sábado, 11 de julho de 2015

Angola e Itália fecham acordos. Agricultura é o destaque


por Ana Rita Costa
10 de Julho - 2015
 
Os Executivos de Angola e de Itália fecharam três acordos de cooperação. O destaque vai para o desenvolvimento da Agricultura, contemplada em dois memorandos de entendimento sobre cooperação económica e financeira.

A cooperação económica e o apoio às exportações italianas para Angola, nomeadamente sobre a negociação de seguros e garantia de riscos destas vendas através da Sociedade de Seguro ao Crédito Externo de Itália, integram os dois memorandos de entendimento económico e financeiro, revelou recentemente o Governo de Angola. Aqui, o maior objetivo é desenvolver a indústria e a agricultura angolanas.

"Nós vamos aproveitar a experiência e o conhecimento científico de Itália, a capacidade de realização dos seus empresários, para podermos também desenvolver a nossa agricultura, relançar a indústria alimentar e diversificarmos a economia", revelou à imprensa angolana o ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística angolano, Itália foi o 11.º destino das exportações de Angola em 2014, no valor total de 965 milhões de euros, equivalente a uma quota de 2,29% do total.

Nas importações, Itália foi o 15.º país a quem Angola mais comprou, uma quota de 1,74% que corresponde a um valor de 360 milhões de euros.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Erradicar a fome até 2030? Investimento de 239 mil milhões de euros por ano

10/7/2015, 16:25

Para erradicar a fome no mundo até 2030 é necessário um investimento de 239 mil milhões anuais durante os próximos 15 anos, indica a organização da ONU para a Alimentação e Agricultura.


A organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) estimou esta sexta-feira ser possível eliminar a fome no mundo até 2030 com o investimento de 239 mil milhões de euros anuais durante os próximos 15 anos.

"A mensagem do relatório é clara: se mantivermos o estado atual, teremos em 2030 mais de 650 milhões de pessoas a sofrer com fome", declarou José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, na apresentação, em Roma, do relatório do Programa Alimentar Mundial (PAM) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

O relatório estima que a eliminação da fome crónica "vai precisar de um investimento total de cerca de 267 mil milhões de dólares (cerca de 239 mil milhões de euros) por ano, durante os próximos 15 anos", ou seja, 160 dólares (143 euros) por ano e por cada pessoa a viver em situação de pobreza, acrescentou.

"Dado que isso é mais ou menos equivalente a 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, penso que o preço a pagar para erradicar a fome crónica é relativamente baixo", disse o diretor da FAO.

O trabalho foi elaborado pelas três agências das Nações Unidas especializadas no desenvolvimento agrícola e na luta contra a fome antes da realização da terceira conferência internacional sobre o financiamento para o desenvolvimento, que decorrerá entre 13 e 16 de julho em Addis Abeba, capital da Etiópia.

O relatório apresenta propostas de investimento, a par com medidas de proteção social, em meio rural e urbano.

Estas medidas de proteção social teriam um custo de 116 mil milhões de dólares (cerca de 104 mil milhões de euros) por ano, juntamente com os 151 mil milhões de dólares por ano em investimentos a favor dos pobres (105 mil milhões de dólares para o desenvolvimento rural e agricultura e 46 mil milhões para as zonas urbanas), indica o relatório.

A maioria dos investimentos deve caber ao setor privado, mas acompanhados de investimentos complementares do setor público nas infraestruturas rurais, transportes, saúde e educação, de acordo com as três agências.

Nas zonas rurais, os investimentos públicos poderão ser ao nível de pequenos sistemas de irrigação e outras infraestruturas para beneficiar pequenos agricultores. Também poderão incluir a transformação de alimentos para reduzir o desperdício e as perdas durante as colheitas.

Em meio urbano, os investimentos poderão incidir nas competências empresariais e outras, nomeadamente no artesanato, e garantir contratos de trabalho justos, facilidades de crédito, habitação e serviços relacionados com a nutrição, de acordo com a mesma fonte.

