sábado, 14 de fevereiro de 2015

Consequências muito negativas para a pecuária do programa de redução de emissão de gases

Fevereiro 09
09:18
2015

Um relatório do Centro de Investigação da Comissão prevê que a fixação de objectivos, com o fim de limitar as emissões de gases a efeito de estufa ao nível da pecuária, vai trazer graves problemas ao nível do sector bovino. Esta redução levará a uma diminuição considerável do sector bovino de carne e menos significativa nos bovinos de leite.

O contra senso desta eventual medida é que se o consumo não descer na Europa, vamos ter falta de carne e para colmatar, vamos seguramente recorrer à importação de países, que vão manter a produção ou mesmo aumentá-la, aumentando, assim, as emissões gasosas, pelo que a nível mundial nada se ganha, só a pecuária europeia sai a perder.

Actualmente, as emissões de gases provenientes do sector agrícola correspondem a 10% do total, mas este valor varia de país para país, com a Irlanda com 31% e Malta com 2%. Estas emissões têm vindo a baixar nos últimos decénios, sendo a baixa mais significativa entre 2001 e 2011, com um valor de 7%.

Se seguir em frente a redução das emissões de gases de 19% ou 28%, consoantes as propostas que estão em cima da mesa, a diminuição do efectivo de bovinos de carne terá de ser reduzido 31% ou 54%, respectivamente. O efectivo de vacas leiteiras descerá menos, ou seja, 4% ou 9%, conforme os casos.

Esta situação levará a um abaixamento considerável da oferta de carne de bovino, com a natural subida de preço.

No último acordo, em que os chefes de Estado e de Governo concordaram em reduzir as emissões em 40% no ano 2020, foi ressalvado que deveria haver uma atenção especial para o sector agrícola, mas nada de concreto está decidido.

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