quinta-feira, 2 de abril de 2015

Vem aí a Rota dos Vinhos do Dão


Por Lusa
31.03.2015

Quatro dezenas de produtores, donos de adegas e proprietários de unidades de enoturismo vão integrar a Rota dos Vinhos do Dão, que vai nascer em Abril.
Segundo o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, um dos objectivos desta rota é "acrescentar valor ao vinho do Dão, com venda directa dos produtores aos enoturistas". 

Arlindo Cunha espera que, agradados com as provas, os enoturistas passem "a divulgar o vinho do Dão nos seus meios de influência, constituindo, assim, um importante instrumento de promoção". "Gerar riqueza, contribuindo para o desenvolvimento do território da região demarcada" é outro dos propósitos do projecto.

Depois de uma primeira tentativa gorada de criar uma rota, em 2000, os visitantes vão agora poder "participar numa simples prova, visitar adegas ou quintas, comprar vinhos e outros produtos tradicionais no local e visitar monumentos". 

Vão também poder usufruir de serviços de restauração ou de alojamento devidamente identificados e sinalizados quanto ao tipo de oferta, "seja a adega tipicamente familiar e tradicional ou o palácio mais sofisticado que possam imaginar", sublinhou Arlindo Cunha.

A Rota dos Vinhos do Dão resultou de quase dois anos de trabalho, durante os quais foram realizados estudos, inquéritos e visitas aos locais, em articulação com várias entidades públicas e privadas. 

"Este projecto, que apenas está no início, começou com um estudo de base para a definição, estrutura e gestão da Rota dos Vinhos do Dão, no quadro de um projecto apoiado pelo QREN/Plano Operacional do Centro", explicou Arlindo Cunha. 

A componente nacional foi financiada pela Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões e pela CVR do Dão e teve "um custo total estimado, nesta primeira fase, de 465 mil euros", acrescentou. 

A Rota dos Vinhos do Dão nasce oficialmente a 27 de abril, dia em que a CVR do Dão vai contar como preparou e certificou "um roteiro de serviços que ajudará turistas nacionais e estrangeiros nas suas experiências vínicas, gastronómicas e culturais".

A partir desse dia, todos os que se interessarem pelas temáticas do Dão vão poder aceder gratuitamente à plataforma Rota dos Vinhos do Dão. 

A portuguesa Sogrape Vinhos foi eleita a quarta melhor produtora vitivinícola a nível mundial pela WAWWJ.


A portuguesa Sogrape Vinhos foi eleita a quarta melhor produtora vitivinícola a nível mundial pela WAWWJ - World Association of Writers and Journalists of Wines and Spirits, a associação mundial de críticos e jornalistas de vinhos e bebidas espirituosas, cujo mais recente 'ranking' acaba de ser divulgado.
De acordo com um comunicado enviado ao Boas Notícias, a Sogrape Vinhos conquistou, também, a primeira posição entre as concorrentes nacionais e a segunda posição entre as produtoras europeias. 
A nível mundial, a produtora portuguesa surge no quarto lugar, logo atrás da francesa Vranken Pommery Monopole Heidsleck. Nas duas primeiras posições ficaram a australiana Jacobs Creek Pernod Ricard e a norte-americana Ernest and Julio Gallo Family. 
"É mais um galardão internacional que nos enche de orgulho, até por ser atribuído por uma organização que reflete um painel variado e diversificado", congratula-se, no mesmo comunicado, António Oliveira Bessa, CEO da Sogrape Vinhos. 
"A posição alcançada pela Sogrape Vinhos merece destaque, dado o prestígio deste 'ranking' elaborado pela organização mundial dos críticos e jornalistas especializados, que se baseia em critérios de análise muito rigorosos", acrescenta ainda a nota de imprensa da empresa.
Entre os critérios tidos em conta pela WAWWJ  está a avaliação dos prémios conquistados por cada produtor num conjunto muito selecionado de concursos internacionais realizados ao longo de um ano.  

Fundada em 1942, a Sogrape Vinhos conta, atualmente, com um total de 18 quintas, 15 centros de vinificação e nove linhas de engarrafamento.

Ao longo dos anos, a produtora já conquistou "os mais prestigiados prémios nacionais e internacionais", entre os quais se destaca o troféu de "Produtor Europeu do Ano" atribuído em 2010 pela revista norte-americana Wine Enthusiast Magazine e considerado, por muitos, o 'Óscar' da indústria do vinho.      
 
Fonte: Boas Notícias

ExpoFlorestal pretende ultrapassar os 30 mil visitantes

02-04-2015



A 9ª edição da ExpoFlorestal vai realizar-se entre os dias 8 e 10 de maio, em Albergaria-a-Velha. Segundo a organização, as expetativas são de ultrapassar os 30 mil visitantes registados na edição de 2013.

"Ainda estamos a trabalhar no programa da Expoflorestal em conjunto com os nossos parceiros, mas para já podemos destacar as demonstrações de equipamento e um simulacro que vamos operacionalizar com a Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), no âmbito da promoção da saúde e segurança no trabalho florestal", adianta a organização da feira.

Esta edição da ExpoFlorestal conta, uma vez mais, com o alto patrocínio da Presidência da República e do Ministério da Agricultura, um sinal claro que as mais altas instâncias do país estão atentas e apoiam o setor florestal.

A ExpoFlorestal é uma organização da Associação Florestal do Baixo Vouga, Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA).

Candidaturas ao prémio ‘Boas Práticas em Alqueva’ até 20 de abril



 01 Abril 2015, quarta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
Serão aceites até ao dia 20 de abril as candidaturas para o "Prémio GPA-EDIA: Boas Práticas em Alqueva", anunciou a organização em comunicado.
O prémio foi lançado a dia 1 dezembro de 2014, no âmbito dos 20 anos de existência da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).
O prémio assume-se como uma parceria do Green Project Awards (GPA) com a EDIA e reconhece «boas práticas em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável na região de Alqueva, nos quais o recurso "água" seja o fator de desenvolvimento fundamental».
As candidaturas serão avaliadas por um júri composto pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA), Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS), BCSD, EDIA e do GPA.
As empresas e agricultores que pretendam candidatar-se ao prémio poderão adquirir mais informações e obter o formulário de inscrição aqui.
As candidaturas serão entregues, exclusivamente, em formato digital, através do envio do formulário de inscrição.
«Este prémio é um incentivo à atividade desenvolvida pelas empresas que apostam em Alqueva, dando visibilidade a essas organizações que atuam positivamente na construção do desenvolvimento sustentável na região de Alqueva», defende José Pedro Salema, presidente da EDIA, no mesmo comunicado.
O vencedor do galardão da categoria "Prémio Inovação em Alqueva" receberá um prémio monetário no valor de 2500 euros, que será entregue em data a anunciar no final de 2015.

CAP organiza 7º Congresso no Estoril




Agricultura, Europa e os Mercados Internacionais. Será este o ponto de partida para as várias intervenções que irão decorrer no Centro de Congressos do Estoril, nos dias 22 e 23 de abril.

O evento terá a participação do primeiro ministro Pedro Passos Coelho, do vice primeiro-ministro Paulo Portas, da ministra da Agricultura Assunção Cristas e do ministro da Economia Pires de Lima. Ainda no que ao Executivo diz respeito, realce para a participação do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.

Destaque ainda para a participação do economista Daniel Bessa, do secretário-geral da CAP, Luís Mira  e para o Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, entre outros.

Sujeito a confirmação está ainda a presença do Presidente da República, Cavaco Silva e do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio Roberto Azevêdo.

Segundo os responsáveis da CAP, o congresso será palco de discussões sobre a política agrícola vigente na União Europeia, a sua importância na economia em Portugal, o novo quadro comunitário, exportações, entre muitos outros temas.

Para mais informações e inscrições, clique no link em baixo.


Resolução referente à possibilidade dos Estados-membros limitarem ou proibirem culturas OGM

 01-04-2015 
 

   
Publicada a Resolução da Assembleia da República nº32/2015, que se refere à possibilidade de ao Estados-membros limitarem ou proibirem o cultivo de organismos geneticamente modificados.

A Resolução recomenda ao Governo orientações atinentes ao processo de transposição da Directiva do Parlamento Europeu e do Conselho, que altera a Directiva 2001/18/CE, de 12 de Março, no que se refere à possibilidade de os Estados-membros limitarem ou proibirem o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM) no seu território.

A Assembleia da República resolve recomendar ao Governo que no processo de transposição, proceda à avaliação da legislação em vigor que regula o cultivo de variedades geneticamente modificadas, e da sua aplicação, nomeadamente quanto ao princípio da precaução; preveja que as decisões de limitação ou proibição de cultivo destas variedades sejam objectivo de lei da Assembleia da República; que disponibilize, pelos canais mais adequados, informação transparente e precisa relativamente às áreas cultivadas com OGM e que assegure que aos consumidores é prestada informação suficiente para uma escolha consciente e responsável.

Anexo: Resolução da Assembleia da República nº32/2015, de 01 de Abril 

Fonte: Diário da República

Agricultores dos EUA cultivam mais soja e menos milho esta campanha

01-04-2015 
 

 
Os agricultores dos Estados Unidos da América preveem cultivar esta campanha 36,13 milhões de hectares de milho, o que supõe menos 567 mil que em 2014, uma redução de dois por cento, mas mais 190.350 hectares que a média estimada de comércio.

De acordo com a última informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, (USDA), este seria o terceiro ano consecutivo com reduções nas culturas de milho nos Estados Unidos da América (EUA). A descida da superfície de milho seria compensada com o aumento das culturas de outros cereais secundários.

Segundo as estimativas da Universidade de Illinois, espera-se uma colheita de milho de 340,36 milhões de toneladas, menos 20,7 milhões que a campanha anterior. Considerando o consumo semelhante ao actual, as existências no final da campanha podem descer de 45 milhões de toneladas projectadas para 1 de setembro de 2015 para 38 milhões de toneladas no período homólogo de 2016.

Em relação à soja, os agricultores esperam cultivar 34,3 milhões de hectares em 2015, o que supõe um aumento de 378.270 hectares, mais um por cento que em 2014, mas menos 527 mil hectares que a estimativa média de comércio.

No que diz respeito a 2014, a intenção de culturas é superior ou igual e 21 dos 31 maiores Estados produtores. As intenções para outras culturas de oleaginosas, como a colza ou o girassol, excedem as culturas do ano passado em cerca de 77 mil hectares.

As expectativas de colheita apontam para 101,6 milhões de toneladas de soja, uma quebra de 6,4 milhões frente à campanha passada, segundo os cálculos da Universidade de Illinois. Tendo em conta o consumo semelhante ao deste ano, as existências no final da campanha vão aumentar de 10,5 milhões de toneladas em 1 de setembro de 2015, para 11,8 no mesmo período de 2016.

