sábado, 3 de janeiro de 2015

Vinho do Porto de 1815 vai a leilão por uma boa causa

VINHO DO PORTO DE 1815 VAI A LEILÃO POR UMA BOA CAUSA

Leilões, Vinho Do Porto
A garrafa de Vinho do Porto mais antiga da casa Ferreira, de 1815, vai a leilão em Londres, na próxima primavera, no âmbito das comemorações do bicentenário da batalha de Waterloo e o valor arrecadado reverterá para uma instituição assistencial.

Em comunicado, Fernando Guedes, o administrador executivo da Sogrape, a detentora da marca, destaca que esta é a primeira vez que a Ferreira decide levar a leilão uma garrafa "tão especial" e sublinhou que os fins altruístas do leilão "seguem o legado de Dona Antónia".

Fernando Guedes refere-se a Antónia Adelaide Ferreira, a Ferreirinha, uma empresária duriense do século XIX associada ao Vinho do Porto e à inovação na vinicultura, mas também ao bem-estar dos seus trabalhadores.

Fonte da Sogrape remete para mais tarde informações sobre a data concreta do leilão do "Waterloo Vintage", a leiloeira que o concretizará, o valor base de licitação e a instituição beneficiária da receita.

Reguengos de Monsaraz, Capital Europeia do Vinho


Publicado ontem às 12:21
Este ano Reguengos de Monsaraz será a Capital Europeia do Vinho. A candidatura alentejana derrotou as cidades de Cantanhede, Melgaço e Monção e prepara agora o programa das festas que se prolongam por todo o ano.
 

Ainda não há cartaz oficial, mas o programa terá sessões de observação astronómica, provas cegas de vinhos, ioga , festival de gastronomia, passeios de barco, apanha de uvas em noites de lua cheia, entre muitas outras atividades.
A passagem de testemunho, de Jerez de la Frontera, em Espanha, para Reguengos de Monsaraz realiza-se a 3 de fevereiro.

Abertura de candidaturas ao PDR 2020 Acção 3.2 e 3.3


2 de Janeiro de 2015 em Notícias

De 1 de Janeiro a 30 de Junho de 2015
A Autoridade de Gestão do PDR 2020 – Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020, iniciou o período de apresentação de candidaturas da Ação 3.2 – «Investimento na exploração agrícola» e da Ação 3.3 – «Investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas».

A submissão de candidaturas é feita no período de 1 de Janeiro a 30 de Junho de 2015 no Balcão 2020 deste portal ou no endereço: www.pdr-2020.pt

Consulte aqui os ANÚNCIOS:

Anúncio Ação 3.2 – Investimento na exploração agrícola (Anúncio aqui https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Docs/avisos/PDR2015-321-002.pdf)

Anúncio Ação 3.3 – Investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas (Anúncio aqui https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Docs/avisos/PDR2015-331-002.pdf).

Fonte: Portugal2020

Investimentos acima de 25 milhões com novo regime de contratação pública

FINANCIAMENTO
02 Janeiro 2015, 16:02 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt


"Grandes projectos de investimento" passaram a ter novas regras de contratação para os apoios do Estado. Nova regulamentação abrange projectos mais pequenos de empresas com 75 milhões de facturação.
O Governo, através da tutela da Economia, decidiu publicar no último dia do ano de 2014 o novo "regime especial de contratação de apoios e incentivos exclusivamente aplicável a grandes projectos de investimento" a serem oficializados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep).
 
O Decreto-Lei nº 191/2014, de 31 de Dezembro de 2014, actualiza o regime contratual de investimento (RCI), harmoniza-o com "os novos enquadramentos nacionais e europeus dos incentivos financeiros e fiscais" que irão vigorar durante o próximo quadro comunitário de apoio (2014-2020) e engloba a actualização entretanto introduzida (2008) no âmbito do Código dos Contractos Públicos (CCP).
 
Ficam abrangidos pela nova regulamentação "os projectos cujo valor de investimento exceda 25 milhões de euros", valor que aliás é o patamar já estabelecido para o tratamento diferenciado nos apoios financiados por fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020, e do Programa de Desenvolvimento Rural – PDR 2020 (agricultura).
 
Mas a nova regulamentação abrange inclusivamente projectos que, não atingindo aquele valor, "sejam de iniciativa de uma empresa com facturação anual consolidada com o grupo económico em que se insere superior 75 milhões de euros ou uma entidade não empresarial com orçamento anual superior a 40 milhões de euros".  
 
Para beneficiar do regime especial de contratação de apoios públicos, adianta a legislação agora publicada, os "grandes projectos"  têm que demonstrar " que detêm "interesse especial e estratégico para a economia portuguesa".
 
A Aicep (liderada por Miguel Frasquilho, na foto) fica, neste contexto, responsável pela análise, negociação e contratualização dos grandes projectos, e é da sua "competência exclusiva" a "avaliação do mérito" dos mesmos. Também fica a agência do Estado com a responsabilidade de "acompanhamento, controlo e fiscalização da execução dos grandes projectos", e com "a verificação do cumprimento das obrigações contratuais".
 
Quem incumprir, devolve os apoios e paga os juros
 
Ao Estado cabem, caso a Aicep aprove o projecto, as contrapartidas negociadas: quer sejam "incentivos financeiros", "benefícios fiscais", ou até mesmo "investimentos em infraestruturas".
 
Mas, caso a Aicep decida terminar unilateralmente o contrato formalizado, os operadores já sabem que penalizações têm: "perda dos incentivos concedidos, bem como a devolução dos montantes recebidos pelo promotor, acrescidos de juros compensatórios" nos termos e prazos fixados no contrato, e, se for o caso disso, mais "juros de mora calculados à taxa legal em vigor para as dívidas do Estado".
 
O "contrato de investimento pode ser resolvido unilateralmente" pela Aicep em caso de incumprimento do contrato de investimento pelo promotor, da falha do operador nas suas "obrigações legais e fiscais" e por "prestação de informações falsas ou viciação de dados fornecidos" à agência "ou a outras entidades públicas".

Funcionários da extinta Casa do Douro pedem esclarecimentos

Perto de cinquenta pessoas queixam-se da "grande indefinição". Os trabalhadores da Casa do Douro (CD) apresentaram-se esta sexta-feira na sede, no Peso da Régua, exigindo esclarecimentos sobre o seu futuro após a extinção da instituição, enquanto associação de direito público, no dia 31 de dezembro. Perto de meia centena de funcionários, do quadro privado e do setor público, queixam-se da "grande indefinição" que os atinge após a extinção da organização duriense que foi concretizada pelo Governo no último dia de 2014. "Não sei rigorosamente nada", afirmou esta manhã aos jornalistas Fátima Ferreira, funcionária pública, que pertence ao quadro do Ministério da Agricultura, e que trabalhava na CD há 32 anos. Por não ter sido informada sobre o que fazer, Fátima Ferreira resolveu apresentar-se esta sexta-feira no local onde sempre trabalhou, encontrando as portas abertas por decisão da direção da instituição. "Não sei o que vou fazer agora. Fui informada de que a 31 de dezembro os postos de trabalhos estavam extintos. Eu como funcionária pública estava à espera de receber alguma notícia do Governo, saber o que vou fazer da minha vida", salientou. Esta trabalhadora referiu que o seu salário está em dia, tendo recebido como habitualmente a 23 de dezembro, mas agora não sabe se vai para o regime de mobilidade ou se será inserida em qualquer outro serviço do ministério.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Legionella. Fábrica Adubos de Portugal já retomou actividade total


A Adubos de Portugal (ADP) retomou a produção na semana passada, depois de ter estado parada mais de um mês no seguimento do surto de 'legionella' na região de Vila Franca de Xira que vitimou 12 pessoas.

"A ADP recebeu, a 26 de Dezembro, autorização da Inspecção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) para retomar a actividade total da fábrica", avançou à agência Lusa uma fonte da empresa.

A IGAMAOT tinha emitido um mandado de suspensão de actividade da fábrica, decisão relacionada com a presença da bactéria 'legionella' numa das torres de arrefecimento da unidade.

No relatório final do surto, divulgado a 15 de Dezembro, é referido que a situação de Vila Franca de Xira, registada a partir de 07 de Novembro, causou 12 mortos e 375 doentes.

Lusa

Avidouro contesta futuro da Casa do Douro

Dezembro 31
09:13
2014

A Associação dos viticultores Independentes do Douro exige que o governo volte atrás com a sua decisão de transformar a Casa do Douro em associação privada de inscrição facultativa.

A Casa do Douro, que foi criada em 1932, tem vindo a acumular passivos nos últimos anos, atingindo os 160 milhões de euros, verba que se torna insustentável, pelo que o governo decidiu pela sua extinção em 31 de Dezembro de 2014.

O passivo é assumido pelo estado, que recebe o espólio dos vinhos como dação em pagamento, sendo que foi aberto concurso público a instituições privadas para ficarem com o restante património e continuar com o nome e as funções da Casa do Douro.

A Avidouro vem contestar esta decisão, com o argumento que ela só vai favorecer os grandes produtores, prejudicando os pequenos produtores, pelo que apela à mobilização destes, de modo a lutar contra esta decisão.

Se não obtiverem resultados ameaçam fechar as portas da Casa do Douro a cadeado e não permitir a entrada de ninguém a não ser dos viticultores que consideram os seus legítimos proprietários.

Gestão e produção sustentável de bovinos e equinos debatidos em Évora

Dezembro 18
09:35
2014

Évora, (Março de 2015): o Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) em parceria com a Equimuralha vão realizar nos próximos dias 6 e 7 de Março, a 7ª edição das Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora.

Trata-se de um conjunto de seminários e workshops que se realizam no Évora Hotel e se focam, no primeiro dia, nos temas "Enfrentar o Futuro da Pecuária: desafios e oportunidades" e "Técnicas de reabilitação equina".

Ao longo destes dois dias irão ser abordados diversos temas de ruminantes e equinos, em diferentes áreas temáticas, que possibilitem melhorar a produtividade dos sectores, de forma sustentável, contribuindo para o desenvolvimento rural.

As Jornadas constituem uma oportunidade para que investigadores, técnicos e outros profissionais dos sectores possam partilhar ideias, analisar e discutir o estado actual do conhecimento e das perspectivas futuras.

A organização das Jornadas foi mais uma vez movida pela ambição e o desafio de responder às expectativas de todos os que nos procuram, conjugando elevados padrões de qualidade nas palestras e inovação.

O painel de oradores que se debruça sobre os ruminantes, conta com intervenções vindas de várias áreas e com experiências diferentes. Irá manter-se a realização de uma mesa redonda, com a presença de diversas entidades.

Na sala dedicada aos equinos este ano pretende-se dar destaque às mais modernas técnicas de reabilitação em equinos.

No segundo dia o programa versa sobre temáticas mais específicas e workshops práticos para médicos veterinários.

