sábado, 24 de janeiro de 2015

Secretário de Estado prevê que sucessora da Casa do Douro se conheça em Março

22-01-2015 
 

 
O secretário de Estado da Agricultura afirmou que durante o mês de Março deverá estar escolhida a organização privada sucessora da Casa do Douro (CD), com sede na Régua, a qual assumirá funções de imediato.

Após a extinção da dimensão pública da CD, a 31 de Dezembro, o Governo abriu um processo de concurso para as associações e federações de direito privadas interessadas em ficar com a gestão da instituição duriense. Na corrida à nova e privada CD, de inscrição facultativa, estão a Federação Renovação Douro e a Associação da Lavoura Duriense.

O secretário de Estado José Diogo Albuquerque, que há dois anos assumiu o dossiê Casa do Douro, afirmou à agência Lusa que as candidaturas estão a ser analisadas por um júri do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) assegurando-se, desta forma, a desgovernamentalização na escolha das organizações.

Durante o processo vai ser averiguada a veracidade dos viticultores que integram as candidaturas e os critérios para a escolha serão precisamente o número de produtores representados e a área de vinha.

O governante prevê que o vencedor deste concurso seja anunciado durante o mês de Março e referiu que a entrada em funções «será imediata». «É bom sinal que haja duas organizações e que haja disputa para querer liderar a representatividade dos agricultores na região», salientou.

A União das Adegas Cooperativas do Douro aprovou a filiação na Associação da Lavoura Duriense, uma decisão que já foi alvo de uma providência cautelar por parte de duas adegas que querem suspender esta decisão.

José Diogo Albuquerque não acredita que esta questão atrase o processo e salientou que se houver dúvidas quanto à filiação dos viticultores, estas serão resolvidas em tribunal.

O responsável considerou que com a extinção da instituição foram também extintos os postos de trabalho e que será agora, a nova organização, a decidir que tipo de recursos vai necessitar.

Quanto às críticas da direcção cessante sobre os prazos inexequíveis para a realização de eleições e a falta de resposta ao plano de acção apresentado ao Governo, José Diogo Albuquerque sublinhou que o prazo de 60 dias para as eleições «era possível».

Para além disso, lembrou que passaram «200 dias» desde que o decreto-lei que mudou os estatutos da CD foi aprovado, em Conselho de Ministros, e o mês de Dezembro.

Quanto ao plano de acção considerou que este tinha uma série «de inseguranças» e «de riscos» quer financeiros quer de introdução de vinho no mercado.

Fonte: Lusa

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