sábado, 7 de fevereiro de 2015

Pera rocha à conquista da Colômbia e do México

Anúncio foi feito, em Berlim, pela ministra da Agricultura. 

Por Isabel Jordão 

Os produtores portugueses de pera rocha vão contar, a partir das próximas semanas, com mais dois novos mercados externos – Colômbia e México – para colocarem os seus frutos. O anúncio foi feito esta quarta-feira, em Berlim, pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, na inauguração da maior feira mundial de frutas e legumes. A medida significa a eliminação das barreiras fitossanitárias, que até agora impediam a exportação de produtos nacionais para aqueles países. "Estamos muito próximos de concluir este processo, que tem sido muito intenso e requereu da parte do Governo uma grande articulação, quer com a diplomacia económica quer com os nossos serviços técnicos e administrativos" disse Assunção Cristas. "Em três anos, são mais de 70 os países em que abrimos novos mercados para mais de 125 produtos e marcas portuguesas", salientou, por seu lado, o vice primeiro-ministro, Paulo Portas, que liderava a comitiva governamental, discursando no jantar de gala. Esta é a maior participação de sempre de Portugal na feira "Fruit Logistica", com 44 empresas a procurar novos mercados, aproveitando a visibilidade que o nosso País está a ter no certame, por ser parceiro na organização. "Fazendo uma comparação com o futebol, podemos dizer que viemos diretos para a final do campeonato do mundo", disse o presidente da Portugal Fresh - associação para a promoção das frutas, legumes e flores, Manuel Évora, frisando que "ir à final e não ganhar é que não". Falando no jantar de gala da Portugal Fresh, aquele responsável explicou que "ganhar significa os produtores fazerem os melhores contactos e contratos e com isso engrandecerem a agricultura no nosso País", espalhando "o nosso bom nome com empenho e arte", numa alusão aos Lusíadas de Luis de Camões. No último ano, a produção nacional de frutas e legumes totalizou 2,2 milhões de euros, 45 por cento dos quais resultaram de exportações, o que "demonstra que o sector está a conquistar o mundo com os nossos produtos", defendeu Manuel Évora. Nos últimos anos, as exportações do sector têm crescido a um ritmo de dez por cento ao ano e o objetivo é que dupliquem nos próximos cinco anos, atingindo os dois mil milhões em 2020. A essa meta criada pela Portugal Fresh, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, acrescenta outra: "chegar a 2020 sem défice alimentar" e "tornar Portugal conhecido como a joalharia da agricultura", por produzir "bem, com qualidade e segurança alimentar".

CLEANBIOMASS: Uma ferramenta para limpar as florestas de forma mais sustentável

Naturais07/02/2015biomassacleanbiomassflorestasGPAlimpeza
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Os infestantes naturais, como o tojo, a silva, a acácia ou a giesta, são uma praga para a floresta e, em época de incêndios, são o rastilho ideal para as chamas. Porém, estes arbustos também podem ser uma fonte de energia renovável. Um dia, após grandes incêndios ocorridos na região de Mangualde, o pai de António Ramos – engenheiro mecânico – perguntou-lhe se não "conseguia desenvolver algo para a arrancar as infestantes", que surgem em terrenos sinuosos, com muita pedra e obstáculos.

Depois de analisar a possibilidade e de recorrer à ajuda da mulher – Elizabete Constante, também engenheira -, António Ramos criou, em 2009, a CleanBiomass, uma ferramenta de limpeza florestal que permite um processo selectivo de limpeza de arbustos através do arranque.

"O projecto surgiu com a ideia de criar um ambiente de limpeza da floresta que permitisse gerar recursos para suportar um serviço, diminuir o risco de incêndio, aumentar a produção florestal, criar emprego e gerar energia renovável com a biomassa para custear parte do serviço", explica António Ramos ao Green Savers.

Em 2011, ainda em fase protótipo, o CleanBiomass foi vencedor do Prémio Inovação EDP 2020 Richard Branson Visão, o que permitiu patentear a ferramenta e o seu desenho e criar oficialmente a empresa, já em 2012.

A ferramenta de limpeza da CleanBiomass consiste numa máquina, semelhante a uma escavadora, que tem a particularidade de conseguir arrancar os arbustos infestantes pela raiz, nomeadamente os que se encontram em zonas pouco acessíveis. Uma vez que o processo de limpeza é selectivo, o operador da máquina selecciona o arbusto que quer remover do solo. Assim, é possível manter árvores autóctones e outras plantas benéficas que existam no meio dos arbustos.

Biomassa que pode ser transformada em energia renovável

Depois da limpeza de um terreno com a ferramenta CleanBiomass, a quantidade de biomassa recolhida pode ser considerável e há que lhe dar um destino. "O destino da biomassa resultante depende da aplicação que o proprietário quer dar aos resíduos resultantes", indica o mentor do projecto. Uma das hipóteses é utilizar a biomassa em processos de fertilização de solos em substituição de produtos químicos. Outra é a queima directa para a produção de calor e geração de energia renovável. Porém, "o destino mais comum são as centrais de queima de biomassa ou centrais de cogeração para utilização do calor em processos produtivos de energia", explica António Ramos.

Desde a criação do protótipo inicial, António Ramos estima que o sistema de limpeza tenha recolhido cerca de 2.000 toneladas de biomassa.

Além de permitir uma limpeza selectiva dos terrenos, a CleanBiomass permite reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2). Mas esta quantificação destas reduções não é fácil. "A análise de CO2 de um processo deste tipo não é simples e directa. Contudo, uma análise energética de todo o processo até à queima na central revela que geramos 52 vezes a energia que consumimos. Em termos de CO2 podemos estimar que a empresa conseguiu evitar cerca de 3.000 toneladas de emissões. Mas se considerarmos que os resíduos extraídos seriam queimados nos incêndios, podemos estar a falar no dobro desse valor", explana António Ramos.

Apesar do curto percurso, o projecto foi já distinguido várias vezes com prémios como Prémio Inovação EDP 2020 Richard Branson Visão 2011 (1º lugar); Prémio Nacional de Inovação Ambiental 2012 (2º lugar); Prémio Inovação Crédito Agrícola 2014 (1º lugar inovação empresarial) e, por último uma menção honrosa no Green Project Awards 2014, na categoria Agricultura, Mar e Turismo.

Para 2015, os objectivos da CleanBiomass passam pela "comercialização de algumas ferramentas para possíveis prestadores de serviços nacionais e duplicar a quantidade de biomassa extraída por este processo nos próximos dois anos".

Este artigo faz parte de um vasto trabalho sobre os vencedores do Green Project Awards 2014. Todos os vencedores da iniciativa portuguesa podem ser consultados neste link.

CNEMA recebe até maio vários concursos de produtos agroalimentares



Sexta, 06 Fevereiro 2015 18:28 tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte

Nos meses de fevereiro, março, abril e maio decorrerá no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, um conjunto de concursos nacionais de produtos agroalimentares, realizado em prova cega.

Os concursos abrangem as seguintes categorias: Conservas de Azeitona (31 março), Sal, Ervas Aromáticas e Condimentos (7 abril), Vinagres (7 abril), Sidras e Cervejas Tradicionais  (8 abril), Sumos Néctares e Concentrados de Fruta (8 abril), Azeite Virgem Extra (14, 15 e 22 maio) e Mel (data a definir).

A avaliação é efetuada por um júri diversificado, composto por técnicos dos vários setores, órgãos comunicação social, representantes de superfícies comerciais e consumidores.

A organização está a cargo do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e da Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses (Qualifica).

Controlar as alterações climatéricas é um desafio para a Europa

Fevereiro 06
12:26
2015

Os últimos relatórios do grupo de peritos para a evolução do clima são claras. As mudanças climatéricas vão ser uma realidade e vão ter consequências.

No caso da Europa e no pior cenário possível, é previsível um aumento da temperatura média de 4,8ºC até ao ano 2100, o que implicará três consequências principais:

a) Fortes prejuízos causados por mais inundações, aumento da precipitação, subida do nível das águas do mar, erosão costeira e poluição dos cursos de água. Um país como a Holanda pode ver centenas de km2 inundados e vários rios europeus podem sair dos seus leitos habituais.

b) Restrições na utilização da água, devido à redução da quantidade de águas subterrâneas e de certos rios, a que se junta uma maior procura. Estas restrições vão atingir vários sectores, como a agricultura, a energia e, também, a utilização doméstica.

A região mediterrânica será a mais afectada com este fenómeno, ao mesmo tempo que os períodos de seca serão cada vez mais frequentes.

c) Multiplicação dos episódios de calor extremo, com graves prejuízos para a economia europeia, a produtividade, a produção agrícola, a saúde e o bem-estar da população, a qualidade do ar ou, ainda, a maior ocorrência de fogos florestais.

Este pior cenário é perfeitamente realista se não houver uma inversão na trajectória que o mundo tem vindo a registar. No melhor cenário, a temperatura aumentará entre 1ºC a 2,4ºC.

Uma situação parece ter consenso, o limite do aumento de mais 2ºC em 2100 nunca deve vir a ser ultrapassado. Para isso são apontadas várias soluções a nível local, regional e global.

Foram identificados certos pontos sensíveis, tais como:

- No sector energético, um aumento da eficácia do sector e uma mudança de comportamento serão importantes para reduzir as emissões de gases.

- No sector dos transportes, é necessária uma maior utilização de transportes públicos em detrimento dos privados.

- No sector agrícola, é fundamental uma gestão mais durável dos terrenos, assim como uma luta eficaz contra a desflorestação.

Estes esforços sectoriais devem ser apoiados pelo desenvolvimento das energias renováveis e pela harmonização das normas ecológicas.

Dúvidas sobre o controlo dos OGM’s feito pelos estados membros

Fevereiro 06
12:22
2015

Segundo a ONG "Food & Water Europe", o relatório da Comissão sobre a avaliação dos controlos oficiais dos OGM's e, também, sobre a sua disseminação no meio ambiente, refere que a situação é muito grave, pois são apresentadas profundas deficiências.

Neste relatório, a Comissão afirma que certos estados membros permitem a contaminação das sementes convencionais com sementes OGM, sem respeitar as normas de etiquetagem. Se as regras de etiquetagem não forem cumpridas, os consumidores não podem ter a certeza de que tipo de produtos estão a comprar.

