21-05-2015
A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé (CAAF) vai ceder terrenos por um período de 20 anos, de forma gratuita, a jovens que se queiram instalar no concelho e dinamizar projectos ligados à produção de cereja.
Em declarações prestadas à agência Lusa, Eduardo Tavares, presidente da CAAF, disse que o objectivo é travar o declínio da cultura da cereja no concelho, que se tem verificado nos últimos anos.
«A cooperativa está numa situação financeira melhor que há 10 anos, e por esse motivo, entendemos que é preciso chamar mais gente para ajudar a produzir cereja e termos massa critica vinda de jovens dinâmicos», disse também o dirigente.
O processo de concessão de terras vai abrir «a breve prazo» para uma área total de 20 hectares, a disponibilizar aos jovens agricultores por um período de 20 anos para a produção «exclusiva» de cereja.
«A cereja terá de ser comercializada sob a marca chapéu já existente no concelho Terras de Alfândega», explicou Eduardo Tavares. Acrescentou que cada jovem agricultor vai dispor de quatro a cinco hectares de terreno para que o seu projecto tenha «viabilidade».
«Os novos pomares poderão trazer entre oito a 10 toneladas de cereja por hectare. Com os 20 hectares podermos aumentar a produção entre 150 a 200 toneladas de fruto/ ano», contabilizou.
Segundo o presidente da CAAF, o sector da cereja já teve uma grande importância económica no conselho, chegado ser um dos maiores pomares do fruto em toda a Europa. «Chegámos a ter 300 hectares de cereja plantados na década de 70 do século passado. Actualmente cultivamos cerca de 60», frisou.
Para Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, a cereja que tornou-se na imagem de marca do concelho, servindo inclusive de símbolo no logótipo municipal. Nas décadas de 80 e 90 do século XX, a cereja chegou a rivalizar com o azeite e a amêndoa, em peso económico, e parte da produção era exportada, chegando a servir de recheio aos conhecidos bombons de chocolate "Mon Chéri".
Fonte: Lusa
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