Fonte: Agrodigital

Perímetro de Rega da Vigia fica ligado ao Alqueva após obra de 5,5 ME

02-04-2015 

 
O Perímetro de Rega da Vigia, perto de Montoito, no concelho de Redondo, vai ficar ligado ao empreendimento do Alqueva, a partir da próxima semana, após um investimento de 5,5 milhões de euros.

A ligação deste perímetro de rega ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EMFA), segundo a empresa gestora do projecto, a EDIA, é feita através da albufeira do Monte Novo (Évora), que já está ligada à principal barragem do sistema.

O Alqueva vai, assim, «garantir os caudais necessários ao normal funcionamento» daquele perímetro, que «sofria de restrições à rega em dois a cada cinco anos, por efeito das secas que ciclicamente assolam a região», realçou a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).

O perímetro, com cerca de 1.500 hectares e gerido pela Associação de Beneficiários da Obra de Rega da Vigia, beneficia 446 parcelas agrícolas e garante também o abastecimento público de água ao concelho de Redondo, no distrito de Évora.

Com esta ligação, a partir do dia 08 deste mês, «Alqueva cumpre mais uma das suas funções», que é «o reforço do abastecimento de água a perímetros de rega e aos sistemas de abastecimento público já existentes», frisou a EDIA.

A Associação de Beneficiários explicou hoje que a ligação ao Alqueva está incluída na recente beneficiação realizada no perímetro de rega, num investimento na ordem dos 5,5 milhões de euros, financiados pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

A ligação ao EFMA vai permitir «a regularização do armazenamento, assegurando-se assim as campanhas de rega no futuro sem necessidade de rateio (constrangimentos) de água», afirmou a associação.

«A barragem da Vigia enche muito raramente e fica aquém das necessidades de rega e do abastecimento público. Esta ligação ao Alqueva vem permitir que nunca mais haja rateio de água», destacou à agência Lusa o presidente da associação de beneficiários, Luís Bulhão Martins.

Actualmente, disse, o perímetro tem activos «à volta de 80 agricultores» e há «um investimento de grande monta das empresas agrícolas» aí instaladas, pelo que «é preciso assegurar condições para que as suas expectativas não sejam defraudadas», ou seja, «falta de água de vez em quando».

«Assim, vamos garantir que as pessoas podem satisfazer as necessidades das suas culturas e que as produtividades não vão ficar limitadas por falta de água durante o período de rega», congratulou-se.

A ligação ao Alqueva é oficialmente inaugurada no próximo dia 08, mas os equipamentos «já estão a ser testados», indicou Luís Bulhão Martins, referindo que é esperada, no futuro, uma alteração nas culturas que predominam no perímetro (milho, girassol, olival e vinha), nomeadamente o aumento da área de olival e a plantação de nogueiras.

A área total de regadio no Alentejo a equipar por Alqueva é de 120 mil hectares, dos quais cerca de 88 mil estão disponíveis na presente campanha de rega, encontrando-se mais 30 mil em obra, a concluir até finais deste ano, com entrada em exploração na campanha de rega de 2016.

Fonte: Lusa

Feira promove vinhos, gastronomia e cante alentejano em Vidigueira

 02-04-2015 
  
A primeira Feira do Vinho e do Cante vai decorrer entre sexta-feira e domingo, na vila alentejana de Vidigueira, para promover os vinhos da sub-região vitivinícola do concelho, o cante alentejano e a gastronomia tradicional.

O certame, cujo programa foi hoje divulgado pelo município, pretende contribuir para fortalecer a atractividade turística do concelho, divulgar os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, em especial os brancos e a casta Antão Vaz, e «dignificar» o cante como «factor de promoção da cultura alentejana».

Segundo a autarquia do Baixo Alentejo, a Vidigueira Branco - Feira do Vinho e do Cante, que vai decorrer no parque multiusos da vila, pretende também «promover as tradições da gastronomia mediterrânica», em particular as migas, através de um Festival Gastronómico de Migas e de uma oficina de migas mediterrânicas.

«A excelência dos produtos do concelho e o potencial de afirmação e de reconhecimento que os sectores do vinho e do azeite já alcançaram pode ser estendido a outros domínios produtivos», como o pão, e, por isso, a feira vai incluir o Festival Gastronómico de Migas e uma Mostra de Pão e Doçaria Tradicional, refere o município.

Na sexta-feira, dia dedicado ao cante alentejano, a feira vai incluir actuações de grupos corais alentejanos, no sábado, dia do vinho, o Fórum "Atão Vaz - As Castas Nacionais: Um Património a Preservar" e, no domingo, dia do folclore, actuações de dois ranchos folclóricos.

A feira vai incluir também exposição e venda de produtos agroalimentares, provas de vinho, oficinas, "workshops", "showcookings", espectáculos musicais e sessões de dj's, lançamento de livros editados pela autarquia e a exposição "Vidigueira Branco: Vinhos com Histórias e Memórias", no Museu Municipal.

Do programa de espectáculos musicais, alem das actuações dos grupos corais alentejanos e ranchos folclóricos, destaca-se, à noite, os concertos dos grupos A Moda Mãe, na sexta-feira, Zapatito de Tácon, Rumbo Flamenco e Nemanus, no sábado, e o concerto de Páscoa pela Orquestra Ligeira da Quinta do Anjo, no domingo.

Fonte: Lusa

Adega Cooperativa do Cadaval com menos uva em 2014

01-04-2015 

 
A Adega Cooperativa do Cadaval fechou 2014 com cerca de 2,7 milhões de litros de vinho escoados, que resultam numa quebra de 25 por cento na produção desta cooperativa e num volume de facturação de 1,5 milhões de euros, menos 900 mil euros que em relação a 2013.

No ano passado a adega do Cadaval recebeu 4.700 toneladas de uva, menos 700 toneladas do que tinha recebido em 2013, mas exportou cerca de 30 por cento da sua produção.

Este resultado explica-se, segundo um comunicado da cooperativa, devido às «condições climáticas difíceis e pelo fenómeno que é a reestruturação das vinhas». Mas Leopoldo Neves, recentemente eleito presidente da direcção, mostra-se optimista quanto ao novo ano. «Penso que agora a produção vá começar a aumentar, visto que há aí muitas vinhas novas, no entanto só ao cabo de dois a três anos é que uma vinha reestruturada recomeça a produzir», disse.

Este dirigente não quis, porém, revelar os resultados líquidos da Adega Cooperativa do Cadaval. Esta instituição, que conta 51 anos de existência, elegeu os seus novos órgãos sociais no passado dia 9 de Janeiro.

Da eleição resultou a escolha de Leopoldo Neves para a presidência da cooperativa. Este é o terceiro mandato do actual presidente, que antes havia sido vogal e depois vice-presidente. Foram ainda eleitos Joaquim Santos, vice-presidente; António Oliveira, secretário e Fernando Silva, presidente da Assembleia Geral.

A adega conta com 1.300 associados efectivos, mas apenas 350 são activos, isto é, que entregam uvas.

O vinho cadavalense está presente em seis países, nomeadamente, Noruega, Estados Unidos, Canadá, Brasil, China e Argélia, estando actualmente a tentar entrar no mercado moçambicano.

No último ano esta adega cooperativa foi distinguida com a medalha de prata no Concurso de Vinhos de Lisboa 2014 e as medalhas de bronze no 31.º Festival do Vinho Português do Bombarral e no 1.º Concurso Nacional de Vinhos do Crédito Agrícola.

Fonte: gazeta das caldas

Candidaturas ao Pedido Único e à qualificação e internacionalização de PME abertas


por Ana Rita Costa
1 de Abril - 2015
 
Já estão abertas as candidaturas ao Pedido Único de 2015, cujo prazo termina a 15 de maio, e as candidaturas a projetos individuais que visem a Qualificação e a Internacionalização de PME, que terminam a 22 de maio.

A candidatura ao Pedido único pode ser efetuada diretamente pelo Beneficiário, de forma desmaterializada, na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", ou através das entidades reconhecidas, numa das salas de atendimento existentes para o efeito.

Já as candidaturas à qualificação e internacionalização de PME que tenham como objetivos o conhecimento de mercados externos; a presença na web, através da economia digital; o desenvolvimento e promoção internacional de marcas; a prospeção e presença em mercados internacionais; o marketing internacional; a introdução de novo método de organização nas práticas comerciais ou nas relações externas e as certificações específicas para os mercados externos podem ser efetuadas no Portal 2020.

Bragança e Beja no topo do trabalho escravo


NUNO SILVA | Hoje às 00:00
Beja e Bragança foram os distritos com mais casos de tráfico de pessoas para exploração laboral, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna.
 

RUI MANUEL FERREIRA / GLOBAL IMAGENSDiego está em Portugal há seis anos. Na família, são 10 e trabalham todos na agricultura, legalmente e sem intermediários


No primeiro, foram sinalizadas 17 pessoas e no segundo 15, sendo que a maioria das situações ocorreu em explorações agrícolas, para a apanha da azeitona (Beja) e da castanha (Bragança). O documento não explicita nacionalidades, mas em causa estão sobretudo cidadãos romenos e búlgaros, que foram detetados em operações desenvolvidas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e que foram trazidos para Portugal com promessas de salários dignos, mas acabavam mal pagos e alojados em condições miseráveis.

EUA: Califórnia impõe fortes restrições a consumo de água devido a seca


EUA: Califórnia impõe fortes restrições a consumo de água devido a seca


O governador do Estado da Califórnia anunciou hoje restrições generalizadas ao consumo de água pela primeira vez na história, para combater uma seca devastadora, que é a pior desde que há registos.
Jerry Brown fez o anúncio durante uma conferência de imprensa numa vertente seca, com um tom acastanhado, das montanhas da Sierra Nevada, que normalmente deveria estar coberta por neve alta.
  
«Hoje, estamos sobre erva seca onde deveria haver cinco pés (metro e meio) de neve», disse Brown, que acentuou: «Esta seca histórica exige uma ação inédita».
A ordem executiva emitida por Brown pretende conseguir uma redução de 25% no uso da água nas cidades e localidades californianas, a conseguir através de uma combinação de medidas.
«Enquanto californianos, temos de juntar e poupar água de todas as maneiras possíveis», afirmou o governador.
Entre as medidas aprovadas estão algumas de caráter obrigatório que visam prevenir o desperdício e a promoção do investimento em tecnologias para tornar a Califórnia mais resistente a secas.
A ordem do governador estipula medidas para economizar água, como a substituição de 4,6 milhões de metros quadrados de relva por outra paisagem resistente à seca.
Um programa estadual de incentivo à poupança vai também ser criado para encorajar as pessoas a substituir velhas instalações por modelos modernos que permitem um consumo eficiente de água e energia.
A ordem do governador ordena às universidades, campos de golfe, cemitérios e outros grandes consumidores de água para reduzirem os seus gastos de forma significativa.
Novas casas e vários empreendimentos foram proibidos de usar água potável nos sistemas de irrigação, a não ser que sejam usados eficientes sistemas de irrigação gota a gota.
Brown já declarou o estado de emergência na Califórnia devido à seca, que dura há quatro anos, a mais severa desde que se começaram a registar estas ocorrências.
A seca tornou irreconhecíveis grandes pedaços da paisagem californiana, com lagos e rios secos, quando normalmente estavam cheios, o que também já causou perdas à agricultura estimadas em vários milhares de milhões dólares.
Diário Digital com Lusa

DGADR: Estratégia para o Regadio Público 2014-2020


 

A Estratégia para o Regadio Público 2014-2020 agora divulgada, para além de definir conceitos e bases de orientação a seguir no desenvolvimento do regadio público, identifica algumas intervenções prioritárias não se tratando, porém, de um plano de obras.