Os eventuais efeitos a médio prazo das sementeiras do milho OGM MON810 não estão a ser avaliados, considerando a Comissão que se limitam a observações anedóticas.

A não existência de controlos efectivos leva os agricultores a comprarem ilegalmente sementes OGM não autorizadas noutros países, para semearem nos seus terrenos.

Outra situação preocupante é que, em certos países, a Monsanto, que produz a única semente de milho OGM autorizada na Europa, não comunica oficialmente as quantidades e os destinatários das sementes vendidas, o que dificulta muito os controlos.  Esta situação é particularmente preocupante nos países que pretendem proibir as sementes OGM.

É baseado nestes pontos do relatório que a ONG se mostra muito preocupada com a falta de controlo dos OGM e, assim, a sua possível influência negativa no meio ambiente.

OGM’s na prioridade de discussão no próximo seminário do Colégio de Comissários

Fevereiro 06
09:16
2015

Coincidindo com o centésimo dia da Presidência de Jean-Claude Juncker, vai realizar-se um seminário do Colégio de Comissários, em que o tema principal vai ser os OGM's.

Neste momento estão para aprovação, desde Maio do ano passado, 12 novos OGM's, alguns dos quais fundamentais para o normal abastecimento do sector de alimentação animal.

Esperava-se uma aprovação ainda durante a última Comissão, tendo as organizações de produtores de fábricas de alimentos compostos para animais e de abate e comercialização de carne, movido toda a pressão possível junto do anterior Presidente Barroso, sem qualquer resultado, pois a opção foi deixar a discussão para esta nova Comissão.

Ao tomar posse, Jean-Claude Juncker mostrou-se muito céptico em relação aos OGM's e não mostrou qualquer vontade na aprovação destas variedades, antes de uma revisão da legislação sobre a aprovação de OGM's.

A pressão tem continuado e, neste momento, os comissários Phil Hogan (Agricultura) e Vytenis Andriukaitis (DG Santé) praticamente impuseram o debate no Colégio de Comissários.

Neste pacote estão três variedades de milho (MON8746o, T25 e NK603), Colza (T73 e MON88302), algodão (T304-40, LL25x, GHB614 e MON88913) e soja (soja 305 4 23, BPS-CV127-9, MON87708 e MON87705).

Também na ordem de trabalhos será discutida a estratégia em termos de política externa da Comissão.

O comércio internacional também terá grande destaque, pois esta reunião vai coincidir com a oitava ronda negocial UE-EUA, no âmbito do Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP).

Vitacress entra na Polónia e na Alemanha para diversificar mercados

Ana Rute Silva (Em Berlim) 06/02/2015 - 11:34 

 Produtora de saladas embaladas começou a exportar este ano para dois novos países. Em Portugal, quer aumentar área de produção e está de olho no Alqueva 
 
A Vitacress tem instalações em Odemira 

A Vitacress quer ter uma "terceira e uma quarta perna" a sustentar o negócio e além das vendas que já faz para Espanha e Reino Unido (os seus dois maiores clientes fora de Portugal) começou a vender, pela primeira vez, para a Polónia e para a Alemanha. Luís Mesquita Dias, director-geral da empresa do grupo RAR, adianta que consolidar estes dois mercados, onde a Vitacress está há pouco mais de um mês, é uma das tarefas para esse ano.

 "Chegar à Polónia é um sonho antigo que se está a começar a concretizar. Fizemos alguns envios bem-sucedidos e esperamos continuar a fazê-lo até ao final da Primavera, altura em que lá começam a ter produção própria", disse. As folhas de alface são enviadas para aquele país e o embalamento é feito localmente. Se tudo correr bem, as vendas recomeçam a partir de Outubro, estendendo-se até Abril do ano seguinte.

Cerca de 30% da facturação (que se manteve nos 22 milhões de euros em 2014) é conseguida graças às exportações. A Vitacress tem diversificado produtos e está de olho nas ervas aromáticas, gama que por enquanto representa pouco mais de 7% nas vendas. O maior cliente deste produto é o Reino Unido. De acordo com Luís Mesquita Dias, a intenção é aumentar a produção em cerca de cinco hectares, o que significa um aumento da área coberta na ordem dos 50%. "Estamos a procurar soluções de pessoas que tenham áreas cobertas disponíveis, simplesmente em regime de aluguer do espaço ou que nos queiram vender ervas aromáticas se tiverem preparação adequada e corresponderem aos nossos requisitos técnicos", explica.

As necessidades de mais área agrícola estendem-se também às restantes gamas de produtos. A Vitacress tem um projecto para produzir no Alqueva, ainda longe de estar concluído. "Estamos a chegar a uma situação em que as terras que temos disponíveis, entre nossas e alugadas, não são suficientes se quisermos trabalhá-las de forma agronomicamente correcta, com os descansos que é preciso ter", revela. A empresa ainda não chegou a acordo com produtores para arrancar com produção nas terras abrangidas pelo perímetro de rega. Mesquita Dias diz que os entraves têm a ver com a disponibilidade dos agricultores, já envolvidos noutros projectos.

O director-geral da Vitacresse falava à margem da Fruit Logistica, a maior feira de frutas e legumes do mundo onde, até esta sexta-feira, 44 empresas portuguesas tentam captar novos clientes. Os frutos do investimento só serão provados mais tarde, até porque "há o hábito de os países do Norte encararem Espanha e Itália como fornecedores quase naturais". "Adiantaram-se muitos anos em relação a nós e estamos, agora, a tentar recuperar esse atraso", sustenta.

Ontem, o secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, visitou o certame e adiantou aos jornalistas que Portugal vai assinar um memorando de entendimento com Cuba para poder exportar, já este mês, conservas, carne de porco, lacticínios ou produtos vegetais transformados.

"Ainda este mês teremos reposta positiva de Cuba para um conjunto de empresas que visitaram o país", disse, referindo-se a uma comitiva de 20 empresários que em Dezembro se deslocaram a Havana para tentar desbloquear portas comerciais. O acordo comercial que será assinado pretende "agilizar e acelerar os procedimentos de habilitação de empresas e oportunidades de negócio", explicou.

Além de Cuba, a secretaria de Estado da Alimentação tem em mãos dezenas de negociações para a entrada de produtos alimentares nacionais em novos mercados. Este ano, por exemplo, Nuno Vieira e Brito espera fechar o dossiê sanitário de vários tipos de fruta para a Costa Rica, Peru, Equador, Colômbia ou México.

Como a WWF Portugal conseguiu pôr a coca-cola a financiar o montado


As grandes empresas podem trabalhar com as organizações não-governamentais – e outras entidades comerciais ou não-comerciais – em projectos de interesse comum? A resposta nem sempre é afirmativa ou bem vista, mas há cada vez mais parcerias que são excepção à regra.

Uma delas chama-se Green Heart of Cork (GHoC), foi desenvolvida pela WWF Portugal (World Wide Fundo for Nature) e tem como objectivo mobilizar as empresas privadas que dependem dos serviços ambientais fornecidos pelas áreas de sobreiro a compensar os proprietários rurais que, com maior ou menor dificuldade, contribuem para melhorar os serviços prestados por estes ecossistemas. O GHoC foi recentemente distinguido no Green Project Awards 2014.

O projecto pode não fazer sentido para muitos, mas a WWF agarrou a oportunidade de trazer empresas como a Coca-Cola, Grupo Onyria e a Jerónimo Martins para o projecto e, assim, contribuírem para conservar montados e florestas de sobreiro. "A missão da WWF Mediterrâneo e sua estratégia florestal visa a conservação dos montados e florestas de sobreiro, importantes hotspots de biodiversidade", explicou ao Green Savers a responsável do projecto acting manager da WWF Portugal, Ângela Morgado.

€10.000 para o projecto, metade para os patrocinadores

Segundo a responsável, cada empresa paga €10.000 por ano para apoiar o Green Heart of Cork. "Os patrocinadores aceitam esta quota e não existem contrapartidas não financeiras", explica.

Com esta quota, a WW Portugal garante o desenvolvimento do conhecimento sobre os serviços ambientais que os ecossistemas de montado prestam à sociedade, definindo um programa de pagamento destes serviços e compensando proprietários florestais que provem ter boas práticas de gestão florestal e agrícola.

O sucesso do projecto teve como pano de fundo a parceria com a Coca-Cola, o primeiro patrocinador, e a estratégia de comunicação usada pela WWF Portugal para mobilizar mais empresas e associações de produtores a juntarem-se à iniciativa. Para além dos patrocinadores e da WWF, o projecto conta ainda com as associações de produtores florestais que beneficiam do apoio financeiro – APFCertifica e a Ansub.

Metade do dinheiro doado pelos patrocinadores é reenviado directamente para os proprietários florestais que estejam certificados elo FSC ou que integrem a Rede de Comércio e Florestas da WWF, provando as boas práticas de gestão florestal.

Para 2015, a WWF vai continuar a desenvolver o projecto GHoC e a tentar chegar a mais e novos patrocinadores. "[Vamos continuar] a envolver companhias na plataforma GHoC e [prosseguir] com o mapeamento de serviços ambientais e o seu pagamento, premiando os produtores agro-florestais por boas práticas", continuou Ângela Morgado.

Mas há mais novidades. "[Vamos] apostar em dois projectos relacionados com uma nova área de trabalho lançada em 2014 – as Pescas – e que permitirá à WWF apresentar abordagens inovadoras sobre co-gestão em Pescas e o consumo responsável de pescado, áreas sensíveis e importantes para a conservação a nível global e para o nosso País, em particular", concluiu a responsável.

O GHoF localiz-se no Vale Inferior do Tejo e do Sado, numa área de meio milhão de hectares e sobre o maior aquífero ibérico.

Este artigo faz parte de um vasto trabalho sobre os vencedores do Green Project Awards 2014. Todos os vencedores da iniciativa portuguesa podem ser consultados neste link.

Legislação sobre a produção bio em discussão

Fevereiro 06
09:15
2015

No próximo Comité Especial de Agricultura, o tema em discussão vai ser a revisão da legislação sobre a produção agrícola biológica.

Como se sabe, este tema tem dividido as opiniões dos diferentes países e o consenso foi impossível durante a Presidência italiana, do segundo semestre de 2014.

