sexta-feira, 5 de junho de 2015

A França desenvolve novas proteínas vegetais


Junho 04
13:20
2015

Como toda a Europa, a França é altamente deficitária em proteínas vegetais para a alimentação animal.

Esse défice é compensado pela importação de soja do continente americano, o que, além da dependência alimentar, traz outro problema, uma vez que 95% da soja é OGM e a política francesa é contra os OGM's.

Uma pequena empresa da Bretanha está a desenvolver um programa, de modo a criar uma fileira produtiva que permita a auto suficiência do país. A empresa Valorex conta com 115 empregados e já tem um volume de negócios de 80 milhões de euros e tem vindo a dedicar-se à transformação de oleaginosas em alimentos para animais.

O problema é que, até agora, das 65.000 toneladas de grãos que transformam por ano, 50.000 toneladas vêm do linho, que é um produto rico em gordura, mas só com 20% de proteína.

O projecto que está em curso consiste em encontrar soluções para que toda a fileira de produção seja rentável e, para alcançar este objectivo, é necessário aumentar em 15% o rendimento em proteína por hectare e melhorar em 20% a digestibilidade dos grãos.

Existem, em França, produções de outros grãos ricos em proteína, como o feverole, a tremocila e a ervilha, mas que se têm pouco desenvolvido, por serem pouco competitivas com a soja.

A conjuntura é muito favorável, pois a política OGM pode vir a fazer subir consideravelmente o preço da soja, pelo que os promotores estão convencidos que podem dar uma grande ajuda para contribuir para a auto suficiência francesa em proteína vegetal.


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