Os montantes financeiros previsionais plasmados no documento correspondem ao melhor conhecimento à data de elaboração deste documento, sendo meramente indicativos e não vinculativos. Não constituem por isso dotações disponíveis ou compromissos financeiros, designadamente ao abrigo dos fundos do PDR 2020 ou outros.

A concretização desta estratégia dependerá seguramente da iniciativa, da participação e do envolvimento dos interessados, os agricultores regantes, através de organizações representativas para a gestão dos regadios, isoladamente ou em parceria com a Administração Pública.

O aprofundamento do conhecimento das intenções de investimento, a apresentação de estudos relevantes, a iniciativa de municípios, das DRAP e das organizações já indiciam, no momento presente, a maturação de novas áreas de regadio.

Tal aponta para um reposicionamento das perspetivas de execução física e financeira da estratégia em várias regiões, espelhando a proatividade dos atores no território.

De acordo com as prioridades plasmadas na presente estratégia, os necessários estudos económicos e ambientais exigidos, a carteira de intenções de investimento entretanto maturada, em tempo, determinar-se-ão as necessidades de afetação de verbas às várias tipologias de investimentos até 2020.

Estratégia para o Regadio Público 2014-2020  pdf icon: http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/dgadr/Doc_estrategia_regadio2.pdf

Deputados aprovaram lei para devolver terras a antigos donos

CARLOS DIAS 01/04/2015 - 20:17

Parcelas de terra atribuídas por Sá Carneiro aos trabalhadores da Herdade dos Machados vão ser devolvidas aos antigos donos quando terminar, em 2018, o seu contrato de arrendamento com o Estado.

 
Ministra diz que a lei não foi feita por causa da Herdade dos Machados

O plenário da Assembleia da República aprovou na última sexta-feira a proposta de lei 304/XII, apresentada pelo Ministério da Agricultura e do Mar, que propõe uma alteração à Lei de Bases do Desenvolvimento Agrário.

Com esta alteração a lei passa a contemplar a reversão das terras expropriadas, durante o processo da reforma agrária, para os anteriores proprietários, "desde que se comprove, que não constituem, no momento em que o pedido seja efectuado, objecto de qualquer contrato de entrega para exploração celebrado entre o Estado e terceiro". O teor do diploma mereceu críticas contundentes de toda a oposição parlamentar.

Helena Pinto, deputada do BE afirmou que a proposta "é feita à medida" dos antigos proprietários da Herdade dos Machados, no concelho de Moura, sublinhando que se trata de um acto de "vingança". A deputada convidou a ministra a retirar o texto, que o socialista Pita Ameixa classificou de instrumento destinado a "entregar" as terras expropriadas ou nacionalizadas aos antigos proprietários, ou seus herdeiros, a quem o Estado "já pagou" as respectivas indemnizações. 

A crítica mais incisiva partiu do deputado da CDU João Ramos, ao dizer à ministra que ela "mentiu" aos rendeiros da Herdade dos Machados e aos deputados da Assembleia da República quando lhes garantiu que "as parcelas da exploração em Moura iriam ser colocadas na Bolsa de Terras". 

Com o diploma aprovado sexta-feira, os cerca de 2000 hectares agora exploradas por 54 rendeiros dos Machados, a quem Sá Carneiro entregou as terras em 1980, "revertem para os antigos proprietários quando terminar o contrato de arrendamento em 2018" assinala o deputado comunista, frisando que a decisão de Assunção Cristas "é um ajuste de contas com as conquistas de Abril".

Reagindo às críticas da oposição, Assunção Cristas foi peremptória: "Não tenho dúvidas sobre o lado em que me situo", negando que a alteração introduzida seja feita por causa da Herdade dos Machados. "Não é nenhuma vingança, é apenas justiça para quem se viu expropriado e também tem herdeiros, filhos e netos", afirmou a ministra do CDS/PP. 

Pequenos agricultores recebem no mínimo 500 euros anuais de ajuda


Sandra Henriques
01 Abr, 2015, 12:34 / atualizado em 01 Abr, 2015, 14:04

Esta nova regra da Política Agrícola Comum vai abranger 92 mil agricultores portugueses.
Ouvido pela jornalista da Antena 1 Natércia Simões, o secretário de Estado da Agricultura assegura que "os agricultores que recebiam no passado menos do que 500 euros, no futuro receberão 500 euros de uma forma simples, com uma candidatura bastante mais simples".

"O meu apelo é que esses agricultores que se candidatam ao regime da pequena agricultura façam a candidatura já e rapidamente para o sistema não ficar sobrecarregado", refere José Diogo Albuquerque.

O responsável explica que é preciso ter no mínimo meio hectare para ser considerado pequeno agricultor.

Mais de 20 mil litros de vinho apreendidos pela ASAE

     
01/04/2015 14:12:02 713 Visitas   
Mais de 20 mil litros de vinho apreendidos pela ASAE

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 21.500 litros de vinho em dois concelhos do distrito de Aveiro, por utilização de menção indevida na rotulagem, anunciou hoje aquele organismo.

Segundo a ASAE, a apreensão ocorreu no âmbito de uma ação de investigação desenvolvida pela Unidade Regional do Norte, nos concelhos de Santa Maria da Feira e de Oliveira de Azeméis, no passado dia 27 de março.

A ação de fiscalização foi desencadeada num armazenista/distribuidor e em duas grandes superfícies comerciais.

No total, foram apreendidas mais de 4.000 unidades de 'bag-in-box' (pacotes de cinco litros) e 200 garrafões de vinho tinto e branco, num valor aproximado de 19 mil euros.

Na operação, os inspectores verificaram que a rotulagem do produto se apresentava irregular, nomeadamente por inexactidão de indicações legalmente obrigatórias nos rótulos e utilização de menção indevida na rotulagem.

A grande maioria do produto apreendido era proveniente da União Europeia.

Foi instaurado o respectivo processo contra-ordenacional às empresas envolvidas na comercialização destes produtos.

Lusa/SOL

Avião militar aterrou em terreno agrícola

31/03/2015

Uma aeronave da Força Aérea Portuguesa efetuou, esta terça-feira, uma aterragem forçada num terreno agrícola na zona de Monte Real, concelho de Leiria, mas os dois tripulantes não sofreram ferimentos.

"Uma aeronave da Força Aérea Portuguesa EPSILON-TB30 efetuou uma aterragem forçada na área de Monte Real. Ambos os tripulantes não sofreram qualquer tipo de ferimentos", afirmou o coronel Rui Roque, porta-voz da Força Aérea.

Segundo Rui Roque, "trata-se de uma aeronave de instrução que estava a efetuar um voo de instrução", apontando, para já, a possibilidade de na origem da aterragem forçada estar uma "falha mecânica", mas ressalvando que a Força Aérea está a investigar.

A aeronave está sediada na base aérea n.º 1, em Sintra.

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria adiantou que o alerta para a ocorrência chegou às autoridades às 16.23 horas, tendo acorrido ao local quatro viaturas, apoiados por sete operacionais, dos Bombeiros Municipais de Leiria e Voluntários de Leiria, e GNR.

À agência Lusa, o comandante operacional municipal de Leiria, Artur Figueiredo, explicou que a aeronave militar caiu num terreno agrícola, nos campos do Lis, junto ao açude da Carreira.

"Não há vítimas, os pilotos estão bem e a aeronave tem danos que não aparentam ser significativos", declarou Artur Figueiredo.

ASAE apreendeu 324 mil litros de vinho na operação Doce Cepa


Por Lusa

30/03/2015 - 12:01

Adriano Miranda/arquivo

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 324 mil litros de vinho tinto e licoroso no âmbito da operação Doce Cepa, realizada nas últimas duas semanas, anunciou o organismo nesta segunda-feira.

O valor aproximado do produto apreendido na operação, que incidiu no circuito de produção e comercialização de vinhos, ronda os 66 mil euros, lê-se num comunicado da ASAE.

A acção de fiscalização foi desencadeada pela Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal em vários locais portugueses, depois de se verificar que o operador de um estabelecimento de restauração e bebidas em Sines colocava vinho designado como "tipo moscatel" em garrafões de cinco litros e reaproveitando as garrafas de marcas registadas verdadeiras servi-las directamente ao consumidor final.

Na operação verificou-se que o vinho era proveniente de um produtor de Arruda dos Vinhos e era comercializado e facturado como "vinho adamado" por um armazenista de Álcacer do Sal, acrescenta o documento.

Os vinhos apresentavam ainda características licorosas anormais, pelo que foram classificados como alimentos avariados e com falta de requisitos, tendo sido instaurados processos-crime por produção, detenção e venda de produtos vitivinícolas anormais e fraude sobre mercadorias.

Agricultores de Odemira forçados a destruir charcos para receber ajudas comunitárias


Por Carlos Dias

01/04/2015 - 10:56

Estão a ser investidos quase dois milhões de euros na preservação de ecossistemas frágeis e instáveis mas o Ministério da Agricultura impõe a sua reconversão em áreas agricultadas, como condição da atribuição de subsídios.
Nalguns charcos há crustáceos com um máximo de sete centímetros, 70 pares de patas e três olhos Adriano Miranda

Um agricultor alentejano informou os serviços do Ministério da Agricultura de que ia cultivar uma determinada área de uma parcela de terra de que é proprietário, cumprindo assim uma das exigências que é imposta a todos os interessados em receber ajudas comunitárias.

Na propriedade existia um charco temporário e o agricultor decidiu preservá-lo, depois de ser informado pela Associação de Beneficiários do Mira, da qual é sócio, de que se tratava de um habitat prioritário protegido por uma directiva comunitária (Anexo I da Directiva Habitats) que proibe a sua destruição.

Decorrido algum tempo, os serviços do Ministério da Agricultura informam-no de que tinha declarado uma área superior à que tinha efectivamente trabalhado. Como tinha feito uma declaração que não correspondia à verdade, por incluir o charco na área cultivada, perdia o direito à totalidade do subsídio. A menos que lavrasse a zona inundada. Para evitar o prejuízo, o agricultor meteu lá o tractor e o charco desapareceu.