A maioria dos países defende uma harmonização das normas europeias e a não utilização de substância convencional na produção bio, enquanto outros defendem uma tolerância para essas substâncias e que nos devemos concentrar mais no modo de produção do que no produto final.

Países como o Reino Unido, a França, a Alemanha e a Dinamarca pretendem um método uniforme para detecção de substâncias convencionais, enquanto a Bulgária, República Checa e a Roménia querem testes para detecção de OGM's e pesticidas.

Portugal faz parte do grupo de países que tem receio que todos os métodos acarretem uma carga de burocracia, que prejudique o desenvolvimento da produção.

Um grupo de países quer uma normalização nas regras para as importações de países terceiros, enquanto outros defendem derrogações para os países em vias de desenvolvimento.

O sistema de controlos também fazem divergir opiniões, com países a defenderem uma inspecção anual na cadeia produtiva, enquanto outros pretendem aliviar os controlos aos agentes da cadeia produtiva.

A discussão promete neste Comité, que se vai realizar na próxima segunda-feira, sendo que a Presidência lituana quer levar o novo projecto legislativo a discussão no Conselho de Ministros de dia 11 de Maio, para que depois o assunto possa vir a ser discutido no Parlamento Europeu, no dia 16 de Junho.

Agricultores pedem a Cavaco Silva para defender agricultura familiar

6/2/2015, 16:27
Agricultores reuniram-se com Cavaco Silva para pedirem a criação de um estatuto para a agricultura familiar integrando-a no Programa de Desenvolvimento Rural 2020.


Intenções da CNA foram transmitidas esta manhã a Cavaco Silva durante uma audiência no Palácio de Belém
Sean Gallup/Getty Images


A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) reuniu-se esta sexta-feira com o Presidente da República, Cavaco Silva, para defender a criação de um estatuto para a agricultura familiar e integrá-la no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.

As intenções da CNA foram transmitidas esta manhã a Cavaco Silva durante uma audiência no Palácio de Belém, que durou mais de uma hora. "É pelas funções sociais e ambientais que consideramos que deve existir um estatuto para a agricultura familiar que, caracterizando as suas atividades, lhe atribuam um conjunto de situações que lhe permitam não só manter-se como desenvolver-se", afirmou à agência Lusa Alfredo Campos, da direção da CNA, à saída do encontro.


Nesse sentido, o responsável da CNA defendeu a necessidade de se atribuir à agricultura familiar uma maior importância no PDR 2020. "Em relação à aplicação do PDR 2020, manifestamos algumas preocupações porque pensamos, por aquilo que já está publicado, que não é no sentido da valorização da agricultura familiar e que se continua a insistir numa economia de grande escala. Há uma certa obsessão pela produção para exportar, desprezando as necessidades de consumo interno", criticou.

O domínio crescente do aspeto "negócio" no setor da agricultura e a "necessidade de se proteger" os produtores agrícolas foram outros dos temas abordados com Cavaco Silva. "O setor financeiro […] condiciona muito a atividade dos pequenos e médios agricultores. O produtor agrícola apenas recebe 10% do que o consumidor paga nos hipermercados e isto mostra a injustiça na distribuição de valor entre os vários intervenientes na produção", disse.

Viticultores do Douro pedem ao Governo defesa intransigente da marca Porto

 06-02-2015 
  
A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) pediu hoje ao Governo a defesa intransigente da marca vinho do Porto no acordo comercial que está a ser negociado com os Estados Unidos da América (EUA).

A União Europeia e os Estados Unidos estão a negociar, desde Julho passado, a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, mais conhecida pela sigla inglesa TTIP, que pretende abolir barreiras alfandegárias e regulatórias e facilitar a compra de bens e serviços em ambos os mercados.

Recentemente o presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) afirmou que este acordo pode representar uma ameaça para o vinho do Porto, inundando o mercado de garrafas de "Port", isto porque, os Estados Unidos não reconhecem a Denominação de Origem (DO) portuguesa que protege o vinho do Porto e outros produtos originários de uma determinada região, impedindo utilizações abusivas.

A Avidouro, sediada no Peso da Régua, afirmou que o «Governo português tem que ser firme e defender intransigentemente os interesses dos vitivinicultores e o património que é a marca Porto».

A organização disse que «é óbvio» que a designação "Port" se "confunde facilmente com a marca portuguesa Porto e pode «desviar parte importante do comércio do vinho nacional Porto para o "port wine" (licorosos) fabricado nos EUA e outros países».

Aliás, acrescentou que, «durante alguns anos, a África do Sul já tinha sido autorizada a idêntica manobra no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), e com a cumplicidade do Governo Português da época».

Para a associação, no momento em que «se abrem algumas condições para o aumento das exportações de vinho do Porto, surgem logo perspectivas que, a consumarem-se, vão ser fortemente lesivas dos direitos e interesses nacionais». Os vitivinicultores defendem que «cumpre ao Governo português opor-se, a todos os níveis, à liberalização da designação "Port"». «Cumpre ao Governo Português, em primeiro lugar, opor-se a mais este esbulho daquilo que é património nosso, de Portugal e dos vitivinicultores durienses, o vinho do Porto e a marca Porto», sublinhou.

As DO Porto e Douro encontram-se protegidas em mais de 70 países, sem incluir os abrangidos pelo acordo sobre os aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados com o comércio (TRIPS), concluído no quadro da Organização Mundial do Comércio, com cerca de 160 países-membros, embora alguns, como os EUA, invoquem excepções para não proteger diversas denominações de origem europeias.

Nos últimos anos, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) tem registado em alguns países as DO Porto e Douro, reforçando naqueles mercados a protecção dos vinhos produzidos na mais antiga região demarcada do mundo.

Mediante esse registo, os países em causa, como o Peru, Ucrânia, Índia, Brasil ou Austrália, ficam obrigados a proteger no seu território o nome Porto e, desta forma, o IVDP poderá também agir contra qualquer violação da DO naqueles países.

Por exemplo, no que diz respeito à designação de vinhos do Porto ou Douro atribuídas incorrectamente a outros produtos ou até mesmo em casos de falsificação ou imitação.

Fonte: Lusa

Relação entre existências e consumo de cereais a nível mundial pode alcançar os valores mais altos da última década

06-02-2015 
  
A estimativa para a produção mundial de cereais para 2014 aumentou 2.534 milhões de toneladas, impulsionada pelas melhores perspectivas para os cereais secundários.

Segundo a última nova informativa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a oferta e procura de cereais, em relação a 2015, as culturas de trigo de Inverno no hemisfério norte disfrutaram, em geral, de um clima propício e uma maior superfície cultivada na América do Norte e no Próximo Oriente, que compensa algumas reduções na Federação da Rússia e áreas do Extremo Oriente.

As condições gerais das colheitas de milho no hemisférios sul também são satisfatórias, ainda que a FAO assinale que preços mais baixos para o milho levaram a uma redução das plantações na América do Sul.

A nível mundial, 1.104 milhões de toneladas de cereais serão utilizadas para consumo alimentar, o que supõe um aumento de 1,1 por cento em relação ao ano anterior.

Prevê-se que as existências mundiais de cereais em 2015 situem-se em cerca de 623 milhões de toneladas, mais oito por cento frente ao ano passado. Também espera-se um aumento das existências de trigo e milho, enquanto para o arroz possam baixar cerca de quatro milhões de toneladas em 2015, com quebras notáveis na Índia, Indonésia e na Tailândia.

Como resultado, a relação entre existências e a utilização de cereais a nível mundial para 2014/2015 deveria aumentar cerca de 25,0 por cento, o seu nível mais alto em mais de uma década e muito acima do mínimo histórico de 18.4 por cento registado em 2007/2008, um momento de grande volatilidade internacional dos prelos dos alimentos.

Fonte: Agrodigital

Governo britânico prepara penalizações para supermercados que violem Código de Boas Práticas de distribuição

06-02-2015 
 


 
O Governo britânico anunciou que está a trabalhar em medidas para conceder à Defesa da Cadeia Alimentar a capacidade de multar os supermercados que violem o Código de Boas Práticas da distribuição.

As multas podem chegar até um por cento da facturação anual nos supermercados culpados de infracção do Código. Estas novas medidas têm que ser aprovadas pelo parlamento para a sua aplicação.

O Código de Boas Práticas da distribuição regula uma relação entre os fornecedores e supermercados, prazos de pagamento e os custos de comercialização.

Fonte: Agrodigital

Redução da produção de rações na UE em 2014

06-02-2015 

 
A produção de alimentos compostos para animais em 2014 na União Europeia dos 28 atingiu 153,6 milhões de toneladas, o que supõe uma redução de 0,6 por cento em relação a 2013, de acordo com os valores da Federação Europeia de Fabricantes de Alimentos Compostos (FEFAC).

Enquanto a produção de rações para porcos e bovinos reduziu de 1 e 1,5 por cento, respectivamente, para aves aumentou 0,6 por cento, pelo que este segmento é actualmente o líder na produção comunitária destes alimentos.

O factor que mais atingiu a produção de rações em 2014 foi o embargo russo, que para a carne de porco teve início em Fevereiro passado e para as restantes produções pecuárias em Agosto. As boas condições meteorológicas favoreceram a disponibilidade de forragens que em conjunto com os preços baixos provocaram uma redução da procura de rações para gado leiteiro, um segmento que não beneficiou com o crescimento de cinco por cento das entregas.

O comportamento por países foi variável, com um aumento na Polónia de sete por cento, permanecendo estável na Alemanha e na França, Espanha, Itália, Reino Unido e Holanda caiu entre o,7 e 1,9 por cento, com a Alemanha a permanecer a sua posição como maior produtor de rações, á frente da França e da Espanha.

Para 2015, prevê-se uma quebra da produção em 0,5 por cento frente a 2014. No segmento da alimentação avícola as estimativas apontam para uma estabilidade, enquanto espera-se uma descida de 1 por cento na produção de alimentação para porcos e para o gado bovino de -1,5 por cento.

A evolução do sector da alimentação animal em 2015 estará condicionada por uma série de factores, como a entrada em vigor da política agrícola comum (PAC), das medidas greening e o fim das quotas leiteiras, aguardando-se ainda a evolução das negociações com a Rússia para o levantamento do embargo.