Água: um bem essencial à segurança alimentar

 10 Julho 2015, sexta-feira  AgroflorestalIndústria alimentar
agua


Um grupo de peritos do Comité da Segurança Alimentar das Nações Unidas (ONU) produziu um relatório sobre a importância da água na segurança alimentar mundial.
O documento, publicado a 8 de julho, é claro: a água é essencial à segurança alimentar.
No relatório pode ler-se que «a luta contra a fome e a subnutrição passa pelo acesso à higiene e à água potável. A água pode ser considerada o alimento mais importante, pois da qualidade da água ingerida depende a boa absorção dos outros alimentos».
Os peritos referem ainda que «a luta contra a fome passa por recursos de água em quantidade e qualidade suficientes para a produção, transformação e preparação dos alimentos».
«Hoje, perto de 750 milhões de pessoas bebem água proveniente de fontes não potáveis e cerca de 800 milhões sofrem de fome. As dificuldades no acesso à água, a ausência de equipamentos sanitários e a subnutrição são os maiores obstáculos a um desenvolvimento durável e equilibrado. Por isso, é de aplaudir a decisão dos governantes do mundo inteiro, que se propõem incluir o acesso universal à água potável e a erradicação da fome para 2030 na agenda internacional, num quadro de negociações sobre os objetivos de um desenvolvimento sustentável, que deve estar concluída em setembro de 2015, em Nova Iorque.
Os especialistas realçam ainda que «as desigualdades no acesso à água continuam a ser muito grandes em várias partes do mundo». 

Publicada portaria que regulamenta melhoria da eficiência dos regadios existentes

 10 Julho 2015, sexta-feira  AgroflorestalAgricultura

Foi publicada esta sexta-feira, 10 de julho, em Diário da República, a portaria que define o regime de aplicação da operação n.º 3.4.2, «Melhoria da eficiência dos regadios existentes».
O documento estabelece o regime de aplicação da operação n.º 3.4.2, «Melhoria da eficiência dos regadios existentes», inserido na ação n.º 3.4, «Infraestruturas coletivas», da medida n.º 3, «Valorização da produção agrícola», integrada na área n.º 2, «Competitividade e organização da produção», do Programa de Desenvolvimento Rural /PDR 2020) do Continente.
Aceda aqui à Portaria n.º 201/2015: https://dre.pt/application/conteudo/69782194

Mac Fruit Attraction é nova feira para fruta e legumes


Jul 09, 2015Destaque Home, Notícias0Like

O consórcio Ifema, organizador da Fruit Attraction – feira do sector hortofrutícola  em Madrid (Espanha) –, e a congénere italiana Csena Fiera, que organiza a MacFrut, juntaram-se e criaram uma nova marcar para o sector de frutas e legumes: Mac Fruit Attraction.

O objectivo é promover esta industria em mercados estratégicos. A primeira edição desta mostra mundial de fruta e legumes frescos vai ter lugar de 4 a 7 de Maio de 2016 no Cairo (Egipto).

Renzo Piraccini, presidente da MacFrut, afirmou que este novo projecto «vai levar as empresas do sector a mercados emergentes e a desenvolver a internacionalização no Golfo Pérsico, Norte de África, América do Sul e Ásia».

Os contactos que podem advir desta nova mostra profissional foram também salientados por Raúl Calleja, director da Fruit Attraction. «Mac Fruit Attraction quer crescer e estabelecer-se no mercado global de produtos frescos, criando elos com parceiros estratégicos em mercados locais de relevância para o sector».

Comer mais fruta pode dar-lhe anos de vida


Jul 09, 2015Destaque Home, Notícias0Like


Um relatório publicado pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) a 7 de Julho de 2015, sobre a saúde dos portugueses, dá conta de que os hábitos alimentares inadequados são o factor de risco que mais contribui para a redução de anos de vida (19%). A solução parece simples: consumir mais fruta, hortícolas, frutos secos e sementes.