Nos ruminantes, irão decorrer diferentes seminários, onde as Associações de Criadores voltam a ganhar destaque.

As Jornadas do Hospital Veterinário Muralha Évora destinam-se à comunidade em geral, a produtores, criadores, proprietários de animais de produção e cavalos, mas também a médicos veterinários e estudantes. Na sua última edição teve uma participação que superou os 400 participantes, consolidando-se como um evento de importância nacional.

O Hospital Veterinário Muralha de Évora (HVME) e a Equimuralha são duas entidades de referência na região e entendem que para além dos serviços médico-veterinários que prestam à comunidade, devem ter um papel mais interventivo na sociedade ao nível pedagógico, nomeadamente através do desenvolvimento de diversas ações de formação.

Para consultar o programa das jornadas veja no site www.hvetmuralha.pt.

Agricultores começam a apostar na venda directa dos seus produtos

Dezembro 16
09:12
2014

A notícia vem de Coimbra, onde alguns produtores começam a apostar na venda directa dos seus produtos ao consumidor, organizando entregas ao domicílio de cabazes contendo, sobretudo, legumes.

As entregas são feitas a dias fixos e os produtos são normalmente hortícolas perecíveis, que são apanhados na véspera, para chegarem directamente a casa do consumidor em óptimas condições, pois não passaram por nenhum processo de conservação.

Outra vantagem é que o consumidor passa a conhecer o produtor e, portanto, quem produz aquilo que vai comer, tem um rosto e está perfeitamente identificado.

Até ao momento, este sistema está a ser praticado por alguns pequenos produtores, mas está a ganhar cada vez mais aderentes por parte dos consumidores, pois a qualidade dos produtos é muito superior ao que encontram no supermercado e não pagam mais por isso.

Os produtores, por seu lado, e apesar de terem muito mais trabalho, conseguem uma remuneração mais correcta dos seus produtos e evitam a pressão da grande distribuição, que é sempre de baixar preços.

Outra vantagem é que os consumidores têm a certeza de que estão a comprar produto nacional e produzido localmente. A desvantagem deste sistema é que está limitado à produção sazonal e, portanto, não pode manter um abastecimento regular ao longo do ano dos mesmos produtos, o que, no entanto, não tem perturbado os consumidores.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Transição das medidas agro-silvo-ambientais do proder para o pdr 2020

No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do novo quadro de apoio - PDR 2020, foi definido o conjunto de novas medidas agro-ambientais e silvo-ambientais que irá vigorar durante os anos 2015 a 2020. O programa foi avaliado pela Comissão Europeia, tendo sido aprovado no decurso do mês de dezembro de 2014.

Tendo em conta que existem compromissos agro-silvo-ambientais iniciados no quadro comunitário anterior, ao abrigo do PRODER, cujo ciclo de cinco (5) anos obrigatórios terminarão entre 2015 e 2017, importa informar que, ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1974/2006, de 15 de dezembro, nomeadamente do seu art.º 46.º, os beneficiários que se encontrem nesta situação, poderão adotar umas das seguintes três opções:

Cessar os compromissos assumidos no âmbito do PRODER, não se exigindo por esse motivo o reembolso das ajudas pagas;
Cessar os compromissos assumidos no âmbito do PRODER, não se exigindo por esse motivo o reembolso das ajudas pagas e iniciar novo ciclo de cinco (5) anos de compromisso no âmbito das medidas do PDR 2020;
Concluir o ciclo de cinco (5) anos iniciado no âmbito do PRODER nas medidas equivalentes do PDR 2020 (ver quadro abaixo).

Quadro de equivalência entre medidas agroambientais do PRODER e medidas do PDR 2020
PRODER PDR 2020
Nome das Medidas Código Nome das Medidas
Modo de produção integrado 7.2.1. Produção integrada
Modo de produção biológico 7.1.2. Agricultura biológica
Conservação do solo 7.4. Conservação do solo
Proteção da biodiversidade doméstica 7.8.1. Recursos genéticos - raças autóctones em risco
ITI Douro Vinhateiro 7.6.2. Culturas permanentes tradicionais - Douro Vinhateiro
ITI Peneda Gerês 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
ITI Montesinho e Nogueira 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
ITI Douro Internacional, Sabor, Maçãs e Vale do Côa 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
ITI Tejo Internacional 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
ITI Castro Verde 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
ITI Alentejo 7.3.2. Pagamentos Rede Natura - Apoios zonais de caráter agroambiental
 

Informa-se ainda que, nas medidas ao abrigo do PDR 2020, os compromissos iniciam-se a 1 de janeiro do ano da candidatura.

Assim, todos os beneficiários que pretendam candidatar-se às medidas do PDR 2020 no Pedido Único de 2015 (por via da criação de novo compromisso ou por transição de um compromisso assumido no PRODER) deverão assegurar o cumprimento dos critérios de elegibilidade e dos compromissos a partir do dia 1 de janeiro de 2015.

Vinho branco português impressiona revista "Forbes"


31 Dez 2014 < Início < Notícias

Um vinho branco português mereceu, recentemente, destaque na secção de Comida&Bebida da revista norte-americana "Forbes".
O Kopke DOC Douro Branco 2011, da Sogevinus, foi considerado um "deleite" pelo crítico de vinhos Nick Passmore, que o conheceu numa passagem por Inglaterra.
"O Kopke é atrativo" e tem "uma mineralidade rígida e concentrada", bem como um "toque cítrico fresco", elogia Passmore na "Forbes", descrevendo-o como um vinho "prazeroso" e que desempenhou um papel "perfeito" no acompanhamento de um prato de salmão fumado durante a quadra natalícia. 
O crítico explica que este é um vinho branco oriundo do vale do Douro, "lar do mais famoso produto português, o vinho do Porto", que, apesar de célebre, "atualmente, não voa das prateleiras", o que levou os produtores a "apostar, com diferentes graus de sucesso, numa diversificação para os vinhos de mesa". 
A experiência tem sido, particularmente, voltada para os vinhos tintos, porque "os brancos são mais difíceis de conseguir", mas, na opinião de Passmore, o Kopke é um exemplo de que é possível e tal deve-se, entre outros fatores, à escolha das uvas, um elemento "fundamental" devido ao "forte sol português", que pode arruinar a qualidade do vinho. 
"A casta Arinto é de elevada acidez, ao passo que a Rabigato combina acidez com peso e substância, o que torna possível produzir vinhos vivos em casos em que as variações de temperatura poderiam secar as suas raízes", escreve o colaborador da "Forbes" a propósito do "Kopke".
Passmore, que atribui cinco estrelas a este branco e recomenda aos amantes do vinho que o provem a par de uma entrada ou de um prato de peixe ou frango, acrescenta ainda que os brancos e tintos do Douro estão em crescendo que "é de esperar que, no futuro, se encontrem muitos mais vinhos modernos, equilibrados e bem feitos como este".

Clique AQUI para aceder à crónica do crítico publicada na "Forbes" (em inglês).

Matérias-primas agrícolas: Um ano agri-doce


31 Dezembro 2014, 13:02 por Carla Pedro | cpedro@negocios.pt

2014 foi um ano de grandes disparidades nas matérias-primas agrícolas. Globalmente, os preços estão em queda no acumulado do ano, segundo o índice da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), que agrega 55 produtos agrícolas. Mas houve fortes subidas, com o café à cabeça.
Os piores desempenhos de 2014 pertencem à soja, milho e algodão. No entanto, há "commodities" que sobressaem em alta, como é o caso do café, do cacau e do sumo de laranja. O café, aliás, é a grande vedeta em matéria de performance positiva em 2014, com um ganho de %%
 
Os cereais registaram fortes altos e baixos e as últimas subidas não têm sido suficientes para atrair os investidores de volta à agricultura. Só no último trimestre de 2014 saíram cerca de 85 milhões de dólares dos ETF (fundos de investimento negociados em bolsa, que replicam o desempenho dos índices) ligados aos produtos agrícolas, como trigo, soja, milho, café e açúcar, referem os dados compilados pela Bloomberg. No acumulado do ano, essa retirada ascende a 158 milhões de dólares.
 
Apesar de o sub-índice Bloomberg Grains (só dedicado aos cereais) ter disparado 20% desde finais de Setembro, num contexto de aumento da procura das colheitas norte-americanas e de receios de que a Rússia diminua as exportações, no acumulado de 2014 cai cerca de 6%, a caminho do segundo ano consecutivo de desvalorização. Já o sub-índice Bloomberg Agriculture, que agrega o café, milho, algodão, sementes de soja, óleo de soja, açúcar e trigo, cai 6,5% no conjunto do ano.
 
Mas vamos por partes. Como se comportaram estas principais matérias-primas isoladamente, entre cereais, oleaginosas e outros produtos agrícolas?
 
Café regista a maior valorização do ano
 
O café de tipo arábica registou uma subida superior a 50% no acumulado de 2014, no mercado de futuros nova-iorquino ICE. No entanto, a valorização anual chegou a ser superior, apesar de a produção mundial ter excedido a procura pela quinta campanha agrícola consecutiva.
 
Em Outubro, os preços do arábica registavam um acréscimo de 50% desde o início do ano, depois de a seca ter afectado as plantações e diminuído as perspectivas de rendimento das colheitas no Brasil, que é o maior produtor do mundo. Entretanto, as chuvas fizeram-se sentir, o que ajudou à produção e travou o ímpeto altista nos mercados. Só em Dezembro, os preços caíram mais de 10%.
 
Já o café de tipo robusta somou 13% desde Janeiro, tendo sido a sua escalada penalizada pelo facto de muitos fundos estarem a liquidar as suas posições no final do ano. E estima-se que este movimento de vendas regresse em Janeiro, segundo as estimativas de Keith Buers, operador do Marex Spectron Group, citado pela Bloomberg.
 
Cacau
 
Os preços do cacau somaram mais de 9% entre Janeiro e Dezembro deste ano. Foi o quarto ano consecutivo de valorização, devido a um défice na produção global face à procura? Esse défice de oferta deveu-se, nomeadamente, às doenças que atacaram os cacaueiros na África Ocidental, à possibilidade de o vírus do ébola chegar ao maior produtor mundial, Costa do Marfim, e também devido à instabilidade política em algumas regiões produtoras.
 
Esta diminuição da oferta de cacau fez disparar os preços nos mercados internacionais, gerando-se algum receio de que um dos seus maiores dependentes, o chocolate, pudesse estar ameaçado de escassez. Mas tal não acontecerá. "Rareando a oferta, a procura faz subir os preços, mas isso é normal e a situação tenderá a estabilizar. Daí a acabar o chocolate vai uma grande diferença", sublinhou ao Negócios o secretário-geral da Associação dos Industriais de Chocolate e Confeitaria (ACHOC), Manuel Barata Simões.
 