Os preços das rações seguiram em baixa em 2013 e 2014, como consequência das boas colheitas. Em 2015, tudo indica que siga a mesma linha, já que a colheita de soja na América do Sul é prometedora, apesar dos resultados ainda por ver da colheita de cereais de 2014 na União Europeia.

Fonte: Agrodigital

Coca-Cola entra no negócio do leite


por Ana Rita Costa
6 de Fevereiro - 2015

A Coca-Cola lançou uma marca de leite. De acordo com a empresa de bebidas, esta nova área de negócio irá fazer "chover dinheiro" nas contas da companhia.
 
Batizado de 'Fairlife', este novo leite da multinacional irá custar duas vezes mais que um leite normal, mas terá 50% mais proteínas e metade da lactose, e por consequência menos açúcar, em relação a um leite normal.

O novo leite já está nos lineares norte-americanos e em duas variedades: natural e com chocolate. De acordo com o The Guardian, Steve Jones, antigo executivo da Coca-Cola que agora lidera a Fairlife, referiu recentemente este novo leite poderá ajudar a reverter as quebras no consumo de leite a nível mundial através da oferta de um produto "com qualidade superior e melhor sabor".

Em março, a empresa arrancará com uma campanha de comunicação que pretende dar a conhecer o novo produto. Para já, ainda não existem planos de exportação do novo leite para outros países do globo.

Índice da FAO para os preços dos alimentos em descida

06-02-2015 
 

 
O Índice de preços dos alimentos da Organização das Nações unida para a Agricultura e Alimentação continuou a descer em Janeiro, situando-se este mês numa média de 182,7 pontos, cerca de 1,9 por cento abaixo do seu nível de 2014.

A baixa de preços reflecte as elevadas expectativas sobre a produção, já que a Organização das Nações Unida para a Agricultura e Alimentação (FAO) aumentou o seu prognóstico para a produção mundial de cereais em 2014 para um nível recorde e anunciou que os primeiros indícios sobre as colheitas para 2015 são favoráveis.

O Índice de alimentos da FAO é ponderado em base das trocas comerciais que faz o seguimento dos preços dos cinco principais grupos de alimentos básicos nos mercados internacionais, como os cereais, carne, lacticínios, óleos vegetais e açúcar.

A organização indica uma descida de preços do trigo, carne de porco e óleo de soja. Para os cereais indica uma média de 177,4 pontos em Janeiro, cerca menos de 3,6 por cento em relação ao mês anterior e 34 por cento abaixo do seu máximo de Junho de 2008. Os preços internacionais do trigo caíram sete por cento em Dezembro, o que reflecte a abundância de abastecimento.

O Índice de preço dos óleos vegetais também reduziu consideravelmente, até os 156,0 pontos, cerca de menos 2,9 por cento em relação a Dezembro e encontra-se no nível mais baixo desde Outubro de 2009. Esta descida deve-se, sobretudo, ao grande fornecimento de óleo de soja e à descida do preço do petróleo, que limitam a utilização dos mesmos para produzir biodiesel.

Para a carne, verificou-se uma diminuição de 1,6 por cento em Janeiro, com uma média de 194,3 pontos, uma situação provocada, em parte, pela força do dólar norte-americano, principalmente sobre o euro, assim como a abundante disponibilidade mundial de carne de porco para exportação.

Para os preços dos lacticínios, o índice manteve-se estável em Janeiro, com uma média de 173,8 pontos, verificando-se um aumento dos preços da manteiga que compensou a queda dos do queijo e leite desnatado em pó, impulsionada também pela debilidade do euro.

Para o açúcar a média é de 217,7 pontos, também praticamente sem alterações desde dezembro de 2014. Apenas o índice da carne aumentou em relação a Janeiro de 2014, com uma subida de 6,6 por cento. O índice dos lacticínios passou pela maior queda, de 35 por cento desde o mesmo período de 12 meses atrás.

Fonte: Agrodigital

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Chineses já compraram 100 châteaux na região de Bordéus


05 Fevereiro, 2015 11:34 | 
Luís Francisco

A tendência já tem alguns anos, desde que, em 2010, um investidor chinês comprou o primeiro château da região de Bordéus. Mas alcançou uma marca histórica este mês, quando o milionário James Zhou se tornou o novo proprietário do Château Renon, uma propriedade na margem direita do rio Garonne com oito hectares de vinhas. Este negócio, cujo valor não foi divulgado, representa a 100ª aquisição feita por capitais chineses na mais famosa região vitícola do mundo.

Apesar de tudo, os chineses ainda detêm apenas 1,3 por cento dos cerca de 7400 châteaux de Bordéus e ainda não ultrapassaram os belgas na lista de proprietários estrangeiros na região. Mas, se os investimentos continuarem a este ritmo, será apenas uma questão de tempo...

O interesse dos milionários chineses nas casas produtoras de vinho de Bordéus tem dois vectores: por um lado, a ostentação e o prestígio; por outro, a análise racional do potencial económico da operação. A China é, neste momento, o primeiro mercado dos vinhos da região e a procura continua a subir. Do ponto de vista empresarial, assegurar controlo sobre a produção de um bem com intensa procura é uma decisão estratégica – na China, uma garrafa de Bordéus pode ser vendida por um preço até 10 vezes superior ao do mercado francês.

Mas a cobiça chinesa pelo vinho francês não se esgota na região de Bordéus. Em 2012, relata o jornal britânico "Telegraph", o magnata do jogo Louis Ng Chi pagou oito milhões de euros pelo Château de Gevrey-Chambertin, na Borgonha. A opinião pública local não gostou. "O que diriam os chineses se investidores franceses comprassem 10 ou 50 metros da Muralha da China?", desabafou um dos candidatos derrotados no leilão.

Portugal começa a exportar carne e vegetais para Cuba já este mês


por LusaOntem1 comentário

Portugal começa a exportar carne e vegetais para Cuba já este mês
Fotografia © Arquivo DN

Anúncio foi feito hoje pelo secretário de Estado da Alimentação em Berlim.
Portugal vai começar este mês a exportar carne e vegetais para Cuba, país com quem assina um entendimento para agilizar os negócios e colmatar as quebras com o embargo da Rússia, anunciou hoje em Berlim o secretário de Estado Alimentação.
"Ainda este mês teremos resposta positiva de Cuba para um conjunto de empresas que visitaram em dezembro e cujo resultado foi extremamente positivo", afirmou aos jornalistas Nuno Vieira e Brito, adiantando que "ainda este mês" cerca de 20 empresas vão começar a poder exportar para Cuba "conservas, transformados de vegetais, carne de porco e de aves e laticínios".
O governante disse ainda que até março, vai ser assinado com aquele país "um memorando para agilizarmos procedimentos de habilitação de empresas e oportunidade de negócio".
O secretário de Estado da Alimentação falava durante uma visita às empresas que estão representadas até sexta-feira na Fruit Logistica, considerada a maior feira mundial de promoção de frutas e legumes, em Berlim, Alemanha.
Ainda este mês, Portugal deverá conseguir penetrar também na Colômbia com peras, uvas e citrinos e no México, com peras e maçãs.

Portugal tem 54 zonas com alto risco de cheias


Portugal tem 54 zonas com alto risco de cheias

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) apresentou hoje um conjunto de cartografia que identificou 54 zonas críticas de inundações em Portugal e que servirá de base à elaboração de planos de gestão de riscos até ao final deste ano.

A APA identificou 22 zonas críticas de alto risco de cheias no continente, distribuídas pelas principais bacias hidrográficas, e ainda cinco zonas nos Açores e 27 na Madeira.
O estudo da APA, apresentado em Alfragide (Amadora), permite "mapear as zonas de risco de inundação e cheia no país" e foi realizado em "estreita cooperação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil e com os municípios", realçou o presidente da agência, Nuno Lacasta.
As zonas identificadas no continente como tendo uma alta probabilidade de inundação em períodos de 20 anos, divulgadas na sessão, são Ponte de Lima/Ponte da Barca, Esposende, Régua, Porto/Vila Nova de Gaia, Chaves, Coimbra, Estuário do Rio Mondego, Águeda, Ria de Aveiro, Pombal, Abrantes/Santarém/Vila Franca de Xira, Loures/Odivelas, Torres Vedras, Tomar, Setúbal, Alcácer do Sal, Santiago do Cacém/freguesia de Alvalade, Aljezur, Tavira, Monchique, Faro e Silves.

"Trata-se de fornecer informação objetiva às populações e aos municípios para gerir o território, tendo em vista a proteção de pessoas e bens", realçou Nuno Lacasta.
Os mapas podem ser úteis para todas as entidades envolvidas na gestão do território, "designadamente autoridades nacional, regionais e locais de proteção civil, bombeiros, municípios, investigadores, seguradoras, entre outros", realçou a APA.
Com base no mapeamento destas zonas de risco, serão elaborados até ao verão planos de gestão de riscos de inundações, que entrarão depois em consulta pública e deverão ser aprovados até 22 de dezembro.
A identificação destas zonas inundáveis e de risco e a elaboração de planos que minimizem as consequências de eventuais inundações resultam da obrigação de uma diretiva europeia transposta para o direito nacional pelo decreto-lei n.º 115/2010, de 22 outubro.
A cartografia hoje divulgada está disponível 'online' em http://sniamb.apambiente.pt/Diretiva60CE2007/.
Diário Digital com Lusa

Floresta portuguesa tem nova estratégia até 2030

05 Fevereiro 2015, 17:56 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt
 
A Estratégia Nacional para as Florestas, revista após oito anos de vigência, reúne 95 objectivos operacionais. Mantém o horizonte de 2030, mas tem como financiador um quadro comunitário que acaba em 2020.

Três ministros depois da primeira versão, e extinta que foi a Secretaria de Estado das Florestas pelo actual Executivo – após a saída, em Outubro passado, de Francisco Gomes da Silva, último titular – foi publicada a revisão da Estratégia Nacional para a Floresta (ENF).
 
O diploma foi publicado esta quarta-feira (4 de Fevereiro) e está vigor desde 5 de Fevereiro. Actualiza a estratégia delineada em 2006, pelo antigo ministro Jaime Silva, penúltimo titular da pasta da Agricultura do Governo socialista de José Sócrates.
 
