sábado, 4 de julho de 2015

Paulo Portas elogia exportações agrícolas portugueses em feira em Bruxelas


4/7/2015, 15:02
O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP elogiou este sábado o crescimento das exportações agroalimentares durante uma visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas.


Portas recusa que já esteja em campanha eleitoral para as legislativas
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, elogiou este sábado o crescimento das exportações agroalimentares durante uma visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas.

"Quando se fala do sucesso das exportações é preciso reconhecer a parcela agrícola. As exportações agroalimentares até crescem mais do que a média das ouras, estão a crescer cerca de 7%", disse Paulo Portas aos jornalistas, após uma visita a uma feira de produtos portugueses em Bruxelas, capital da Bélgica.

Recusando que já esteja em campanha eleitoral para as legislativas que acontecem depois do verão, Paulo Portas disse que aproveitou esta feira, como é seu costume, para comprar produtos portugueses para abastecer a despensa.

"Há uns anos atrás Portugal exportava 3500 milhões de euros por ano em produtos agroalimentares. Neste momento, já ultrapassou os seis mil milhões de euros", referiu ainda, lembrando que estas exportações representam cerca de 20% do total exportado anualmente em bens transacionáveis.

O democrata-cristão elogiou ainda o trabalho do Governo de que faz parte no aproveitamento dos fundos do programa europeu PRODER, para o desenvolvimento do meio rural, e referiu ainda a "abertura de 265 novos certificados para novos produtos portugueses, que podem ser exportados para mais de 75 países".

Esta feira de produtos portugueses decorre durante este fim de semana num parque de Bruxelas e conta com o apoio do Partido Popular Europeu (PPE) e especificamente do eurodeputado Nuno Melo, do CDS-PP.

Estado reduz «custos de contexto» para os produtores do Douro



 04 Julho 2015, sábado  Viticultura
Douro

Os 23 mil produtores da região demarcada passam a aceder através da internet a toda a informação sobre as suas parcelas de vinha, incluindo a identificação que era feita no terreno por fiscais do instituto público.
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) lançou uma plataforma eletrónica para que a informação integrada sobre parcelas de vinha fique «à distância de um clique».
No Portal do Viticultor, com acesso a uma área reservada, este processo de transmissão de informação com as autoridades torna-se «mais célere e preciso», permitindo a obtenção automática da pontuação de quatro fatores: localização, altitude, inclinação e exposição.
Manuel de Novaes Cabral, presidente do instituto público que regula o processo produtivo, faz a promoção e garante o controlo da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, destacou a interoperabilidade e a auto-declaração como características desta nova ferramenta.
Uma alteração relevante, já que, até agora, eram os fiscais do instituto a fazer a georreferenciação no terreno, numa região com cerca de cem mil parcelas.
Com a declaração online, esta medida «dá uma resposta rápida, diminui custos de contexto e garante objetividade e um enquadramento estável na articulação» com os agentes económicos, acrescentou o responsável máximo da mais antiga região demarcada do mundo, onde a classificação da vinha influencia diretamente o rendimento dos perto de 23 mil viticultores.
Em comunicado, o IVDP explica que a plataforma surge depois da implementação do Sistema de Informação Geográfica da Vinha da RDD que, com a uniformização dos critérios de medição das parcelas de vinha, estabilizou a área sobre a qual é calculado o «benefício», que é a quantidade de mosto, definida anualmente, que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto.
Em 2014, a região registou vendas de 493,4 milhões de euros, incluindo os vinhos do Porto, DOC (denominação de origem controlada) Douro, moscatel, espumante e vinho regional duriense. O mais famoso vinho português representou 73,5% do total do negócio, ainda que o seu peso relativo tenha caído dez pontos percentuais nos últimos oito anos.
Fonte: Jornal de Negócios
Fotos: Ana Clara

PEI AGRI – 2.ª reunião do Subgrupo Inovação

Publicado em sexta, 03 julho 2015 13:57
 

No dia 23 de Junho, realizou-se a 2ª Reunião do subgrupo INOVAÇÃO, tendo sido discutidos entre os temas votados pela Assembleia das Redes Rurais, os que poderão vir a ser abordados quer em novos Focus Groups quer em futuros seminários e workshops em 2016.

Mais informações sobre a 1ª e 2ª reunião (respetivamente 10 de março e 23 de junho de 2015), incluindo todas as apresentações, estão disponíveis aqui.

Salientamos que no site da Rede EIP-AGRI , entrando na área de colaboração é possível o registo como membro da Rede EIP-AGRI. (aceder aqui)

Organização italiana Slow Food defende que a Itália não deve adoptar legislação comunitária sobre o queijo

Julho 03
12:09
2015

A Comissão Europeia quer obrigar a Itália a adoptar a legislação europeia sobre a fabricação de queijo.

Segundo a lei italiana, o queijo não pode ser produzido a partir de leite em pó, leite concentrado ou leite reconstituído, o que contraria as normas de Bruxelas.

A organização  Slow Food pretende que o governo defenda as suas normas e não adopte as de Bruxelas.

Num comunicado é fortemente criticada a posição europeia e defende-se a verdade dos produtos alimentares, pedindo-se que a Itália dê o exemplo de seriedade à Europa.

Piero Sardo, Presidente da Slow Food, vai mais longe, ao afirmar que depois do chocolate sem manteiga de cacau e o vinho sem uvas é tempo de defender a qualidade e a seriedade da fabricação do queijo.

Esta posição de Bruxelas vem na tentativa de baixar o custo de produção do queijo, mas vai tirar qualidade a um produto, que é uma bandeira de alguns países europeus.

A Slow Food tem-se batido, nos últimos anos, pela promoção dos queijos de leite cru, pelas produções dos Alpes, pelas técnicas tradicionais de fabrico e pelo fabrico utilizando leite de raças autóctones.

Carta do grupo parlamentar do PE ao Comissário Phil Hogan

Julho 03
12:12
2015

Muitos eurodeputados do grupo parlamentar do Parlamento Europeu (PE), entre os quais se incluíram os portugueses Nuno Melo e Sofia Ribeiro, enviaram uma carta ao Comissário Phil Hogan, pedindo medidas urgentes para fazer face ao prolongamento do embargo russo aos produtos agrícolas europeus.

Realçando o facto de o embargo ser meramente político e que os agricultores não têm qualquer culpa, nem contribuíram para esta situação, frisam os problemas que são causados à agricultura europeia, sobretudo ao nível dos sectores do leite, frutas e legumes, frango, carne de porco e carne de bovino.

Neste momento, o sector das frutas já está a sentir o efeito, pois estamos na época da colheita e os preços já estão a baixar consideravelmente.

São requeridas medidas urgentes de apoio ao mercado, sobretudo ao nível de alguns sectores.

Para concretizar esta posição, é pedida uma reunião urgente com o Comissário Phil Hogan.

Regiões alemãs querem proibição dos OGM’s

Julho 03
12:17
2015

Cinco regiões da Alemanha estão a pressionar o Ministro da Agricultura, no sentido de obter uma proibição a nível nacional dos OGM's.

As cinco regiões, Rhineland-Palatinate, Baden-Württemberg, Lower Saxony, North Rhine-Westphalia e Schleswig-Holstein, na carta que enviaram ao Ministro, sublinharam que se o tema passar para decisão das regiões, isso pode conduzir a uma grande confusão ao nível nacional, pelo que uma legislação nacional proibindo os OGM's é preferível.

Estas regiões, que gozam de grande autonomia, são governadas por uma coligação dos Verdes e dos Sociais Democráticos.

Esta opinião não é, no entanto, partilhada por outras regiões, que são governadas por outros partidos e que afirmam que se a proposta da Comissão visa dar voz aos consumidores, então a decisão deve ser das regiões.

Este tema vai ser discutido na Câmara Alta do Parlamento, no dia 10 de Julho e promete uma acesa discussão e um resultado imprevisível.

UTAD celebra inovação na agricultura


Jul 03, 2015Notícias0Like

Quatro décadas depois da fundação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a instituição organiza a 4 de Julho, um evento dedicado à inovação no sector agrícola, onde convoca para debate empresas e investigadores da área, entre os quais antigos alunos. A Aula Magna da UTAD, em Vila Real, foi o local escolhido para receber as celebrações.

O dia será preenchido com duas sessões plenárias sobre «O Ensino Superior Agrário em Portugal» e o «Equilíbrio do Sector Agrário em 2020?», reflexões sobre a inovação agrícola, florestal e animal, e com um jantar de reunião dos alunos que fizeram parte da instituição em anos anteriores.

Entre os oradores destacam-se nomes intimamente ligados ao sector como Ondina Afonso, da Portugal Foods, Manuel Évora, da Portugal Fresh, e José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura.

Os interessados podem assistir ao evento através do preenchimento da ficha de inscrição.

Acrescentar valor à marca Portugal


Jul 03, 2015Destaque Home, Notícias0Like

As Tertúlias Agronómicas da Frutas, Legumes e Flores voltaram, ao Chiado, em Lisboa, no dia 2 de Julho. Ter escala ou trabalhar produtos de nicho foi a temática que mais discussão gerou. A reter a ideia de que «precisamos acrescentar valor à marca Portugal», sublinhou Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite.

A exportação e os apoios comunitários também estiveram em foco neste encontro de final de tarde. José Burnay, director da Campotec, relembrou que há duas décadas «a produção que havia estava pulverizada», porque os produtores não estavam organizados. Depois de um longo processo de conquista do mercado externo e de, em 2014, se ter atingido um valor de exportação de hortofrutícolas de 1,1 mil milhões de euros, o produtor defendeu que é tempo de «explorar novos mercados».

Por seu turno, a economista Gabriela Ventura afirmou que «nenhuma empresa, nem neste sector nem noutro, vive só de exportações». Como ex-gestora do Proder – Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2014, Gabriela Ventura salientou que «o mérito [do sucesso da execução a 100% do Proder] está no sector», já que o «programa dependia muito da execução do investimento privado». As frutas, os hortícolas e as flores foram «as estrelas do investimento», adiantou a gestora que fez questão de sublinhar que o sucesso não pode ser desculpa para menos exigência ou «o estoiro é maior».

