segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pêra-Manca com sistema antifraude


16 Dez 2015 < Início < Notícias
Garrafas do vinho alentejano passam a estar protegidas com um código único, associado à utilização de uma imagem holográfica.
A Fundação Eugénio de Almeida anunciou que a colheita de 2011 do emblemático vinho tinto alentejano apresentar-se-á com "um inovador sistema de segurança" que permite ao consumidor garantir a sua autenticidade, através de uma imagem holográfica na cápsula e um código único que pode ser validado no sítio online da marca.

Esta medida responde a tentativas de práticas fraudulentas que têm vindo a acontecer no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos topo de gama pelo que "importa conceber métodos fiáveis que permitam assegurar essas situações e, acima de tudo, proteger o consumidor de fraudes ou falsificações garantindo-lhe a autenticidade do vinho que adquire", declarou José Mateus Ginó, diretor comercial da Fundação Eugénio de Almeida.

Recorde-se que no início deste ano, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tornou pública a existência de falsificações de dois dos vinhos mais distintos da produção portuguesa, o Pêra-Manca e o Barca Velha. Na sequência da Operaçãp Premium (noticiada pelo Expresso em janeiro deste ano) foram apreendidas 110 garrafas das marcas referidas, avaliadas em cerca de 30 mil euros.

O inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar considera que é "muito positivo que marcas como a Pêra-Manca tomem este tipo de iniciativa" mas, recorda, "mesmo com este tipo de medidas nem sempre se fica imune, já que os contrafatores arranjam sempre maneira de dar a volta". E não faltam casos, acrescenta, "em que o material contrafeito vem com selo a dizer que está protegido contra a contrafação".

A Sogrape/Casa Ferreirinha, casa mãe do duriense Barca-Velha, também avançou, há meses, com a criação de elementos distintivos nas suas garrafas, nomeadamente o holograma no rótulo e o relevo incrustado no vidro.
 

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