A "nova" estratégia "assume como nova visão a sustentabilidade da gestão florestal". Ao Estado cabe promover "a concretização das acções" previstas, "uma vez que incumbe criar um quadro de condições favoráveis à sua implementação" – também como dono de uma parte minoritária da área florestal no País –, afirma o texto introdutório da resolução.
 
Mas, frisa a tutela, "irão ser sobretudo os agentes do sector os principais destinatários da sua execução [da estratégia] no terreno".
 
Até porque, no que toca ao financiamento, está tudo ou quase tudo dependente de Bruxelas até 2020, quando termina o actual quadro comunitário de apoio (sete anos).
 
"A ENF actualizada mantém como horizonte o ano de 2030, salvaguardando porém o enquadramento da programação dos instrumentos financeiros para o período 2014-2020, que são fundamentais para alavancar as acções identificadas" – e que o Governo enumera em 95 objectivos operacionais a realizar nos próximos 15 anos.
 
Até porque, na resolução do Conselho de Ministros em que a resolução da revisão da estratégia foi aprovada, no passado dia 11 de Dezembro, é frisado que "a assunção de compromissos para a execução das medidas previstas na Estratégia Nacional para a Floresta depende da existência de fundos disponíveis por parte das entidades públicas competentes".
 
Fundos de 540 milhões
 
No Verão passado, quando Francisco Gomes da Silva foi ao Parlamento, o então secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural garantia que a floresta nacional iria receber, até 2020, 540 milhões de euros de dinheiros públicos, até 2020, no âmbito do quadro comunitário de apoio 2014-2020. E só até essa data, frisou na altura.
 
Acrescentou que tal valor era superior, em 140 milhões de euros, ao previsto no anterior quadro, entre 2007-2014. Recorde-se que o Programa de Desenvolvimento Rural (Proder 2007-2014) acabou por ter de reafectar verbas das florestas para a agricultura por falta de candidaturas de projectos de investimento.
 
Francisco Gomes da Silva deixou o Governo em Outubro passado, passando a tutela das Florestas directamente para a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, após extinção da Secretaria de Estado.

Preços globais de alimentos recuam em janeiro, diz FAO

Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da REUTERS

Roma - Os preços globais de alimentos caíram em janeiro, ampliando uma sequência quase ininterrupta de quedas que começou em abril do ano passado em meio à ampla oferta global da maioria dos principais grupos de alimentos, informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta quinta-feira.

O índice de preços da FAO, que mede as oscilações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou em 182,7 pontos na média de janeiro, 3,6 pontos abaixo da índice revisado de dezembro.

O índice recuou todos os meses desde abril de 2014, exceto por outubro, disse a FAO.

"A oferta está sempre sendo revisada para cima, e no lado da demanda de importação não tem havido muita atividade simplesmente porque muitos países importadores já tem uma oferta muito boa", disse o economista sênior da FAO Abdolreza Abbassian.

A FAO projeta que a produção global de cereais em 2014 atinja um novo recorde, de 2,534 bilhões de toneladas, ligeiramente acima do previsto em dezembro.

A previsão para a agricultura em 2015 é favorável, em parte graças a boas condições climáticas e maior plantio na América do Norte e partes do Oriente Médio e norte da África, que mais que compensaram baixas na Rússia e em partes do leste asiático, disse a agência da ONU.

Os estoques globais de cereais ao fim da temporada 2014/15 foram previstos em 622,7 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do estimado anteriormente.

O maior mercado do mundo… e os vinhos portugueses não estão lá

Por Rui Falcão 

 31.01.2015 
 A opinião de Rui Falcão. 

Apesar de a notícia poder surdir com o carimbo de surpresa para quem mantém uma maior distância ao mundo do vinho, a realidade estatística insiste que os Estados Unidos presumem ser o maior mercado de vinhos do mundo, independentemente de esta medição ser calculada em volume ou valor.

O mercado é descomunal, o potencial de crescimento é igualmente enorme e é virtualmente impossível não estar presente na maior montra de vinhos do mundo.

Apesar de ser um país produtor de vinho, e para que conste com uma produção em volume e valor que quase duplicam a produção de vinho português, sendo o quarto maior produtor de vinho do mundo, os Estados Unidos são igualmente um dos maiores importadores de vinho, convertendo o seu mercado interno não só no maior e mais rico mercado de vinhos internacional, como num dos mais apetecíveis. Apetitoso porque é um mercado de alto padrão aquisitivo que vive um crescimento sustentado e que não revela sinais de abrandamento, um mercado conhecedor e em desenvolvimento que por razões culturais consegue manter-se relativamente imune aos muitos preconceitos que rodeiam o mundo dos vinhos… e um mercado obrigatório porque é hoje o centro indisputado e mais influente da crítica internacional de vinhos.

Um lugar de relevo na crítica e uma capacidade de influência decisiva nos mercados que durante décadas pertenceu aos ingleses mas que recentemente foi tomado pelos norte-americanos. A crítica mantém-se assim dentro da órbita anglo-saxónica, tendo porém cruzado o Atlântico para passar a apresentar-se como uma responsabilidade norte-americana. Dois dos principais obreiros desta influência, a revista Wine Spectator e o grupo Wine Advocate, liderado pelo famoso e respeitado Robert Parker, que hoje confia e divide os artigos e responsabilidade das classificações por um grupo alargado de críticos, preferem ou chegam a recusar-se a provar vinhos que não se encontrem disponíveis no mercado interno norte-americano, coagindo assim, ainda que indirectamente, a que os produtores tenham de estar presentes no mercado sob pena de nunca chegarem a ver os seus vinhos provados por duas das principais referências internacionais do sector.

Como tal, por necessidade mediática, por pressão de relações públicas, pela visibilidade que os principais críticos proporcionam e pela obrigação material de este ser o maior mercado do planeta, os produtores de vinho com ambição de vender vinho fora de fronteiras têm de estar presentes no imenso mercado interno dos Estados Unidos, têm de ter um importador local que distribua os seus vinhos em pelo menos um dos cinquenta estados.

E é aí que começam os problemas para os produtores nacionais. Primeiro porque a maioria dos comerciantes e putativos importadores não reconhece Portugal como um país produtor de vinho para além do universo do vinho do Porto, que é o único dos vinhos portugueses que goza de um prestígio e conhecimento mais ou menos universal no mercado. Um desconhecimento que se estende aos consumidores e que obsta a uma manifestação de interesse em representar vinhos de Portugal.

Segundo porque o país tem uma dimensão continental e é uma nação federal, dividida em estados com legislação e regulamentos diferentes que podem ser quase incompatíveis entre si. A maioria dos importadores limita-se a cobrir um estado, o que implica maiores custos logísticos, maior dificuldade em entrar e em ter uma representação plural.

Terceiro porque a restauração, e principalmente a gastronomia portuguesa, está praticamente ausente das pequenas, médias e grandes urbes norte-americanas… e quando existe está, na maioria dos casos, restringida ao espaço das comunidades portuguesas. Com uma gastronomia absolutamente desconhecida do grande público, e sem uma rede de restaurantes que defendam as cores nacionais, perde-se o canal de distribuição mais directo para a divulgação generalizada dos vinhos lusos.

Quarto, e talvez a questão mais importante, menos conhecida e a menos abordada, porque a maioria dos produtores portugueses tem uma dimensão reduzida, não tem escala e não tem capacidade para satisfazer quantidades razoáveis, apresentando-se assim como um país pouco atraente para os comerciais das importadoras, para aqueles que vão andar na rua a calcorrear garrafeiras, restaurantes e supermercados, aqueles que vão vender o vinho e que podem verdadeiramente fazer ou desfazer uma marca comercial.

O problema é que os comerciais norte-americanos não têm na prática, por tradição cultural, um ordenado-base. Acresce-se que o sistema de vendas instituído de forma quase universal assenta no modelo de quotas que têm de ser cumpridas de forma religiosa, obrigando a que o somatório dos rendimentos advenha exclusivamente das comissões de venda. E um país que não consegue oferecer escala e quantidade fica quase condenado ao esquecimento num sistema tão dependente desta forma de remuneração. Quantos comerciais norte-americanos terão a preocupação de vender e se interessar pelos vinhos nacionais quando sabem que os vinhos portugueses se vendem à caixa enquanto os vinhos equivalentes em categoria de produtores chilenos, argentinos, australianos, italianos ou espanhóis podem ser vendidos à palete e sem restrições de volume?

E este é um dos maiores dramas dos vinhos nacionais no maior mercado do mundo, a escala reduzida que dissuade muitos dos comerciais… que por sua vez perpetua o desconhecimento sobre os vinhos portugueses, sobre os méritos e valor de Portugal enquanto país produtor. É uma espécie de pescadinha de rabo na boca que nos tem prejudicado e que nos continua a desfavorecer, um problema do qual só poderemos sair insistindo na educação como forma de promoção e divulgação daquilo que realmente nos diferencia do resto do mundo, as castas nacionais, a arte do lote, o vinho em lagar, a pisa a pé, as ânforas de barro do sul de Portugal e demais especificidades e particularidades do nosso pequeno mundo do vinho.

IFAP: FINANCIAMENTO DO SEGURO DE COLHEITAS NO PDR 2020


Foi publicada a Portaria nº 18/2015 (https://dre.pt/application/file/66396382) que possibilita o financiamento do novo Seguro de Colheitas para 2015.

Este seguro será financiado com fundos comunitários, através da Medida 6 "Gestão do Risco e Restabelecimento do Potencial Produtivo" do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), estando também já assegurado o financiamento relativo a 2014.

Mais informações poderão ser consultadas no Comunicado (http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/0E56E571A8A2300AE053C0A8C8C5300A) emitido pelo Secretario de Estado da Agricultura.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Governo quer criar ainda este ano estatuto fiscal próprio para a floresta

5/2/2015, 17:11

O Governo quer criar um estatuto fiscal e financeiro adequado ao investimento e gestão florestal. Este é um dos objetivos estratégicos da revisão da Estratégia Nacional para as Floresta.


PAULO NOVAIS/LUSA

O Governo quer criar um estatuto fiscal e financeiro adequado ao investimento e gestão florestal, com benefícios fiscais e instrumentos financeiros, que deve estar definido este ano, para entrar em vigor em 2016 e 2017. Este é um dos objetivos estratégicos da revisão da Estratégia Nacional para as Florestas, que entra esta quinta-feira em vigor, de acordo com uma resolução do Conselho de Ministros publicada no Diário da República.