Sumo de laranja
 
Foi outro – dos poucos – produtos de origem agrícola que esteve em alta no cômputo de 2014. O sumo de laranja, que faz parte dos principais índices de "commodities" agrícolas, fecha o ano com um ganho agregado de 3,7%.
 
O maior produtor de laranjas do mundo, que é o Brasil (seguido de perto pelo Estado norte-americano da Florida), registou uma quebra da produção este ano, sobretudo devido à seca, o que tem sustentado os preços. Recorde-se que São Paulo é o maior Estado produtor de laranjas no Brasil, sendo que este país lidera a produção agregada de citrinos em termos globais.
 
Já na Florida, as temperaturas abaixo do normal também provocaram estragos nas colheitas, o que contribuiu para a subida das cotações deste produto.
 
Açúcar
 
2014 foi um ano pouco doce para esta "commoditiy". O açúcar não refinado caiu 10% no acumulado do ano, naquele que foi o quarto ano consecutivo de descidas. Já o açúcar branco (refinado) recuou 13%.
 
Estas quedas reflectem sobretudo o excesso de açúcar no mercado, com a oferta a suplantar a procura pelo quinto ano consecutivo.
 
Entre os factores de pressão, além do excedente mundial, esteve a debilitação da moeda brasileira, a queda dos preços do petróleo, os subsídios na Índia e as novas refinarias no Médio Oriente.
 
O sector receia que o Brasil – maior produtor mundial – possa continuar a transferir mais cana-de-açúcar para a produção de açúcar do que para o etanol, dada a forte queda dos preços mundiais do petróleo. De facto, os preços mais baixos do petróleo tornam o etanol um pouco menos atractivo, o que poderá incentivar a uma maior produção de açúcar no Brasil, onde a cana pode ser usada para adoçante ou para este biocombustível.
 
Assim sendo, o excedente de açúcar manter-se-á. No entanto, especialistas do sector citados pela Bloomberg têm começado a chamar a atenção para a maior procura de açúcar que começa a observar-se por parte do Médio Oriente. Se a tendência assim continuar, o excesso de açúcar no mercado poderá ser escoado com maior facilidade.
 
Trigo
 
Os preços do trigo nos EUA estão no nível mais baixo dos últimos quatro anos, devido à forte produção. Contudo, as cotações têm subido nas últimas semanas, na esteira dos receios de um período de seca na Austrália e das iniciativas da Rússia para limitar as suas próprias exportações de cereais como forma de evitar que os preços do pão subam muito mais numa altura em que o rublo desvaloriza.
 
Mas esta recente valorização pode ser pontual. O Departamento norte-americano da Agricultura (USDA) estima que a colheita mundial da actual campanha agrícola atinja um recorde de 722,18 milhões de toneladas. A ser assim, a pressão sobre os preços irá manter-se.
 
"A produção mundial de trigo atingiu novos recordes em 2013 e 2014, contradizendo as afirmações alarmistas de que o aquecimento global estava a reduzir as colheitas", referia a Forbes a 26 de Dezembro. De facto, alguns especialistas em ambiente salientaram recentemente, num artigo citado pela Reuters, que nas últimas décadas o rendimento das colheitas de trigo diminuiu em regiões mais quentes, como a Índia, África, Brasil e Austrália, mais do que ofuscando o aumento das colheitas em locais mais frescos, como algumas regiões dos EUA, Europa e China. No entanto, em termos globais, esse efeito não está a ser visível. Segundo os dados do USDA, citados pela Forbes, as colheitas de trigo a nível mundial aumentaram 33% desde 1994.
 
Milho
 
Os preços do milho chegaram a cair 40% este ano, atingindo a 1 de Outubro um mínimo de cinco anos. Depois disso, retomaram fôlego e conseguiram reduzir a descida em 2014 para 24%.
 
A produção de etanol está a provocar um fluxo regular de procura de milho e estima-se que o consumo por parte da China também aumente depois de o governo ter levantado o bloqueio à importação de alguns organismos geneticamente modificados, segundo os analistas da Shanghai Intelligence Co. e da Beijing Orient Agribusiness Consultant, citados pela Bloomberg.
 
 
Soja
 
Esta oleaginosa registou um recuo de 20% no acumulado do ano, pressionada sobretudo pela vasta oferta. Com efeito, a produção mundial de soja deverá subir para 312,9 milhões de toneladas na actual campanha agrícola, contra 285 milhões na campanha de 2012-2013, segundo as previsões da Oil World.
 
"As condições atmosféricas da América do Sul deverão continuar a ser propícias a boas colheitas", considera o Commonwealth Bank of Australia. O que manterá a pressão sobre os preços.
 
Algodão
 
A matéria-prima de origem agrícola, usada na produção têxtil, perdeu 26% no acumulado de 2014.
 
Em finais do ano, os preços registaram uma subida, devido à desvalorização do dólar australiano e à menor plantação deste produto em 2014. No entanto, o consumo em baixa - que nem a prolongada queda das cotações fez retomar – acabou por penalizar o algodão no conjunto do ano.
 
O esperado aumento da procura por parte das moagens, que se estimava que aconteceria devido à diminuição dos preços, também não se concretizou. E isto porque  os stocks de alta qualidade não estão disponíveis devido a problemas na Austrália e na China, conforme comentou à Bloomberg um professor da Universidade do Mississipi, O.A. Cleveland.
 
Além dos stocks que a China acumulou, o USDA também prevê que os inventários aumentem em termos mundiais. "Isso é certamente um motivo de receio", referiu à Bloomberg o conselheiro Matt Leeson, da Independent Commodity Management. Mas a queda dos preços do petróleo poderá tornar os preços do algodão sintético mais competitivos e Leeson acredita que haverá um aumento da procura de têxteis.

Programa POSEI: Governo dos Açores paga 22 milhões aos agricultores



O Governo dos Açores anunciou hoje o pagamento de cerca de 22 milhões de euros aos agricultores da região relativos aos prémios do programa POSEI, designadamente culturas arvenses e produtores de leite, vaca leiteira, ovinos e caprinos e vacas aleitantes.

"O regulamento prevê que estes pagamentos possam ser feitos até 30 de junho de 2015, mas o Governo Regional desenvolveu todos os esforços para que a sua liquidação decorresse nesta data, conforme se havia comprometido", refere uma nota do gabinete de imprensa do executivo.
O POSEI é um programa específico da União Europeia (UE) que existe desde 1992, destinado às regiões ultraperiféricas como os Açores e que visa compensar os sobrecustos e dificuldades de produção.
O comunicado refere que o Governo Regional reforçou a dotação do prémio do POSEI aos produtores de leite, reduzindo para 4,3% o rateio neste prémio.
A portaria que regulamenta as novas regras para os pagamentos diretos aos agricultores açorianos, no âmbito do programa POSEI, recentemente aprovado pela Comissão Europeia, foi entretanto hoje publicada em Jornal Oficial.
Foram extintos alguns prémios, cujas dotações financeiras transitam para outras medidas consideradas de "maior relevância na agricultura regional".
De acordo com a portaria hoje publicada, o novo programa POSEI contempla um crescimento em 20% da dotação na área da diversificação, com o objetivo de "aumentar a produção, promover o autoabastecimento e reduzir a dependência do exterior".
O prémio aos produtores de leite, no âmbito deste programa específico criado pela UE, é alvo de um acréscimo de cerca de dois milhões de euros e passa a ser atribuído em função do leite produzido, ainda de acordo com o Jornal Oficial dos Açores.
Já no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRORURAL), o executivo açoriano pagará também hoje aos beneficiários da região cerca de 6,1 milhões de euros relativos às medidas de investimento na modernização das explorações agrícolas e da agroindústria dos Açores.
Dinheiro Digital com Lusa

Champanhe? Cuidado com estes sete erros

ANO NOVO
31/12/2014, 13:27

Quando o relógio estiver a cruzar a meia noite e a passagem de ano for iminente, é costume arrancar a corrida à garrafa de champanhe. Aqui ficam sete erros a evitar na altura de beber vinho espumante.

Festa da grossa. Está aí um novo ano, pronto a dobrar a esquina, e a dar uma desculpa para, festejando, entrar bem em 2015. O facto de o 1 de janeiro se mascarar de feriado também ajuda. Mesmo não querendo, a tradição ordena a que se descanse e, assim, dá mais uma desculpa para quem pretende passar a última noite do ano em farra e celebração. E os hábitos, mandões, impõem que um dos convidados da festa seja o champanhe.

Ele até costuma andar pela mão de todos. Assim que a meia noite começa a espreitar na esquina, o reboliço da passagem de ano arranca: reúnem-se copos, tiram-se as garrafas do frigorífico e juntam-se as pessoas. Depois é esperar que a hora oficialize a troca de ano, desejar saúde a quem está à volta e toca a beber o espumante. É tradição, sim. Mas também há regras por respeitar.

Ou devia haver. Pelo menos foi isso que o Huffington Post, com a ajuda de Elise Losfelt, enóloga da Moët & Chandon, escreveu quando deixou sete conselhos — e, ao mesmo tempo, sete erros que, por norma, se cometem — quando se opta por beber vinho espumante. E um deles até tem a ver com festa.

1. Os copos flauta

A tradição também parece mandar que um champanhe se beba num copo flauta. Ou seja, num que seja estreito e, no topo, alargue um pouco. Mas Elise Losfelt explicou ao site norte-americano que isso é errado. "Os copos com esta forma até sufocam os aromas e sabores", explica. O perfeito, garante, é um normal copo de vinho branco, que permite ao espumante respirar. Os outros só são bonitos para ver o soltar das pequenas bolhas de gás.

2. Só beber champanhe com iguais e "boa comida"

A passagem de ano até o acompanha de passas. Em outras ocasiões, porém, é normal que o champanhe só apareça em jantares de gala, nos quais a comida se una ao requinte. Mas o melhor mesmo é lembrar-se do vinho espumante quando à mesa também terá comida salgada e gordurosa, como frango, batatas fritas ou qualquer coisa vinda de um churrasco. Pelos vistos, é quando sabe melhor. É por isso que em Portugal se costume beber espumante a acompanhar salmão, que vai especialmente bem com espumante tinto.

3. Encher demasiado o copo

Aqui a culpa será do ímpeto. O aconselhável é preencher apenas um terço do copo com champanhe. Enche-lo significa que será mais fácil, e rápido, que a temperatura da bebida aumente. Ora o champanhe sabe melhor bem frio.

4. Abrir a garrafa de forma errada


O Huffington Post resume a arte da abertura em três pontos. E diz que, assim, não há maneira de errar: primeiro, coloque o polegar em cima da rolha, pressione; depois desenrole o arame que envolve a rolha e, por fim, com a outra mão, comece a desenroscar a garrafa da rolha, e não o contrário. Parece fácil, certo?

