sábado, 29 de agosto de 2015

Árabes, americanos e chilenos à procura de terrenos em Alqueva


27 Ago 2015 Cátia Simões

Frutos secos e forragens são as novas culturas que podem chegar a Alqueva, em terrenos de grande dimensão.

Árabes, americanos e chilenos à procura de terrenos em Alqueva
Há investidores árabes, norte-americanos e chilenos, assim como de outros países sul-americanos, interessados em comprar ou concessionar terrenos agrícolas na área de regadio da barragem de Alqueva. Os contactos foram realizados com a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva, que faz a ponte com os agricultores e donos dos terrenos naquela zona, explica ao Diário Económico José Pedro Salema, presidente da EDIA.

"Temos tido uma série de reuniões e há um conjunto de grupos que estão em negociações e demonstraram muito interesse em comprar terras ou realizar concessões de longa duração", revela o responsável. "São sobretudo árabes, norte-americanos e chilenos, operadores do hemisfério sul que estão com a produção a contra-ciclo da nossa."

Ou seja, no caso dos chilenos, como já noticiou o Económico, a lógica é produzir noz ou amêndoa no hemisfério norte para ter duas culturas anuais. Também os contactos realizados por grupos norte-americanos visam a produção de amêndoa. "A Califórnia atravessa uma seca nunca antes vista que está a obrigar os operadores desta região a pensar em alternativas para as suas culturas."

O interesse de grupos do Médio Oriente tem uma lógica diferente: o objectivo é produzir ferragens, ou alfafa, para exportar para os países de origem como alimentação de gado.

Todas estas culturas necessitam de grandes extensões de terra pelo que os grupos em causa estão a avaliar terrenos com, pelo menos, mil hectares numa fase inicial, explica José Pedro Salema.

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