O documento prevê uma série de apoios públicos através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 e outros instrumentos comunitários, mas também medidas fiscais e instrumentos financeiros baseados em operações de garantia mútua, capital de risco e fundos de investimento.

Com a criação do Estatuto Fiscal e Financeiro no Investimento e na Gestão Florestal (EFFIGF), pretende-se que o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e o IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis) sejam "instrumentos potenciadores da gestão florestal, penalizando o abandono dos espaços silvestres e premiando a gestão florestal".

O Governo quer rever o IMT até 2017 para "agilizar o mercado fundiário e promover a gestão florestal efetiva", propondo uma discriminação positiva deste imposto, bem como do imposto de selo, quando a transação dos terrenos se destine a aumentar a área florestal dos produtores e nos casos em que os terrenos estão inseridos em Zonas de Intervenção Florestal (ZIF).

Pretende-se também rever o IMI de forma a penalizar o abandono e beneficiar quem gere ou disponibiliza terrenos na Bolsa de Terras, medidas que o Governo quer definir este ano, para entrarem em vigor em 2016/2017. O documento salienta que "atualmente, os montantes cobrados de IMI são extremamente reduzidos" e considera de "elevada relevância" a atualização das matrizes e a avaliação dos terrenos em função do seu potencial produtivo.

Quanto aos apoios públicos visam estimular "eficiências de escala na gestão, majorando os apoios aos investimentos em áreas agrupadas", nomeadamente ZIF. "Será igualmente importante que o movimento associativo existente possa evoluir no sentido da concentração da oferta e do aumento do valor dos produtos dos associados, à semelhança do que aconteceu no setor agrícola, com importantes reflexos no rendimento dos produtores e por isso motivador de uma gestão mais profissional dos espaços florestais, estando previsto no PDR 2020 os apoios necessários", destaca-se no diploma.

Outro dos objetivos é responder às exigências do mercado e preparar as indústrias do setor florestal para fornecer produtos certificados, o que passará pelo apoio à implementação de sistemas de gestão florestal sustentável que possibilitem a certificação, também previsto no PDR 2020.

Associações de Desenvolvimento Local debatem implementação de fundos comunitários


por Ana Rita Costa
5 de Fevereiro - 2015

As Associações de Desenvolvimento Local (ADL) estão a preparar a assinatura de acordos de parceria entre elas com o objetivo de facilitar a implementação e transição para o novo período de programação de fundos comunitários.

 
De acordo com Regina Lopes, Presidente da Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, "a assinatura destes acordos visa também evitar os riscos de atrasos no apoio aos projetos nos territórios rurais numa fase tão crítica para o país». Pretende ainda, acrescenta, «contribuir para minimizar os impactos negativos do atraso do concurso para a apresentação de estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, que podem colocar em causa dinâmicas em curso e a continuidade do trabalho destas associações com experiência consolidada na gestão de fundos para o desenvolvimento rural (designadamente, o LEADER), perdendo-se o património de experiência e implantação no terreno que em muitos casos levou 20 anos a construir."

Os acordos de parceria regionais prevêem a criação de Comissões Regionais de Acompanhamento que funcionem como Observatórios de Desenvolvimento Local de cada região, juntando as Associações de Desenvolvimento Local, as Autoridades de Gestão dos fundos nacionais e regionais, as Comunidades Intermunicipais e os principais parceiros estratégicos regionais.

Os acordos de parceria das ADL da Região Centro e da Região Norte serão formalizados brevemente, estando as ADL das restantes regiões a ultimar a preparação das suas ações concertadas. 

António Carrapatoso planeia investimento no agroalimentar


por Ana Rita Costa
5 de Fevereiro - 2015

António Carrapatoso, ex-presidente da Vodafone Portugal, poderá estar a planear investir no setor agroalimentar. A notícia foi avançada pelo jornal Expresso, que refere que o executivo esteve em Berlim, na Fruitlogistica, em representação de um conjunto de investidores, onde se reuniu com vários empresários agrícolas e do ramo agroalimentar nacional.
 
De acordo com o jornal, António Carrapatoso está "fortemente empenhado" na entrada no ramo agrícola, uma vez que este "se está a revelar um sector de forte crescimento, com uma grande componente de inovação e, não menos importante, atualmente muito virada para a exportação".

O gestor já terá tido reuniões com o presidente da Portugal Foods, Amândio Santos e com José Pedro Salema, presidente da EDIA.

Acções da estratégia da floresta dependentes de fundos disponíveis

05-02-2015 
  
A revisão da Estratégia Nacional para as Florestas, que entra esta quinta-feira em vigor, integra novas preocupações, como as alterações climáticas ou a gestão sustentável, mas adverte que a execução das medidas depende da disponibilidade de verbas.

A resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da República, refere que o documento reflecte «as alterações de contexto», nomeadamente aquelas que respeitam à situação económica e financeira do país, à organização dos diferentes agentes do sector florestal, às questões fitossanitárias, às consequências das alterações climáticas ou aos desafios da Economia verde.

No entanto, o Governo determina que «a assunção de compromissos para a execução das medidas previstas na Estratégia Nacional para as Florestas [ENF] depende da existência de fundos disponíveis por parte das entidades públicas competentes».

Os problemas que têm afectado a floresta portuguesa, como «o agudizar de pragas e a extensão e recorrência de incêndios», têm efeitos na sustentabilidade da gestão florestal e a actualização da ENF «pretende identificar as acções necessárias à equilibrada gestão dos recursos florestais» nas dimensões económica, social e ambiental, explica o diploma.

No âmbito da Economia Verde, que o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, tem vindo a apresentar, esta estratégia «poderá incentivar a criação de valor associado ao binómio economia e ambiente», através de acções baseadas numa utilização «criteriosa, responsável e eficiente dos recursos».

O diploma salienta a boa aplicação das regras de ordenamento para minimizar a exposição aos riscos de cheias, erosão ou incêndios florestais. Os riscos e as oportunidades das mudanças registadas nos últimos anos, das alterações climáticas à globalização ou ao despovoamento do interior, merecem uma reflexão na ENF.

É destacado o contributo das florestas enquanto sumidouro de carbono, que deve ser «potenciado através de medidas de combate à desflorestação e de apoio à gestão sustentável», onde é incluída a prevenção dos incêndios, que os especialistas prevêem poder aumentar, em Portugal, devido às alterações climáticas.

A ENF mantém o horizonte de 2030, mas salvaguarda o enquadramento dos instrumentos financeiros para o período 2014-2020, «fundamentais para alavancar as acções identificadas», e alerta que, «embora a administração concorra para a concretização» das medidas, vão ser sobretudo os agentes do sector os destinatários da sua execução.

Além da consulta pública do documento, foram realizados mais de 1.500 contactos directos com entidades de várias áreas relacionadas com as florestas, da investigação às associações, e os diversos contributos permitiram integrar a apreciação da sociedade civil na ENF, segundo a resolução.

A ENF inclui contributos da informação obtida através de documentos, como os Inventários Florestais Nacionais, a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas ou o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, mas também a Estratégia da União Europeia para a Biodiversidade 2020.

Em Julho, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, disse no parlamento que o Governo iria afectar 540 milhões de euros à ENF até 2020.

Anexo: Resolução de Conselho de Ministros nº6-B/2015 

Fonte: Lusa

UE financia projecto de apoio à agricultura familiar em Angola

05-02-2015 
 

 
A União Europeia vai financiar um projecto de apoio à agricultura familiar e de combate à fome no sul de Angola, orçado em 20 milhões de euros, conforme divulgado pela delegação comunitária em Luanda.

De acordo com informação enviada à Lusa, a apresentação do projecto decorre no âmbito de uma visita de dois dias que o representante da União Europeia (UE) em Angola, Gordon Kricke, iniciou na província da Huíla.

A deslocação tem como objectivo visitar projectos financiados por fundos europeus e apresentar o novo programa da UE de apoio ao desenvolvimento de Angola até 2020, ao abrigo do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED).

Nesse sentido, vai ser apresentado o projecto de Fortalecimento da Resiliência e Agricultura Familiar em Angola (FRAFA), cujo início está previsto para 2016 nas províncias do Cunene, Huambo, Huíla e Namibe, orçado em 20 milhões de euros.

O mesmo tem como objectivo reduzir a fome, pobreza e vulnerabilidade através do reforço da agricultura familiar no sul de Angola. Até sexta-feira, a delegação comunitária visitará o projecto Kumosi, ligado ao Fortalecimento das Cooperativas e Associações do município da Caçula, que teve um financiamento a fundo perdido, pela UE, de 748 mil euros.

O programa de trabalho prevê igualmente visitas ao projecto de Promoção da Igualdade de Género e o Empoderamento da Mulher, orçado em 282 mil euros, um financiamento conjunto comunitário, a fundo perdido, e do Governo angolano.

Por último, será efectuada uma visita ao futuro Instituto de Gestão Económica e Financeira PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), que recebeu um financiamento a fundo perdido da UE no valor de três milhões de euros, com vista a melhorar a capacidade humana e institucional da gestão económica e financeira dos PALOP e Timor-Leste, através da formação de alto nível e troca de experiências entre os beneficiários.

O 11.º FED para Angola destina-se a apoiar até 2020 essencialmente as áreas de desenvolvimento rural e agricultura sustentável, a formação profissional e ensino superior, água e saneamento.

Fonte: Lusa

UE: Sector do gado bovino é o mais favorecido nas ajudas ligadas

05-02-2015 
 

 
Na União Europeia dos 27, todos os países vão conceder ajudas ligadas a alguns sectores. O Sector do gado bovino é o favorito pela maior parte dos países.

24 Estados-membros, à excepção do Chipre; Irlanda e Luxemburgo prevêem aplicar ajudas ligadas ao gado bovino, destinando, no seu conjunto, 42 por cento do envelope para estas ajudas em 2015, que corresponde a 1.700 milhões de euros.

O gado leiteiro também vai receber ajudas por parte de um numeroso grupo de países. No total, exceptuando a Áustria, Holanda, Suécia, Dinamarca, Grécia, Hungria, Roménia e Luxemburgo, serão aplicados estes apoios ao gado leiteiro, correspondente a 20 por cento do valor, ou seja, mais de 800 mil euros.