«Comer menos do que três peças de fruta por dia constitui o risco alimentar evitável que mais contribui para a perda de anos de vida saudável», diz a DGS no relatório. De facto, os maus hábitos alimentares (onde o consumo excessivo de sal e carne processada também se incluem) são mais prejudiciais para a saúde do que a hipertensão arterial (17%), o índice de massa corporal elevado (13%) e o tabagismo (11%).

As dietas pobres em fruta, vegetais e frutos secos são responsáveis pela maioria das doenças do aparelho circulatório, uma das principais causas de morte em Portugal (18%). Com efeito, estatísticas divulgadas pela DGS revelam que, ao todo, em 2010, os portugueses perderam 141 mil anos de vida saudável por consumirem fruta em quantidades insuficientes.

Em 2014, 74,5% das crianças com quatro anos de idade comeu sopa pelo menos duas vezes ao dia, ao passo que 59,3% consumiu mais do que duas doses de fruta no mesmo dia e apenas 20% comeu hortícolas no prato ao almoço e ao jantar.

O relatório adianta que, entre 2010 e 2014, o consumo de doces e refrigerantes diminuiu entre os jovens que frequentavam o 6.º e 8.º ano de escolaridade. Ao mesmo tempo que o consumo de frutas e vegetais se manteve estável junto deste grupo.

Aliada a uma alimentação equilibrada, a DGS considera ainda que «a promoção do exercício físico ao longo de todo o ciclo de vida é absolutamente prioritária e insubstituível como factor protector da saúde».

Portugal e Angola assinam Programa Executivo de Cooperação para quadriénio 2015-2018

09-07-2015 
 


 
Portugal e Angola assinam em Lisboa o novo Programa Executivo de Cooperação (PEC), válido para o quadriénio 2015-2018.

O documento vai ser assinado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Luís Campos Ferreira, e pela secretária de Estado das Relações Exteriores para a Cooperação angolana, Ângela Bragança.

Este novo PEC assenta em três eixos prioritários: boa governação, participação e democracia (sectores institucionais); desenvolvimento sustentável e luta contra a pobreza (sectores sociais) e desenvolvimento económico e infra-estruturas.

Em Março, num encontro de trabalho que os dois governantes realizaram em Luanda, de preparação do documento, foi salientado que o PEC vai dar maior ênfase às áreas da agricultura, energia e economia, sem descurar os tradicionais sectores da saúde e educação.

Em declarações à Lusa em Luanda, Luís Campos Ferreira caraterizou o PEC como um programa mais funcional e prático do que o Programa Indicativo de Cooperação, na medida em que pretende acompanhar a realidade e necessidades de Angola.

Fonte: Lusa

Portugal está na média do que respeita a aplicação de legislação da UE

09-07-2015 
 

 
Portugal apresenta resultados em linha com a média europeia na aplicação das leis da União Europeia em matéria do mercado único, segundo o painel de avaliação publicado, em Bruxelas, pela Comissão Europeia.

Segundo o 32.º Relatório Anual do Controlo da Aplicação do Direito da União Europeia (UE), em 2014 havia 52 processos de infracção abertos contra Portugal por falhas na aplicação do direito da UE, mais um dos que em 2013.

Dos 52, há 33 novos processos abertos pela Comissão Europeia e a maior parte dos quais na área da saúde e consumidores, oito, mobilidade e transportes, sete e empresas e indústria, quatro.

A este número acrescem ainda outros 23 processos por atrasos na transposição de directivas comunitárias para a legislação nacional, a maioria na área da saúde e consumidores, sete, seguindo-se o mercado interno, três, mobilidade e transportes, três e empresas e indústria, também três.

No topo da tabela está a Croácia, o mais recente Estado-membro, com um total de 16 casos, seguindo-se a Estónia, com 23, enquanto no outro extremo do painel se encontram a Grécia, 109, antecedida da Itália, com 104.