A situação descrita, sem dados mais concretos, foi relatada ao PÚBLICO por Tiago Marques, professor da Universidade de Évora, durante uma das jornadas sobre Biodiversidade realizadas no âmbito do Festival Terras de Sombra, evento organizado anualmente pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.  O docente faz parte do grupo de especialistas que integra o projecto LIFE Charcos, lançado em 2013, o qual foi aprovado pela Comissão Europeia com um investimento de 1,9 milhões de euros para  preservar os charcos mediterrânicos localizados na costa sudoeste de Portugal e que estão ameaçados pela agricultura intensiva.  

O problema maior reside na "falta de coordenação" entre os ministérios do Ambiente e da Agricultura, salienta o investigador, e o resultado está na regressão generalizada destes habitats. Rita Alcazar, da Liga para a Protecção da Natureza, entidade que coordena o projecto LIFE Charcos, confirma a "incongruência" entre a "imposição de lavrar" os charcos para o agricultor poder beneficiar dos apoios directos da Política Agrícola Comum e as orientações da Directiva Habitats que classifica de "boas práticas" agrícolas não lavrar.

"O conflito existe e tem de ser resolvido", assume Carla Lúcia, representante da Associação de Beneficiários do Mira no projecto Life Charcos, identificando outros problemas. Em primeiro lugar "importa informar os agricultores" sobre o tipo de práticas culturais que podem ser desenvolvidas para a protecção dos charcos, e, ao mesmo tempo, "compensá-los" pela manutenção de habitats tão sensíveis, observa.

Sugere ainda que seja facultado aos agricultores do perímetro de rega do Mira o mesmo tipo de compensações aplicadas em Castro Verde, onde o Programa de Desenvolvimento Regional incentiva, através de uma intervenção territorial integrada, a preservação de aves estepárias ameaçadas de extinção, apoiando investimentos não produtivos, necessários à sua salvaguarda. 

Na região de Odemira e de Vila do Bispo, subsistem cerca de uma centena de charcos com a "caracterização específica definida na Directiva Habitats" acentua Rita Alcazar, cerca de metade dos que existiam no final dos anos 90 do século passado. 

Naquela época, um número significativo de charcos foram terraplanados, drenados e outros transformados em charcas (pequenos reservatórios de água). Actualmente a sua existência continua ameaçada por critérios que tanto o Ministério da Agricultura como do Ambiente tardam em rever, apesar dos próprios agricultores assumirem que estão dispostos a preservar os charcos.

Foi neste sentido que a organização do Festival Terras sem Sombra incluiu na sua programação de eventos sobre música sacra em oito concelhos alentejanos (Almodôvar, Odemira, Sines, Grândola, Santiago do Cacém, Castro Verde, Moura e Beja) jornadas sobre a biodiversidade como a que foi realizada no último fim-de-semana em Vila Nova de Milfontes sobre os charcos mediterrânicos. Cerca de meia centena de pessoas puderam constatar a importância dos charcos mediterrânicos e os impactes negativos neles provocados por espécies infestantes como o chorão e a acácia.

Habitats prioritários
Os charcos temporários, que enchem no período das chuvas e secam no pino do Verão, são considerados pela União Europeia como um dos habitats prioritários para a conservação da natureza. O LIFE Charcos visa a preservação dos charcos existentes no Sítio de Interesse Comunitário da Costa Sudoeste da Rede Natura 2000 – que coincide, em parte, com o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina –, nas charnecas do concelho de Odemira e no planalto de Vila do Bispo, onde estão alguns dos principais núcleos a nível nacional.

PCP: A propósito do fim das quotas leiteiras

A propósito do fim das quotas leiteiras, que se verifica a partir de hoje, a Comissão de
Agricultura junto do Comité Central do PCP para as questões da agricultura considera
necessário assinalar o seguinte:
O fim das quotas leiteiras a partir de hoje, 1 de Abril, que pode significar a liquidação
da produção leiteira no continente e nos açores, pondo em causa o autoabastecimento
do país em lacticínios, é da responsabilidade do PS, PSD e CDS!
1 - O sistema de quotas leiteiras, estabelecendo tectos máximos de produção por País e de
por produtor e penalizações para quem os ultrapassasse, significou, durante cerca de três
décadas, um sistema de regulação do mercado na União Europeia que, embora imperfeito,
garantia a estabilidade dos preços pagos à produção, assegurando, deste modo, com
regularidade, o fornecimento dos mercados.
2 - O sistema, ainda que injusto, uma vez que na sua distribuição inicial não teve em conta
as potencialidades dos países mais pequenos favorecendo claramente os grandes
produtores do centro e do norte da Europa, deu provas de funcionar, sendo hoje consensual
a sua importância.
3 - No quadro da chamada Agenda 2000 – uma mini-reforma da PAC, os Governos da
União Europeia, onde estava o Governo Português PS/Guterres, com o Ministro da
Agricultura Capoulas Santos decidiram, em 1999, o fim das quotas leiteiras em 2008.
Posteriormente a UE, estava agora em funções um Governo Português, PSD/CDS, com o
Ministro da Agricultura Sevinate Pinto, em 2003 confirmou a decisão mas adiaram-na para
2015. No Conselho de Ministros Europeu da Agricultura de Novembro de 2008, Governo
PS/Sócrates e Ministro da Agricultura Jaime Silva, consolidaram o fim do regime de quotas
leiteiras no dia 31 de Março de 2015. Para atenuar problemas que já sabiam ir verificar-se,
os Governos decidiram um processo de eliminação gradual das quotas, a que chamaram de
"aterragem suave" – um aumento por País da quota em 1% ao ano. Nem as posições dos
Governos PS tiveram alguma oposição do PSD e CDS, nem as dos Governos PSD/CDS
tiveram a crítica e o não do PS!
4 - Durante o processo de "aterragem suave", a produção de leite aumentou em valores
acima dos 3% ao ano, o que significou, apenas na época de 2013/14, um aumento de
4036322 (de acordo com o Milk Market Observatory, de 19/11/2014), que corresponde a
mais do dobro de toda a produção portuguesa, cuja quota era de de 2080101Kg.
5 - Assinale-se que, enquanto em Portugal o Governo afirmava querer lutar pela defesa das
quotas leiteiras, em Dezembro de 2013, PS, PSD e CDS votaram contra uma proposta de
resolução alternativa proposta pelo PCP, no Parlamento Europeu, cujo conteúdo se revestia
de grande importância para o futuro da produção leiteira nacional, pois, ao contrário do
relatório original (que aceitava o fim das quotas leiteiras), defendia a necessidade de
manutenção do regime de quotas de produção leiteira para além de 2015, preconizando um
ajustamento das mesmas "às necessidades de cada Estado-Membro e ao seu nível relativo
de capacidade de produção instalada", nem no plano Nacional, tendo sucessivamente
votado contra as iniciativas legislativas que defendiam a manutenção das quotas leiteiras.
6 - Com o fim das quotas leiteiras está aberta a possibilidade de novos aumentos de
produção na Europa, particularmente nos países com condições edafo-climáticas mais
favoráveis, com preços dos factores de produção mais competitivos e com mais apoios
públicos o que significará, inevitavelmente, nova pressão nos preços pagos à produção.
7 - Tal situação criará situações dramáticas para a esmagadora maioria dos produtores
portugueses, que não tem condições para competir com explorações leiteiras com factores
de produção a preços mais baixos, e fundamentalmente, graças ao clima, com pastos
naturais todo o ano.
8 - Recorde-se que o sector leiteiro perdeu, nas últimas duas décadas mais de 90% dos
produtores, passando de mais de 70mil, para pouco mais de 6mil. Tal situação, provocando
por um lado o abandono de vastas áreas do território, por parte de quem antes tinha
trabalho e sustento para os seus, coloca novos problemas ambientais face à concentração
das explorações.
9 - Acresce ainda que, num quadro de uma Reforma da PAC que foi negativa para Portugal,
pois prossegue a desregulação e a liberalização dos mercados agrícolas, as opções do
Governo na margem de decisão nacional, foi ainda mais penalizadora, tendo o Governo
decidido, por exemplo, apoios por vaca leiteira de 82€, o que corresponde a cerca de 0,01€
por kg, enquanto a Suíça, tem apoios na ordem dos 0,12€ por kg, ou as opções de
introdução das medidas de apoio ao desempenho ambiental, o chamado greening, cujo
mecanismo de controlo pode retirar ao sector cerca de 14 milhões de euros.
10 - O PCP, recordando a sua posição de sempre de defesa das quotas leiteiras, não
desiste da luta pela regulação dos mercados agrícolas, e designadamente o mercado do
leite, tendo entregue na Assembleia da República um projecto de Resolução que recomenda
ao Governo a promoção de medidas de defesa da produção leiteira nacional.
Aí se defende que o Governo desenvolva esforços junto das instituições europeias para a
manutenção de um quadro de regulação do mercado no plano europeu, que dê resposta aos
problemas do sector leiteiro, propondo medidas de defesa dos produtores nacionais,
designadamente a garantia de preço justo à produção, a garantia de protecção do mercado
nacional face à entrada de leite estrangeiro, a regulamentação efectiva e a fiscalização da
actividade especulativa das cadeias de distribuição alimentar, impondo limites ao uso das
marcas brancas, bem como estabelecendo "quotas" de vendas da produção nacional.
A Comissão de Agricultura junto do Comité Central do PCP
01.04.2015

CNA: O fim das quotas leiteiras é mau para a produção nacional

Governo Português fica ligado a esta má medida que só favorece os países já hoje grandes produtores/exportadores de Leite e o grande agro-negócio.

