTO RURAL", em que participarão o Sr. Presidente da CM de Vila Real, Engº Rui Santos, e teremos como principal orador o Sr. Prof. Doutor Fernando Oliveira Batista, que é licenciado em Agronomia, foi catedrático no ISA, tendo vários artigos publicados em revistas de especialidade, é autor de vários livros sobre a problemática agrícola e florestal e foi Ministro da Agricultura e, nesta qualidade, o impulsionador de Leis como a lei do Arrendamento Rural, Lei dos Baldios etc.

Ainda como orador, estará presente o Sr. Armando Carvalho, Diretor da CNA e da Fagrorural, que abordará a importância do Associativismo na Agricultura Familiar.

Dia do Alto Douro Vinhateiro assinalado em S. João da Pesqueira com inauguração do Museu do Vinho


 Notícias do Nordeste  5 horas atrás  Museu do Vinho

Assinalou-se ontem, dia 14 de dezembro, mais um aniversário sobre a elevação da região vinhateira do Douro a Património da Humanidadeda da UNESCO. 


Museu do Vinho. Foto facebook CM  S. João da Pesqueira
Uma cerimónia que teve lugar em S. João da Pesqueira e que contou com a presença de Emídio Gomes, presidente da CCDR-N, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida.

Este ano dedicado ao tema "O Douro e as suas Comunidades", o programa do Dia do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial ficou marcado pela inauguração do Museu do Vinho e a inauguração do Centro de Interpretação Turística, do Município de S. João da Pesqueira. 

A cerimónia contemplou ainda o lançamento do livro "Museu do Vinho de S. João da Pesqueira", no novo equipamento museológico. 

O Dia do Alto Douro Vinhateiro é uma organização da Missão Douro (CCDR-N), da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, da Comunidade Intermunicipal do Douro e da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial.

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos


     
15/12/2014 20:45:24 688 Visitas   
A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa

Caçadores anunciam queixa-crime devido a morte de coelhos
Os caçadores dos Açores vão apresentar uma queixa-crime contra desconhecidos junto do Ministério Público na sequência da morte de um grande número de coelhos na ilha Graciosa por terem "fortes suspeitas" de ter havido mão criminosa.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo
"Vamos formalizar uma queixa-crime ao Ministério Público e obrigar o Governo Regional a tomar medidas de prevenção para que aquilo não se alastre para outras ilhas, que será muito difícil", disse à Lusa o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, José Maria Arruda.

A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa face ao "surgimento de um grande número de coelhos-bravos mortos" naquela ilha "indiciando a ocorrência da Doença Hemorrágica Viral (DHV)".

O Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, assim como outros grupos de caçadores noutras ilhas açorianas, reúne-se esta noite para discutir esta questão, sendo que a decisão de recorrer ao Ministério Pública "é já ponto assente" e "uma certeza", segundo José Maria Arruda.

"Há fortes suspeitas de que foi mão criminosa, que o vírus foi introduzido", referiu o presidente do Clube de Caçadores de Vila Franca do Campo, que conta com cerca de 470 sócios e representa 40 a 50 por cento dos caçadores da ilha de S. Miguel.

Embora alegando não haver provas de nada, José Maria Arruda afirmou que este "é o pior vírus que chegou à região", sendo que "este não é só um problema dos caçadores, mas também de saúde pública".

A portaria publicada em Jornal Oficial a 11 de Dezembro refere que a confirmação desta doença nos coelhos bravos "está dependente dos resultados laboratoriais dos exames aos animais recolhidos", mas frisa que "se torna necessário impedir a disseminação da doença, através do exercício da caça, até que a mesma seja considerada extinta e que os seus efeitos, na população de coelho-bravo local, sejam devidamente avaliados", sendo também necessário "acautelar eventuais repercussões da doença, ao nível da saúde pública".

Para José Maria Arruda, são sobretudo os lavradores que mais prejudicados se sentem por causa dos coelhos.