Os ovinos e caprinos é o terceiro maior sector mais beneficiados pelas ajudas em questão, com um total de 12 por cento do valor em 22 Estados-membros, seguido pelas culturas de proteaginosas, com 10 por cento do envelope, frutas e hortícolas, que recebem cinco por cento e a beterraba, com quatro por cento.

Esse apoio tem geralmente como objectivo as produções mais significativas de cada país. Por exemplo, o Reino Unido concede exclusivamente à produção de gado bovino e carne de ovino. Na Itália, também a pecuária beneficia destas ajudas e várias culturas mediterrânicas são receptoras das mesmas, tais como o azeite, trigo duro e leguminosas, à semelhança do lúpulo na Polónia.

Nenhuma Estado-membro incluiu ajuda ligadas à cana-de-açúcar, chicória, forragens secas, sectores que potencialmente podiam receber.

Fonte: Agrodigital


Emprego na agricultura desce para mínimos históricos


Raquel Martins 04/02/2015 - 19:06 

Sector perdeu 74 mil postos de trabalho no último ano. 
 
Adriano Miranda 


O regresso aos campos que no auge da crise parecia ser uma tendência para ficar, poderá ter sido meramente pontual. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a agricultura e pescas foi o sector onde a redução do emprego mais se fez sentir tanto na comparação com 2013 como com o terceiro trimestre de 2014.

 No final do ano passado, a agricultura empregava 348.500 trabalhadores, o número mais baixo desde, pelo menos, 1998. Trata-se de menos 74 mil postos de trabalho do que em 2013 e, nos últimos três meses, a perda chegou quase aos 59 mil.

A sazonalidade própria da actividade pode ajudar a explicar os resultados, uma vez que normalmente o último trimestre do ano é o que apresenta piores resultados. Mas nunca a redução do emprego foi tão elevada como agora, nem mesmo quando a taxa de desemprego em Portugal subiu para níveis históricos e o sector também se ressentiu.

O economista João Cerejeira, da Universidade do Minho, nota que "a diminuição do emprego em termos trimestrais e homólogos dá-se de forma coincidente na agricultura, no emprego de activos com mais de 65 anos e no emprego por conta própria". Estes empregos, diz, "serão associados a ocupações de menor produtividade e inferior qualidade dos contratos de trabalho".

Mas, do outro lado da moeda, destaca "a evolução positiva do emprego", tanto trimestral como homóloga, "nos grupos ou categorias de emprego melhor qualificado e de melhor qualidade contratual". E dá como exemplos a subida do emprego por conta outrem sem termo (3,7% em relação a 2013 e 0,2% face a Setembro) e do emprego de trabalhadores com ensino superior.

A população empregada entre os que terminaram a universidade foi onde se verificou o maior crescimento (11,6% na comparação anual e 2,7% face ao terceiro trimestre), enquanto o emprego entre os trabalhadores que não forma além do ensino básico recuou, tanto em termos anuais como trimestrais.

Mas já quanto ao tipo de contrato, embora a contratação sem termo tenha aumentado 3,7% face a 2013 e 0,2% em relação ao terceiro trimestre, há também a registar um aumento das outras formas de contratação, onde se incluem os recibos verdes (2,8% no ano e 5,1% no trimestre) e uma subida anual dos contratos a termo (6,5%).

Olhando para os outros sectores de actividade no último ano, a indústria viu a sua força de trabalho aumentar (3,3%), assim como os serviços (2,1%) que continuam a ser o principal empregador (ocupando 68% da mão-de-obra). Mas também aqui há a registar um recuo na área do alojamento e restauração, algo que pode estar relacionado com factores sazonais.

O inquérito trimestral do INE não é corrigido das oscilações do mercado de trabalho decorrentes dos picos de actividade e isso é notório quando se olha para as taxas de desemprego por região.

Entre Outubro e Dezembro, as regiões mais sensíveis a estas variações, nomeadamente por causa do turismo, registaram um aumento das taxas de desemprego em comparação com os meses de Verão.

Foi o que aconteceu com maior expressão no Algarve, onde a taxa de desemprego subiu de 11,2% para 14,9% num trimestre. Mas também na Madeira (onde a taxa passou de 13% para 15,1%) e no Alentejo (subiu de 12,6% para 14,5%). Já na região de Lisboa (14%), no Norte (passou de 14,3% para 14,2%) e nos Açores (de 15,7% para 15,5%) as taxas recuaram ou estabilizaram, enquanto no Centro aumentou ligeiramente (de 10,5% para 10,7%), mas foi a única que ficou abaixo da média nacional.

O embargo russo afecta mais os consumidores russos que os agricultores europeus

Fevereiro 04
09:20
2015

Segundo a Comissão Europeia o embargo decretado pela Rússia aos produtos alimentares europeus está a afectar mais os consumidores de Moscovo, do que os agricultores europeus.

Estas conclusões vêm no seguimento de um estudo realizado pela Comissão Europeia, que pretende avaliar o real impacto na agricultura europeia do embargo russo, no momento em que vários países continuam a exigir mais medidas de apoio.

Apesar de existirem países bastante afectados, como, por exemplo, a Polónia e a Lituânia, em que 19% e 41%, respectivamente, das exportações iam para a Rússia, bem como o Chipre e a Finlândia, que também exportavam muito para a Rússia, muitos dos outros países têm conseguido obter outros mercados para os seus produtos.

Por exemplo, a França, primeiro produtor agrícola europeu, não se pode queixar, pois apenas 1% das suas exportações se destinavam à Rússia.

Segundo a Comissão, o efeito foi menor do que as autoridades russas queriam. Entretanto, os consumidores russos têm visto os preços dos produtos alimentares dispararem de preço, assim como a inflação também. Existe, mesmo, uma certa escassez de produtos no mercado, o que tem tornado a vida do consumidor russo cada vez mais difícil.

Carne picada hoje em debate no Parlamento com Deco e ASAE


Carne picada hoje em debate no Parlamento com Deco e ASAE


A Deco e a ASAE vão ser ouvidas hoje na Comissão de Agricultura e Mar a pedido do PS, na sequência de um estudo da associação de defesa do consumidor sobre a qualidade da carne picada vendida em Portugal.
A audição da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e da associação de defesa do consumidor (Deco) foi requerida, com caráter de urgência, na quarta-feira pelo Grupo Parlamentar do PS, após a divulgação do estudo que colocou em causa a qualidade da carne picada vendida a granel em 26 talhos.
No requerimento, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista afirma que os resultados dos testes que a Deco fez à carne picada «vendida em estabelecimentos de venda ao público, não podem deixar a população tranquila».
Os socialistas lembram que, «no passado recente (2013), a intranquilidade na segurança alimentar foi levantada a propósito do caso da fraude em produtos alimentares processados», evidenciando a necessidade de uma maior fiscalização e maior controle das entidades com a responsabilidade do controlo e segurança alimentar.
«Passados cerca de dois anos, a dúvida na qualidade e segurança alimentar mantêm-se e volta a ser questionada, nomeadamente neste tipo de produtos cárnicos, assim como volta a ser colocada no epicentro a entidade com a responsabilidade de o garantir», lê-se no requerimento.
O estudo da Deco analisou amostras de carne picada vendida em 26 talhos de rua, de mercados e de hipermercados, tendo chumbado todos na conservação, higiene e temperatura de venda da carne de vaca picada a granel, com 23 a adicionarem ao preparado sulfitos, aditivos proibidos por lei.
A ASAE esclareceu posteriormente que os sulfitos detetados em carne de vaca picada a granel são «aditivos alimentares aprovados como conservantes que podem ser utilizados em variadíssimos géneros alimentícios, como por exemplo, nos preparados de carne (almondegas, hambúrgueres, etc)».
A polémica suscitada pelo estudo levou a uma reunião, na passada sexta-feira, da Comissão da Segurança Alimentar, na qual participaram o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira de Brito, e o secretário de Estado adjunto e da Economia, Leonardo Mathias.
A Comissão, que tem por missão propor medidas que garantam não existirem alimentos à venda que não sejam seguros, e de informar as pessoas sobre suspeitas legítimas de riscos para a saúde, é composta por 12 membros, representantes dos ministérios da Economia e Agricultura, da ASAE, direção geral e institutos, de confederações, de federações e associações, entre as quais a DECO e os representantes da grande distribuição APED.
Diário Digital com Lusa

Deco defende «regresso ao passado» na venda de carne picada a granel


Deco defende «regresso ao passado» na venda de carne picada a granel


A Deco defendeu hoje um "regresso ao passado" em que a carne picada a granel só podia ser triturada à vista e a pedido do consumidor, reafirmando que "não estão reunidas as condições" para a venda deste produto.