5. Guardar a garrafa tempo demais no frigorífico

À falta de uma adega ou cave, o melhor é ter uma garrafa de champanhe no sítio escuro e fresco. O interior do frigorífico apenas serve caso a garrafa seja para ser aberta passados três, quatro dias, no máximo. "Se a guardar durante semanas [no frigorífico] será problemático", explicou Elise Losfelt, pois lá "não há humidade" e, por isso, "a rolha acabará por secar". Se isto acontece, o "selo entre a garrafa e a rolha soltar-se-á" e "o champanhe oxidará mais rápido". E isto tudo é igual a perda de aromas.

6. Por onde se pega no copo

Voltamos à temperatura. Agora não tanto por causa da quantidade de líquido, mas do sítio onde se coloca a mão que pega no copo. Aconselha a especialista que se pegue no pé do copo, ao invés da taça. Porque, desse modo, a mão vai transmitir o calor do corpo para o copo. O que, lá está, ajudará a aquecer o champanhe — que não é o objetivo.

7. Champanhe só para as ocasiões especiais

Isto é coisa que não vem escrito no rótulo. Portanto, porquê guardar o espumante só para aniversários, passagens de ano ou celebrações? "Não pense demasiado sobre champanhe. Simplesmente, aprecie-o", defende Losfelt. E até disse mais: "Se neste momento tiver uma garrafa no frigorífico, não espere por uma ocasião especial. Verá que, ao abrir essa garrafa, será a ocasião especial a ir ter consigo." Por isso, toca a experimentar.

É um lago? Sim, mas em vez de água está cheio de fezes e urina de porco


Um realizador enviou um drone para uma das maiores fábricas de criação de suínos dos Estados Unidos. As imagens que obteve são chocantes

30-12-2014 • Tânia Pereirinha

A Smithfield Foods é a maior produtora de carne de porco nos Estados Unidos e uma das maiores do mundo. A Murphy-Brown é uma das suas sub-empresas que, só no estado da Carolina do Norte, tem mais de duas mil fábricas - e não quintas, aponta o realizador Mark Devries - de criação de suínos. Foi sobre uma delas que o drone comandado pelo realizador/activista filmou as imagens chocantes a que o titulo alude.
 
"Os animais que comemos crescem dentro de fábricas gigantes escondidas pelo país. Desde 2012 que tenho secretamente trabalhado neste projecto para denunciar estas quintas-fábricas recorrendo ao equipamento de espionagem mais tecnologicamente avançado que existe: drones. Este vídeo dá apenas uma amostra daquilo que vi durante uns dias de filmagens", explica o autor do filme, de 4:45 minutos.
 
Aquilo que descobriu? Além de edifícios gigantescos e fechados onde crescem, alegadamente sem espaço para se virarem sobre si sequer, milhares de porcos, um lago, com o tamanho de quatro campos de futebol americano (são 439 metros de comprimento por 195 de largura), cheio de fezes e urina dos animais. "As consequências são desastrosas", diz o realizador, que entrevistou várias pessoas na zona. "Às vezes até animais mortos são atirados lá para dentro. As pessoas não podem sequer abrir as janelas, muito menos sair de casa."
 
Steve Wing, professor de Epidemiologia na Escola Gillings de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte diz que as fábricas do género têm sido instaladas em zonas especialmente pobres e fala em "racismo ambiental". Também garante que já há estudos feitos sobre as consequências para a saúde desta proximidade: "Esta poluição está a afectar a pressão arterial das pessoas. Há mais casos de asma do que o normal, sobretudo entre as crianças, e nos adultos têm sido diagnosticadas várias doenças respiratórias". 
 
A Smithfield Foods não foi ouvida no filme.

Formação a copo promovida pela VINIPORTUGAL para incentivar o bom serviço de vinho

QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO  DE 2014
 
Realizada no dia 05 de Janeiro, a partir das 15h, na Sala de Provas do Porto e dirigida ao canal Horeca
 
O canal Horeca é convidado pela ViniPortugal a participar na formação que será realizada do próximo dia 05 de Janeiro, a partir das 15h, na Sala de Provas dos Vinhos de Portugal, no Palácio da Bolsa, no Porto. Esta iniciativa tem por objectivo formar o sector da restauração a nível nacional, reforçar o seu conhecimento do vinho nacional e transmitir as inúmeras vantagens do serviço de vinho a copo.
 
A formação é de inscrição gratuita e será organizada entre 15h e as 18h e conduzidas pela formadora Daniela Macedo. É promovida no âmbito das formações A Copo e está focada no serviço a copo, pretendendo evidenciar que o vinho a copo pode ser um factor diferenciador e potenciador da fidelização de clientes. De forma complementar, a formação procurará ainda aperfeiçoar as competências dos participantes relativamente ao produto vinho e melhora o conhecimento dos formandos sobre os Vinhos de Portugal.
 
 
Os interessados poderão procurar mais informações na página https://www.facebook.com/pages/A-COPO/166157413418827 ou contactando o número 213569890

Agricultores de Aveiro pedem ao Governo que trave anunciada baixa do preço do leite

30-12-2014 12:55 | Norte
Porto Canal com Lusa 

A Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA) apelou hoje ao Governo para pôr fim à anunciada redução de três cêntimos no preço de cada litro de leite pago ao produtor a partir de 01 de Janeiro de 2015.

Em comunicado, a ALDA diz que esta baixa do preço do leite na produção acontece num momento de "grandes dificuldades" para os agricultores e é "uma forte machadada" para grande parte das explorações leiteiras.

A ALDA manifesta-se preocupada com esta situação, advertindo que "muitas explorações leiteiras, em particular as pequenas e médias explorações familiares, não irão resistir" a esta anunciada baixa de preços à produção.

Responsabilizando o Governo pela situação difícil dos agricultores, devido às "más políticas comunitárias e nacionais, com particular destaque do fim das quotas leiteiras", a ALDA apela ao executivo de Pedro Passos Coelho para que intervenha neste setor no sentido de pôr fim às dificuldades das explorações e à anunciada baixa do preço do leite na produção.

Por fim, a ALDA apela aos produtores à unidade, mobilização e luta em defesa da produção de leite do país.

Na passada segunda-feira a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) também alertou para as consequências desta anunciada descida no preço do leite na produção, adiantando que para a maioria dos produtores, isto representará uma descida entre seis e oito cêntimos por litro no prazo de oito meses.

"Com esta baixa de quase 10%, a esmagadora maioria da produção irá ficar no limiar da rentabilidade e naturalmente aqueles que mais investiram nos últimos anos terão dificuldade em manter os compromissos assumidos", diz a APREOLEP.

A associação assinala ainda que o preço do leite em Portugal permaneceu abaixo da média comunitária desde abril de 2010 e não acompanhou os preços altos registados no norte e centro da Europa, lamentando que a indústria de lacticínios e a distribuição não aproveitassem a oportunidade para "corrigir essa injustiça contendo esta descida acentuada de preço".

A APROLEP salienta ainda que "a fileira do leite em Portugal apenas terá futuro se mantiver o grau de auto-aprovisionamento de leite produzido por produtores nacionais".

The Telegraph elege rotas gastronómicas portuguesas



Terça-feira, 30 de Dezembro de 2014
The Telegraph elege rotas gastronómicas portuguesas
O Porto e a região do Douro são destacados pelo jornal como uma boa sugestão para a degustação de vinhos
O jornal britânico The Telegraph elegeu os quatro melhores percursos para experimentar a gastronomia portuguesa, no ano que aí vem. A rota, que incide sobre o Porto, o Alentejo e o Douro, inclui provas de vinhos, viagens gastronómicas e aulas de cozinha tradicional Portuguesa.


Conheça abaixo as sugestões da publicação britânica:

1. Rota do Douro: o The Telegraph recomenda uma viagem pelos conhecidos barcos Rabelos, para conhecer "o belo e o amplo Douro", e fazer também uma passagem pelas várias vinícolas da região, como por exemplo a Quinta do Seixo. Lamego é outra das regiões em destaque no jornal, juntamente com uma visita à fronteira com Espanha, antes do regresso ao Porto, "para algumas degustações de vinho memoráveis".

2. Porto: O Yeatman Hotel é recomendado pela publicação como uma escolha gastronómica acertada para as férias em Portugal, uma vez que se encontra situado acima das caves do vinho do Porto. As "magníficas vistas sobre o Douro para as fachadas mediavais coloridas" e a estrela Michelin que conquistou, garantem que o The Yeatman Hotel oferece aos seus clientes a possiblidade de provarem especialidades regionais como a sopa de marisco ou o polvo assado.

3. Alentejo: Em 2015, a região irá acolher mais uma edição do Alentejo Food & Wine Festival, que reúne os melhores restaurantes e produtores da região. A publicação destaca a degustação do famoso porco preto, as azeitonas e o queijo de ovelha típicos do local. O jornal sugere ainda uma tour gastronómica pela região, em especial por Marvão, para provar as castanhas e os cogumelos selvagens, bem como as migas de espargos (carne de porco preto com espargos cultivados no local) e o arroz de lingueirão com choco frito.

4. Ria Formosa: O jornal britânico sugere as "águas quentes" da Ria Formosa para a caça de marisco, como por exemplo amêijoas e mexilhões. Mas se preferir comprá-lo, o The Telegraph recomenda os mercados "barulhentos" de Olhão, descrita como uma "encantadora cidade caiada de branco". Aqui, a publicação sugere uma visita guiada pelo ria e pelas dunas da região. O The Telegraph recorda ainda o Festival Anual do Marisco que decorre em Olhão entre 9 a 16 de Agosto.

5. Aulas de culinária no Esporão: Com um tema diferente por dia, estas aulas têm a duração de 12 horas semanais, de forma a que o visitante tenha tempo para visitar "as cidades e aldeias locais famosas pela sua mármore, cerâmica e mobiliário pintado", bem como as vinhas da região onde se pode "aprender sobre as variedades de uvas portuguesas e como conjugar o vinho com as refeições". Nestas aulas, os alunos também poderão descobrir receitas tradicionais, como por exemplo de bacalhau.

Notícia sugerida por Maria da Luz

Feira do Porco de Boticas mantém preço dos enchidos para atrair mais visitantes

30-12-2014 

 
A Feira Gastronómica do Porco de Boticas, de 09 a 11 de Janeiro, mantém os preços do fumeiro e tem um menu de baixo custo para atrair mais visitantes, afirmou à Lusa o presidente da câmara.

Fernando Queiroga frisou que o certame tem 70 expositores, entre os especializados em enchidos e em artesanato, esperando-se que aquele município do distrito de Vila Real receba por essa altura 70 mil visitantes, portugueses e espanhóis, mais 10 mil do que na edição anterior.

Durante os três dias da feira, o autarca prevê a venda de 40 a 50 toneladas de fumeiro e um volume de negócios de 450 mil euros. «A feira nasceu para defender os interesses do mundo rural barrosão e a preservação, valorização e divulgação dos produtos da agricultura e pecuária local», afiançou.