O marketing e comunicação foram tema trazido pelo sub-director do jornal Expresso e director da revista Exame, João Vieira Pereira, que sublinhou a necessidade de as empresas comunicarem, o que ainda não acontece com frequência. O jornalista disse ainda que hoje em dia a agricultura é um «tema sexy» para os meios de comunicação social.

Saiba mais sobre as Tertúlias Agronómicas na edição de Julho/Agosto (número 154) da Frutas, Legumes e Flores.

A guitarra portuguesa e o Fado abriram a 2.ª edição das Tertúlias Agronómicas.

Plataforma da FAO sobre Agricultura Familiar já está on line


A Plataforma de Conhecimento sobre Agricultura Familiar, que a FAO lançou na sequencia do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF2014) como ferramenta de suporte à continuidade do diálogo global que se desenvolveu em 2014 sobre esta temática, está desde meados de junho finalmente operacional.

Este site reúne, de uma forma sistematizada, informação relevante sobre a AF a nível mundial tanto nos aspetos regulatórios da atividade, como de políticas publicas adotadas, divulgação de boas praticas, dados estatísticos, publicações e artigos da especialidade. Portugal integra esta Plataforma, tendo como ponto focal junto da FAO a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural que é responsável pela recolha e atualização da informação relativa ao nosso País. Visite o site aqui: http://www.fao.org/family-farming


OCDE e FAO esperam mais produção e preços mais baixos na próxima década


por Ana Rita Costa
3 de Julho - 2015
 
O alto rendimento das culturas, uma maior produtividade e um crescimento mais lento da procura mundial podem contribuir para um declínio gradual dos preços reais dos produtos agrícolas na próxima década. Esta é a expectativa da OCDE e da FAO, que acreditam que ainda assim, "os preços irão provavelmente manter-se em níveis acima dos praticados no início do século XXI."

As conclusões constam do relatório Perspetivas Agrícolas produzido pela OCDE e pela FAO, que indica que os baixos preços do petróleo "irão contribuir para uma descida dos preços dos alimentos forçada por menores custos de energia e de fertilizantes e um menor incentivo para a produção de biocombustíveis de primeira geração fabricados a partir de cultivos alimentares."

O relatório Perspetivas Agrícolas 2015-2024 projeta que o mercado agrícola cresça a um ritmo mais lento que na década passada, enquanto a proporção global de produção agrícola e o consumo se mantêm estabilizados. Este relatório aponta para uma crescente concentração da exportação de produtos agrícolas básicos entre alguns países exportadores, juntamente com uma dispersão das importações num número cada vez maior de países.

"O crescente papel de um grupo relativamente pequeno de países no abastecimento dos mercados globais com produtos básicos pode aumentar os riscos do mercado, incluindo aqueles associados a desastres naturais ou à adoção de medidas comerciais contraproducentes", explica ainda.

Esperam-se ainda grandes alterações na procura nos países em desenvolvimento, onde o crescimento da população, o aumento dos rendimentos per capita e a urbanização irão aumentar a procura por alimentos, de acordo com o relatório. O aumento dos rendimentos continuará a incentivar os consumidores a diversificar as suas dietas, nomeadamente aumentando o consumo de proteína animal em relação aos amidos. Como resultado, é esperado que os preços da carne e dos lacticínios sejam altos relativamente aos custos das culturas. De entre as culturas, os preços dos cereais secundários e das oleaginosas, usados na alimentação animal, devem subir relativamente aos preços dos alimentos básicos.

Observatório do Mercado do Leite não prevê melhorias até 2016

03-07-2015 
 

 
Em Maio, é provável que o preço do leite baixe 0,3 cêntimos o quilo em relação a Abril e chegue a 31 cêntimos o quilo, um valor seis por cento inferior à média dos últimos cinco anos.

Segundo uma informação do Observatório do Mercado do Leite, apenas em Portugal, Chipre e no Reino Unidos regista-se um preço superior à média dos últimos cinco anos, enquanto as maiores reduções ocorreram nos Estados Bálticos, Bélgica e na Hungria.

A queda de preços do leite deve-se ao aumento da produção. Nos primeiros quatro meses de 2015, 12 países da União Europeia (UE) aumentaram a sua produção em relação ao mesmo período do ano anterior, com alguns países a assinalarem crescimentos significativos, sobretudo em Abril, como a Irlanda, com mais 15 por cento em Abril de 2015 frente ao mesmo mês em 2014. E a Polónia com uma subida de quatro por cento.

As previsões para 2015 indicam que as entregas de leite da UE aumentem, a nível global, cerca de 0,9 por cento em relação às de 2014, um valor calculado tendo em conta que no primeiro trimestre do ano, as entregas desceram 1,2 por cento devido à pressão das quotas, que em Abril e Maio foi avaliado em 1,8 por cento e para o período compreendido entre Junho e Dezembro de 2015 espera-se que a produção cresça cerca de 1,6 por cento. As boas condições de forragem, a ausência de quota se o aumento de animais são os factores que favoreceram o aumento apesar dos maus preços do leite.

Quanto às existências de lacticínios na UE, o exame realizado pelo Observatório confirma u excesso de leite desnatado em pó no mês de Março, o qual poderia continuar em Abril, Maio e Junho, com valores normais de manteiga e ligeiramente altos de queijo.

As margens dos pecuários desceram, não apenas devido aos preços baixos mas também ao aumento dos custos de produção, o que tem vindo a provocar problemas de liquidez, em particular nas grandes explorações. O observatório não vê sinais de melhoria até 2016, a não ser que uma meteorologia desfavorável reduza a produção, já que na sua opinião é necessário uma correcção da oferta.

A Comissão Europeia tem insistido, em todas as reuniões, que faz um seguimento contínuo de avaliação do sector do leite de forma a poder actuar quando necessário.

Fonte: Agrodigital

Cerca de metade dos PDR 2014-2020 da UE já aprovados

03-07-2015 
 

 
Dos 1.118 Programas de Desenvolvimentos Rural 2014-2020 pendentes foram aprovados 53, com 62,8 por cento do orçamento deliberado, o que supõe 62.523 milhões de euros.

No total, aprovaram-se programas em 23 dos 28 Estados-membros, com finalização da permissão em 18 países. Os países de maior superfície, como a Alemanha, França, Espanha, Reino Unido e Itália, estão entre os que têm programas pendentes.

Fonte: Agrodigital

América Latina e África lideram crescimento da produção agrícola na próxima década

03-07-2015 
 
 
Uma informação avançada pela OCDE-FAO indica que embora a expansão agrícola seja mais lenta durante a próxima década, com um menor crescimento em todas as regiões do mundo, a América latina e África vão liderar o crescimento global, com taxas anuais de 1,8 e 2,4 por cento, respectivamente.
 
O documento, "Perspectivas Agrícolas 2015-20124, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), faz uma análise das perspectivas nacionais e globais dos mercados de matérias-primas agrícolas durante os próximos dez anos e destaca o facto da América Latina e Caribe manterem a liderança na expansão da agricultura global, devido a melhores rendimentos e expansão da área agrícola.
 
A nível global, apesar de uma forte procura, as possibilidades de expandir a produção agrícola vêem-se constrangidas por factores como as limitações à expansão de terras agrícolas, preocupações ambientais e alterações politicas.
 
Em contraste, as limitações em termos de terras e recursos naturais são menores na América Latina e Caribe, o que vai permitir um maior crescimento produtivo em consequência da expansão da área agrícola e melhores níveis de rendimento das culturas.
As oleaginosas e os cereais secundários já predominam em termos de utilização da terra na América Latina e Caribe e em reposta à grande procura de farinhas provenientes de oleaginosas, a área dedicada a estas culturas crescerá em média 1,2 por cento anualmente durante a próxima década.
 
No entanto, perante um cenário de maior proporção de área adicional com culturas oleaginosas, esta ampliação não será à custa de outras principais culturas, tendo em conta que a área plantada de cereais secundários também vai crescer 0,7 por cento ao ano, enquanto a área dedicada ao trigo passara por um crescimento anual de 0,6 por cento entre 2015 e 2014.
 
Fonte: Agrodigital

Copa-Cogeca elege novo presidente do grupo de trabalho "Ovinos"

03-07-2015 
 
 
O grupo de trabalho "Ovinos" do Copa-Cogeca elegeu Charles Sercombe como seu novo presidente, o qual alertou para a urgência de uma nova estratégia a médio prazo que permita melhorar a situação de baixos rendimentos do sector.
 
Charles Sercombe destacou que «este ano os preços da carne de ovino em toda a União Europeia são inferiores aos do ano anterior e o consumo estagna ou diminui e os custos de produção também aumentam». Contudo, a produção de carne de ovino é importante para as economias das zonas rurais da União Europeia (UE) onde, muitas vezes, faltam alternativa de emprego. Esta produção também ajuda a manter a biodiversidade e a carne de ovino é um alimento de alto valor nutritivo, pelo que é necessária uma estratégia a longo prazo com acções concretas de forma a fazer rente aos desafios a curto, médio e longo prazo e que garantam a viabilidade do sector no futuro, disse o novo presidente do grupo de trabalho.
 
Em particular, deve-se fazer uma abordagem à transparência do mercado em benefício de todos os actores da cadeia de fornecimento da carne de ovino e conseguir uma melhor harmonização da comunicação de preços para que os países possam trocar informação, garantir o funcionamento da Política Agrícola Comum (PAC) e fazer frente aos desafios futuros para o sector ovino como, por exemplo, controlar as doenças emergentes nas fronteiras da União Europeia que têm um impacto sobre o sector e criar uma visão estratégica a médio prazo.
 
Fonte: Copa-Cogeca

Portugal lidera investigação para melhorar produtividade de plantas de cultivo

03-07-2015 
 

 
Portugal lidera um grupo europeu-americano para estudar a reprodução sexual das plantas, visando a identificação de genes úteis para a indústria agrícola, para melhorar a produtividade de espécies de cultivo, projecto financiado com 2,6 milhões de euros.

A investigação, a desenvolver durante três anos, é coordenada por Jörg Becker, investigador principal no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), e é financiada pela ERA-CAPS, uma rede que apoia a pesquisa científica no domínio das plantas.