O sistema das quotas leiteiras – a distribuição, entre Estados-Membro da UE e entre Produtores das quantidades de Leite a produzir para comercialização - chegou hoje ao fim por decisão da União Europeia anunciada há vários anos atrás.
Esta medida do fim das quotas leiteiras vem complicar ainda mais a já difícil situação da grande maioria dos cerca de 6.000 Produtores Nacionais de Leite, complica a situação da transformação e comercialização de Lacticínios por parte da indústria nacional e mais compromete a soberania alimentar do nosso País.
Até hoje, Portugal dispunha de uma quota leiteira ligeiramente superior a 2 milhões de toneladas / ano embora já estivéssemos a produzir (mais de 200 mil toneladas) abaixo dessa quantidade também em resultado das más políticas agrícolas e de mercados que têm eliminado os pequenos e médios Produtores.
O sistema europeu (e depois nacional) das quotas leiteiras não sendo um sistema perfeito pois de facto continha várias discrepâncias, todavia garantia a cada Estado-Membro e, depois, a cada Produtor, uma quantidade de produção leiteira para comercialização ou seja, estabelecia uma espécie de garantia em termos dos direitos a produzir/comercializar abrangidos pelo sistema das Ajudas da PAC .
O sistema das quotas leiteiras é, pois, um instrumento da política pública de controlo da produção/escoamento e de assegurar uma certa equidade entre Produtores e Estados-Membro.
A partir de hoje, 1 de Abril, será a "lei da selva" na Produção Leiteira.
Os países já hoje grandes exportadores de Leite ( a baixos preços) e o grande agro-negócio ficam agora à vontade para intensificarem/aumentarem a respectiva Produção/Comercialização e exportarem cada vez mais – designadamente para dentro de Portugal - o que ameaça a continuidade da grande parte da Produção Nacional de Leite e de Lacticínios.  E ao contrário do que diz a "conversa" oficial, os Preços à Produção vão ser pressionados para também baixar ainda mais, com ou sem "contratos" entre os Compradores e os Produtores.
Lamentavelmente, o actual bem como anteriores governos pouco ou nada fizeram para se oporem a esta decisão anunciada pela UE com tanta antecedência !
Da parte da CNA e Filiadas, da parte dos Agricultores Portugueses, desde início que  houve forte oposição ao fim das quotas Leiteiras.
Reafirma-se a nossa disposição para a luta em defesa dos direitos à Produção Nacional de Leite (e outros Produtos), em defesa da Soberania Alimentar.

Coimbra, 1 de Abril de 2015        //         A Direcção da  C N A

Syngenta convida especialista mundial na cultura do milho

A Syngenta organizou, a 5 de Março, umas Jornadas Técnicas sobre "Maneio e Otimização da Cultura do Milho", em parceria com a Cooperativa Agrícola de Vila do Conde. Albert Porte-Laborde, um dos principais especialistas mundiais na cultura do milho, foi o orador convidado para falar dos avanços tecnológicos na gestão da cultura.

Durante as Jornadas foram discutidos aspetos agronómicos da cultura do milho silagem, tais como as principais pragas, doenças e carências que afetam a cultura, sendo aconselhadas estratégias que garantem a rentabilidade da cultura.
Albert Porte-Laborde, consultor e formador na área do milho, com uma experiência de 45 anos no aconselhamento técnico aos produtores de milho em França, deixou conselhos valiosos aos agricultores.

A qualidade da intervenção foi reconhecida por todos os presentes, tal como descreve Vitor Faria, responsável técnico da Cooperativa Agrícola de Vila do Conde: «foram ensinamentos muito úteis, expostos de forma profissional, muito clara e apelativa. Um dos nossos associados chegou mesmo a comentar que foi uma das melhores apresentações sobre a cultura do milho a que assistiu nos últimos 30 anos». Vitor Faria deixa um desafio: «gostaríamos de ter o Sr. Porte-Laborde novamente em Portugal para uma segunda apresentação, desta vez no campo, onde possa demonstrar ao vivo os seus conhecimentos».

Albert Porte-Laborde concedeu uma pequena entrevista à Syngenta, que resume alguns dos ensinamentos partilhados nas Jornadas:

Syngenta: Tendo em conta a sua vasta experiência no setor do milho, quais os pontos-chave na gestão da cultura que os agricultores portugueses devem melhorar para obter maior rendimento?
Albert Porte-Laborde: Em primeiro lugar é preciso não esquecer que quando o trator e o semeador saem do terreno o potencial máximo de rendimento está definido, a partir daqui só poderemos perdê-lo! …porque as condições climatéricas são desfavoráveis, demasiado frio, demasiada chuva, dias muito quentes; porque a cultura é atacada por pragas; porque a irrigação ou a fertilização se atrasaram alguns dias; porque as infestantes foram controladas tardiamente ou porque a dose aplicada não foi a mais correta.
Em minha opinião, a qualidade da sementeira é essencial, a manutenção de uma máxima homogeneidade planta a planta é a garantia de um bom rendimento da cultura.

A qualidade da semente é crucial para o êxito da cultura. Qual a sua opinião sobre a tecnologia ARTESIAN desenvolvida pela Syngenta?
Há diversos métodos para propor ao agricultor um híbrido que se adapte a situações de stress hídrico: o primeiro consiste em explorar o «rumor», a imagem, o que dizem os agricultores deste ou daquele híbrido: «ainda que a rega não tenha sido perfeita, o híbrido salvou a colheita». O problema é que esta constatação demora (2 a 3 campanhas) e, entretanto, a investigação genética permitiu desenvolver novas variedades que relegam estes híbridos tolerantes para segundo plano. 
O segundo método, infelizmente muitas vezes usado, consiste em reposicionar comercialmente um híbrido que tecnicamente não foi avaliado quanto à sua capacidade para tirar partido da água disponível. 
O terceiro método, utilizado pela Syngenta, consiste em lançar programas de investigação intensivos com vista a melhorar a performance dos híbridos especificamente dirigidos a este tipo de solos. São programas caros e demorados, e os primeiros híbridos daí resultantes, que respondem a limitações de água, são designados de ARTESIAN. É nos híbridos que incorporam esta tecnologia que os agricultores encontrarão de futuro a melhor eficiência hídrica em situações de baixa disponibilidade de água.

«Com uma sementeira de qualidade todas plantas nascem no mesmo dia e todos os mesocótilos são de comprimento idêntico». Como atingir este objetivo?
Não é uma meta utópica!! Felizmente muito agricultores conseguem lá chegar. Este objetivo põe em evidência todo o cuidado necessário na preparação da cama de sementeira e na própria sementeira. «A sementeira deve ser lenta!» As sementeiras rápidas são mais irregulares no que respeita à distribuição das sementes e heterogéneas em profundidade…qualquer que seja o semeador utilizado. 90.000 sementes/hectare, a 6 km/h, com uma distância de 75 cm na entrelinha correspondem a cerca de 12 grãos por segundo em cada linha do semeador, permitindo uma sementeira perfeita. Acima desta velocidade de trabalho é necessário estar bem mais atento à regulação, à qualidade da preparação do solo, à proteção contra insetos e infestantes.
Por isso, a aplicação de um adubo starter permite aumentar a eficácia das sementeiras mais precoces e uma boa desinfeção do solo garante a homogeneidade e arranque das plantas.

Combater as infestantes é preservar o rendimento. Qual é a estratégia ideal na aplicação de herbicidas à cultura do milho?
Está provado que os tratamentos de pré-emergência contra as infestantes permitem obter melhores rendimentos. «Destruí-las antes que se tornem visíveis» é uma regra de ouro, por duas razões: primeiro porque as infestantes mesmo muito jovens tornam-se rapidamente concorrentes do milho na busca por água e azoto, e mais tarde, a partir das 5-6 folhas, começam também a competir pela luz solar. A segunda razão, é que, por vezes, a planta de milho tem dificuldade em degradar os tratamentos à base de sulfonilureias usados no combate às gramíneas, sobretudo com temperaturas acima dos 25ºC, tempo seco, amplitude térmica dia-noite superior a 20ºC, e sobretudo se a dose de herbicida for elevada e tiver sido aplicada numa fase avançada de desenvolvimento do milho (mais de 8 folhas).

O Sr. Porte-Laborde tem participado em ensaios com drones para realização de fotografia aérea com infravermelhos na cultura do milho. Como funciona esta tecnologia e para que serve?
O uso de drones vai tornar-se usual no acompanhamento da cultura do milho, incidindo em diversas áreas: controlo da densidade de sementeira desde as 4-5 folhas; gestão do controlo de infestantes, sejam elas gramíneas ou dicotiledóneas; avaliação do estado fitossanitário da planta às 10 folhas; gestão e acompanhamento da rega; gestão das doses de azoto; determinação da data ideal da colheita do milho silagem face à maturidade fisiológica da cultura. Todos estas variáveis poderão ser perfeitamente medidas através de imagem aérea, garantindo uma precisão bem mais fina do que a do olho bem treinado do melhor dos técnicos. Por enquanto, estamos a estudar estas áreas de aplicação, mas creio que será possível utilizar a tecnologia muito em breve (fim de 2015).

A Syngenta é uma das empresas líderes no seu ramo de actividade. O grupo emprega mais de 27.000 pessoas em mais de 90 países, com um único objectivo comum: trazer para a vida o potencial das plantas. Através da excelência dos nossos cientistas, da nossa presença a nível mundial e do empenho de todos os nossos colaboradores em responder às necessidades dos nossos clientes, ajudamos a maximizar a produtividade e o rendimento das culturas, a proteger o ambiente e a melhorar a saúde e a qualidade de vida. Para mais informações sobre a Syngenta, consulte o site www.syngenta.com.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Loures quer atrair empresas agroalimentares e de logística


por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
A Câmara Municipal de Loures criou um centro empresarial no Mercado Abastecedor de Lisboa (MARL) que pretende atrair empresas do setor agroalimentar e de logística recém-criadas para o concelho. Intitulada de 'Loures Inova - Centro Empresarial', a iniciativa é resultado de uma parceria entre o MARL e a Associação Parque de Ciência e Tecnologia Almada/Setúbal (Madan-Parque).

De acordo com o Público, Bernardino Soares, Presidente da Câmara de Loures, revelou que o objetivo "é criar um centro de negócios e de capacitação empresarial dos sectores agroalimentar e de logística, de forma a desenvolver tecnicamente as empresas já existentes e a fomentar a fixação de novos negócios no concelho."

O novo centro empresarial vai gerir e apoiar projetos de empresas e ligá-los a fundos comunitários, facilitando ainda a ligação entre as universidades e as investigações científicas e tecnológicas e a sua aplicação na produção e nas empresas.

Copa-Cogeca defende medidas para garantir sobrevivência do setor leiteiro sem quotas


por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
As quotas leiteiras na União Europeia terminam hoje (31 de março) e têm sido vários os debates acerca da sobrevivência do setor e dos pequenos produtores daqui para a frente. A Copa-Cogeca foi uma das associações que quis contribuir para a discussão e publicou recentemente um conjunto de medidas que acredita serem "essenciais" para a sobrevivência do setor no 'pós-quotas'.

Mansel Raymond, Presidente do grupo de trabalho 'Leite e Produtos Lácteos' criado pela associação, referiu que "depois da supressão das quotas, os produtores de leite continuarão a estar expostos à volatilidade do mercado à escala mundial, que é um fenómeno permanente e um fator de risco para as explorações agrícolas, para além de ter um grave impacto sobre o investimento."

Pekka Pesonen, Secretário-geral da Copa-Cogeca, defendeu, por sua vez, que "nesta nova época sem quotas devem estabelecer-se as ferramentas adequadas para ajudar os produtores e as cooperativas de leite a limitar os sues efeitos. São necessários novos instrumentos de gestão dos riscos, como por exemplo, medidas que fomentem o desenvolvimento dos mercados e que reduzam a volatilidade do mercado."