Na opinião de Fernando Queiroga, o certame é uma "mais-valia" para o concelho porque traz dinamização económica e dá a possibilidade aos produtores de escoar o seu produto e angariar clientes.

O preço do fumeiro irá manter-se ao do ano anterior, dado o menor poder de compra dos visitantes. «Não faria qualquer sentido aumentar os preços praticados na feira, já que isso poderia ter reflexo no decréscimo do volume de vendas», frisou.

O número de restaurantes aumentou e apresentam um menu a um preço acessível (17,50 euros), com quatro iguarias da região, para atrair pessoas.

Uma das novidades da feira é a realização de `show cooking´ com a presença de chefes de cozinha que irão convencionar novos pratos com produtos tradicionais de Boticas.

Quanto ao número de produtores, Fernando Queiroga revelou que surgiram «muitos» interessados em participar, mas a autarquia não quer aumentar de forma significativa a quantidade de produtos à venda porque o «fundamental» é garantir a sua qualidade.

«Queremos que os produtos vendidos se mantenham num patamar elevado», afirmou. Acrescentando que «o veterinário municipal regista e acompanha todos os animais num controlo muito apertado para garantir a genuinidade dos enchidos».

Fonte: Lusa

Petróleo cai para mínimos de cinco anos e meio

30-12-2014 
 

 
O preço do barril de "brent" bateu esta manhã os 57 dólares com os países produtores a recusarem-se a diminuir a produção.

O preço do petróleo caiu esta manhã para mínimos de cinco anos e meio, com o barril de "brent" a valer 57 dólares devido a preocupações cada vez maiores com um excesso de oferta.

O preço do "brent", que serve de referência a Portugal, caiu 98 cêntimos para 56,90 dólares esta manhã, depois de ter atingido ontem os 56,74 dólares, o preço mais baixo desde Maio de 2009.

Já relativamente à produção dos Estados Unidos o preço do barril caiu 77 cêntimos para 52,84 dólares depois de ter caído 1,12 dólares ontem. Chegou a atingir os 52,70 dólares, o mais baixo desde Maio de 2009.

Alguns analistas contactados pela Reuters prevêem que o "brent" possa baixar até 55 dólares por barril e que o crude norte-americano possa cair para 50 dólares por barril no início do próximo ano. E não há sinais de que os países da OPEP tencionem abrandar a produção.

As interrupções de fornecimento da Líbia, devido à crise política, seguraram os preços do petróleo, mas agora o país está a produzir cerca de 128 mil barris por dia. O aumento do fornecimento global de petróleo e ainda a recusa dos países da OPEP em reduzir a produção têm afectado os preços.

Fonte: Económico

PME's vão poder concorrer a fundos para internacionalização

30-12-2014 
 

 
As Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas vão poder, a partir de hoje, concorrer a fundos para a internacionalização, naqueles que são os primeiros concursos para empresas inseridos já no âmbito do novo quadro comunitário.

Ao todo, avança a edição desta terça-feira do Diário Económico, haverá 100 milhões de euros para acções conjuntas.

O jornal salienta, no entanto, o facto de o programa prever apenas acções conjuntas, deixando de fora candidaturas isolados e abrindo caminho a projectos de associações empresariais.

De referir ainda que estes 100 milhões de euros são apenas uma parte de um plano comunitário maior, que pretende agora apoiar empresas, sendo que, até 2020, serão disponibilizados 6,2 mil milhões de euros para investimentos empresariais.

Fonte: Dinheirodigital


E se doenca de creutzfeldtjakob esporadica vier das ovelhas

Pela primeira vez, uma experiência mostrou que a encefalopatia espongiforme das ovelhas pode saltar a barreiras das espécies e infectar proteínas humanas existentes no cérebro. A experiência foi em ratinhos modificados para produzirem essas proteínas humanas.
 
Mesmo que os priões das ovelhas passem para os humanos, os cientistas não consideram que isso seja uma grande ameaça sanitária Enric Vives-Rubio 


O estranho mundo dos priões tornou-se notícia frequente em 1996, quando apareceram os primeiros casos da doença das vacas loucas, em Inglaterra. Prião, do inglês "prion", é uma conjugação das palavras "proteína" (protein, em inglês) e infecção" ("infection) e revela uma ideia bizarra – a de que as proteínas podem adquirir a capacidade de infectar animais e pessoas e de se multiplicarem, causando uma doença neurodegenerativa. Até ali, pensava-se que só os vírus, as bactérias e outros parasitas poderiam causar infecções.

Mas a encefalopatia espongiforme bovina – o nome oficial da doença das vacas loucas, mostrou o perigo deste fenómeno biológico e assustou os governos devido às suas consequências sanitárias – já terá estado na origem da morte de mais de 170 pessoas no Reino Unido e pelo menos duas em Portugal. Os priões que existiam nas vacas estavam a infectar pessoas que ingeriam carne e outros produtos contaminados, saltando a barreira das espécies, e causando uma variante da doença de Creutzfeldt–Jakob, descrita em 1920 pelos neurologistas alemães Hans Gerhard Creutzfeldt e Alfons Maria Jakob.

Há também uma variação desta doença em ovelhas e cabras, chamada "scrapie", já conhecida há três séculos, mas até agora pensava-se que não poderia saltar para os humanos. Uma experiência em ratinhos geneticamente modificados com a versão humana da proteína normal dos priões mostrou que os priões das ovelhas e cabras podem passar para aqueles roedores. A descoberta, publicada na revista Nature Communication, obriga a "reconsiderar a possibilidade" de a forma mais comum da Creutzfeldt–Jakob ter origem na scrapie.

A versão mais frequente da doença nos seres humanos – a Creutzfeldt–Jakob esporádica – aparece entre os 40 e os 70 anos. Os primeiros sintomas da doença passam pela mudança nos comportamentos das pessoas. Depois, os doentes sofrem de demência progressiva, com alucinações e movimentos involuntários. Um ano após o início dos sintomas, as pessoas morrem e não há nenhum tratamento.

No cérebro, o que está a acontecer é uma degeneração do tecido nervoso com a morte de neurónios. A culpa é dos priões. Na sua forma saudável, estas proteínas estão nas membranas das células do sistema nervoso e são degradadas normalmente.

No entanto, há uma variante desta proteína que tem uma forma tridimensional diferente. Nessa forma, o corpo não consegue degradar a proteína, e esta acumula-se. Pior, a proteína deformada – o prião – é capaz de alterar proteínas do prião saudáveis e transformá-las em priões com a forma não degradável. Este processo faz aumentar a quantidade de priões no cérebro, que se acumulam em placas fora das células, causando a degenerescência do tecido.

Nos cortes histológicos dos cérebros das pessoas que morreram, o tecido cerebral aparece com buracos microscópicos, dando-lhe um aspecto esponjoso.

A doença Creutzfeldt–Jakob esporádica, responsável por 85% dos casos, não está ligada a nenhuma mutação do gene humano que comanda o fabrico da proteína do prião (o PRNP) e, segundo o que se sabe, surge espontaneamente. Na forma genética da Creutzfeldt–Jakob, uma mutação no gene pode desencadear esta doença.

Quando a doença das vacas loucas surgiu, as pessoas afectadas tinham uma média de idade de 28 anos. Os priões das vacas, ingeridos na carne, foram capazes de transformar as proteínas saudáveis humanas em priões, saltando assim a barreira das espécies e causando a doença.

Há outros animais que têm doenças semelhantes, como os veados. No caso das ovelhas e cabras, a doença faz com que estejam sempre a raspar a pele devido à comichão, por isso o nome scrapie.

Até agora, pensava-se que a scrapie não conseguia saltar a barreira das espécies. Mas a experiência da equipa de Olivier Andréoletti, do Instituto Nacional de Investigação Agronómica de França, aponta no sentido contrário.

Os cientistas injectaram diferentes tipos de priões, que causam a scrapie, em ratinhos com o gene humano PRNP. Deste modo, queriam testar se estes ratinhos ficavam infectados e se a proteína humana era vulnerável aos priões vindos de ovelhas.

Das seis estirpes de priões de ovelhas, quatro acabaram por infectar alguns dos ratinhos. "As experiências mostram que os priões das ovelhas propagam-se em ratinhos com a variante humana da proteína do prião", lê-se no artigo.

Mais: os cientistas mostraram que os sintomas que estes ratinhos desenvolvem são semelhantes aos sintomas da Creutzfeldt–Jakob esporádica, o que leva a hipótese de poder haver uma ligação entre as duas doenças. "A nossa informação não estabelece de uma forma inequívoca uma ligação causal", defendem os autores. "No entanto, aponta claramente para uma necessidade de reconsiderar esta possibilidade."

Estabelecer essa ligação vai ser difícil, considera Olivier Andréoletti. "Já que a doença de Creutzfeldt–Jakob esporádica é rara, com cerca de um caso por um milhão de pessoas por ano, e os períodos de incubação são longos – de várias décadas –, é extremamente difícil os estudos epidemiológicos tentarem encontrar esta ligação", disse o investigador, num comunicado. Mas tendo em conta que o contacto entre ovelhas e humanos é antigo e a frequência da doença é baixa, os autores não consideram que seja "uma grande ameaça sanitária".

Agricultura familiar. Do vaso de salsa na varanda às hortas cheias de legumes

Hortas urbanas


Seja apenas num jardim vertical na varanda seja em hortas de grande dimensão, 2014 ficou marcado pelo regresso dos portugueses à agricultura
"Foi impressionante ver que duas semanas depois de plantar um pé de alface, ela já está pronta a ser comida." Com esta conclusão João Bexiga resumiu a sua inexperiência no mundo da agricultura. Quando há cerca de um ano decidiu ter uma horta viu-se obrigado a comprar o "Borda d'Água" para saber o que plantar em cada altura do ano. Agora, no espaço que lhe pertence, de um talhão de cem metros quadrados de uma horta urbana, tem alface, couve, ervas aromáticas, melões e abóboras: "Aqui em casa ficámos totalmente autónomos. No que toca às verduras, nunca mais tive de comprar nada."

João explica que a recompensa vem do dinheiro que poupa, mas principalmente da satisfação que retira de cuidar do que é seu: "Antes comprava o alho francês já cortado, a cenoura descascada. Agora dá mais trabalho, mas muito mais prazer", garante o rapaz de Lisboa.

O reconhecimento do sector agrícola como a forma mais sustentável de assegurar a alimentação do planeta foi o mote para que 2014 fosse eleito pela ONU o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O âmbito é mundial, mas em Portugal o seu reconhecimento como área de futuro já se faz notar. Para a ministra da Agricultura, o país deve manter a aposta neste sector, em que todos são necessários, "dos mais novos aos mais experientes, das pequenas às grandes explorações". Comum a todas está associada a sustentabilidade ambiental, não só para cumprir a legislação, mas também porque quem regressa à pequena agricultura o faz para poupar dinheiro e diminuir o impacto ecológico da produção alimentar.

