terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Câmara de Viseu promove programa destinado ao sector agrícola

10-02-2015 
 
A Câmara de Viseu vai executar um programa destinado ao sector agrícola que assenta nas parcerias, de forma a valorizar os produtos da terra e a melhorar a vida nas aldeias, anunciou o seu presidente, Almeida Henriques.

O programa Viseu Rural esteve a ser discutido na reunião do Conselho Estratégico de Viseu e será levado à próxima Assembleia Municipal, no final do mês. «É um programa criado e desenvolvido com a totalidade dos agentes no terreno, desde a Estação Agrária até à Comissão Vitivinícola Regional do Dão, envolvendo inúmeras personalidades ligadas ao sector agrícola, no sentido de conseguirmos criar uma plataforma, uma rede, uma parceria para as questões rurais», explicou o autarca aos jornalistas, no final da reunião.

Segundo Almeida Henriques, com este programa, «Viseu, sendo um concelho eminentemente urbano, assume aqui também a sua ruralidade», ficando «bem preparado para este ciclo de fundos comunitários que agora começa».

«Não pretendemos substituir-nos nem às entidades, nem ao Governo. Mas a verdade é que hoje não há estruturas de proximidade que nos dêem garantias de um bom andamento do sector agrícola, porque a própria forma como o Estado se organiza tem vindo a esvaziar um bocado os territórios», considerou o antigo secretário de Estado da Economia.

Na sua opinião, têm de ser aproveitadas as parcerias, nomeadamente com a Comissão Vitivinícola do Dão, a Estação Agrária e a Escola Superior Agrária em Viseu, ou seja, «um conjunto de instrumentos que, se forem bem potenciados», podem «puxar pela agricultura» e aliciar jovens a fixarem-se na região com projectos agrícolas.

Aproveitar alguns edifícios que existem na área rural para promover a incubação de empresas, colocar nalguns desses espaços «alfaias agrícolas para ajudar jovens agricultores a fixarem-se» e facilitar o financiamento são algumas medidas defendidas com vista à «criação de uma dinâmica económica nas freguesias rurais».

Almeida Henriques explicou que «o município assume um compromisso de criar um fundo de microcrédito que vai ter duas linhas», uma virada para a agricultura e outra para a dinamização do centro histórico, à qual serão alocados cem mil euros de capital da autarquia.

O mercado municipal tem também um papel importante nesta estratégia, «para fazer a aproximação entre os produtores e os consumidores», referiu.

«Equacionamos a possibilidade de uma parte do mercado vir a ter uma mini-incubadora para podermos acolher projectos que visem esta aproximação entre quem produz e quem consome», acrescentou.

Fonte: Lusa

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