Uma equipa de oito cientistas vai estudar diversas espécies, desde musgos a plantas com flor, como a do tomate, a do arroz e a do milho e a erva-estrelada, para «compreender as principais etapas na evolução da reprodução das plantas, incluindo os mecanismos ancestrais de desenvolvimento dos gâmetas e fertilização», refere o IGC em comunicado.

Para tal, os investigadores vão comparar a actividade de «redes de genes» de diferentes espécies, que irão «ajudar na identificação dos principais mecanismos de reprodução das plantas e revelar se são ancestrais ou novos».

Segundo Jörg Becker, do Laboratório de Genómica das Plantas do IGC, o projecto «irá fornecer a primeira análise exaustiva da evolução molecular da reprodução sexual das plantas e dar informações sobre as origens da fertilização em plantas com flor», o que, a seu ver, é fundamental para se ter meios para «manipular a reprodução das plantas» e «melhorar a produtividade das culturas».

A nota do IGC lembra que «as plantas com semente são extremamente importantes economicamente, pois são fonte principal de alimento, fibras e outras matérias-primas industriais».

Contudo, «a capacidade de gerar comida suficiente, ração para animais e energia está cada vez mais comprometida pela expansão da população humana, pela competição pelo uso de terra, pela rápida perda de biodiversidade e pela mudança climática global», alerta.

O projecto de investigação, chamado EVOREPRO, inclui na sua equipa cientistas de institutos e universidades da Áustria, da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos, além do IGC.

É a primeira vez que Portugal participa num projecto da ERA-CAPS, rede de 17 países europeus, Estados Unidos e Nova Zelândia. Em Portugal, o financiamento é assegurado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Fonte: Lusa

Relatório sobre as práticas comerciais da grande distribuição só para o ano

Julho 02
11:02
2015

A Comissão deverá publicar, no primeiro semestre de 2016, um relatório de avaliação sobre as práticas comerciais desleais praticadas na cadeia alimentar e que esmagam os produtores.

Este anúncio foi feito por Phil Hogan, numa altura em que crescem as previsões europeias para que a Comissão produza legislação para evitar este tipo de práticas e dar mais força aos produtores, nas suas relações negociais.

Phil Hogan afirmou que este relatório vai preparar terreno para a sua colega Elżbieta Bieńkowska (mercado interno e indústria), que vai liderar todo o processo.

Os resultados do Fórum de Alto Nível da Cadeia Alimentar de 2013 apontaram para acordos voluntários ao nível da cadeia, os resultados foram quase nulos.

Apesar de existirem vários contractos directos dos produtores com a grande distribuição, o COPA-COGECA insiste que as relações contratuais devem ser definidas por legislação comunitária, única maneira de defender os produtores.

A Comissária polaca Elżbieta Bieńkowska congratulou-se com a renovação do mandato do Fórum de Alto Nível da Cadeia Alimentar por mais cinco anos, pois considera muito importante que existam acordos voluntários entre os intervenientes.

Para a produção, isto é fazer arrastar o problema, com a Comissão a não querer tomar uma posição firme, permitindo que a grande distribuição continue a esmagar a pequena e média produção agrícola.


Gigantesco investimento em agricultura biológica na Lituânia

Julho 02
11:00
2015

O Agrowill Group AB, que é um dos maiores grupos de investimento agrícola na Lituânia, lançou um programa de produção baseado na tecnologia bio.

A produção bio começou em 2014, tendo sido já requerida a sua certificação às autoridades competentes, sendo que a produção entra em ano cruzeiro em 2017.

O projecto é gigantesco, pois vai estender-se por uma área de 24.000 hectares de terrenos próprios e alugados.

Esta estratégia muda completamente o sistema de funcionamento do grupo e é justificada pelo interesse, cada vez mais crescente, do consumidor, em produtos bio e amigos do ambiente.

A prioridade é produzir alimentos livres de produtos químicos, defendendo, ao mesmo tempo, os solos da Lituânia.

Os processos de certificação para as culturas e produções animais devem estar concluídos ainda este ano, para que a sociedade se possa candidatar  às ajudas comunitárias do sistema de produção bio e, assim, compensar a perda de produção pelo não uso de pesticidas e outros produtos químicos.

A procura de produtos bio tem vindo a crescer a um ritmo de 6% ao ano na União Europeia, atingindo já um volume de negócios de 25 mil milhões de euros.

Nos países escandinavos a taxa de crescimento atinge os 10% ao ano.

Detectados altos níveis de arsénio em bolos de arroz na Alemanha

Julho 02
10:58
2015

Desde 2012 que o arroz livre de gluten estava sob a mira das autoridades alimentares, pelos níveis de arsénio que potencialmente apresentava.

Neste momento, o problema põe-se ao nível dos bolos de arroz, onde foram detectados níveis de arsénio superiores aos que existem nos grãos de arroz.

As autoridades alemãs afirmam que, dependendo dos hábitos alimentares, este tipo de alimentos pode levar à ingestão de níveis de arsénio superiores ao normal, o que pode causar problemas, sobretudo às crianças.

Os elevados níveis de arsénio têm sido encontrado em muitos produtos de arroz, desde o arroz bio aos cereais para bebés e ao vulgar arroz.

O arsénio orgânico é menos perigoso que o arsénio inorgânico, mas, mesmo assim, pode causar problemas.

O limite máximo para o arsénio na água que bebemos, nos Estados Unidos, é de 10 partes por bilião (p.p.b.), ou seja, 0,01 mg/l, enquanto no arroz, facilmente têm sido detectadas 365 p.p.b. e mesmo no arroz bio para os bebés, têm sido detectadas 149 a 247 p.p.b.

O arroz capta o arsénio do solo e apesar dos insecticidas à base de arsénio terem sido proibidos nos anos 80, ainda existem resíduos no solo em certas zonas do globo.

Estado reduz "custos de contexto" para os produtores do Douro


03 Julho 2015, 12:39 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

Os 23 mil produtores da região demarcada passam a aceder através da Internet a toda a informação sobre as suas parcelas de vinha, incluindo a identificação que era feita no terreno por fiscais do instituto público.
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) lançou uma plataforma electrónica para que a informação integrada sobre parcelas de vinha fique "à distância de um clique". No Portal do Viticultor, com acesso a uma área reservada, este processo de transmissão de informação com as autoridades torna-se "mais célere e preciso", permitindo a obtenção automática da pontuação de quatro fatores: localização, altitude, inclinação e exposição.
 
Manuel de Novaes Cabral, presidente do instituto público que regula o processo produtivo, faz a promoção e garante o controlo da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, destacou a interoperabilidade e a auto-declaração como características desta nova ferramenta. Uma alteração relevante, já que, até agora, eram os fiscais do instituto a fazer a georreferenciação no terreno, numa região com cerca de cem mil parcelas.
 
Com a declaração "online", esta medida "dá uma resposta rápida, diminui custos de contexto e garante objetividade e um enquadramento estável na articulação" com os agentes económicos, acrescentou o responsável máximo da mais antiga região demarcada do mundo, onde a classificação da vinha influencia directamente o rendimento dos perto de 23 mil viticultores.
 
Em comunicado, o IVDP explica que a plataforma surge depois da implementação do Sistema de Informação Geográfica da Vinha da RDD que, com a uniformização dos critérios de medição das parcelas de vinha, estabilizou a área sobre a qual é calculado o "benefício", que é a quantidade de mosto, definida anualmente, que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto.
 
Em 2014, a região registou vendas de 493,4 milhões de euros, incluindo os vinhos do Porto, DOC (denominação de origem controlada) Douro, moscatel, espumante e vinho regional duriense. O mais famoso vinho português representou 73,5% do total do negócio, ainda que o seu peso relativo tenha caído dez pontos percentuais nos últimos oito anos.

IVDP dá mais um passo para simplificar procedimentos junto dos viticultores do Douro


 
Portal do Viticultor: plataforma tecnológica inovadora
 
Com o Portal do Viticultor, a informação integrada sobre parcelas de vinha está à distância de um click para os viticultores da Região Demarcada do Douro (RDD). Esta plataforma resulta do trabalho e da aposta contínua que o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto I.P, (IVDP) faz no âmbito da modernização e simplificação administrativa. Reforçar a aproximação e a articulação permanente com os agentes económicos da RDD, neste caso concreto com a produção, é o objetivo.
 
No portal, o viticultor, através do acesso à sua área reservada, obtém e transmite toda informação relacionada com as parcelas de vinha, tendo em consideração a especificidade inerente às Denominações de Origem Porto e Douro. O processo torna-se assim mais célere e preciso uma vez que o Portal, através do Sistema de Informação Geográfica da Vinha da RDD (SIVRDD), permite a obtenção automática da pontuação de quatro fatores: localização, altitude, inclinação e exposição.   
 
"Ao permitir a autodeclararão e a interoperabilidade, o Portal reflete a maturidade das instituições e dos agentes económicos da RDD, dando uma resposta rápida, diminuindo custos de contexto, garantindo objetividade e um enquadramento estável na articulação com os viticultores", afirma o presidente do IVDP. "É dada prioridade e continuidade à inovação, à relação de confiança e à autorresponsabilização dos agentes económicos, fatores essenciais para potenciar o dinamismo que a RDD regista", conclui Manuel de Novaes Cabral. 
 
