quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bruxelas opõe-se a medidas de apoio ao sector do açúcar


Julho 20
09:15
2015

A Itália em vindo a reclamar medidas concretas excepcionais de apoio ao sector do açúcar, antevendo, desde já, graves problemas no mercado, com o fim das quotas em 2017.

A resposta da Comissão é radicalmente negativa, pois considera que o mercado tem tempo e capacidade de se autorregular por si só e fazer face a uma situação diferente, após o fim das quotas.

Por seu lado, a Alemanha defende que a ajuda ligada à produção de beterrabas, que foi atribuída em 10 Estados-membros, corre o risco de provocar situações de distorção de concorrência e gostaria de medidas para fazer escoar no mercado as quantidades que ultrapassam a quota.

A Itália defende que a quotização paga pelos produtores de 13€ por tonelada pode e deve ser utilizada para eventuais soluções que apoiem e defendam o mercado.

Phil Hogan reconheceu que a produção da campanha 2014-2015 foi muito abundante, atingindo 19,4 milhões de toneladas, enquanto a quota estava situada nos 13,5 milhões de toneladas, o que provocou stocks importantes extra-quota, que tiveram, como impacto, uma descida acentuada do preço, que atingiu os 416€ por tonelada, ou seja, o preço mais baixo desde 1980. Contudo, este preço é cerca de 100€ superior às cotações mundiais do açúcar.

Para concluir, Phil Hogan afirmou que o sector tem beneficiado de um mercado fortemente protegido, com preços a níveis muito altos nos últimos anos e, portanto, é perfeitamente capaz de fazer face a uma situação de mercado mais difícil.

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