sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Municípios da bacia do Rio Maior querem conciliar actividade pecuária com o ambiente

15-01-2015 
 
 
As câmaras de Santarém, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja estão a georreferenciar todas as explorações pecuárias existentes nos quatro concelhos, na primeira fase de um trabalho que visa a recuperação do rio Maior e a sustentabilidade da actividade pecuária.

Inês Barroso, vereadora da Câmara de Santarém com o pelouro do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, disse à agência Lusa que o levantamento está a ser feito no âmbito do Grupo Intermunicipal para a Sustentabilidade Ambiental do Rio Maior e da Actividade Pecuária, criado em outubro e que integra os quatro municípios e ainda o polo de Santarém do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (antiga Estação Zootécnica Nacional).

A vereadora afirmou que a georreferenciação iniciada em Novembro deverá estar concluída em Fevereiro, permitindo verificar quantas pecuárias existem, onde estão implantadas, quais estão licenciadas e as que precisam cumprir um processo que por norma é moroso, bem como identificar os efluentes produzidos que poderão ser aproveitados para a agricultura.

Nesse sentido, o grupo está a identificar potenciais receptores dos efluentes para uso como adubo para a agricultura, um trabalho a realizar com a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores e em ligação com os agricultores, disse.

«Primeiro é fundamental licenciar todas as explorações e depois ter uma acção concertada que viabilize uma rede de escoamento dos efluentes», evitando que sejam despejados nas linhas de água, acrescentou.

Inês Barroso afirmou que este é um processo ainda com «muito caminho a percorrer», adiantando que três movimentos ecologistas dos concelhos de Santarém, Rio Maior e Cartaxo foram convidados a integrar o grupo e a darem igualmente o seu contributo para a resolução do problema.

O grupo, proposto pela Equipa Multidisciplinar de Acção para a Sustentabilidade (EMAS) da Câmara Municipal de Santarém, tem por objectivo minimizar os impactos da actividade pecuária sobre o rio Maior sem contudo pôr em causa o sector, frisou.

Fonte: Lusa


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