O Portal do Viticultor surge depois da implementação do SIVRDD que, após uniformizar os critérios de medição das parcelas de vinha, estabilizou a área sobre a qual é calculado o benefício, situação de extrema importância na gestão da Denominação de Origem Porto.

fonte: mediana

AIHO identifica oito áreas de acção prioritárias para o desenvolvimento da Horticultura após debate com os Grupos Parlamentares da AR


 

Na sequência do primeiro dia de Jornadas Técnicas do Fórum Tecnologia e Horticultura, promovido pela Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) na Feira de São Pedro, em Torres Vedras, que decorreu na passada 3ª feira, com o tema "Horticultura do Oeste: onde estamos e para onde vamos", que contou com a participação dos Grupos Parlamentares do Partido Social Democrata (PSD), do Partido Socialista (PS), do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Comunista Português (PCP), representados pelos deputados Pedro Lynce Faria e Miguel Freitas, pelo assessor parlamentar Nelson Peralta e pelo membro da Comissão para as Questões Agrícolas junto do Comité Central João Vieira, dos respectivos partidos, divulgamos um conjunto de questões que estiveram em debate e que consideramos ser da maior importância para o desenvolvimento socioeconómico da horticultura nacional, em especial da Região Oeste:
 
 Implementação de mecanismos que permitam uma maior justiça na formulação de preços dos produtos agrícolas ao longo da cadeia, de forma a rectificar a situação actual, em que vulgarmente os agricultores vendem produtos próximos ou abaixo dos preços de custo;
Desenvolvimento de estratégias e ferramentas que fomentem uma maior incorporação de conhecimento técnico-científico nos processos produtivos e pós-colheita das culturas hortícolas, possibilitando a rentabilização dos actuais e futuros investimentos tecnológicos, a maior profissionalização da agricultura e a optimização do consumo de factores de produção;
Alteração das actuais exigências para a constituição e reconhecimento das Organizações de Produtores (OP), com redução dos volumes mínimos de produto comercializado e maior democratização das estruturas, de forma a possibilitar a criação de OP entre agricultores de média dimensão, representativos da agricultura nacional;
 Reformular os mecanismos de acesso aos apoios do 1º pilar da PAC, de forma a garantir que todos os horticultores possam aceder a estes apoios;
Prorrogação do prazo de aplicação da Lei n.º26/2013, de 11 de Abril, que determina que, a partir de 26 de Novembro de 2015, todos os agricultores deverão possuir obrigatoriamente o curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos, para a sua aquisição e utilização, pois não há tempo útil suficiente para garantir a formação de todos os profissionais em falta (mais de metade ainda não tem formação);
Criar mecanismos que diferenciem e promovam os investimentos com maior criação de emprego no quadro dos apoios do primeiro e segundo pilar da PAC;
Delineamento de uma estratégia de ordenamento do território sustentável, nomeadamente através da regulamentação com maiores limitações à instalação de florestas de crescimento rápido (ex: eucaliptos) de forma a preservar os recursos naturais, protegendo as áreas de produção agrícola, os recursos hídricos e a fertilidade dos solos;
Delineamento de estratégias capazes de responder aos possíveis cenários consequentes das alterações climáticas e de garantir a sustentabilidade dos sistemas de produção a longo prazo.
 
 
A Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste está disponível para continuar o diálogo com todas as forças políticas que desejem construir soluções para responder às necessidades do sector hortícola. Continuaremos a trabalhar junto dos profissionais do sector, com a certeza de que é possível construir respostas capazes de superar as diversas dificuldades identificadas.
 
As Jornadas Técnicas terminam esta 6ª feira e o Fórum Tecnologia e Horticultura prolonga-se até Domingo (ver programa completo em anexo).

fonte: AIHO

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Manutenção dos prados e pastagens permanentes - formulário pedido e/ou comunicação de alteração de uso

IFAP 

Informamos que o formulário do Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso em áreas classificadas como prado ou pastagem permanente se encontra suspenso.

A possibilidade de efetuar novos pedidos de alteração de uso será oportunamente comunicada através do portal do IFAP.

Preços da produção industrial recuam menos em Portugal do que na zona euro em Maio

02-07-2015 
 

 
Os preços da produção industrial baixaram 2 por cento na zona euro e 2,6 por cento na União Europeia em Maio, face ao mesmo mês de 2014, sendo que em Portugal caíram 1,7 pontos percentuais (p.p.), segundo dados divulgados pelo Eurostat.

Volta, assim, a manter-se em Portugal a tendência de queda no índice de preços da produção industrial registada nos últimos meses, ainda que no mês de Maio tenha sido menos acentuada, uma vez que tanto em Março como em Abril o recuo tinha sido de 2,4 pontos.

Já na variação em cadeia, comparando Maio com Abril, os preços da produção industrial subiram 0,7 por cento em Portugal, sendo esta uma das maiores subidas na União Europeia, atrás da Hungria, de 1,6 pontos e Bélgica, de 0,8 por cento. A subida de 0,7 p.p. foi registada em Portugal, mas também na Grécia e no Reino Unido.

Quanto aos dados conjuntos, na zona euro os preços da produção industrial ficaram estáveis na variação mensal e aumentaram 0,1 por cento no total dos 28 países da União Europeia.

Fonte: Lusa

Cereais: Tendência em alta nos mercados internacionais

02-07-2015 
 
Na sessão do leilão do mercado Agrícola de León, celebrada esta quinta-feira, registou-se uma repetição do preço de todos os cereais, à excepção do milho, que assinalou uma subida de três euros, passando para 170 euros a toneladas.

Espera-se uma tendência em alta dos mercados internacionais, já que à data actual é difícil transferir a situação, sobretudo em Chicago, pois este travou os mercados desprevenidos.

O sector dos cereais tem vindo a tomar como referência o mercado de Chicago, qualificando-se as últimas duas semanas de cotação de trigo e milho como espectaculares. No passado dia 15 de Junho, o milho foi comercializado na bolsa de Chicago a 348 dólares o alqueire e esta quinta-feira a 426 dólares, o que representa uma subida superior a 22 por cento num período de quinze dias. Por seu lado, e nas mesmas datas, o trigo cotou 488 dólares e 610 dólares, respectivamente, o que supõe um aumento de 25 por cento na mesma quinzena.

No caso do trigo, este crescimento foi motivado por um nervosismo crescente a que produtores importantes, como o Canadá, Rússia e parte da União Europeia estão a passar de vido á seca que no último ciclo das culturas e por isso poder haver uma diminuição significativa tanto nos rendimentos esperados como na qualidade.

Fonte: Agrodigital

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Preços dos produtos agrícolas vão descer nos próximos 10 anos, antecipam OCDE e FAO


Os preços internacionais de alimentos (bens agrícolas) devem recuar em termos reais na próxima década, pressionados pela maior produtividade nas principais regiões produtoras e pela desaceleração da procura global, antecipam previsões da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) publicadas nesta quarta-feira.

De acordo com o relatório de 'Perspectivas para a Agricultura 2015-2024', apesar da projeção de queda, os preços ainda devem manter-se acima dos reportados no no período 2007-2008.

O recuo das cotações do petróleo é outro fator a contribuir para a queda prevista nos preços de alimentos, uma vez que reduz os custos de energia e dos fertilizantes. Além disso, o combustível fóssil mais barato limita os incentivos à produção de biocombustíveis.

Nos últimos anos, colheitas volumosas em importantes regiões produtoras restabeleceram os níveis de stocks, o que também pesou sobre as cotações agrícolas. A maior produtividade e menor custo de produção, num contexto de procura enfraquecida, devem elevar ainda mais o volume armazenado, prevê o relatório.

Portugal defenderá setor do leite em Bruxelas mas «foco» deve ser outro - ministra



A ministra da Agricultura disse hoje que Portugal tem feito propostas em Bruxelas por causa do mercado do leite e a queda de preços, mas defendeu que "o foco" deve ser trabalhar dentro do "enquadramento" atual.

"Temos sido uma voz muito ativa, Portugal, nomeadamente, sinalizando a importância do setor do leite, dos lacticínios, nos Açores, e explicando que, na nossa perspetiva, é preciso mais regulação numa lógica pós quotas [leiteiras, que terminaram a 01 de abril]", disse Assunção Cristas, aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira.
Depois de se ter batido pela reversão da decisão de acabar com as quotas, Portugal tem, segundo a ministra, feito propostas de "medidas concretas" em Bruxelas com o objetivo de "densificar a rede de apoio" aos produtores, de a tornar "mais eficaz" e de "prevenir crises de preços ao nível do leite".
Assunção Cristas deu como exemplo a proposta de acionar medidas e "apoios mais generosos" a partir de determinadas quedas de preço ou o estabelecimento de "indicadores de referência de produção" por países que, em caso de perturbações de mercado, teriam de retirar leite do circuito de comercialização quando superassem esses valores de referência, para evitar o excesso de produto e a degradação de preços.
"Em todo o caso, creio que o nosso foco tem de ser trabalhar com o enquadramento que temos, com certeza batermo-nos para que ele melhore, mas assumindo que com o que temos somos capazes de fazer melhor", vincou, defendendo que é preciso "agregar valor" ao leite e aos lacticínios, procurar a inovação, trabalhar na promoção do consumo local dos produtos e "fazer um trabalho de construção de marca".
Em relação a este último aspeto, realçou que "nos Açores até é mais fácil" fazer esse trabalho, por haver já uma "imagem de marca associada à natureza".
A ministra vincou também a necessidade de o setor aproveitar as oportunidades de novos mercados fora da Europa, dizendo que o Governo nacional tem feito um "trabalho muito intenso" nesse sentido em parceria com os produtores e a indústria e com a rede diplomática portuguesa.
Assunção Cristas iniciou hoje uma visita de três dias aos Açores que a levará a diversas ilhas.
A ministra garantiu que mantém um contacto regular com o secretário regional da Agricultura dos Açores, Neto Viveiros, e que está a par das preocupações em relação ao mercado do leite que o executivo açoriano e os agricultores da região têm vindo a manifestar.
Assunção Cristas disse que são as mesmas preocupações que existem no resto do país e que o preço do leite nos Açores, "curiosamente", até se tem mantido "mais estável" do que no continente ou do que a média da União Europeia.
Ainda assim, realçou que fez questão de voltar ao arquipélago para "mais uma vez" ouvir as preocupações da região.
Dinheiro Digital com Lusa

Miguel Bento. O engenheiro que vai salvar as abelhas com colmeias inteligentes


Bento inventou uma colmeia climatizada para proteger as abelhas das alterações climáticas
Don Farrall/Getty Images
KÁTIA CATULO
02/07/2015 17:46:18
 FACEBOOK  TWITTER
A extinção das abelhas põe em perigo a produção alimentar de todo o planeta.

Miguel Bento é engenheiro electrónico da Universidade de Aveiro e herdou do avô uma mão-cheia de colmeias vazias que povoou com um enxame oferecido por um primo. Estava convencido de que, a partir daí, teria uma vida doce, mas depressa se deu conta de que perdia dezenas de milhares de abelhas por ano. Não é um caso isolado, pois já sabemos que as abelhas estão a morrer em todo o mundo.