Ouvido na Comissão de Agricultura e Mar, a pedido do PS, sobre o estudo da associação de defesa do consumidor relativo à qualidade da carne picada vendida em Portugal, Nuno Lima, técnico da associação, afirmou que "a Deco mantém tudo o que disse porque confia no seu trabalho".
O estudo da Deco analisou amostras de carne picada vendida em 26 talhos de rua, de mercados e de hipermercados, tendo chumbado todos na conservação, higiene e temperatura de venda da carne de vaca picada a granel, com 23 a adicionarem ao preparado sulfitos, aditivos proibidos por lei.
A questão da utilização dos sulfitos na carne privada foi considerada como a "mais preocupante" por Nuno Lima, afirmando que "é uma fraude", porque estão a utilizar-se conservantes que não são permitidos por lei e que podem colocar em causa a saúde pública.
Perante os resultados do estudo, o técnico voltou a defender a interdição da venda de carne a granel previamente picada ao consumidor.
Ana Cristina Tapadinhas, da Deco, acrescentou que o estudo "é uma fotografia do momento" para que as entidades com capacidade de intervenção possam "fazer o filme todo" e intervirem para garantir a segurança dos cidadãos.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica também foi ouvida na comissão, a seguir à Deco, tendo o inspetor-geral, Pedro Portugal Gaspar, afirmado que não pode pronunciar-se sobre o estudo porque não o conhece.
"O que tivemos sempre o cuidado de dizer é que qualquer comunicação de risco tem de ser bem fundamentada e não conhecendo o estudo não posso pronunciar-me sobre ele", disse Pedro Gaspar aos jornalistas no final da audição, adiantando que pediu à Deco o estudo para ser avaliado pelo painel científico da ASAE.
Ana Tapadinhas frisou que os estudos da Deco são feitos por "laboratórios acreditados e credenciados" com o objetivo de "dar mais informação aos consumidores".
Sobre a polémica levantada em torno do estudo, considerou "lamentável que se queira matar o mensageiro e não se dê importância à mensagem".
"Consideramos o papel da ASAE importante, entendemos, contudo, que são necessárias alterações à lei" e que "a fiscalização seja mais eficiente" e divulgada ao consumidor para que saiba os riscos que pode correr se comer carne nestas condições.
Baseando-se nos dados da ASAE em matéria de prevenção e fiscalização, Pedro Portugal disse que a situação é "perfeitamente normal e que não há razão para qualquer tipo de alarmismo".
Pedro Portugal adiantou que a ASAE tem vindo a aumentar o acompanhamento na área alimentar, que é "importante para a saúde pública e para a defesa do consumidor".
Em matéria operacional, em 2012, 40% da fiscalização era na área alimentar e 60% na área económica. Em 2014, a fiscalização na área alimentar foi de 57,2%.
Lembrando um estudo da Deco de 2013 sobre a carne picada, o deputado do PS Miguel Freitas lamentou que, dois anos depois, esteja "tudo na mesma": "Os resultados da Deco são os mesmos, a reação de todas as entidades é exatamente a mesma e as soluções parecem ser exatamente as mesma e isso não nos satisfaz".
Já o deputado social-democrata Nuno Saraiva manifestou "total confiança" nas instituições que regulam esta atividade e nos laboratórios científicos, destacando ainda o aumento dos cuidados com a saúde pública e a segurança alimentar nos últimos anos.
Diário Digital  com Lusa

Colômbia e México abrem mercados à fruta portuguesa nas próximas semanas



A ministra da Agricultura anunciou hoje, em Berlim, que os mercados da Colômbia e do México vão ser abertos à fruta portuguesa nas próximas semanas, em resultado do esforço diplomático.

"Os mercados que estão mais avançados para este setor [frutas e legumes], nomeadamente para a pera rocha, são a Colômbia e o México", disse aos jornalistas Assunção Cristas, adiantando que a abertura deverá concretizar-se "nas próximas semanas".
A governante afirmou que "está a ser concluído" um intenso processo" negocial, que implicou a articulação dos serviços técnicos e administrativos do Estado e envolveu esforços "políticos e diplomáticos".
A ministra da Agricultura falava à margem da inauguração da Fruit Logistica, considerada a maior feira de promoção mundial para as frutas e legumes, que decorre ate sexta-feira, em Berlim, na Alemanha, e que conta este ano com Portugal como país parceiro da organização.
O presidente da Portugal Fresh (Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores), Manuel Évora, explicou que havia "barreiras fitossanitárias" impostas por aqueles países para proteger a sua produção das estrangeiras.
O dirigente adiantou que a Colômbia, com 47 milhões de habitantes, e o México, com 118 milhões, são mercados estratégicos que estão "dispostos a consumir frutas e legumes".
A pera rocha será o primeiro produto a ser exportado para esses países, levando atrás outros produtos alimentares.
Também presente na inauguração da feira, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, elogiou "capacidade de organização das empresas" portuguesas no certame, sublinhando que a sua "internacionalização é muito importante" para a economia nacional.
Há quatro anos, as exportações representavam 28% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje representam 40%.
A Portugal Fresh, baseando-se em dados ainda provisórios, estima que o setor tenha encerrado o ano de 2014 com 1100 milhões de euros faturados nas exportações, o que corresponde a um aumento de 10% face a 2013 (998 milhões de euros) e cerca de 45% face a 2010 (780 milhões de euros).
A Fruit Logistica, que deverá receber 70 mil visitantes em três dias, realiza-se numa área equivalente a 17 campos de futebol, juntando mais de dois mil expositores de 141 países.
A produção de frutas e legumes rende por ano a Portugal 2.500 milhões de euros, dos quais 1100 milhões de euros foram obtidos em 2014 na exportação, de acordo com dados divulgados hoje pela Portugal Fresh.
Dinheiro Digital com Lusa

Alqueva mostra-se em feira agrícola na Alemanha

O potencial agrícola do Alqueva vai "mostrar-se" até sexta-feira, 6, na Alemanha, marcando presença na feira "Fruit Logistic", que arranca esta quarta-feira, 4, em Berlim.
O projecto "Alqueva, a fresh new land" participa pelo terceiro ano consecutivo na feira alemã, numa parceria com a iniciativa "Portugal Fresh", da Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal.
A edição deste ano da "Fruit Logistic" tem Portugal como país convidado, sendo que a representação nacional ocupará uma área de 565 metros quadrados.

Delta Cafés investe um milhão para produzir máquina de café

A empresa de Rui Nabeiro vai produzir em Campo Mayor a primeira máquina de café profissional para restauração

Rui Nabeiro, da Delta Cafés
D.R.
04/02/2015 | 12:32 |  Dinheiro Vivo

A Delta Cafés vai produzir a partir de Campo Maior, no Alentejo, a primeira máquina de café profissional para restauração do grupo. A Mayor implicou um investimento de cerca de um milhão de euros e criou 14 postos de trabalho.
O grupo português inaugurou hoje o pólo industrial Tecnidelta II, em Campo Maior, um espaço de 1.779 metros quadrados onde está localizada a nova linha de produção que irá permitir a produção de 4.200 máquinas de café por ano. A máquina é totalmente desenvolvida com a marca Delta Cafés, a empresa até agora importava os equipamentos de Itália.
O projeto começou a ser desenhado em 2010, juntando-se agora à Tecnidata, empresa do grupo que opera no sector dos equipamentos dos serviços de hotelaria, da restauração e da distribuição alimentar. A empresa tem cerca de 260 colaboradores.
As máquinas de café Mayor têm como destino a atual rede de clientes da Delta Cafés tanto no mercado nacional, como externo em países como Angola, França ou Luxemburgo onde o grupo de café está presente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Portugal presente na maior feira de frutas e legumes do mundo de olho na China

4/2/2015, 13:38
As empresas portuguesas de frutas e legumes estão em Berlim na maior feira do setor ao lado da China, para onde esperam exportar em breve, para ultrapassar os preços baixos e o embargo da Rússia.


PAULO NOVAIS/LUSA

As empresas portuguesas de frutas e legumes estão a partir de hoje, quarta-feira, em Berlim na maior feira do setor ao lado da China, para onde esperam exportar em breve, para ultrapassar os preços baixos e o embargo da Rússia.

"Como temos produtos muito diferentes da China, vamos querer explorar a oportunidade de exportar frutas e legumes para China, que hoje está vedada pelas barreiras fitossanitárias e que é um objetivo importante para atingir os 200 milhões de euros de exportações até 2020, porque a China é um mar de oportunidades", afirmou o presidente da Portugal Fresh (Associação para a promoção das Frutas, Legumes e Flores), Manuel Évora.

Desde há um ano que o Governo tenta abrir o mercado da China aos legumes e frutas e a necessidade é cada vez maior numa altura em que o embargo da Rússia, que consumia 300 toneladas de peras, abastece os mercados europeus e provoca a descida dos preços.

"Um país com tanta gente a consumir é sempre uma oportunidade para escoarmos facilmente as nossas frutas e legumes", afirmou, dando como exemplo o caso do Chile que "há cinco anos teve uma superprodução de cerejas e teve uma enorme dificuldade" em colocá-las no "mercado a preços justos para os produtores e, através de um acordo com a China, resolveu o problema".

Não só por ser única no mundo e haver novos projetos que apontam para o aumento da área de pomares e da produção das 200 para as 300 a 350 mil toneladas, a pera rocha será o produto de eleição para, à boleia, levar até à China outras frutas e legumes nacionais.

"É um produto que conseguimos exportar com muita segurança, porque resiste muito a viagens, não tem muitos termos de comparação com outras peras porque é genuinamente portuguesa", explicou Manuel Évora.

Apesar das barreiras fitossanitárias, a Cooperativa de Fruticultores do Cadaval (Coopval) já faz chegar a Hong Kong desde há dois anos cerca de 40 toneladas anuais de pera rocha, na tentativa de experimentar novos mercados e despertar os consumidores chineses.

"É um produto diferente e, portanto, temos informação de que há quem aprecie", afirmou o presidente da cooperativa, Aristides Sécio, à agência Lusa.

Sendo país parceiro da organização da Fruit Logistica, que decorre até sexta-feira, Portugal tem uma localização estratégica, estando este ano ao lado de países como a China.

"Como a feira já tem muitos anos, é normal que os grandes países que têm um histórico neste setor no mundo ocupem os melhores lugares. Portugal é um dos países mais novos a entrar e tinha de encontrar uma posição estratégica para captar ao máximo esses visitantes", explicou Aristides Sécio.

Portugal apresenta-se ao mundo na feira com o dobro a área de exposição de 2014 e com o dobro das empresas, que investem nesta sua presença para darem a conhecer os seus produtos e concretizarem negócios no mercado da exportação.

A Fruit Logistica, que deverá receber 70 mil visitantes em três dias, realiza-se numa área equivalente a 17 campos de futebol, juntando mais de dois mil expositores de 141 países.

A produção de frutas e legumes rende por ano ao país 2.500 milhões de euros, dos quais 1100 milhões de euros foram obtidos em 2014 na exportação, de acordo com dados divulgados hoje pela Portugal Fresh.

ABERTURA DE CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS - PROMAG

Informa-se que se encontra aberto o período para apresentação de propostas para os Programas de Informaçãoe Promoção de Produtos Agrícolas no Mercado Interno e Programas de Informação e Promoção de Produtos Agrícolas em Países Terceiros.

O prazo para apresentação de propostas termina no dia 28 de fevereiro de 2015, não se transferindo para o dia útil seguinte. Para efeitos de cumprimento do prazo, considera-se o registo de entrada da candidatura no IFAP, Rua Castilho, nº 45-51, 1269-163 Lisboa, ou o comprovativo do seu envio por correio registado, até essa data.

Informações adicionais podem ser obtidas no caderno de normas.