Fonte: Lusa

PE: Agricultura não é um sector de baixos rendimentos

09-07-2015 
 

 
A agricultura não é um sector de baixos rendimentos na sociedade da União Europeia, segundo um estudo solicitado pelo Parlamento Europeu.

No entanto, esta afirmação surge em contradição pelo facto de que na União Europeia dos 12 (UE-12), o rendimento medio anual ser de cerca de seis mil euros por pessoa no sector agrícola. Os resultados na UE-15 são dois a três vezes superiores aos da UE-10.

O documento, denominado "Comparação dos rendimentos agrícolas nos Estados-membros da UE", destaca o papel da Política Agrícola Comum (PAC) em assegurar um nível de vida justo na comunidade agrícola. No entanto, o estudo sublinha que a PAC não conseguiu um nível comum de rendimentos para uma exploração média nos diferentes Estados-membros.

Países como a Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, Luxemburgo, Holanda e Reino Unido têm rendimentos agrícolas altos mas, na UE-10, apenas a República Checa, Estónia e a Hungria os indicadores de rendimentos estão próximos dos da UE-27, como média.  

Os salários agrícolas diferem muito entre os países membros. Enquanto na Dinamarca, Holanda e Suécia são pagos 15 euros por hora, na Bulgária, Grécia, Lituânia, Polónia e Roménia, paga-se três euros por hora. Também por sectores, há diferenças nos valores, mas menos pronunciadas. O sector vitivinícola é o melhor pago, com uma média de nove euros por hora, enquanto os pastores são os menos remunerados, com 5,5 euros, Observou-se ainda que nos últimos anos utiliza-se cada vez menos mão-de-obra, mas mais recompensada.

As explorações de cereais são as que registam uma maior volatilidade de rendimentos. As mais estáveis são as de hortícolas e culturas permanentes. Quando a volatilidade se mede a nível de exploração individual, cerca de 55 por cento das grandes explorações e 38 das pequenas passam por uma volatilidade dos rendimentos de cerca de 30 por cento em relação à média dos três anos anteriores.

Fonte: Agrodigital

Maioria PSD/CDS recusa mais uma vez audição da ministra da agricultura sobre entrega do património da Casa do Douro


 
O terceiro requerimento do Grupo Parlamentar do PCP para realizar audições sobre a designação da Federação Renovação do Douro como sucessora da Casa do Douro, foi hoje chumbado pela maioria PSD/CDS.
 
Este terceiro requerimento foi apresentado após terem surgido informações de que a Federação Renovação do Douro, após ter sido designada pelo Ministério da Agricultura e do Mar, estava com dificuldades em registar, na conservatória do registo predial, a sede da Casa do Douro em seu nome. Não se conhecendo os motivos dessa recusa avolumam-se as suspeitas em torno da legalidade de constituição da dita Federação cuja escritura, carecia de ratificação por parte da instituições que a subscreveram o que não foi feito pela totalidade das mesmas.
 
A confirmar-se esta situação o Governo prepara-se para entregar património imobiliário (edifício sede da Casa do Douro) no valor aproximado de 1,5 milhões de euros, a uma entidade que poderá nem estar legalmente constituída. E perante todas estas dúvidas o PSD e o CDS impedem a Ministra da Agricultura e do Mar de prestar os esclarecimentos devidos na Assembleia da República.
 
Face a esta recusa, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou já uma pergunta por escrito para que se conheça a posição do ministério da agricultura, nomeadamente que elações se tiram a partir destas dificuldades. Foi também remetida pergunta ao ministério da justiça para que confirme a legalidade da constituição da Federação Renovação do Douro.

fonte: PCP
 
Este processo só confirma que o Governo está disposto a tudo para levar por diante o seu objetivo de criar as condições para que a comercialização e os grandes produtores, esmaguem os pequenos e médios produtores e aniquilem o sistema de benefício.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

É preciso atacar as práticas comerciais desleais


Julho 08
22:08
2015

O Parlamento Europeu adoptou, no dia 7 de Julho, em Estrasburgo, o relatório do eurodeputado português Nuno Melo sobre o sector das frutas e legumes e a principal do mesmo, é que o Parlamento Europeu exige que a Comissão duplique os seus esforços para fazer face às práticas comerciais desleais na cadeia de aprovisionamento alimentar.