Nos Açores, existem no total mais de 3.000 caçadores.

Lusa/SOL

Embarque numa viagem sensorial pelos sabores tradicionais de Portugal


Morango de Portugal, Laranja do Algarve, Pêra Rocha, Manga Magdalena, Cereja do Fundão e Maracujá de Odemira são os sabores dos néctares Compal, que comprovam a qualidade e variedade da fruta portuguesa e garantem a saciedade a cada gole. 
MAFALDA SOBRAL MARTINS
15 DEZEMBRO 2014, 15:15


 
Portugalidade, frutologia e naturalidade são os pilares da marca de néctares portugueses Compal que, desde 1952, e estando presente em mais de 60 países, aposta na qualidade e na variedade da fruta portuguesa e a prova disso mesmo são os seis sabores da gama Compal Clássico: Morango Portugal, Laranja do Algarve, Pêra Rocha, Manga Magdalena, Cereja do Fundão e Maracujá de Odemira. 
Os sabores típicos de Portugal, à excepção do sabor manga magdalena, que envolvem o consumidor numa viagem sensorial à descoberta de algumas das frutas mais consumidas e exportadas, no nosso país, como a pêra rocha. Um cunho português espalhado pelo mundo, através das exportações, e fabricado com 50% de fruta, sem corantes nem conservantes. 
Transmitir a sensação de se estar a comer uma peça de fruta acabada de apanhar de uma árvore é o objetivo das centenas de pessoas que trabalham na fábrica da Compal, em Almeirim, e que testam mais de 400 fórmulas de néctares para conseguir atingir o ponto de satisfação de todos os consumidores e disponibilizar um produto de qualidade. 
Um nível alcançado atráves de relações sólidas com vários produtores agrícolas e que permite dar a conhecer aos consumidores sabores exclusivos e em edição limitada, como o Compal Clássico Morango de Portugal, o Compal Cereja do Fundão e o Compal Maracujá de Odemira. 
Todos os sabores exclusivos da empresa Sumol+Compal encontram-se, à venda,  no site Mercado do Bairro e são entregues gratuitamente, em zonas várias seleccionadas. Os restantes néctares, tanto da gama Compal Clássico como das outras gamas (fresh, familiar, vital, light, etc), estão disponíveis em inúmeros pontos de venda, bem como no  quiosque Frutológica Compal, no Mercado da Ribeira. 
Para mais informações e curiosidades,  aceda ao site da marca e veja o vídeo do Compal Clássico Morango de Portugal. 

Bruxelas dá "luz verde" a fundos para agricultura portuguesa


Publicado hoje às 17:23
A ministra da Agricultura e Mar anunciou hoje em Bruxelas que a Comissão Europeia aprovou o programa de desenvolvimento rural de Portugal, o que classificou como uma «extraordinária notícia», antes do arranque da tradicional "maratona" negocial sobre pescas.
Em decalarações à margem de um Conselho de ministros da Agricultura e pescas da União europeia, Assunção Cristas disse que foi informada pelo comissário da Agricultura,Phil Hogan, «de que o nosso programa de desenvolvimento rural, os nossos fundos para a agricultura foram aprovados pela Comissão Europeia.
A ministra salientou ainda que se trata de um «contraste grande com o programa anterior», pois agora Portugal foi um dos primeiros países a ver o seu programa aprovado, quando antes foi «o último».
Assunção Cristas disse ainda que esta é a «garantia de que os 4 mil milhões de euros que temos para os próximos anos na agricultura podem continuar a ser usados, como aliás já estão a ser usados, no âmbito do regulamento de transição».
Questionada sobre as negociações que têm hoje início para fixar das capturas de peixe em 2015 e repartição de quotas pelos Estados-membros, Assunção Cristas reservou declarações para terça-feira, quando for conhecido o desfecho do Conselho, mas garantiu que Portugal sabe o que quer.