A morte das abelhas é assunto sério. Tão sério que representa uma das mais graves ameaças para a humanidade. A sua extinção põe em perigo a produção alimentar de todo o planeta. Cientistas e governantes, aliás, estão há mais de 20 anos em alerta e são às centenas as teorias para desvendar este mistério: desde bactérias, fungos e pesticidas até ao aquecimento global. Se as alterações climáticas forem uma das causas para este fenómeno, então Miguel Bento tem uma contribuição importante para ajudar a resolver este problema. O engenheiro de 25 anos inventou uma colmeia inteligente que monitoriza cada segundo da vida das abelhas.

Miguel juntou-se a Joel Oliveira e André Oliveira, dois outros antigos alunos da Universidade de Aveiro das áreas de gestão e design de produto, e criou a Apis Technology, uma empresa nascida para desenvolver um protótipo que possibilita a climatização automática do ambiente das abelhas, evitando mortes resultantes das variações de temperatura, e dotado de um sistema que permite que os apicultores tenham acesso, em tempo real, a tudo o que se passa com os seus enxames.

O sistema é composto por vários sensores: humidade, temperatura na câmara de criação, temperatura no exterior da colmeia, peso, fluxo de abelhas a entrar e a sair e GPS. Após os sensores serem instalados na colmeia, o apicultor pode configurar os alertas que pretende receber – por exemplo, se um determinado peso foi atingido ou se a temperatura saiu de uma determinada gama de valores. Todos os avisos são gerados automaticamente numa plataforma online a que o apicultor terá acesso.

"A única excepção é quando há uma tentativa de roubo ou derrube da colmeia quer pelo vento, quer por um animal de grande porte. Neste caso, o sistema envia um SMS para o apicultor", explica o engenheiro. É também na climatização que a colmeia inteligente apresenta outra das suas vantagens, dado que o sistema termicamente eficiente possibilita que se diminua o número de perdas de abelhas nos meses mais frios e se promova um melhor desenvolvimento do enxame e, consequentemente, um aumento de produção na Primavera.

A eficiência térmica é também muito importante durante as estações quentes do ano: "No Verão, as abelhas ventilam a colmeia com o objectivo de fazer baixar a temperatura no seu interior. Mais uma vez, estão a consumir recursos para executar esta tarefa."

A parra e a uva

OPINIÃO

MARTINO

Nos últimos dias, o cenário político agitou-se com a apresentação do programa eleitoral do PSD/CDS-PP/Governo (chamado de Linhas de Orientação Geral), a que foi associada uma "Carta de Garantias" e do PS, a que os socialistas chamaram "Agenda para a Década". Fui ler os dois documentos. Porque sempre achei que quanto mais informados somos melhor decidimos.

No documento do PSD/CDS, encontrei estas duas únicas referências à agricultura: "Setores como a agricultura, o mar e o turismo estão a dar contributos muito significativos para a recuperação económica"; "Apostando adicionalmente em domínios em que apresentamos importantes vantagens competitivas, como é o caso do mar, do turismo, do agroalimentar e da economia verde".

Em contrapartida, o documento do PS é exaustivo. Quanto à agricultura aposta em "Valorizar a atividade agrícola e florestal e o espaço rural". Compromete-se a processar cerca de 600M€ de pagamentos anuais a cerca de 200.000 beneficiários do I Pilar da PAC, respeitando os prazos legalmente estabelecidos; Observar uma cadência regular e célere na tomada de decisões e no pagamento dos apoios financeiros no âmbito do Programa PDR 2020, assim como da respetiva contrapartida financeira nacional de cerca de 120 milhões de euros/ano. A fim de apoiar os pequenos e os jovens agricultores, o PS diz que irá: Aumentar de 500€ para 600€ o pagamento mínimo por agricultor, no âmbito do Regime da Pequena Agricultura do I Pilar da PAC; Aumentar em 50% os pagamentos por hectare, dos primeiros 5 ha, no âmbito do I Pilar da PAC; Elevar de 25.000€ para 40.000€ o montante máximo elegível dos projetos de investimento; Elevar de 15.000€ para 20.000€ o valor mínimo do prémio à primeira instalação; Etc. Etc. E o rol de medidas prometidas não acaba aqui.

Posto isto, cabe-me concluir o seguinte: espera-se da coligação PSD/CDS-PP um programa mais detalhado e pormenorizado, para dar sequência a um discurso que tem elevado a agricultura a pilar essencial da economia. Do lado do PS, o documento permite um escrutínio direto e serve para memória futura dos eleitores. No entanto, defendo que as propostas deveriam aprofundadas no que diz respeito a medidas e ações que incrementem o valor acrescentado da agricultura, da reforma do Estado/Ministério da Agricultura, do associativismo e cooperativismo de nova geração, etc. Os 4 milhões de portugueses em risco de pobreza, o crescimento económico e do emprego incipientes para os próximos anos deveriam ser motivo de romper com o status quo nas propostas eleitorais da agricultura e do agroalimentar.

José Martino, consultor agrícola

Silencio ensurdecedor

25/05/2015

OPINIAO
MARTINO

Silêncio ensurdecedor

Em linha com a minha preocupação de escrever sobre temas da atualidade, hoje o meu artigo de opinião debruça-se sobre as propostas que os dois maiores partidos políticos portugueses têm lançado em pleno clima pré-eleitoral.

Por respeito aos leitores, afasto da minha análise qualquer incursão no terreno partidário e, por isso, não identificarei qualquer partido.

Começo por lembrar que Portugal passou nos últimos 4 anos por um "ajustamento" brutal, com particular incidência no rendimento das famílias. A crise foi, contudo, contida, pela boa performance das exportações, onde o setor agrícola deu uma preciosa ajuda e contribuição. É por isso que, olhando para as propostas eleitorais que têm vindo a lume, parece que os últimos anos não existiram.

Onde estão as propostas para estimular as exportações? Onde estão as propostas para apoiar a agricultura, o incremento do seu valor acrescentado e os empresários agrícolas nacionais que se inserem nesta estratégia? Não estará na altura de traçar objetivos políticos de interesse nacional e criar instrumentos de apoio para se atingirem parando com esta tragédia nacional de dar dinheiro a todos atirando-o para cima dos problemas?

Fico perplexo perante tudo isto. Os jovens agricultores e empresários agrícolas portugueses foram os que mais inovaram e se modernizaram no tecido económico português, em tempo de vacas magras. E nem uma palavra dos dois grandes partidos para essa realidade?

E o Alqueva? Ainda recentemente terminou a Ovibeja, a maior feira agrícola nacional e os nossos políticos apenas ali foram falar da espuma mediática dos dias. Sobre os planos estratégicos para o Alqueva, nem uma palavra.
E o PDR (Plano de Desenvolvimento Rural) 2020? Nada, silêncio absoluto, mesmo da oposição. Apesar de ser um instrumento decisivo para o futuro da agricultura portuguesa. É contra este silêncio e este alheamento que os jovens agricultores e empresários agrícolas terão de continuar a lutar, a investir, a modernizar-se e a exportar.

Tenho-me deslocado em todo o território continental, tenho falado com produtores, com agricultores, com associações, com empresas. Vejo que todos estes empreendedores têm a consciência de que têm de contar apenas consigo. Os poderes públicos e a oposição continuam distantes e alheios desta realidade.

Prevejo que continuando neste caminho o atual regime irá "cair de podre".

José Martino, consultor agrícola

Consultório agricola e tribo digital

13/05/2015
OPINIÃO

Martino

As novas tecnologias são hoje um instrumento de trabalho fundamental para potenciar qualquer atividade. Ferramentas essenciais da comunicação, elas permitem atingir resultados que, desde que bem utilizadas, garantem os objetivos traçados, um desenvolvimento nunca esperado. As redes sociais e os blogues são, neste campo, meios ideais para se atingirem os fins de alto nível.

Também neste aspeto a agricultura se modernizou. Não só na área da produção e exploração do negócio agrícola, onde os jovens agricultores portugueses utilizam os meios de produção mais avançados tecnologicamente que existem no mercado, mas também por parte do Ministério da Agricultura com a totalidade das candidaturas submetidas de forma digital, bem como na perceção de que a liderança utilizando a comunicação e o marketing é decisiva para o sucesso do negócio agrícola.

A utilização das novas tecnologias pelos agricultores portugueses para estar 'update' sobre o negócio agrícola até a mim me surpreende. Sinto isso todos os dias quando trabalho projetos para o PDR 2020 ou a minha equipa faz contabilidade agrícola de produtores em todo o território nacional ou no meu blogue, "josemartino.blogspot.pt", que, sem falsas modéstias e cingindo-me apenas aos números de visitantes, é a plataforma digital mais acedida na blogosfera sobre agricultura. Há sete anos que recebo diariamente dezenas de emails sobre questões agrícolas e o blogue já se transformou numa espécie de consultório agrícola, sobretudo para quem quer entrar nesse admirável mundo novo da agricultura. São consultas pro bono, que dou com muito prazer e satisfação, apesar de me ocuparem muitas horas, nomeadamente ao fim de semana, e muito trabalho.

Sei que estou a fazer um verdadeiro serviço público e a contribuir para uma agricultura mais moderna, do mesmo modo que este grupo dos novos rurais competentes nas tecnologias e redes sociais, estamos a transformar as agriculturas de Portugal, não deixando pedra sobre pedra, mas transformando-as numa excelente nova realidade, a qual dificilmente tínhamos ousado sonhar seja como consultório agrícola e tribo digital.

José Martino, consultor agrícola

PROGRAMA VITIS – 2014/2015


Informamos que o prazo para receção dos pedidos de pagamento de candidaturas VITIS foi prorrogado excecionalmente até 10 de Julho de 2015.

Esta prorrogação de prazo excecional aplica-se ao registo de pedidos de pagamento de todas as candidaturas individuais da campanha de 2014/2015, bem como das candidaturas conjuntas da mesma campanha, para as quais seja apresentado pedido de pagamento antecipado.