João Bexiga explica que na horta onde tem a sua produção se recorre apenas a agricultura biológica, mas que já se viu obrigado a recorrer a produtos químicos. "Começamos por aplicar sabão azul e branco nas plantas para impedir as pragas, mas às vezes não é suficiente", lembrando que "vai na volta temos de recorrer aos químicos que matam a lagarta". Já Graça Marques, que vive em Oeiras, consegue recorrer apenas a mezinhas para evitar as pragas que invadem a sua pequena horta. "Colocar um recipiente com cerveja junto das plantas evita a aproximação de caracóis e pulgões", conta. Aos 55 anos e com uma vida dedicada à engenharia de telecomunicações, Graça viu-se obrigada a ler muitos livros e pesquisar em sites da especialidade para conseguir montar uma horta de raiz. Se inicialmente o espaço era pequeno e composto pelas ervas mais consumidas pela família – cidreira, salsa, coentros, cebolinho e tomilho – agora expandiu-se, dando espaço a nabos, courgettes, tomates. "Já comi as primeiras batatas da minha horta", diz com orgulho. Foi a entrada na pré-reforma este ano que lhe deu mais tempo para se dedicar ao que lhe dá mais prazer. "Trabalhar na horta relaxa-me, funciona quase como um anti-stressante", conta. Aliada a isso surge a preocupação com a poupança familiar nas compras e o cuidado com a natureza. "Todos podemos ser mais sustentáveis. Ter uma pequena horta é sinónimo de poupança de dinheiro e produção própria", lembra.

O regresso dos portugueses à pequena agricultura já fez aumentar o número de inscritos nas formações organizadas pela Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica. Nelson Silva, técnico da associação, explica que a formação prática ou o recursos a livros sobre o tema são fundamentais para quem quer começar. "Existe uma recuperação da paisagem agrícola", explica, lembrando os tradicionais minifúndios, que mais recentemente passaram a espaços ainda mais reduzidos, como hortas ou varandas. Para evitar erros de principiante, Nelson aconselha a que os produtos sejam escolhidos conforme o espaço e a disponibilidade de cada um. "Ter uma horta dá trabalho e requer algum compromisso", lembra.

Plantar cogumelos em borras de café

Foi depois de ter lido um artigo científico sobre o cultivo de cogumelos em resíduos produzidos pela indústria de café que João Cavaleiro teve a sua ideia de negócio: cultivar cogumelos em sacos com borra de café. Assim nasceu o Eco Gumelo, que além de potenciar um cultivo fácil não usa aditivos nem conservantes. A técnica é simples: cortar a embalagem pelo picotado, colocá-la numa zona da casa com luz. Depois seguem-se dez dias em que são necessárias duas borrifadelas de água diárias. Cumprindo os requisitos, chega a hora de ver os cogumelos crescer.

Adoptar um agricultor

O sucesso do jogo Farmville fez perceber a vontade do contacto com a agricultura. Neste caso, em vez de dedicar horas de trabalho a uma horta virtual, o projecto My Farm pretende fazer do jogo uma interacção real entre agricultor e cliente. Através de uma plataforma digital, o utilizador escolhe o tamanho da horta e os produtos e as quantidades que deseja, mas é o agricultor que implementa a horta no terreno. Pagando uma mensalidade, o utilizador tem acesso aos produtos que cresçam na área que lhe pertence, com a garantia de que lhe serão entregues na altura da colheita.

Legumes frescos à porta de casa

O maior cuidado com a alimentação e o regresso aos produtos biológicos fez crescer o mercado para quem produz legumes e fruta. Melhor que comprar no mercado só mesmo os produtos virem 
ter a casa. A entrega de cabazes ao domicílio funciona normalmente por área geográfica, até para que a frescura dos alimentos seja garantida. Os legumes e a fruta vão variando ao longo do ano e existem cabazes para todos os gostos, preços e tamanhos. O Horta à Porta funciona na região do Porto e tem cabazes a partir dos 10 euros com 4 produtos até aos 27 euros com 12 produtos.

A horta que cabe em qualquer lado

A Minigarden uma empresa internacional, em Hong Kong tem um muro de plantações de sete metros de altura no Sha Tin Park, um dos maiores jardins da cidade. Em Portugal, centra-se nos cultivos mais pequenos, até porque a empresa garante que em menos de meio metro quadrado de chão é possível ter mais de 200 plantas. O truque está na instalação em altura, que permite criar espaços verdes, verticais, cantos, de esquina, horizontais ou mistos, com diferentes dimensões. Além de a horta se montar como um puzzle, vem ainda com um sistema de rega incorporado.

Criar vida em sacos e caixinhas

Há quem não tenha espaço para uma horta, mesmo pequena, nem tão-pouco tenha varanda em casa. Para esses casos, um casal de Famalicão criou a hipótese de fazer os produtos crescer dentro de sacos ou caixinhas. O projecto Life in a Bag disponibiliza produtos que permitem criar uma horta de ervas aromáticas e pequenos vegetais biológicos dentro de casa. Por 25 euros pode comprar-se uma caixa com um trio de rúcula, brócolos e rabanetes ou escolher apenas um destes produtos. Nos sacos é possível escolher, por exemplo, entre salsa, coentros, manjericão e rúcula.

Trazer as hortas para a cidade

Plantações de cenoura, alface e tomate paredes meias com a passagem de uma auto--estrada passaram a ser cenário comum nas cidades. No início do ano, Lisboa tinha mais de 70 mil hortas urbanas e este número não pára de crescer, até porque a câmara municipal abriu concurso para 42 novos talhões de cultivo. Estas hortas foram nascendo de improviso mas actualmente são encaradas pelas autarquias como uma forma de intervenção ao nível da sustentabilidade do meio ambiente, por possibilitarem a proliferação dos espaços verdes e a renovação da paisagem.

 

Bê-á-bá da agricultura

O que plantar segundo a época do ano 
Na Primavera-Verão Aconselha-se a plantação de culturas de fruta, porque precisam de mais luz, temperaturas altas e menos precipitação 
•  Tomate 
•  Pimentos 
•  Pepino

No Outono-Inverno 
Deve optar-se por culturas de folha, porque suportam mal as temperaturas altas e precisam de mais água 
•  Espinafres 
•  Acelgas 
•  Couves

O que plantar segundo o espaço 
•  Numa varanda, deve optar-se por ter produtos que se consome em pequena quantidade como a salsa, coentros ou hortelã 
•  Com um pouco mais de espaço é possível optar pela alface, alho francês, beterraba e espinafres 
•  Com um espaço de 3 ou 4 m2 já se pode optar por produtos maiores, mas que, mesmo assim, não ocupem muito espaço como a curgete ou tomate

Dicas
•  A semente deve ser enterrada a uma profundidade nunca superior a três vezes o seu tamanho 
•  No caso da plantação, é indispensável assegurar o espaço necessário para o crescimento da planta e das raízes 
•  A rega depende da observação diária. Mexendo na terra é possível ver o nível de humidade 
•  Não usar água da torneira para a rega. O cloro vai salinizar a terra e impedir que a água seja absorvida. Dar preferência a água da fonte ou da chuva 
•  É possível evitar pragas sem usar produtos químicos. Uma das opções é fazer extractos de plantas como as urtigas, por exemplo. Coloca-se a planta em água durante um dia e esse líquido serve para pulverizar e repelir os insectos. 
•  É preciso saber escolher o que plantar lado a lado. Por exemplo, o tomilho junto às couves evita o aparecimento de lagartas e o alecrim junto às cenouras afasta as moscas

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Quando soarem as 12 badaladas vão saltar milhões de rolhas de cortiça nacionais


As rolhas de champanhe representam 19% do total exportado. França, EUA e Itália são os principais mercados
Milhões de rolhas de cortiça portuguesas vão saltar das garrafas de champanhe um pouco por todo o mundo quando soarem esta madrugada as 12 baladas. Grande parte da produção do território português tem como destino o mercado externo e só as rolhas de champanhe representam 19% do total das rolhas exportadas, o equivalente a 109 milhões de euros.

O mercado francês lidera o consumo de rolhas de champanhe (27 milhões de euros) e em segundo lugar surge a Itália (22 milhões de euros). "Estas épocas festivas representam noites emblemáticas para a cortiça. A cortiça está muito ligada a celebrações e, como é natural, na noite da passagem de ano vão saltar das garrafas milhões de rolhas de cortiça portuguesas", refere ao i o presidente da Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR), João Rui Ferreira.

Mas não é só deste segmento que vive o sector. Portugal é o líder mundial no que diz respeito às exportações de cortiça, com esta indústria nacional a pesar quase 65% do total. Segundo os últimos dados disponibilizados pela associação, Portugal exportou 845 milhões de euros no ano passado. Para este ano, a APCOR prevê um ano de estabilização. "Julgamos que vamos assistir a um crescimento moderado, na ordem de 0,5% a 1%, o que reflecte o nível de mundial de produção de vinhos, que foi baixo em 2012", refere João Rui Ferreira.

O responsável admite que o sector "está pouco ou nada exposto ao mercado interno", já que exporta mais de 95% da sua produção e, como tal, "a crise nacional não teve um efeito muito visível no negócio".

40 MILHÕES DE ROLHAS POR DIA A Europa é o principal destino das exportações  de cortiça, absorvendo 54% do total. França lidera o ranking (19,5%), seguida pelos Estados Unidos (16,4%), por Espanha (10,7%), Itália (9,6%) e Alemanha (9,3%).

O principal sector de destino dos produtos de cortiça é a indústria vinícola, que absorve 68,4% do que é produzido, seguido pela construção (31%). As rolhas de cortiça continuam a liderar as exportações portuguesas com um peso na ordem dos 68%, correspondente a 578 milhões de euros. A França é o principal país consumidor de rolhas naturais (99 milhões de euros), seguido pelos Estados Unidos (73 milhões de euros).

O sector conta actualmente com 600 empresas, que produzem 40 milhões de rolhas de cortiça por dia (35 milhões são produzidos no Norte do país) e empregam cerca de 8 mil trabalhadores. Portugal lidera a produção mundial de cortiça, concentrando 34% da área mundial do montado de sobro, o correspondente a uma área de 736 mil hectares e 23% da floresta nacional. Só o Alentejo detém 84% do total nacional.

"GUERRA" AO PLÁSTICO Conquistar mercados aos vedantes de plástico continua a ser um dos objectivos da associação. "É uma batalha que está longe de está ganha. Apesar de sentirmos alguns sinais de recuperação, já que cortiça tem vindo a reconquistar quota de mercado aos seus concorrentes, temos a noção de que ainda há muito a recuperar", diz João Rui Ferreira, admitindo, no entanto, que "algumas caves que usavam plástico e cápsulas de alumínio regressaram à cortiça".