O relatório sublinha que estas práticas desleais e a pressão exercida pela grande distribuição sobre os produtores são as principais causas para que estes não obtenham um rendimento correcto da sua actividade. Os eurodeputados querem que a Comissão defina normas claras de boas práticas na cadeia de aprovisionamento alimentar. É defendida a necessidade de apoio da venda directa dos produtos do produtor ao consumidor para evitar estas situações.

O Parlamento Europeu pede também um aumento das ajudas às organizações de produtores, de modo a que estas possam ser fortalecidas e melhor defender os interesses dos seus associados.

Finalmente, é pedido à Comissão que instaure um processo rápido e eficaz de retirada do produto do mercado, quando existe um excedente de produção, de modo a evitar que o sector entre em crise.

Também foi pedido o reforço das ajudas para a distribuição do leite e frutas nas escolas.

Governo da Madeira cria novo regime para a produção pecuária

08-07-2015 
  
O secretário da Agricultura e Pescas da Madeira, Humberto Vasconcelos, disse que vai entregar na Assembleia Regional uma proposta de decreto legislativo para facilitar e estimular a pecuária na região autónoma.

«Vamos simplificar e adaptar as regras comunitárias, de modo a irem de encontro às pecuárias dos pequenos produtores madeirenses», disse o governante, que visitou o Centro de Ovinicultura e o Centro de Abastecimento Hortofrutícola de Santana, onde reuniu com um grupo de agricultores.

Humberto Vasconcelos sublinhou que o Governo Regional pretende criar um novo regime do exercício da actividade pecuária, de modo a «cumprir com as regras da União Europeia, mas sem criar dificuldades aos produtores».

«No passado, tínhamos leis que não eram as mais correctas para o género de produção animal na região», salientou, considerando que já se nota uma «mudança de paradigma» no sector agro-pecuário madeirense.

«Temos feito visitas aos concelhos para falar com os agricultores, ver explorações, perceber as dificuldades e carências das suas produções e também para visitar instalações públicas», explicou Humberto Vasconcelos, realçando que todos os técnicos estão mobilizados no sentido de por em marcha as novas políticas do governo.

Em Santana, o concelho com maior área agrícola útil da Madeira, o governante aproveitou para explicar como vai funcionar a operação do avião cargueiro, que tem capacidade para 6,5 toneladas e vai entrar em funcionamento em Agosto, voando cinco dias por semana, de terça-feira a sábado, na rota Funchal-Lisboa.

Humberto Vasconcelos aconselhou a aposta no cultivo de anona, considerando ser um produto com grande potencial de exportação. «Já são produzidas 900 toneladas de anona anualmente na Madeira, mas queremos mais», realçou.

Fonte: Lusa

Grupo Carnalentejana abre novo restaurante


por Ana Rita Costa
8 de Julho - 2015
 
O grupo Carnalentejana abriu o seu segundo restaurante em Lisboa. Conta o Observador que fica na Rua das Flores e que se chama 'Vicente'. Vicente? Sim, um nome tradicional que há muitos anos atrás batizava os corvos que povoavam as portas das carvoarias para avisar quando o ar começava a ficar rarefeito. Confuso? Ora leia.

Na Rua das Flores, mais concretamente no número 6, onde fica o novo restaurante, funcionou uma das últimas carvoarias da cidade de Lisboa, facto que deu o mote para o nome do espaço. O conceito, explicou um dos sócios ao Observador, é diferente do primeiro restaurante do grupo e pretende diferenciar-se das outras opções da capital.

A carta é mais pequena, o foco são os peticos e para além das entradas de carne, especialidade do grupo que detém o espaço, existem ainda opções como peixinhos da horta ou pataniscas de bacalhau. Para além disso, os produtos confecionados são todos provenientes de associados da Carnalentejana.