Para as candidaturas conjuntas da campanha 2014/2015, para as quais seja apresentado pedido de pagamento de investimento realizado, mantêm-se as datas divulgadas anteriormente, de acordo com a seguinte calendarização:

Nova calendarização: 

A fórmula certa para recuperar solos pobres foi criada por portugueses

NICOLAU FERREIRA, EM COPENHAGA 09/11/2013 - 00:00

Vinte variedades de plantas dão nova vida a solos. As Pastagens Semeadas Biodiversas sugam mais dióxido de carbono do ar, enriquecem a terra e alimentam o gado. Projecto ganhou prémio europeu ambiental

 
O montado é um ecossistema excelente para a plantação das pastagens biodiversas, que tornam os sobreiros mais saudáveis TERRAPRIMA


Os agricultores precisam de ver para crer, diz-nos Tiago Domingos. O professor de engenharia ambiental do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, e director da empresa de serviços ambientais Terraprima conseguiu que mil agricultores lhe dessem ouvidos. Hoje, em Portugal, há muitos terrenos onde as pastagens biodiversas crescem. A maioria está nos montados alentejanos, fortalecendo os sobreiros e prestando um serviço ambiental a todos.

Estas pastagens capturam uma quantidade anormal de dióxido de carbono, evitando a acumulação de parte do gás que mais contribui para o efeito de estufa, responsável pelo aquecimento global. Essa foi uma das razões para o projecto da Terraprima Pastagens Semeadas Biodiversas ganhar o concurso da Comissão Europeia "Um Mundo Que me Agrada", entre os 269 projectos concorrentes.

Sempre que Tiago Domingos fala sobre este projecto, o nome de David Crespo surge imediatamente. No púlpito do Teatro Real Dinamarquês, em Copenhaga, quando na quinta-feira à noite lhe foi atribuído o prémio, voltou a contar a história do engenheiro agrónomo que, na década de 1960, começou a pensar nas pastagens biodiversas.

David Crespo é hoje director do programa de investigação e desenvolvimento da Fertiprado, a empresa que fundou em 1990. Em 1966 trabalhava na Estação Nacional de Melhoramento de Plantas. Inspirado pelas pastagens que os australianos semeavam, onde utilizavam duas ou três variedades de plantas, o engenheiro começou a pensar como poderia resgatar os solos pobres portugueses.

"Em Portugal temos imensos solos diferentes. No mesmo hectare, cada pedaço de terra muda", explica Tiago Domingos. Os topos dos montes são mais secos e têm menos solo, a terra debaixo das copas das árvores é mais húmida. A geologia, fundamental na natureza dos solos, é variada no território português.

David Crespo pensou numa solução holística. O engenheiro agrícola desenvolveu uma fórmula de 20 variedades diferentes de plantas que, quando semeadas, respondem localmente. Algumas tornam-se mais dominantes consoante as condições da terra onde crescem.

O cientista escolheu espécies de leguminosas e de gramíneas. As primeiras, como o trevo-subterrâneo, têm uma relação simbiótica com bactérias que se desenvolvem em nódulos nas raízes. Estas bactérias captam azoto do ar, metabolizam e disponibilizam o azoto à planta. Desta forma, este nutriente entra no ecossistema sem ser necessário usar adubos, é depois absorvido pelas gramíneas, que se tornam uma parte importante do pasto dos animais.

Esta mistura tem uma série de benefícios. Como as espécies são anuais, resistem ao clima mediterrânico, produzem sementes e criam no solo um banco de sementes que pode manter a pastagem por décadas. As raízes das plantas, que também morrem anualmente, alimentam o solo com nutrientes.

Passados uns anos, estes solos triplicam a matéria orgânica. As pastagens alimentam mais cabeças de gado e captam mais dióxido de carbono. Também se verificou que os sobreiros que crescem nestas pastagens são mais saudáveis, e o solo é mais húmido, resistindo à seca.

Estes benefícios foram bem quantificados na última década pela equipa de Tiago Domingos. Foi assim que se descobriu que as pastagens biodiversas captam cinco toneladas de dióxido de carbono por ano por hectare.

A partir de 2008, a Terraprima obteve financiamento do Fundo Português de Carbono (FPM) para três projectos que envolveram mil agricultores. Estes tinham de comprar sementes para a pastagem, de aceitar cuidar delas segundo as regras da Terraprima e recebiam o apoio dos seus técnicos. Desta maneira, podiam ganhar entre 150 e 130 euros por hectare, pelo dióxido de carbono que as suas pastagens captam. É uma ajuda que seduz os agricultores, mas o trabalho só compensa a longo prazo, com todos os outros benefícios.

Os projectos do FPM já terminaram, mas Tiago Domingos espera envolver empresas para assim compensarem as suas emissões e a indústria alimentar para que os alimentos produzidos nestas pastagens tenham uma marca distintiva. O prémio europeu "pode ajudar a expandir este sistema dentro de Portugal e em muitos países".

Produção mundial de cereais com crescimento de 15 por cento na próxima década

02-07-2015 
 
 
As previsões de colheita de cereais para os próximos anos são muito favoráveis, segundo a última informação de Perspectivas Agrícolas da OCDE-FAO.

De acordo com as perspectivas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a produção mundial de cereais poderá ser 15 por cento mais alta em 2023 que no período de 2011-2013.

Contudo, o crescimento para a produção de oleaginosas espera-se que seja superior 26 por cento nos próximos 10 anos. A expansão da produção de cereais secundários e oleaginosas deve-se, em grande parte, à forte procura de biocombustíveis, sobretudo nos países desenvolvidos e, aos cada vez maiores, requisitos para a alimentação animal nos países em desenvolvimento.

Pelo contrário, estima-se um crescimento mais moderado na produção de culturas alimentares durante a próxima década. A informação aponta que a produção de trigo pode aumentar em cerca de 12 por cento e o arroz em 14 por cento, valores muito abaixo das taxas de crescimento da década anterior.

Os preços mundiais dos principais grãos vão levar a um impulso no comércio mundial, prevendo-se um aumento das existências, em especial, no caso do arroz na Ásia, que podem alcançar níveis recorde.

Em relação às oleaginosas, seguem um aumento em percentagem global de terras cultivas, mas mais lento que nos últimos anos e a crescente procura de óleos vegetais levará a uma subida dos preços.

Fonte: Agrodigital

Ministra justifica posição portuguesa sobre o leite nos Açores

Julho 02
11:05
2015

A Ministra da Agricultura e do Mar afirmou ontem, em Angra do Heroísmo, que Portugal tem apresentado propostas concretas em Bruxelas, de modo a defender o sector leiteiro.

Depois de se ter batido contra o fim das quotas, agora defende uma maior regulação no cenário actual de pós quotas, pois esta situação é irreversível.

Na sua proposta, a Ministra gostaria de ter mais apoios quando os preços começassem a cair e indicadores de referência por país, que lhes permitisse retirar leite do mercado quando os preços descessem abaixo do valor de referência, de modo a aliviar o mercado.

Contudo, não é possível para os produtores estarem só numa posição de esperar por medidas de apoio, é preciso que o sector reaja, de modo a se modernizar e também inovar, procurando novos produtos a partir do leite, que possam ter mais valor acrescentado.

Um dos pontos importantes é a criação de uma marca ligada à natureza, que é própria dos Açores.

O governo português tem feito um grande trabalho na procura de abrir novos mercados de exportação e a visita da Ministra serve para mostrar a preocupação pela situação nos Açores e, também, para escutar a opinião dos agricultores.

Solos – À Conquista do Crachá


Solos Conquista do Cracha
No âmbito das comemorações do Ano Internacional dos Solos – 2015 - a Sociedade Portuguesa Ciência do Solo promoveu a tradução da publicação "Soils Challenge Badge " da Aliança Global Juventude e Nações Unidas (YUNGA) e da FAO (Nações Unidas), com o apoio da Rede Rural Nacional (RRN) e do Programa da Rede Rural Nacional (PRRN).


Desenvolvido em colaboração com agências das Nações Unidas, a sociedade civil e YUNGA, esta publicação tem o propósito de fomentar a tomada de consciência, educar e sobretudo motivar os jovens para alterarem o seu comportamento e serem agentes ativos de mudança nas suas comunidades locais. "À Conquista do Crachá" é adequado para utilização em contexto de sala de aula e com grupos de jovens, do 1º ao 3º ciclo do ensino básico e secundário. Inclui uma vasta gama de atividades e ideias facilmente adaptáveis por professores e dinamizadores. Estão disponíveis ou em preparação outras publicações da série "À Conquista do Crachá" sobre outros temas, incluindo: agricultura, biodiversidade, alterações climáticas, energia, florestas, género, governação, fome, nutrição, oceanos e água.
A versão em Português pode ser descarregada em "Solos - À Conquista do Crachá" :


Outras publicações da série "À Conquista do Crachá"


Biocombustíveis, objectivos difíceis de conseguir


Junho 30
11:55
2015

O objectivo da incorporação de 10% de biocombustíveis nos combustíveis rodoviários, até 2020, parece vir a ser muito difícil de alcançar, não sendo, no entanto, impossível.

No seu relatório de avaliação da evolução das energias alternativas, a Comissão prevê que, em 2020, da energia consumida na União Europeia, 20% será do sector das energias alternativas.

Estima-se, assim, que a biomassa produzida a partir de resíduos agrícolas e florestais e de plantas energéticas para a produção de electricidade, possa representar 47% das energias renováveis, sendo que a energia hidráulica deve representar 17%, a eólica 11% e os biocombustíveis 9%.

A adopção da medida que limita a 7% a área cultivada destinada à produção de biocombustíveis vai criar alguns problemas, havendo, no entanto, países que podem atingir a meta de 2020.

Um estudo realizado pelo Parlamento Europeu indica que é necessária uma limitação da emissão dos gases com efeito de estufa, mas também uma diminuição dos custos dos biocombustíveis.

O apoio dado anualmente aos biocombustíveis é de 7 a 8 mil milhões de euros, o que quer dizer 14 a 17 euros por pessoa ou 26 a 32 euros por veículo.

A nova geração de biocombustíveis, obtidos a partir da biomassa, parece ser muito promissor.

Este estudo termina dizendo que uma das políticas a seguir será de conceder incentivos e apoios às empresas que invistam, no sentido de reduzir as emissões de gases a efeito de estufa.