Consumidores norte-americanos dispostos a pagar mais por batatas transgénicas mais saudáveis

por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
De acordo com um estudo divulgado pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos da América, os consumidores norte-americanos estão dispostos a pagar mais por batatas transgénicas que sejam mais saudáveis, sobretudo se estas tiverem níveis mais baixos de acrilamida, um químico que já foi considerado cancerígeno e em relação ao qual a FDA, entidade responsável pelos fármacos e pela segurança alimentar nos EUA, já aconselhou a reduzir o consumo.

O estudo media a atitude dos consumidores face a produtos derivados de batata transgénica com níveis menores de acrilamida e concluiu que os consumidores estariam dispostos a pagar mais por estes produtos.

Os investigadores responsáveis pela investigação acreditam que isto mostra que os consumidores estão dispostos a pagar mais para melhorar a segurança dos alimentos que consomem, incluindo quando essas melhorias implicam métodos biotecnológicos.

Este estudo surge depois de ter sido aprovada nos Estados Unidos da América uma nova variedade de batata OGM que possui menos acrilamida e que levou dez anos de investigação científica para ser produzida.

Comissário europeu diz que é preciso encontrar mais mecanismos para controlar o mercado alimentar


por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
O Comissário europeu Vytenis Andriukaitis defendeu recentemente que a Comissão Europeia deve procurar encontrar mais mecanismos de controlo do mercado, sobretudo para evitar crises no setor alimentar.

Nesse sentido, brevemente será lançado um estudo que avalia a eficácia do "Rapid Alert System for Food and Feed", cujo objetivo é prevenir futuras crises no sector alimentar. Segundo o comissário, este trabalho de controlo não deve ser feito apenas pela Comissão Europeia, mas também pelos agentes económicos, que podem ter "os seus próprios programas de contingência."

Vytenis Andriukaitis defendeu ainda que só uma harmonização das legislações dos Estados-Membros "pode levar a um combate à fraude num mercado livre europeu", uma das prioridades da União Europeia.

Comissão Europeia opõe-se à rotulagem obrigatória de carne de animais descendentes de clonados

por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
O comissário europeu Vytenis Andriukaitis defendeu esta semana que a Comissão Europeia opõe-se à rotulagem obrigatória de carne de animais descendentes de animais clonados.

Andriukaitis considera que a clonagem "é um assunto muito sensível" e relembrou que a primeira reação do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu em 2013 em relação à comercialização de carne proveniente de animais clonados foi negativa.

Por outro lado, o pedido para etiquetagem obrigatória para filhos e descendentes de clonados é regulada, uma vez que esses animais tiveram um processo de vida perfeitamente normal e similar aos animais convencionais. Esta etiquetagem não pode, por isso, ser justificada com recurso a qualquer parecer técnico ou científico, pelo que não tem razão de ser obrigatória, defendeu o comissário.

AREFLH apresenta três propostas para o setor dos hortofrutícolas


por Ana Rita Costa
31 de Março - 2015
 
A Assembleia das Regiões europeias produtoras de frutas e hortícolas (AREFLH) apresentou recentemente três propostas ao setor que foram decididas na Assembleia Geral da organização, na qual estiveram representados 22 Estados-Membros.

De acordo com a AREFLH, é importante que o setor mantenha a existência de uma organização comum europeia para o mercado de frutícolas e hortícolas que consiga manter um sistema de prevenção e gestão de crises eficiente.

Para além disso, a organização propôs ainda que continuem a existir programas de promoção do consumo de fruta nas escolas do espaço europeu, iniciativas que considera "essenciais para reverter a tendência de baixo consumo de frutas e legumes na Europa".

A associação referiu ainda que quer um "maior reconhecimento" para as associações e organizações de produtores regionais, inter-regionais e transnacionais, uma vez que estas "têm um papel chave no fortalecimento da capacidade de negociação dos produtores face à grande distribuição, assim como na promoção do produto, na investigação e na inovação".

Lobos atacam cada vez mais no Gerês


    
Joaquim Gomes Joaquim Gomes  | 31/03/2015 17:09:19 662 Visitas   
As alcateias estão a atacar cada vez mais gado no Gerês e não apenas no pastoreio pelo monte, matando gado junto às casas das aldeias com mais habitantes, como sucedeu no início desta semana.

No domingo à noite, cerca de dezena e meia de ovelhas foram atacadas por uma alcateia de pelo menos três lobos em plena aldeia turística e de artesanato, em Covide, uma das mais povoadas do concelho de Terras de Bouro. O dono das ovelhas, Paulo Silva, não se conforma, acrescentando que os ataques já não são na serra, mas nas próprias aldeias.

O presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, confirmou hoje ao SOL "serem cada vez mais os ataques e não só por fome, porque as alcateias matam e abandonam as ovelhas". "Os ataques não têm ocorrido apenas no nosso concelho, como em Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Montalegre", municípios situados igualmente na área protegida, do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Produtores de gado manifestaram-se já na semana passada, em Braga, na inauguração da feira AGRO, e a Câmara Municipal de Terras de Bouro tem reunido com pastores e criadores de gado. Os criadores estão revoltados, segundo apurou o SOL, porque "demora muito até os técnicos estatais confirmarem a razão da morte dos animais". Por outro lado, em caso de ferimentos, são os pastores que têm de custear o tratamento nos veterinários. Os atrasos nos pagamentos são evidentes: apesar de a lei fixar um máximo de dois meses para a atribuição das indemnizações, os produtores estão agora a ser ressarcidos de ataques já confirmados em Agosto de 2014. "Mas mais de 80% dos prejuízos não nos são pagos", referiu um dos criadores, António Oliveira.

Açúcar: como será o setor sem quotas?



 31 Março 2015, terça-feira  Indústria alimentar
Na semana passada teve lugar a primeira reunião do Grupo de Especialistas da União Europeia (UE) para debater o futuro do setor do açúcar depois do desaparecimento das quotas em 2017.
Segundo a apresentação da Direção-Geral de Agricultura da Comissão, num panorama sem quotas, a produção vai aumentar na maioria dos países, em especial na Alemanha, Dinamarca, Roménia e Reino Unido, enquanto vai passar por uma redução na Holanda e na Grécia, com uma descida do preço do açúcar de beterraba, em paralelo, em 15%.
No entanto, existem grandes incertezas sobre qual seria o preço do açúcar, devido ao facto de depender de um amplo número de fatores, como o rendimento, preço do petróleo, taxas de câmbio, crescimento da população e a situação económica, prevendo-se que os preços entre o mercado comunitário e o internacional venha a aproximar-se para fechar a lacuna entre ambos.
Fonte: Agrodigital 

Badajoz discute temática do montado em abril



 31 Março 2015, terça-feira  Agroflorestal

Congresso debate montado

A segunda edição do "Congresso Ibérico da Dehesa e o Montado" terá lugar nos dias 23 e 24 de abril na cidade raiana de Badajoz, Espanha.
Segundo a organização, este encontro transfronteiriço dirigido a gestores, proprietários, empresas, agricultores, associações e entidades ligadas a este ecossistema da Península Ibérica, tem como objetivo principal «abordar os progressos no setor da inovação que se têm verificado no âmbito do montado».
E isso inclui os planos de gestão pecuária e das florestas, novas produções, sistemas de comercialização, novas tecnologias e processos associados.
Em comunicado, a organização recorda que as explorações de defesa do montado são «sistemas reconhecidos pela qualidade dos seus produtos, resultado de práticas compatíveis com a conservação da biodiversidade».
A Península Ibérica conta com uma superfície aproximada de 4,5 milhões de hectares de montado, sendo que uma terceira parte destes terrenos encontram-se na Extremadura.
«As caraterísticas deste ecossistema exigem uma abordagem diferenciada enquanto às políticas agrárias europeias e nacionais que reconheçam a sua singularidade», salientam, justificando-se, nesta medida, o evento.
O programa do Congresso inclui vários debates dedicados aos temas do montado, pastos, inovação em produções do montado, biodiversidade e turismo, novas tecnologias e ajudas aos montados.
O evento é organizado pelo Governo da Extremadura, através do Centro de Investigações Científicas e Tecnológicas da Extremadura (CICYTEX) e a Consejería de Agricultura, Ambiente, Desenvolvimento Rural e Energia.
Conta ainda com o apoio da Universidade da Extremadura, da Associação de Gestores da Dehesa de Extremadura, da Federação da Dehesa (FEDEHESA), da Universidade de Córdoba, Instituto de Investigação e Formação Agrária e Piscatória da Andaluzia (IFAPA) e da Confraria do Sobreiro e da Cortiça de Portugal.
Fotos: Observatório da Dehesa do Montado

Medronho origina contestação a Sul



 01 Abril 2015, quarta-feira  Pequenos Frutos
medronho
Os autarcas de Almodôvar (António Bota), Odemira (José Alberto Guerreiro) e Ourique (Pedro do Carmo) tornaram pública uma contestação conjunta relativa à pretensão de registo de Indicação Geográfica Protegida (IGP) de «Algarve» que propõe a inclusão do medronho produzido em oito freguesias destes municípios.
O processo, lembram os presidentes de câmara do Alentejo, foi conduzido pela Associação dos Produtores de Aguardente de Medronho do Barlavento Algarvio (APAGARBE) à revelia dos produtores, associações e autarcas alentejanos. 
Em comunicado, os responsáveis daqueles três municípios apelam aos responsáveis para que «retrocedam nos seus propósitos», dando conta que pretendem ir «até às últimas instâncias» e avançar para a impugnação judicial do registo.
A APAGARBE, com sede em Monchique, formalizou o pedido de registo de Medronho do "Algarve" à Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), tendo sido publicado entretanto para discussão pública.
Os autarcas recordam que a proposta de registo de IGP medronho do "Algarve" inclui uma vasta área do Alentejo, designadamente toda a área de oito freguesias dos concelhos de Almodôvar, Ourique e Odemira, e que este processo nunca foi apresentado aos produtores, associações e autarcas alentejanos, «numa área de interesse da sua identidade cultural, social e económica», sendo que esta designação «condiciona decisivamente o processo em curso de dinamização da produção de aguardente de medronho no Alentejo, atualmente em curso».
Na contestação afirma-se que o fruto criado no Alentejo tem características diferentes, a aguardente é produzida de forma diferente e o produto final tem outro sabor e grau de álcool».
Os autarcas denunciam o interesse dos responsáveis deste processo em «garantir quantidade de fruto suficiente para a produção dos seus Associados», ou seja, «os produtores do Alentejo tratam e colhem o fruto» e «os produtores do Algarve produzem a bebida».
Tratando-se de um produto endógeno, a designação deverá ser associada à origem da produção, no respeito pela identidade local, «tendo esta bebida tradição no Algarve, mas muito mais no Alentejo», alegam os autarcas.