Mas as aberturas não ficam por aqui. Já em agosto nasce um novo restaurante do grupo também em Lisboa, na Praça de Touros do Campo Pequeno.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Angola e Itália com três novos acordos e apoio à agricultura em cima da mesa


LUSA7 de Julho de 2015, às 09:57

Os governos de Angola e de Itália assinaram três instrumentos de cooperação bilateral, com destaque para o desenvolvimento da agricultura, durante a visita do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a Roma, que termina hoje.
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Em causa estão dois memorandos de entendimento sobre cooperação económica e financeira e um terceiro instrumento jurídico sobre consultas políticas entre as diplomacias dos dois países, este envolvendo diretamente os ministérios dos Negócios Estrangeiros italiano e o das Relações Exteriores angolano.

A cooperação económica e o apoio às exportações italianas para Angola, nomeadamente sobre a negociação de seguros e garantia de riscos destas vendas através da Sociedade de Seguro ao Crédito Externo de Itália, integram os dois memorandos de entendimento económico e financeiro, informou o Governo de Angola. Visando nomeadamente desenvolver a indústria e agricultura angolanas, diversificando uma economia dependente das exportações de petróleo.

"Nós vamos aproveitar a experiência e o conhecimento científico de Itália, a capacidade de realização dos seus empresários, para podermos também desenvolver a nossa agricultura, relançar a indústria alimentar e diversificarmos a economia", explicou à imprensa angolana o ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, sobre estes novos acordos.

Nesta área, foi igualmente anunciada a visita a Angola, ainda este mês, do ministro da Agricultura de Itália, Maurizio Martina.

A visita oficial de José Eduardo dos Santos a Itália termina hoje, com reuniões previstas com empresários italianos e dirigentes de organização internacionais com sede em Roma, depois de na segunda-feira o chefe de Estado angolano se ter reunido com o Presidente italiano, Sergio Mattarella, e com o primeiro-ministro, Matteo Renzi.

Este último visitou Luanda precisamente há um ano, na companhia de mais de duas dezenas de empresários, tendo anunciado o objetivo de relançar a cooperação económica entre os dois países.

Na altura foi divulgada a disponibilização de linhas de crédito para investimento italiano, através de Pequenas e Médias Empresas (PME), em Angola, bem como a abertura em Luanda de uma delegação da agência responsável pelas exportações de Itália.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística angolano, Itália foi o 11.º destino das exportações de Angola em 2014, no valor total de 131.736 milhões de kwanzas (965 milhões de euros), equivalente a uma quota de 2,29% do total.

Nas importações, Itália foi o 15.º país nas compras de Angola ao exterior, com uma quota de 1,74% do total e um montante de 49.137 milhões de kwanzas (360 milhões de euros).

Depois de Roma, José Eduardo dos Santos segue para uma visita privada a Espanha, de acordo com a Casa Civil do Presidente.

Trata-se da terceira visita privada a Espanha desde novembro de 2013. Nessa altura, em Barcelona, o Presidente angolano esteve ausente do país por algumas semanas.

PVJ // EL

Lusa/Fim

“Agricultura, pescas, turismo e minas são oportunidades para empresas portuguesas”


06 Jul 2015 Tiago Freire

O governante salienta o muito que há por fazer no seu país e a oportunidade que isso significa para as empresas.

"Agricultura, pescas, turismo e minas são oportunidades para empresas portuguesas"
No momento em que se comemora o primeiro aniversário do actual Governo da Guiné-Bissau, vários factores confluíram para reforçar os laços entre este país e Portugal. Este fim-de-semana foi inaugurada a delegação da AICEP, em Bissau, e hoje começa a visita do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Em entrevista, o ministro guineense da Economia e das Finanças fala das relações económicas entre os dois países e explica o plano para o desenvolvimento do país.

Como classifica o momento da relação entre os dois países?

