sábado, 26 de setembro de 2015

Golegã e Torres Novas: emparcelamento em 4.600 ha ajuda setor hortícola



 25 Setembro 2015, sexta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

O projeto de emparcelamento nas freguesias de Azinhaga, Golegã e Riachos, aprovado esta quinta-feira (25 de setembro) em Conselho de Ministros, vai permitir «um grande salto» na produção, numa área de 4.600 hectares, essencialmente de hortícolas.

Luís Vasconcellos e Souza, presidente da união de cooperativas dos produtores agrícolas da Região do Norte do Vale do Tejo, diz que a aprovação do projeto, orçado em 9,58 milhões de euros, culmina uma proposta iniciada há 16 anos e que esteve na «gaveta» durante sete anos, «porque um ministro não acreditava no emparcelamento».
O projeto agora aprovado, com financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), vai gerar «mudanças estruturais», quer nas explorações agrícolas na área abrangida, inserida numa das regiões mais férteis do país, quer na configuração das próprias parcelas, que passarão das atuais cerca de mil para metade, aumentando a sua dimensão.
Esta mudança traduzir-se-á numa maior eficiência e numa reorganização das explorações, sendo expectável a entrada de produtores mais jovens e com mais capacidade de investimento, disse. «Vai levar a um rearranjo», declarou Vasconcellos e Souza.
Além de aumentar a eficiência, o emparcelamento vai baixar os custos de exploração, já que os agricultores ficam com parcelas maiores e em menor número, reduzindo a necessidade de transporte, tomadas de água ou baixadas elétricas.
O projeto de emparcelamento de terrenos agrícolas nos concelhos da Golegã e de Torres Novas foi concluído em 2006, depois de seis anos de trabalho de levantamento e obtenção do acordo dos cerca de 800 agricultores envolvidos.
Segundo a nota do Conselho de Ministros, o projeto, a concluir no prazo de três anos, inclui a execução das redes de caminhos agrícolas e de enxugo e drenagem, a sistematização de terrenos, a remodelação da rede de furos de captação de água para rega, a reorganização da rede de distribuição de energia, a demarcação e titulação de novos lotes e o pagamento de indemnizações.
A limpeza do rio Almonda, a valorização e integração paisagística e a monitorização ambiental são outras ações previstas.
Fonte: Lusa 

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