A ideia, de acordo com o responsável, é mostrar que a rolha de cortiça pode ser associada a todo o tipo de vinhos e que os problemas técnicos que se verificaram em 2000 - e que ficaram conhecidos como o "gosto a rolha" - já foram ultrapassados. E isso, segundo o mesmo, é visível nas preferências dos consumidores, já que 90% revelam que prefere este vedante.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Furto de gado volta a deixar agricultores do baixo vouga em alerta


Maria José Santana 29/12/2014 - 10:06 

Só um produtor perdeu quatro bezerros numa noite. Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro exige medidas por parte do Ministério da Agricultura.

Para alguns agricultores da zona do Baixo Vouga esta época festiva está a ter um sabor amargo. Na noite de sexta-feira para sábado, registaram-se novos casos de furtos de gado nesta zona agrícola da região de Aveiro. A situação já não é nova e, segundo Albino Silva, presidente da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA), tem vindo a causar prejuízos avultados aos agricultores. A ALDA prepara-se para voltar a denunciar a situação junto do Ministério da Agricultura e lembrar que "é tempo de o Governo resolver os problemas do Vouga".

"É lamentável, mas voltou a acontecer e já não foi a primeira vez, este ano, que os agricultores viram o seu gado seu furtado", protestou o responsável máximo da ALDA, depois de os ladrões de gado terem voltado, este fim-de-semana, aos campos agrícolas de Estarreja. Ainda sem números exactos, Albino Silva refere que terão sido "vários" os produtores afectados. Só um agricultor viu desparecerem do seu terreno quatro bezerros. "São centenas de euros de prejuízo, sem que haja a possibilidade de os animais estarem cobertos por seguros", garante o presidente da associação de agricultores, ao mesmo tempo que assegura que a GNR já está a par da situação e a investigar.

Ainda há um ano, as autoridades policiais procederam à detenção de um comerciante, residente em Oliveira do Bairro – também na região de Aveiro -, por suspeitas de envolvimento em furto de gado bovino. O homem guardava, no estábulo da sua residência, uma vaca da raça autóctone Marinhoa que tinha sido furtada dos campos em Salreu (Baixo Vouga).

Perante esta ameaça de uma nova onda de furtos de gado – em 2011 e em 2013, o número de animais furtados nesta zona agrícola chegou às quatro dezenas -, o presidente da ALDA prepara-se para voltar a lembrar à tutela que urge resolver os problemas do Baixo Vouga, que abrange os concelhos de Albergaria-a-Velha, Aveiro e Estarreja. "O emparcelamento dos terrenos agrícolas ajudaria a resolver estes problemas de segurança", defende Albino Silva.

Portugueses querem levar sementes de plantas para Marte


Uma equipa de portugueses constituída, maioritariamente, por jovens do Grande Porto quer enviar sementes de plantas para Marte. Os cientistas nacionais estão entre os 10 finalistas de uma competição promovida pela fundação holandesa «Mars One» com o objetivo de garantir o envio de diversos materiais para o planeta vermelho.

 
A experiência da equipa universitária que for selecionada vai ser enviada para Marte já em 2018, dois anos antes da data prevista para o início do projeto da agência espacial norte-americana NASA de enviar plantas para o planeta no âmbito do projeto Mars Plant Experiment (MPX), explicou à Lusa um dos cientistas da equipa.
 
A equipa portuguesa concorrente, baptizada «Seed» («Semente», em inglês) ambiciona provar que é possível haver vida em Marte, propondo-se germinar sementes de vários tipos de plantas em condições controladas naquele planeta do sistema solar.
 
«Em termos de aplicações, os resultados poderiam ajudar no desenvolvimento de sistemas de suporte de vida para futuras missões espaciais», disse Daniel Carvalho, de 20 anos, o mais jovem dos oito elementos do grupo de cientistas nortenhos envolvidos no projeto. 
 
A «Seed» conta também com o apoio estratégico de investigadores e entidades portuguesas e estrangeiras especializadas em diferentes áreas, desde a biologia de plantas até à área aeroespacial.
 
O vencedor da competição será escolhido através de uma votação pública online a decorrer até ao dia 31 de Dezembro na comunidade Mars One (60% dos votos), no Facebook, com cada like no logótipo da equipa a corresponder a um voto (10%), no Google+ (10%) e através de uma inscrição na newsletter da Mars One (10%).
 
A Mars One, uma fundação holandesa sem fins lucrativos, aspira a estabelecer a primeira base humana em Marte antes de 2030, antecipando-se à NASA. O nome do grupo vencedor será anunciado a 5 de Janeiro de 2015.
Diário Digital com Lusa

Autoridades da Coreia do Sul detectam caso de gripe aviária em mercado perto de Seul

A Coreia do Sul confirmou hoje a deteção de um caso de gripe aviária num mercado no sul de Seul, o mais recente do novo surto da doença, que já causou elevadas prejuízos.
O contágio foi registado num frango no mercado tradicional de Moran, na província de Gyeonggi, perto da capital, informou em comunicado o Ministério da Agricultura e Alimentação.
Todos os estabelecimentos que vendiam carne de aves no mercado foram encerrados e 3.200 produtos frescos e processados foram destruídos como medida de prevenção, adiantou o Ministério.

Frio deixa Portugal sob aviso amarelo


     
29/12/2014 08:26:38 4697 Visitas   

Portugal continental está sob aviso amarelo devido às temperaturas baixas esperadas entre hoje e quarta-feira, de acordo com informação disponibilizada no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com uma actualização realizada pelas 07:10, todos os 18 distritos portugueses vão estar sob aviso amarelo, o terceiro devido de uma escala de três, "persistência de valores baixos de temperatura", entre as 08:00 de hoje e as 07:00 de quarta-feira.

O distrito de Faro encontra-se igualmente sob aviso amarelo, entre as 18:00 de hoje e as 15:00 de terça-feira devido à agitação marítima, já que são esperadas na costa Sul ondas de sueste com dois metros. 

Também as ilhas do grupo Central e Oriental dos Açores estão sob aviso amarelo, o terceiro mais grave de uma escala de cinco, devido à previsão de chuva pontualmente forte até às 15:00 de hoje.

Para hoje, o IPMA prevê céu pouco nublado ou limpo, apresentando temporariamente períodos de maior nebulosidade por nuvens altas. O vento será fraco a moderado) de nordeste, rodando gradualmente para leste, soprando moderado no Algarve a partir do meio da tarde.

Nas terras altas, o vento soprará moderado a forte de nordeste, com rajadas até 80 km/h, rodando gradualmente para leste.

Está prevista a formação de geada, em especial nas regiões do interior e uma descida da temperatura mínima, que será acentuada nas regiões Norte e Centro, além de uma descida da temperatura máxima.

Quanto às temperaturas, as máximas esperadas rondam os 13 graus Celsius em Faro, Leiria e Braga, 12 no Porto e Viana do Castelo, Sines, Beja, Castelo Branco, Coimbra com 11, 10 em Lisboa e Évora, 7 em Viseu, 6 em Bragança, 5 em Vila Real e 3 na Guarda, a cidade mais fria de Portugal.

Nos Açores, as máximas vão chegar aos 18 em Angra do Heroísmo e Ponta Delgada enquanto a Horta deverá chegar aos 16 e Santa Cruz das Flores aos 15.

Na Madeira, o céu estará geralmente muito nublado, com as máximas a chegar aos 19 no Funchal.

Lusa/SOL



Como são feitas as salsichas, e o que é que realmente há dentro delas…

HOJE às 13:40Com video0
Como são feitas as salsichas, e o que é que realmente há dentro delas…


Normalmente, na produção da carne, ainda sobra uma boa quantidade de cartilagem, gordura e miudezas depois de remover bifes, costeletas, peitos, costelas, coxas, pernas e lombos.
Há muito tempo, percebeu-se que isso poderia ser aproveitado noutros produtos, e um deles é a salsicha – um clássico entre as carnes processadas.
O NHDSC, conselho nacional de salsichas e enchidos dos EUA, diz que as salsichas – quer sejam de carne suína, bovina ou de peru – começam com «aparas». A palavra é propositadamente vaga, porque essas aparas podem ser de tudo.
De acordo com a FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura), das Nações Unidas, «os materiais de carne crua usados para produtos pré-cozidos são aparas musculares de baixa qualidade, tecidos gordurosos, carne da cabeça, patas de animais, pele animal, sangue, fígado e outros subprodutos comestíveis do abate».

Por causa do processo de abate, as sobras usadas em salsichas muitas vezes têm uma boa quantidade de bactérias. O pré-cozimento ajuda a eliminá-las, e tem a vantagem de ajudar a separar os músculos, gordura e tecidos conjuntivos dos ossos da cabeça e das patas. Isso também facilita o manuseamento desses subprodutos.
Devido aos diferentes tamanhos e tipos de carcaças, existem diferentes tempos de pré-cozimento para diferentes animais e partes. Tipicamente, isso é feito em temperaturas entre 65ºC e 90ºC.
Assim como outros produtos – mortadela, salsicha de fígado – a salsicha do cachorro-quente é "criada" através da «emulsão de carne». (A FAO diz que «massa de carne» é um termo mais apropriado.)
Salsichas de qualidade superior são feitas de carne de primeira, sem produtos químicos. Isso inclui, por exemplo, salsichas kosher e todas as salsichas de carne vermelha feitas sem enchimentos e sem corantes ou sabores artificiais. Enquanto isso, salsichas mais baratas recebem produtos químicos, gorduras e espessantes.
Para a maioria das salsichas, o processo de produção é simples. Primeiro, aparas de carne bovina ou suína são moídas numa máquina e extraídas por um equipamento que parece uma peneira de metal, até parecer um hambúrguer de carne moída. Nesse momento, são acrescentadas as aparas moídas de galinha (se houver), e a mistura é combinada (ou emulsificada) até virar uma massa de carne.
De seguida, adiciona-se sal, especiarias e amido, juntamente com um pouco de água e xarope de milho ou outro adoçante. No final do processo, coloca-se mais água para levar a massa à consistência adequada – ninguém quer uma salsicha seca.
A massa «transforma-se em puré novamente [e] o excesso de ar é sugado para fora». De seguida, a carne emulsificada é bombeada para os invólucros da salsicha, normalmente feitos de celulose. As cadeias de salsichas são penduradas em prateleiras e totalmente cozidas num defumador. Às vezes, acrescenta-se fumo de madeira, para dar um sabor defumado de churrasco ou bacon. Depois, as salsichas são lavadas em água fria e salgada. Se forem usados invólucros de celulose, passam ainda por um descascador para removê-los.
Algumas salsichas usam tripas naturais como invólucros – o intestino limpo e processado de um animal. Nesse caso, o invólucro não é retirado.
Por fim, as salsichas são inspeccionadas manualmente, e apenas as carnes entubadas que não tiverem defeitos são encaminhadas para mais uma máquina, onde são agrupadas para o embalamento.