Baby kiwi nasce em Famalicão



 08 Dezembro 2014, segunda-feira  Pequenos Frutos
Metódico, rigoroso e determinado foi esta a impressão que nos deixou Emanuel Machado, produtor/investigador na cultura do baby kiwi ou kiwi arguta e autor da página do facebook "Mini-kiwi land", único fórum português em torno da nova cultura.
p18 fig1
O Baby kiwi, sobretudo pertencente à espécie Actinidia arguta, é um tipo de kiwi muito mais pequeno do que o comum kiwi, tendo como principal particularidade não apresentar "pelos", o que o torna fácil de consumir com "casca", a que alia a característica de uma maior doçura e ser colhido, maduro, a partir do mês de agosto (e não em novembro e dezembro, como no A. deliciosa).
Este kiwi, a que a Pequenos Frutos já deu atenção no número 1, é fruto sensação em alguns mercados do centro europeu, como o francês, belga e holandês, onde o público está a aderir entusiasticamente ao seu consumo (o que, pelo sabor delicioso e cremoso, acontecerá também em Portugal). Porém, pela grande procura face a uma oferta ainda limitada e pelo custo da mão de obra na apanha, tal como em outros pequenos frutos, os preços são muito elevados, o que garante aos produtores remunerações que podem, na atualidade, ir aos 7€/kg.
A Pequenos Frutos foi recebida na pequena exploração experimental (cerca de 200 plantas) que o empresário detém em Landim (Vila Nova de Famalicão). Propriedade de quase 3 hectares, onde encontrámos uma plantação  alinhada com rigor militar e cuidada como um jardim nórdico, onde se destaca o relvado primorosamente cuidado no entrelinhamento e uma linha de plantação livre de infestantes.
Este pomar, integralmente montado pelo próprio Sr. Emanuel Machado, colhe os primeiros frutos já no ano de 2013, embora apenas na variedade Issai, que é uma variedade autofértil de fruto integralmente verde.
Atualmente estão em teste 4 variedades de kiwi arguta (Actinidia arguta): Issai, Geneva, Ken Red, Ananasnaya e o Weiki como polinizador "macho". Além destas variedades, detém ainda alguns pés da variedade Tomuri do kiwi tradicional, que segundo se crê auxilia ativamente na polinização do arguta.
A cultura encontra-se conduzida em dois sistemas: cordão simples e em pérgola, a fim de comparar os resultados e optar pelo melhor sistema, tendo adotado um compasso de 2 x 3m, e um enrelvamento na entrelinha que recebe intervenções todas as semanas.
Tal como na produção de outros pequenos frutos, também no caso do baby kiwi existe a possibilidade de o empresário se estabelecer individualmente em mercado aberto ou em "integração", com empresas que trabalham com produtores e variedades exclusivas.
Depois de ter encontrado interesse por parte do mercado, sobretudo de grandes empresas nacionais, optou por avançar para o mercado livre porém, procura criar uma "rede de produtores", pois só com uma área mínima nacional suficiente para corresponder às solicitações dos futuros clientes se permitirá o sucesso do empreendimento de cada um.
É neste contexto que cria a página do facebook, que regista assinalável sucesso, e onde partilha a sua experiência pessoal, troca informações (com produtores e investigadores desta cultura, nomeadamente com um amigo Belga, Khristian De Kezel) e difunde a cultura.
E é com o propósito de apostar nesta cultura que, depois deste primeiro ano francamente animador, pretende expandir a plantação para 2 hectares, na mesma região, plantação que surge do desejo de preparar agora o dia de amanhã, quer da sua reforma, quer do profissional de seu filho, que se inicia este ano como aluno da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento, em Santo Tirso.

Arquitecto alerta para risco de destruição das caves de Gaia


LUSA 26/03/2015 - 18:24
Rui Losa avisa que se este património não for preservado, o Porto perde a classificação da Unesco.

 
Alguns armazéns, como os da Calém, ganharam novas funções, mas outras intervenções são contestadas DATO DARASELIA

O arquitecto e administrador da Sociedade de Reabilitação Urbana Porto Vivo Rui Loza afirmou esta quinta-feira que "se Gaia deixasse demolir as caves, o Porto perdia a classificação da Unesco". Rui Loza falava na primeira Conferência Cidades de Rio e Vinho - Memória, Património e Reabilitação, que decorre até sexta-feira no auditório das Caves Calém, em Gaia. A "relação indissociável" entre as caves de Gaia e o centro histórico do Porto foi o tema da sua intervenção.

Loza, que falou só como arquitecto, centrou a sua intervenção nos perigos que pairam sobre as caves de vinho do Porto, "o mais preocupante" dos quais é o "risco de abuso cultural decorrente da desvitalização da vertente industrial das caves". "No geral, as grandes casas de Gaia já não estão a ser necessárias para a quantidade de vinho que aqui é armazenado e envelhecido", afirmou, dando conta de que  "há a tentação de construir uma nova cidade com vistas para o Porto" nestes espaços vazios.

O arquitecto referiu que "não é possível obrigar" os proprietários das caves a guardar ali vinho do Porto se eles têm alternativas melhores, sendo por isso necessário encontrar "novas funcionalidades" paros esses velhos edifícios, através de uma "arquitectura adequada". Loza assinalou que "os proprietários e os promotores não são obrigados a ter cultura arquitetónica, papel que cabe aos os arquitetos, frisou, "mas eles são muitas vezes atraídos para uma moda, de substituição do existente por surpresas apelativas", alertou.

O arquitecto, que foi também diretor do ex-CRUARB (Projecto Municipal para a Reabilitação Urbana do Centro Histórico do Porto), é de opinião que "há muita gente a colaborar com o processo de destruição em massa dos armazéns" de vinho do Porto que são o ex-líbris do centro histórico de Gaia. "No nosso caso, estamos perante armas de destruição em massa. Não é uma pequena casa que arde, não é uma pequena cheia que vai alterar um rés-do-chão, são processos violentos e de grande dimensão" reforçou.

Rui Loza, que garantiu não ter uma visão imobilista, "porque todo mundo é feito de mudanças", afirmou também que os proprietários e os promotores têm "toda a legitimidade" quando dizem: "eu só faço se for viável". Mas insistiu na defesa do "Porto no sentido lato", o que na sua perspectiva inclui toda a área metropolitana e "o valor que a cidade histórica pode apresentar".

"Olhando do Porto para Gaia, vemos na linha do horizonte certas peças que, por ficaram longe e a cair para o lado de lá, não nos incomodavam muito, mas agora começam a cair para o lado de cá e vemos a invasão", assinalou.
Afirmou que o que já está feito em Gaia é "uma pequena parte daquilo que se ameaça, com propostas culturais que não têm nada que ver, que podiam ser feitas no deserto do Dubai ou em qualquer outra parte do mundo".

"Isto não é Via Nova de Gaia, isto é o abuso cultural de chegar a um sítio sem qualquer preocupação de pensar que isto demorou 300 anos a construir e fazer de novo demolindo. Isto é que não é possível acontecer e se isto acontecer o Porto é património mundial e Gaia muito menos", resumiu.

Organizada pela autarquia local, através da empresa municipal Gaiurb, a Conferência Cidades de Rio e Vinha - Memória, Património e Reabilitação" prevê intervenções de vários especialistas sobre as características das cidades fluviais e a sua relação com a produção, o comércio e a cultura do vinho.

Hoje é o último dia com quotas leiteiras na Europa

 31-03-2015 
  
O regime de quotas leiteiras na Europa termina esta terça-feira, dia 01 de Abril, depois de trinta anos em vigor, colocando novos desafios ao sector e, no caso português, aos Açores, onde é produzido mais de 30 por cento do leite nacional.

Os Açores representam 2,5 por cento do território nacional mas produzem mais de 30 por cento do leite do país. Metade da economia açoriana assenta na agro-pecuária e, dentro dela, o leite pesa mais de 70 por cento.

O Governo Regional e os produtores de leite, através da federação que os representa, insistem na necessidade de serem aprovados em Bruxelas apoios suplementares aos Açores, pelo menos para uma fase de transição, dada a ultraperiferia e as condições específicas do arquipélago, que encarecem a produção.

No entanto, a Comissão Europeia (CE) já rejeitou essa possibilidade, por considerar que o programa para as ultraperiferias POSEI já possui mecanismos que permitem aos Açores enfrentar o fim das quotas, apoiando a diversificação e adaptação do sector ao novo mercado. O POSEI tem uma dotação para os Açores de 77 milhões de euros anuais.

O comissário europeu da Agricultura garantiu à Lusa, no domingo passado, que vai estar «altamente vigilante» para, se necessário, ajudar o sector. Phil Hogan sublinhou que a «extrema volatilidade dos preços» está «limitada pela Organização do Mercado Comum (OMC)» e que a CE tem a possibilidade de intervir no mercado em «circunstâncias excepcionais», como fez em 2014, na sequência do embargo russo aos produtos lácteos europeus.

Apesar de insistir em medidas adicionais europeias, o Governo dos Açores tem também sublinhado que, nos últimos anos, foram adoptadas medidas estruturais na área da produção e transformação. Este investimento estrutural dá «alguma segurança de que, de facto», existem nos Açores «todas as condições para poder vencer mais este desafio», disse o secretário regional da Agricultura à Lusa.

Neto Viveiros referiu que, além disso, através do Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores até 2020 (Prorural+), a região pretende continuar esse trabalho, apoiando a modernização e reestruturação de explorações agrícolas, proporcionando formação a lavradores e promovendo a renovação geracional através do apoio jovens agricultores.

O impacto do fim das quotas leiteiras nos Açores ainda é uma incerteza, mas os produtores têm sublinhado que ainda antes do fim deste regime, as indústrias em várias ilhas já baixaram, nos últimos meses, os preços do leite que compram aos agricultores, alegando razões de mercado e o embargo russo.

A CE prevê que o final do regime das quotas não causará excedentes de produção na União Europeia, dado que esta é ditada pela procura no mercado, nem grandes oscilações nos preços ao consumidor. Em 2015, o primeiro ano sem limitações à produção, prevê-se que as entregas de leite aumentem cerca de 1 por cento.

O regime de quotas foi introduzido em 1984, numa época em que a produção excedia muito a procura, tendo as sucessivas reformas da política agrícola comum orientado o mercado do sector para a futura liberalização da produção. Por outro lado, foram criados apoios aos produtores das zonas vulneráveis, onde os custos de produção são mais elevados. Em 2003 foi fixada a data para o final do regime, confirmada em 2008, para possibilitar uma adaptação pelos produtores à liberalização da produção.

