sexta-feira, 26 de junho de 2015

Copa-Cogeca destaca potencial dos sectores agrícola e agro-alimentar da UE

 25-06-2015 
 
O Copa-Cogeca destacou o enorme potencial do sectores agrícola e agro-alimentar da União Europeia para impulsionar o crescimento e o emprego.

Durante a conferência de alto nível que decorreu em Dublin, o Copa-Cogeca assinalou a grande importância do sector agro-alimentar da União Europeia (UE) para as zonas rurais e para o crescimento, o emprego e a segurança alimentar, apresentando as áreas chave nas quais o investimento deve ser fortalecido para o sector alcançar todo o seu potencial.

A conferência "Instrumentos financeiros do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER)", analisou como se pode usar o FEADER para financiar instrumentos financeiros, tais como empréstimos, de forma a atingir os objectivos da politica de desenvolvimento rural da UE.

Entre os oradores estavam o comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, assim como o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, o presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, Siekierski e o vice-presidente do BEI, Wilhelm Molterer.

Na sua intervenção, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que os sectores da agricultura e agro-alimentar da UE representam 40 milhões de postos de trabalho, razão pela qual têm um papel crucial para ajudar a UE a alcançar os objectivos da Estratégia 2020 e para manter o crescimento nas zonas rurais.

Com a procura de alimentos, que vai crescer em 60 por cento para 2050, é vital aumentar os investimentos no sector para alcançar o seu pleno potencial. Os valores publicados recentemente pela Comissão Europeia (CE) mostram que a produção agrícola da UE tem capacidade de aumentar em 15 milhões de toneladas o sector de cereais, em um milhão no sector avícola e o da carne de porco e em 12 milhões de toneladas o do leite. Por outro lado, os produtos agro-alimentares da UE representam 30 por cento da balança comercial total do bloco, o que supõe um superavit de 18 mil milhões de euros por ano.  

No entanto, segundo Pesonen, não há jovens suficientes a entrarem no sector e os rendimentos dos investimentos também podem levar 15 anos a chegar. O mínimo que se pode oferecer aos jovens agricultores é a oportunidade de investirem. É necessário haver investimento específico para os jovens no segundo pilar da Política Agrícola Comum (PAC) e os investimentos na agricultura europeia e no sector agro-alimentar também devem centrar-se na sustentabilidade. Por exemplo, no sector dos cereais deve-se investir no melhoramento da capacidade de transporte e de armazenamento.

Os instrumentos financeiros, co-financiados pelo FEADER,  são uma solução que poderia ajudar os Estados-membros e as regiões a investirem para ajudar as empresas a crescer e a desenvolver, referiu Pekka Pesonen. No entanto, é importante que os beneficiários tenham uma ideia clara do que está disponível e que se reduza a burocracia, para além de uma maior adaptação dos instrumentos às condições locais.

O responsável concluiu que a «Europa deve actuar agora e proporcionar soluções para desenvolver uma política de investimento coerente que ajude a recuperação económica da Europa e a sua prosperidade».

Fonte: Copa-Cogeca

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