sexta-feira, 26 de junho de 2015

400 Congressistas debateram autossuficiência do setor suinícola

VII Congresso Nacional de Suinicultura decorreu nas Caldas da Rainha


Capacidade de exportação e de produção, sustentabilidade ambiental e autossuficiência são os principais desafios para um setor que é vital para a economia do país. Com os apoios do PDR 2020, o setor suinícola terá possibilidade de modernizar, reestruturar e redimensionar as explorações, criando assim condições para o seu impulsionamento.


O VII Congresso Nacional de Suinicultura, organizado pela Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), decorreu nos dias 23 e 24 de junho, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, e reuniu cerca de 400 Congressistas que tiveram oportunidade de analisar e debater o caminho para autossuficiência do setor. 

O evento, considerado um dos mais significativos para o setor suinícola nacional, contou a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, que presidiu à sessão de abertura do Congresso, do secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito e de José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura.

Durante a sessão de inauguração, na presença de Assunção Cristas, foi celebrado um Protocolo com o Crédito Agrícola que beneficiará não só os empresários suinícolas, como as associações e agrupamentos, os colaboradores das empresas e as respetivas famílias e anunciado um novo seguro pecuário, medida extremamente importante para o setor, cuja portaria tem vindo a ser preparada.

Nuno Vieira e Brito, que participou num painel sobre o Futuro do Comércio Internacional, anunciou na ocasião que "Portugal estará em condições de exportar carne de porco para a China até ao final do ano", incentivando o setor a olhar a internacionalização de forma mais arrojada. O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar afirmou ainda que "apesar de ter sido um ano negativo porque deixámos de poder exportar para a Rússia, mesmo assim houve capacidade de crescimento", sublinhando que a fileira da suinicultura conseguiu "encontrar novos mercados, quer na União Europeia, quer em países terceiros".

Este foi um certame com uma forte componente técnica, no qual foram abordados os temas que atualmente merecem maior atenção por parte dos suinicultores mas também de cariz político. "A autossuficiência alimentar no horizonte 2020 tem sido a grande bandeira desta equipa ministerial à qual, naturalmente, a Federação não só se associa como tem sido um agente impulsionador deste objetivo, com aplicação de conceitos como a segmentação de ciclo que visa o aumento e a eficiência da produção, fomentando a sustentabilidade ambiental e as boas práticas agrícolas", afirmou Vítor Menino, presidente da FPAS.

Vários foram os assuntos em análise nesta iniciativa com destaque para "O futuro do comércio internacional", o qual contou com a intervenção de um responsável na Comissão Europeia pelas políticas que envolvem a produção, transformação e comercialização da carne de porco, e ainda um representante da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Outro painel em análise foi dedicado à sanidade animal, destacando-se a intervenção de uma investigadora mexicana de referência, que tem desenvolvido a sua atividade entre os EUA e o Canadá. "A Suinicultura em 2020" foi também debatida no certame bem como "A destruição de cadáveres" e "As raças autóctones" e ainda "PDR2020 – Apoios ao investimento na Suinicultura".

"Estamos no início de um novo Quadro Comunitário de Apoio. Os apoios aos investimentos no setor, dentro do PDR, são uma realidade que temos de saber aproveitar para modernizar, reestruturar e redimensionar as explorações, criando assim condições para o relançamento do setor", constata Vítor Menino. E acrescenta que "num contexto de expansão e de abertura de novos mercados, estamos a ganhar dimensão, o que se traduz numa maior capacidade de flexibilização às exigências de mercado. Com os apoios do PDR, a nossa meta até 2020 é a Autossuficiência em carne de porco, e isto porque temos quadro legal que o permite, temos empresários que sabem fazer como os melhores de qualquer bacia produtora mundial, temos terra, água e climatologia para tal e temos os políticos que finalmente acreditam que este é um setor vital para a economia do país".


O mesmo responsável conclui que "outra das metas que pretendemos alcançar, é a renovação geracional da atividade. Produzimos proteínas que ajudam a combater o flagelo da fome no mundo, respeitando o ambiente e a sociedade em que estamos inseridos".

A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) representa sete associações que congregam cerca de 1.500 produtores de suínos em todo o país.

fonte: FPAS

Sem comentários:

Enviar um comentário