 Fonte: Lusa

Identificado gene resistente a grave doença que afecta a batata

31-03-2015 
 

 
Um gene resistente à requeima da batata, doença que causou a grande fome de 1840 na Irlanda, foi identificado a partir de uma planta selvagem sul-americana da mesma família, segundo um estudo publicado no site da revista Nature Plants.

A requeima da batata, ou «Phytophthora infestans», ainda é uma ameaça para as batatas, principal cultivo do mundo, além dos cereais. Estirpes virulentas patogénicas da doença, que também ataca plantas de tomate, conseguiram escapar de todos os genes resistentes à doença identificados até hoje.

Vivianne Vleeshouwers, da universidade holandesa de Wageningen, e a sua equipa, procuraram no material genético de plantas silvestres do género Solanum (família botânica que inclui a batata) genes que responderam a uma proteína secretada pela requeima da batata, a elicitina.

Após 10 anos de pesquisa, os cientistas finalmente encontraram o gene, chamado ELR, numa planta selvagem sul-americana, a «Solanum microdontum».

Esta planta contém receptores que constituem uma linha de defesa imunológica e agem como uma série de antenas de radar, cada uma regulada a partir das diferentes características de agentes patogénicos invasores.

Segundo os autores do estudo, a presença simultânea do ELR e da elicitina mata as células em torno da zona infectada, um poderoso mecanismo de defesa da planta que atrasa o progresso da doença. Quando transferiram o gene ELR para um tipo de batata de cultura, o tubérculo tornou-se mais resistente a várias estirpes de requeima.

A descoberta fornece novas estratégias para reproduzir uma resistência ampla e duradoura em variedades de batata, melhorando a segurança alimentar ao mesmo tempo em que reduz o uso de fungicidas.

A requeima da batata entrou para a História após ter causado uma grande fome na década de 1840 na Irlanda, que matou um milhão de pessoas e levou dois milhões a deixar o país.

Fonte: Diáriodigital

Banco Mundial disponibiliza mais 50 milhões de dólares para agricultura em Moçambique

 31-03-2015 
 

 
O Banco Mundial anunciou que vai entregar mais 50 milhões de dólares para ajudar Moçambique a aumentar o acesso a alimentos e melhorar a nutrição da população, na segunda de três entregas neste contexto.

«O Conselho de Directores Executivos do Grupo Banco Mundial aprovou esta terça-feira um crédito no âmbito da Associação para o Desenvolvimento Internacional no valor de 50 milhões de dólares», lê-se no comunicado disponível no site do Banco Mundial.

No documento, o Banco Mundial refere que «a competitividade da agricultura moçambicana tem aumentado ao longo dos anos, mas o sector é largamente caracterizado pela baixa produtividade».

A instituição defende que o sector tem que ter mais «participação do sector privado, investimentos públicos» e beneficiar de «um ambiente empresarial favorável».

«Esta operação visa resolver alguns problemas fundamentais das reformas políticas e institucionais prioritárias para lidar com os constrangimentos que o sector da agricultura em Moçambique enfrenta», disse o director do Banco Mundial para Moçambique, Madagascar, Maurícias, Seicheles e União das Comores, Mark Lundell.

A agricultura, concluiu, «oferece uma abrangência suficiente para diminuir as persistentes disparidades de rendimento entre as áreas rurais e urbanas, e para reduzir a pobreza em regiões que beneficiaram pouco dos ganhos económicos dos últimos anos».

Fonte: Lusa

Existências mundiais de cereais podem alcançar o seu valor mais alto em 15 anos

31-03-2015 
 

A previsão do Conselho Internacional de Cereais para a produção mundial, como o trigo e cereais secundário, em 2014/2015 reduziu em cinco milhões de toneladas desde o mês passado, para situar-se em dois mil milhões, uma ligeira descida anual.

No entanto, espera-se que as existências remanescentes mundiais aumentem para 429 milhões, o seu valor mais alto em 15 anos. Após o aumento da estimativa para a cevada, prevê-se que o comércio mundial de cereais atinge um valor recorde de 309 milhões de toneladas. As projecções de início do Conselho para a oferta e a procura em 2015/2016 assinalam uma descida da colheita mundial em três por cento para um total de 1.937 milhões de toneladas, com uma quada notável da produção de milho.

Tendo em conta a diminuição da oferta, o consumo de cereais para rações pode ser ligeiramente inferior, mas é previsível que o crescimento do consumo humano se ajuste à tendência a longo prazo. Espera-se uma certa descida das existências, sobretudo nos principais exportadores, cujas reservas de milho podem cair em quase 25 por cento.

É previsível uma modesta queda do comércio de cereais, com volumes menores de trigo e cevada e um aumento das vendas de milho e sorgo. A previsão para a produção mundial de arroz em 2014/2015 aumentou ligeiramente, para 475 milhões de toneladas, o que supõe apenas uma leve descida anual.

O aumento da estimativa desde Fevereiro é absorvido por uma subida dos valores para o consumo e as existências. No entanto, os "stocks" remanescentes mundiais seguem em torno das 101 milhões de toneladas, o seu nível mais baixo em quatro anos, sobretudo devido à forte descida nos principais exportadores.

Para o comércio mundial me 2015, de Janeiro a Dezembro, a projecção reduziu levemente em cerca de 42 milhões de toneladas, apenas inferior em cerca de três por cento ao máximo da campanha passada. A reflectir um pequeno ajuste para a América do Sul, a previsão para a produção mundial de soja em 2014/2015 diminuiu 314 milhões de toneladas, embora ainda seja um aumento anual de 10 por cento e de um valor recorde.

Tendo em conta que o consumo sofra apenas alterações, a previsão para as existências no encerramento desceu levemente, para 44 milhões de toneladas, ainda assim, trata-se de um aumento anual de 47 por cento e de um novo máximo histórico devido, em especial, à acumulação na Argentina e nos Estados Unidos.

Espera-se ainda que as importações por parta da China cresçam a um ritmo mais lento que nos anos anteriores, pelo que o comércio venha a aumentar apenas em cinco por cento.

Fonte: Agrodigital

CE apresenta as suas previsões para o sector do açúcar sem quotas

31-03-2015 

 
Na semana passada teve lugar a primeira reunião do Grupo de Especialistas da União Europeia para debater o futuro do sector do açúcar depois do desaparecimento das quotas em 2017.

Segundo a apresentação da Direcção-Geral de agricultura da Comissão, num panorama sem quotas, a produção vai aumentar na maioria dos países, em especial na Alemanha, Dinamarca, Roménia e Reino Unido, enquanto vai passar por uma redução na Holanda e na Grécia, com uma descida do preço do açúcar de beterraba, em paralelo, em 15 por cento.

No entanto, existem grandes incertezas sobre qual seria o preço do açúcar, devido ao facto de depender de um amplo número de factores, como o rendimento, preço do petróleo, taxas de câmbio, crescimento da população e a situação económica, prevendo-se que os preços entre o mercado comunitário e o internacional venha a aproximar-se para fechar a lacuna entre ambos.

Fonte: Agrodigital

CE: Aprovadas medidas para prevenir a propagação do besouro asiático na UE

31-03-2015 
 

 
Especialistas dos Estados-membros da União Europeia aprovaram medidas de emergência, propostas pela Comissão, para evitar uma maior introdução e propagação do besouro asiático (Anoplophora glabripennis).

Este insecto é uma praga prejudicial para as árvores folhosas, incluindo muitas espécies importantes na Europa, com registo de casos em seis Estados-membros, nomeadamente, na Áustria, Alemanha, França, Itália, Países Baixos e no Reino Unido.

A Comissão desenvolveu uma estratégia de gestão detalhada sobre a erradicação e contenção desta praga, incluída na obrigação de aumentar a consciência pública sobre o besouro asiático. No ano passado, a União Europeia (UE) cofinanciou dez campanhas de erradicação em cinco países membros do valor de 1,12 milhões de euros.

As novas medidas da UE serão aplicadas a partir da data da publicação em Diário Oficial, em Maio de 2015, proporcionando aos Estados-membros um quadro legar comunitário harmonizado de medidas para a erradicação dos surtos.

Estas acções incluem as obrigações de notificar qualquer surto, inspecções anuais oficiais, a demarcação das zonas infectadas, monitoração, assim como a retirada e destruição das plantas atingidas. As medidas também oferecem as condições para a importação e o movimento de determinados materiais de plantas, madeira e embalagens de madeira que albergam o insecto.  

Fonte: Agrodigital

Dispositivo de combate a incêndios reforçado este ano com 17 equipas

31-03-2015 
 

 
O dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser este ano reforçado com 17 equipas e terá um custo de mais de 80 milhões de euros, anunciou o comandante operacional nacional, José Manuel Moura.

Em conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que decorreu na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o comandante José Manuel Moura adiantou que, este ano, o distrito de Viana dos Castelo vai ser reforçado com mais três equipas de intervenção permanente.

A época mais crítica de incêndios florestais, que decorre entre 01 de Julho e 30 de Setembro, vai este ano contar com um total de 2.234 equipas, 2.050 veículos, 9.721 operacionais e 49 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2014.

José Manuel Moura referiu que, tal como aconteceu em 2014, o dispositivo de combate a incêndios vai contar também com as 104 máquinas de rasto, «instrumentos fundamentais em determinados tipos de incêndios», e os bombeiros vão ter ao dispor autocarros para rendição de grupo. O comandante operacional nacional explicou que o reforço de 17 equipas de combate a incêndios florestais está relacionado com a capacidade instalada nos corpos de bombeiros.

«Esta foi a disponibilidade demonstrada no território nacional para podermos aumentar o dispositivo e só foi possível em 17 corpos de bombeiros», disse, adiantando que o reforço de três equipas permanentes no distrito de Viana do Castelo deve-se à dificuldade em recrutar bombeiros nesta região, que tem necessidade de exportar ajuda de outros distritos.

José Manuel Moura disse ainda que «a ideia força» e «o objectivo operacional» é a segurança dos elementos envolvidos no combate aos incêndios florestais, relembrando que no ano passado não se registaram vítimas.

«Podemos ter mais área ardida, podemos ter mais ocorrências, mas não podemos ter mais vítimas porque não faz sentido nenhum em detrimento de qualquer hectare ou de qualquer área», sublinhou.

Também presente na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, disse que o DECIF está orçado em mais de 80 milhões de euros, valor que «está em linha do que tem sido o investimento dos últimos anos», apesar de ser «uma previsão"» João Almeida afirmou ainda que antes da época crítica de incêndios florestais vai entrar em vigor a lei do financiamento das corporações de bombeiros.

Por sua vez, a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, disse que o dispositivo para este ano «não é em nada inferior ao de 2014», tendo existido «mais investimento em equipamentos, formação, preparação e experiência». Em 2014, o total da área ardida foi de 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos, e registaram-se 7.186 ocorrências de fogo, o valor mais baixo dos últimos 25 anos.

Fonte: Lusa