Japão: 42 mil frangos abatidos num só dia


     
29/12/2014 09:40:22 10 Visitas   
Shutterstock
Japão: 42 mil frangos abatidos num só dia
As autoridades japonesas ordenaram hoje o abate de cerca de 42.000 frangos no oeste do país, após a confirmação de um novo surto de gripe das aves, o segundo em menos de um mês.

Testes de ADN confirmaram a presença da estirpe H5 do vírus numa quinta na prefeitura de Miyazaki, na ilha de Kyushu, no sudoeste do país, depois de o proprietário ter reportado, este domingo, que várias aves de capoeira morreram repentinamente, informou o governo local.

As autoridades iniciaram hoje o abate e solicitaram às quintas localizadas num raio de dez quilómetros em torno da propriedade afectada para não transportarem as aves para fora daquela zona geográfica. 

Este caso surge cerca de duas semanas depois de o Governo ter ordenado o abate de aproximadamente 4.000 frangos numa outra quinta em Miyazaki, o primeiro surto de gripe aviária no Japão desde Abril.

Não há informações que indiquem com certeza uma eventual ligação entre o primeiro surto e o agora detectado, de acordo com o Ministério da Agricultura que indicou que mais testes à estirpe serão realizados por um instituto de investigação apoiado pelo Governo.

A segunda quinta situa-se a cerca de cem quilómetros daquela onde foi detectado o primeiro surto em meados deste mês.

Em Abril, cerca de 112.000 frangos foram abatidos em dois dias pela mesma razão, também no sudoeste do Japão.

Lusa/SOL

Há ouro branco em Portugal: um quilo de pinhão custa 120 euros


por Roberto DoresOntem1 comentário

Há ouro branco em Portugal: um quilo de pinhão custa 120 euros
Apanha deve chegar aos 20 milhões de quilos de pinhas. Portugal fica com 6% da produção. Espanha é o principal comprador.
O pinheiro que Marco Carvalho acaba de trepar pelas escadas de gancho já conheceu dias melhores. "Deve ter aí umas cem pinhas, que dão 20 quilos de pinhão", grita lá de cima, lançando a estimativa à boleia da experiência de 20 anos. Nada que se compare com 2010. "Havia árvores carregadas com mil pinhas. Hoje demoramos uma média de 30 minutos a limpar um pinheiro, mas dantes era preciso duas horas a dar--lhe bem", relata. A abrupta quebra será resultado da conjugação de pragas - em que desponta um inseto sugador -, dos ciclos de produção e do clima adverso.
É por tudo isto que quem quer pinhões à mesa tem de abrir os cordões à bolsa, podendo encontrar o quilo deste fruto seco a uns pouco convidativos 120 euros. Não admira que comece a ganhar o epíteto de ouro branco.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Azeite – O Ouro Líquido Português


O azeite, é um alimento clássico e omnipresente na dieta Mediterrânica e que já conquistou todos os continentes e cozinhas. 
Merece o nome de "Ouro Líquido Português" porque, em tempos idos, chegou a ser utilizado como moeda de troca no comércio com o Médio Oriente. 
O azeite, é extraído da azeitona por processos mecânicos que incluem uma etapa de trituração da azeitona seguida de uma centrifugação para separar o azeite do bagaço. 
É uma gordura vegetal de composição nutricional muito interessante, contendo compostos que conferem benefícios para a saúde – em particular ao nível cardiovascular. 
Portugal, produz azeite de excelente qualidade e que confere aos alimentos um sabor e aroma únicos. 
Melhor do que ouro líquido!

*Autoria da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
"Faça-nos perguntas!" aqui questoesbiotecnologia@porto.ucp.pt

A filha de Américo Amorim que trocou a cortiça pelo vinho


28-12-2014 • Ana Catarina André e Susana Lúcio

O sonho repetia-se quase todas as noites. Luísa Amorim via-se num grande armazém de vinhos e de repente começavam a cair-lhe dezenas de garrafas na cabeça. "Era o peso da responsabilidade", diz. "É horrível uma pessoa olhar para uma quinta em plena produção, ter salários para pagar e nem um cliente a quem vender", conta a empresária, que em 2003 ficou responsável pela gestão da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, em Covas do Douro, Vila Real. A propriedade foi comprada pelo grupo Amorim em 1999. 
 
Nessa altura, a filha mais nova de Américo Amorim – o homem mais rico do País com uma fortuna avaliada em 4,3 mil milhões de euros segundo a Forbes – vivia angustiada com o negócio, que dava os primeiros passos como marca autónoma de produção vinícola. "Era um projecto fantástico, mas que valia zero se não fosse explorado", revelou à SÁBADO, durante um almoço em Sabrosa, Vila Real, em que comeu frango assado, um prato de pouco mais de 6 euros. Tinha tirado o dia para visitar famílias carenciadas ajudadas pela associação que fundou, a Bagos d'Ouro.

Durante três anos, entre 2005 e 2008, viajou duas semanas por mês para conquistar mercados. "Nem sei como consegui. Queria superar aquele desafio", diz Luísa Amorim, de 41 anos. O primeiro contrato no estrangeiro foi o mais difícil. "Era um cliente belga. Foi o que me comprou mais barato até hoje. Espremeu-me um bocadinho e eu cedi. Era inexperiente e queria muito vender." Três anos depois, conseguiu desfazer o negócio – estava a perder dinheiro.
 
Vantagens de não ser enóloga 
Hoje a Quinta Nova, que este ano está a comemorar 250 anos (o aniversário deu origem ao livro 250 Anos de Histórias), exporta para 27 países, entre os quais Singapura, Uruguai, Estados Unidos e China. 
Em 2013, a propriedade de 120 hectares teve uma facturação de 2 milhões de euros. Nesse período, três dos seus tintos foram incluídos na lista Best 2013 da Wine Advocate, a revista do conceituado crítico norte-americano Robert Parker.

Ter uma quinta no Douro era uma "vontade antiga" da família Amorim. "O grupo já tinha entrado no mundo do vinho em termos de participação financeira, mas nunca na produção vitivinícola", explica Luísa, formada em Hotelaria e Marketing. Por isso, em 1999, a aquisição da Burmester, conhecida empresa de vinho do Porto que na época detinha a Quinta Nova, foi quase "natural". Luísa ficou então responsável pelo departamento de marketing (tinha acabado há pouco tempo os estudos na Universidade Califórnia, EUA). 
Mais tarde, em 2005, os Amorim venderam as caves e as marcas da Burmester aos espanhóis da Sogevinus e ficaram com a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e a Quinta de S. Cibrão, em Sabrosa.

Luísa, que em miúda queria ser médica, ficou à frente deste património. Afastou-se da corticeira, o ramo tradicional da família (mas ainda mantém assento no conselho de administração da holding) e concentrou-se no vinho. "O facto de não ter um pai enólogo foi uma vantagem. Fazia perguntas a toda a gente. Não vou dizer que era desbocada, mas era directa e as pessoas achavam graça", recorda, dizendo que Américo Amorim apenas "apadrinhou" o projecto. "Li imenso sobre vinho, sobre o sector, sobre o Douro e foi assim que, ao fim de quatro anos, estava minimamente formada." Nunca estudou enologia. Nunca quis.

Nos primeiros tempos no Douro, conversou com especialistas. "Pedi aconselhamento sobre a linha de produtos e toda a gente me disse para começar apenas com dois rótulos (o Reserva e o Colheita). Achei que era pouco – isso não daria para preencher o portefólio de um importador – e coloquei quatro no mercado", diz, considerando que esse é um dos segredos do sucesso.

Aliás, a imagem da marca é uma das preocupações. "Reconheço que sou um bocado chata com as propostasde design dos produtos", afirma a directora executiva, que gosta de pintar e desenhar nos tempos livres. "Tinha imenso jeito em miúda." 
Recordando a infância, diz que foi uma criança feliz. "O meu pai às vezes levava clientes lá a casa para poder estar mais com a família. Era a única diferença." E acrescenta: "Ele não tem hobbies. Acho que o hobby dele é trabalhar. Eu gosto de decoração, viagens e jardinagem."

No trabalho, Luísa é competitiva. Além de apostar na criação de diversas gamas de vinhos (em 2009, eram quatro, hoje são seis), em 2003 investiu mil milhões de euros na modernização da adega. "Passou a ter mais capacidade de produção e a ser 100% controlada em termos de temperatura, o que é fundamental para a fermentação do vinho", explica.

A área da vinha também aumentou: tinha 35 hectares, hoje tem 85. Há cepas quase centenárias. "São uma pequena parte", diz, reconhecendo que no início da carreira o apelido Amorim era "um peso". "É-se sobrevalorizado ou desvalorizado." Actualmente, já não se incomoda com isso e assume que o nome contribuiu para a criação, em 2010, da Bagos d'Ouro, associação de solidariedade que ajuda crianças desfavorecidas na região do Douro. "Como mãe, este projecto é importantíssimo para mim", diz Luísa, que tem duas filhas pequenas.
 
E vão 250 anos de história 
A Quinta Nova passou pela mão de algumas das famílias mais ilustres do País, como é recordado no livro 250 Anos de Histórias, agora publicado (ver caixa). Em 1764, ano em que foi construída a grande adega e iniciada a produção de vinho, a propriedade era de António Araújo Gomes, ilustre negociante do Porto. Antes, tinha estado nas mãos das Casa Real Portuguesa.

Ao longo de 160 páginas, recordam-se algumas das tradições. Por exemplo, no século XIX os homens que transportavam as pipas de vinho para o Porto paravam junto à capela de Nossa Senhora do Carmo, situado na margem do rio Douro. Ajoelhavam-se no convés dos rabelos, barcos típicos do Douro, e com cruzes e amuletos pediam misericórdia a Nossa Senhora. Uns metros adiante, passariam por dois pontos críticos do caudal do rio: a Caxuxa e o Olho de Cabra, onde morriam dezenas de pessoas. O fenómeno deu origem ao ditado: "Quem a Caxuxa mal desce, no Olho da Cabra padece". Os que escapavam ainda tinham uma viagem de três a 10 dias.

Tradicionalmente vista como uma herdade de produção vinícola, a Quinta Nova investiu no enoturismo quando Luísa Amorim assumiu a direcção. "Cheguei ao Douro e vi que não se passava nada. O enoturismo era feito nas tradicionais caves de vinho do Porto mas, na região, não havia muitas casas que explorassem o turismo associado ao vinho." Hoje, a quinta disponibiliza provas de vinhos e passeios pedestres. Tem também o primeiro hotel vínico do País, instalado numa casa senhorial oitocentista.