Dança de lugares em Bruxelas

Junho 30
12:00
2015

A Comissão Europeia decidiu nomear novos Directores-gerais, o que acabou, no final, por se tratar de uma troca de posições entre pessoas que já exerciam altos cargos.

Assim, o novo Director-geral da Direcção Geral de Saúde e Segurança Alimentar, passa a ser o espanhol Xavier Prats Monné, que era o antigo Director-geral da DG de Educação e Cultura. O espanhol Daniel Calleja Crespo passa de Director-geral da DG Mercado Interno, Indústria e PME's, para Director-geral da DG do Ambiente, onde sucede ao alemão Karl Friedrich Falkenberg, que passa a Conselheiro do Centro Europeu de Estratégica Política.

O Director-geral da DG Concorrência, o holandês Alexander Italianer, passa para Secretário-geral da Comissão, substituindo a irlandesa Catherine Day, que se retira e é substituído no seu antigo posto por Johannes Laitenberger da Alemanha.

Monique Pariat, da França, que era Directora-geral adjunta na DG Agri, assume o posto de Directora-geral de Ajuda Alimentar e de Protecção Civil. Entretanto, o polaco Jerzy Plewa mantém-se como Director-geral da DG Agri.


Portaria melhora regras dos apoios à promoção de vinhos portugueses fora da UE


Julho 01
13:24
2015

Foi já publicada a portaria nº 190/2015 que torna a Medida de Promoção mais simples, menos burocrática e mais funcional para os produtores de vinho.

Esta medida faz parte do Programa Nacional de Apoio ao Sector do Vinho da UE, e apoia os produtores de vinho portugueses a promover os seus vinhos em mercados de países terceiros. Tem um orçamento anual de 10 M€ de financiamento Comunitário e financia 50% dos custos de ações de promoção dos produtores (ex. participação em feiras, campanhas de publicidade, etc…).

Segundo José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura: "A revisão desta medida vem facilitar o acesso à mesma por parte dos produtores de vinho, que a partir de hoje se podem candidatar a uma medida mais fluída e simplificada. Estas alterações agora efetuadas vão permitir que os projetos candidatos possam ser analisados e pagos de uma forma mais célere e descomplicada. Trata-se de uma medida fundamental para ajudar os produtores Portugueses a vender os seus produtos lá fora. O sector vitivinícola tem demonstrado uma enorme dinâmica na promoção dos vinhos portugueses no exterior. É graças a esse trabalho persistente dos nossos produtores que Portugal aumentou as suas exportações de 650 M€ há quatro anos atrás para 730M€. Estou convicto que esta medida ajudará o sector a atingir o seu objetivo de chegar a 2020 com 900 milhões de euros em exportações."

A medida de promoção em mercados de países terceiros contribui, decisivamente, para a visibilidade e o reconhecimento do caráter diferenciador dos vinhos portugueses naqueles mercados e para o aumento das exportações, pelo que era muito importante fazer esta revisão. As principais melhorias com esta alteração são as seguintes: as candidaturas passam a ser anuais em vez de plurianuais como era anteriormente, o que torna os projetos mais pequenos, mais objetivos e com menor necessidade de sofrerem alterações; e portanto a pagamentos mais rápidos; existe uma redução dos critérios de classificação na avaliação do mérito do projeto; o prazo de decisão é mais curto, existe um limite no número de alterações o que dá origem a menos análises, e existe um limite no número de pedidos de pagamento por projeto.

Imagem – nj.com 

 Comunicado enviado do Gabinete do Secretário de Estado da Agricultura a 30 de junho de 2015

Adega de Borba: metodologia Kaizen gera aumento de 13% de produtividade



 02 Julho 2015, quinta-feira  Viticultura
Aumento de 13% de produtividade na área da Produção e de 12% de produtividade na área da Logística.
São estes os resultados mais evidentes da aplicação da Metodologia Kaizen na Adega de Borba.
Inserido no âmbito do Projeto "Mais Indústria + Produtividade", da Associação Industrial Portuguesa (AIP), e em parceria com o Kaizen Institute, a Adega de Borba iniciou a implementação deste programa de melhoria contínua, originário do Japão, em janeiro de 2014, com o objetivo de reforçar os seus níveis de competitividade.
O projeto teve enfoque nas áreas da Produção, Planeamento, Logística, Manutenção e Compras, estendendo-se posteriormente às áreas de suporte (Marketing, Adega, Serviços Administrativos e Financeiros).
«Um ano e meio depois, os resultados demonstram o sucesso da implementação desta metodologia: diminuição das horas extra em 18%, aumento de 13% da produtividade na área da produção e aumento de 12% da produtividade na área Logística», refere ‎Helena Ferreira, Diretora de Produção e Qualidade da Adega de Borba.
Mantendo a sua estratégia em estar na vanguarda da mudança, a Adega de Borba apostou no programa Kaizen com vista a garantir uma maior eficiência nos diversos processos de trabalho do dia-a-dia, eliminando e reduzindo desperdícios e diminuindo custos.
Alguns dos principais objetivos cumpridos foram melhorar a eficiência das linhas de produção, aumentar a matriz de competências das equipas, a normalização de processos e promover a auditoria de suporte à prática da melhoria contínua.
Helena Ferreira acrescenta ainda que «este foi um passo importante para a Adega de Borba, na medida em que a Metodologia Kaizen veio permitir consolidar aquele que é o nosso maior objetivo: fornecer um produto de qualidade aos nossos consumidores e um serviço de excelência aos nossos clientes».
Uma das características do projeto "Kaizen" é também a envolvência de todos os colaboradores, ou seja, o próprio facto de terem sido envolvidas todas as áreas e todos os colaboradores da Adega de Borba gerou uma mudança cultural e comportamental, originando ações de melhoria contínua por parte de todos.
Amplamente aplicado e seguido internacionalmente na reestruturação e otimização dos processos produtivos, a Filosofia Kaizen é um modelo japonês de melhoria contínua, sendo que Kaizen significa mudar para melhor, todos os dias, em todas as áreas da empresa, envolvendo todos os colaboradores.
A filosofia de Melhoria Contínua pressupõe alguns aspetos-chave, que devem ser interiorizados por todos os colaboradores, como, por exemplo, ver nos problemas oportunidades de melhoria, apostar na mudança de pequenas rotinas, questionar tudo sem paradigmas ou eliminar/reduzir desperdícios, entre outros.
Fonte: Lusa

Vinho: já há acordo sobre domínios online



 02 Julho 2015, quinta-feira  Viticultura


O organismo que controla os domínios na Internet – ICANN - aceitou reconhecer as denominações de origem do vinho, mais concretamente .vin e .wine.
O acordo foi considerado pela Comissão Europeia, «como muito satisfatório e com uma proteção correta para os produtores e consumidores.
O conteúdo deste acordo continua, no entanto, a ser confidencial, mas os responsáveis garantem que vai lutar contra a contrafação e dissipar a confusão junto dos consumidores.
Responsáveis da viticultura francesa prevêem um forte aumento das vendas do vinho pela Internet e o negócio mundial, em 2016, deve atingir os seis mil milhões de euros.
Fonte: Reuters/Agronegócios

Bruxelas acolhe mostra de produtos agroalimentares portugueses



 01 Julho 2015, quarta-feira  Ana Clara IndústriaIndústria alimentar
agroalimentar

Nos próximos dias 4 e 5 de julho (sábado e domingo) terá lugar pelo terceiro ano consecutivo, no Parc du Cinquantenaire, em Bruxelas, uma mostra de produtos agroalimentares portugueses.
A iniciativa assume-se como «uma oportunidade de juntar a diáspora portuguesa no centro político da Europa, num evento que reunirá milhares de pessoas, com a certeza de que, à semelhança das edições anteriores, o nome de Portugal e o que de melhor se faz no nosso país, será comprovado por cidadãos oriundos de todos os países», refere Nuno Melo, mentor da ideia.
A abertura oficial do evento conta com a presença do Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas.
No evento marcam presença 40 stands de produtores portugueses do setor agroalimentar que se deslocaram a Bruxelas e empresas de vários setores de emigrantes portugueses na Bélgica.
Esta mostra é organizada pelo eurodeputado Nuno Melo e conta com o apoio do Partido Popular Europeu (PPE), CAP – Confederação de Agricultores Portugueses e associação A Ponte – associação de promoção da cultura lusófona na Bélgica. 
Leia a entrevista de Nuno Melo ao Agronegócios, concedida em maio de 2015.

Variedade de trigo geneticamente modificado falha objetivos



 01 Julho 2015, quarta-feira  Cerealicultura
trigo

Uma variedade de trigo geneticamente modificado criada para repelir os insetos não obteve resultados satisfatórios nos seus primeiros testes de campo, um problema e possível atraso para as perspetivas de melhoria vegetal e para a redução de uso de fitofarmacêuticos.
Os investigadores do grupo de estudos Rothamsted, no Reino Unido, anunciaram o resultado de um projeto controverso de cinco anos para criar uma variedade geneticamente modificada de trigo capaz de repelir afídeos.
«Se os resultados fossem confirmados, esta seria a primeira variedade do cereal criada capaz de repelir insetos, uma prova importante para o conceito de melhoria vegetal», salientam os investigadores.
E acrescentam que, «apesar dos promissores testes em laboratório, o trigo modificado falhou no seu primeiro teste de campo, apresentando um desempenho similar à variedade convencional».
«Se a pesquisa obtivesse sucesso, os agricultores poderiam reduzir o uso de inseticidas, o que traria benefícios para o meio ambiente», concluem.  

Leite: Copa-Cogeca propõe medidas para a sustentabilidade do setor na UE



 02 Julho 2015, quinta-feira  Agropecuária
Os 750 mil produtores pecuários que estão na Europa atravessam uma situação insustentável a curto prazo, pelo que é necessário fazer frente a problemas de liquidez e para ganhar alguma margem.
Os representantes do Copa-Cogeca - organização europeia que representa agricultores e cooperativas -, na reunião do Observatório do mercado do leite, referiram que em muitos casos não é possível já que em muitos países os custos de produção são superiores aos preços pagos pelo leite.
Para o Copa-Cogeca há três medidas importantes e fáceis de colocar em prática. Por um lado, autorizar aos Estados-membros que possam pagar os pagamentos diretos antes de 1 de dezembro de 2015.
Em segundo lugar, que a imposição suplementar 2014/2015, que pode ultrapassar os 700 milhões de euros, retorne ao setor do leite de forma a ganhar liquidez. Para a organização, é incompreensível que um setor como o do leite tenha que perder esta quantidade milionária de euros.
Por último, que os preços de intervenção sejam atualizados considerando os custos de produção suportados pelo setor pecuário.
Fonte: Agrodigital

Água armazenada nas bacias hidrográficas desceu em junho


por Ana Rita Costa
1 de Julho - 2015
 
A água armazenada nas 60 bacias hidrográficas monitorizadas em Portugal desceu no passado mês de junho. De acordo o boletim de armazenamento de albufeiras divulgado pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, este decréscimo foi impulsionado, sobretudo, devido à falta de chuva e aos armazenamentos das barragens dos rios Douro, Tejo, Lima, Mondego, Sado e Guadiana, que apresentaram valores médios inferiores à média dos últimos 20 anos.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 20 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total, não existindo neste momento albufeiras com disponibilidade inferior a 40%.

Os dados divulgados esta semana mostram ainda que os níveis mais elevados de armazenamento de água em junho deste ano ocorreram nas bacias do Barlavento (86,5%), Mira (82,1%), Mondego (81,5%), Oeste e Guadiana (78%), Cávado (72,3%), Ave (67,9%), Arade (66,4%), Douro (64,3%), Sado (57,1%) e Lima (53,7%).

O Executivo está já a preparar um conjunto de medidas para gerir as albufeiras para fazer face aos meses de julho e agosto, historicamente mais quentes e secos. O ministério do Ambiente já anunciou também que vai ainda "promover um reforço das ações de fiscalização e de inspeção em matéria de recursos hídricos."

Portugal é o país da UE com mais trabalhadores por conta própria na agricultura

01-07-2015 
 
 
Portugal é o país da União Europeia com maior percentagem de pessoas a trabalhar por conta própria no sector da agricultura. De acordo com o estudo flexibility@work2015, elaborado por David Blanchflower, da Faculdade de Dartmouth, a pedido da Randstad, uma empresa de recrutamento, a taxa de auto-emprego atingiu os 74,8 por cento no terceiro trimestre de 2014, mas já chegou aos 82 por cento durante os primeiros três meses de 2008.

Este é o valor mais elevado entre os 28 Estados-membros e só a Irlanda atinge valores semelhantes, com 72,7 por cento. Ainda assim, na agricultura a taxa de trabalho independente é globalmente elevada, ultrapassando os 50 pontos percentuais (p.p.). A média europeia é de 52,4 pontos.

A análise de David Blanchflower centra-se nos anos da crise e conclui que, entre 2008 e 2014, pouco mudou na proporção de trabalhadores por conta própria neste sector. «Naturalmente os países com maior proporção de trabalhadores na agricultura tendem a apresentar taxas de auto-emprego mais elevada. Por exemplo, na Grécia, 13,7 p.p. da população activa trabalha na agricultura, enquanto em Portugal a percentagem é de 10,2 por cento, comparando com três por cento em França, 1,4 pontos na Alemanha e um por cento no Reino Unido», escreve o autor.

Em termos gerais, a taxa de trabalho independente em Portugal é de 21,7 por cento, valor de 2013 e que é o mais baixo desde 1990. Países como a Grécia, 36,8 pontos, o mais elevado da União Europeia; Itália, de 25 p.p. ou Polónia, de 22 pontos, têm mais pessoas nesta situação. Na maioria das economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), este indicador caiu nos anos de crise, mas Portugal e a Coreia são os países que protagonizaram as maiores quedas, de 2,55 pontos percentuais, de -29 por cento e 4,4 pontos percentuais, respectivamente. No lado oposto, Reino Unido, França e Holanda registaram aumentos.

Em Portugal, o número de pessoas a trabalhar por conta própria caiu mais do que o número de empregados, -5 por cento e o seu peso sobre o total do emprego é de 16 pontos, contra os 18 por cento em 2007. Questionados sobre as vantagens de exercer uma profissão sem depender de terceiros, 57 por cento dos portugueses indicam a maior «independência» e 23 por cento a «liberdade». Apenas 15 por cento justificam a opção com o rendimento auferido.

Regra geral, estes trabalhadores recebem menos face ao salário médio dos países. O estudo dá o exemplo do Reino Unido, onde 65 por cento das pessoas nestas condições recebem menos de dez mil libras por ano (14.073 euros). «A grande depressão atingiu fortemente os rendimentos dos trabalhadores por conta própria», escreve o autor.

As conclusões globais do estudo indicam ainda que as mulheres são menos propensas a trabalhar por conta própria e esta é uma opção comum entre os mais velhos, acima dos 65 anos, como complemento à reforma. É mais provável que os trabalhadores menos qualificados se dediquem ao trabalho independente, como se passa em Portugal, Irlanda, Grécia ou Espanha. Contudo, na Áustria, Bélgica, França ou Alemanha o cenário é oposto: quanto maior é a qualificação, maior é a taxa de auto-emprego. Esta realidade também é mais frequente entre a população imigrante e nas minorias étnicas.

Fonte: Público

Especialistas da UE querem manter sistema de controlo de preços do açúcar em 2017

 01-07-2015 
  
Na reunião do Grupo de Especialistas do Açúcar, celebrada na sexta-feira passada em Bruxelas, uma grande maioria de países mostraram-se a favor de manter o actual sistema de controlo de preços, depois da eliminação daas quotas do açúcar em 2017.

Segundo os mesmos, seria uma forma de contar com dados fiáveis da situação do mercado. A Comissão Europeia é favorável a continuar com a medida. Este sistema de seguimento de preços consiste no facto das indústrias açucareiras remitirem mensalmente à Comissão o preço médio o preço médio de venda pelas indústrias comunitárias.

O encontro foi o segundo do Grupo de Especialistas do Açúcar (GEA), constituído com o objectivo de propor medidas que permitam ao sector de beterraba-açúcar fazer preparação suave para um futuro sem quotas. A criação deste grupo foi a resposta da Comissão à procura das indústrias açucareiras para se fazer algo para mediar a crise de preços que atingia o sector e poderia agravar-se com o fim das quotas. No sector do leite, também a Comissão Europeia criou um GEA perante a preocupação do sector pelo seu futuro com a eliminação das quotas leiteiras.

No entanto, há quem considere que a criação deste GEA seja apenas uma táctica da Comissão Europeia para deixar passar o tempo e parecer que algo está a ser feito, enquanto a crise de preços atinge o sector deixando apenas os mais competitivos. Alguns defendem que caso a crise seja motivada por um excesso de oferta de açúcar no mercado, seria necessário reduzir as quotas mediante a desclassificação e limitação das importações.

Fonte: Agrodigital

Fase "Charlie" de combate a incêndios começa esta quarta-feira até 30 de Setembro

01-07-2015 
 
A época crítica em incêndios florestais começa esta quarta-feira, dia 01 e Julho, com um reforço dos meios de combate, mas com menos quatro helicópteros pesados do que inicialmente previsto.

Durante a fase "Charlie" de combate a incêndios florestais, que se prolonga até 30 de Setembro, vão estar operacionais 2.234 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.721 operacionais e 2.050 veículos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

O DECIF estabelece também 49 meios aéreos, mas a fase crítica em fogos arranca com 45, não contando o dispositivo com os quatro helicópteros Kamov da frota do Estado que estão inoperacionais.

Dos cinco Kamov previstos para integrar o DECIF deste ano, apenas um está operacional, contando a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) reparar duas das aeronaves durante o mês de Julho, mas não garante a entrada das outras duas no dispositivo deste ano.

Sobre o início da fase "Charlie", o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, afirmou que não se regista «qualquer constrangimento» ao nível do dispositivo terrestre, existindo «o constrangimento ao nível dos meios aéreos pesados, que tem a ver com os quatro kamov».

O dispositivo de combates a incêndios florestais, orçado este ano em cerca de 80 milhões de euros, é idêntico ao de 2014, sendo reforçado com 17 equipas nos corpos de bombeiros.

O último relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que a área ardida e o número de fogos mais do que duplicaram este ano em relação a 2014.

Segundo o ICNF, registaram-se, entre 01 de Janeiro e 15 de Junho, 6.113 ocorrências de fogo, mais 3.578 do que no mesmo período de 2014. O relatório adianta que os 6.113 incêndios resultaram em 14.971 hectares de área ardida, mais 9.446 do que no mesmo período de 2014, quando as chamas consumiram 5.525 hectares.

A ANPC indicou, na terça-feira, que durante a fase "Bravo" de combate a incêndios florestais, que decorreu entre 15 de maio e 30 de Junho, ocorreram 3.355 ocorrências de fogo, o maior número dos últimos 12 anos.

Fonte: Lusa

Copa-Cogeca propõe três medidas para a sustentabilidade do sector do leite da UE

01-07-2015 
 
 
Os 750 mil pecuários que estão na Europa atravessam uma situação insustentável a curto prazo, pelo que é necessário fazer frente a problemas de liquidez e para ganhar alguma margem.

Os representantes do Copa-Cogeca, na reunião do Observatório do mercado do leite, referiram que em muitos casos não é possível já que em muitos países os custos de produção são superiores aos preços pagos pelo leite, considerando imprescindível, caso a União Europeia queira continuar a contar com um sector do leite, que a Comissão Wuropeia tome carta no assunto.

Para o Copa-Cogeca há três medidas chave e fáceis de colocar em prática. Por um lado, autorizar aos Estados-membros que possam pagar os pagamentos directos antes de 01 de Dezembro.

Em segundo lugar, que a imposição suplementar 2014/2015, que pode ultrapassar os 700 milhões de euros, retorne ao sector do leite de forma a ganhar liquidez. Para a organização, é incompreensível que um sector como o do leite tenha que perder esta quantidade milionária de euros. Por último, que os preços de intervenção sejam actualizados considerando os custos de produção suportados pelo pecuário.  

Fonte: Agrodigital