As relações entre Portugal e a Guiné-Bissau estão numa onda muito positiva. Entre os dois países há um potencial enorme e a abertura da AICEP, em Bissau, vai modificar profundamente esta dinâmica. O nosso desejo é, agora, dimensionar, acelerar, aprofundar e tornar mais visível o relacionamento empresarial entre as duas partes. A nossa expectativa é realmente muito grande.

Quais os sectores que podem chamar a atenção dos empresários portugueses?

Um país como a Guiné-Bissau, em que praticamente tudo está por fazer, é uma grande oportunidade de negócios. Em todas as áreas, praticamente, não há investimentos de vulto. Por exemplo, na área da construção civil, de pequenos serviços, gráfica, pequenas indústrias farmacêuticas... são áreas em que as empresas portuguesas podem perfeitamente ocupar um espaço, sobretudo as pequenas e médias empresas. Estas têm 'know-how', capital, capacidade produtiva, podem perfeitamente vir para cá, trabalhar connosco e ajudar-nos também. Esta é a altura certa das empresas portuguesas começarem a vir trabalhar essas potencialidades.

África é um continente atraente para investidores, sobretudo asiáticos. As empresas portuguesas têm sido as mais decididas no mercado da Guiné-Bissau?

No nosso caso estamos numa fase inicial de atracção de investimento e temos sentido que, de facto, há uma grande dinâmica e entusiasmo dos empresários e empresas portuguesas. Estive em Braga, falei com cerca de 100 empresários que manifestaram claramente a intenção de vir. Portugal e a Guiné-Bissau têm laços muito fortes, são países irmãos, que partilham a mesma língua. E essa é uma vantagem comparativa muito forte das empresas portuguesas. O ambiente de negócios não é o mais adequado, mas estamos a trabalhar no sentido de o melhorar e tornar o país mais atractivo para o investimento estrangeiro.

A instabilidade política já não afugenta os investidores?

Depois das últimas eleições, há um ano, os investidores começam a perceber que há uma nova realidade. Há sinais claros de que o país entrou definitivamente na rota da estabilidade política, o que é importante para a atracção de investimento privado, sobretudo estrangeiro. Poderá haver alguns pequenos percalços, o que é normal numa democracia ainda incipiente e que está a procurar o seu caminho. Mas as coisas estão a mudar e creio que é essa a leitura dos empresários.

A Guiné-Bissau tem recursos naturais importantes. Quais os que serão alvo de um desenvolvimento mais forte?

No nosso plano estratégico, que acabámos de fazer, vemos o desenvolvimento da Guiné-Bissau como uma casa em construção. Este plano é ambicioso, a dez anos, e vai levar-nos a um cenário em que a Guiné-Bissau será um país de desenvolvimento médio, ainda que médio-baixo, com um PIB per capita que estimamos em dois mil dólares.

Como querem chegar lá?

Numa primeira fase, criar os fundamentos como um bom ambiente de negócios e investimento público em infraestruturas - energia, por exemplo, telecomunicações, portos, estradas. Vamos trabalhar também na preservação da nossa biodiversidade e desenvolver o capital humano. E são estes fundamentos que vão, depois, libertar os motores do crescimento da economia. Identificámos quatro motores com enorme potencial: agricultura e agroindústria; pescas; turismo; e minas.

A economia hoje é dominada pela produção de caju...

Somos o quarto produtor mundial - 200 mil toneladas por ano -, mas o maior em termos per capita. O caju é exportado em bruto e o nosso objectivo é gradualmente começar a trazer valor acrescentado, através da sua transformação cá. É um nicho importante, porque a transformação do caju é praticamente zero. Queremos ter, em 2025, pelo menos 40 a 45% do caju para exportação já sob a forma de amêndoa. Isto pressupõe a criação de fábricas. Outra área agrícola importante é o arroz. Nos anos 50 e 60, a Guiné-Bissau era um exportador de arroz e hoje importamos 40% do que consumimos. Até 2020, queremos ser auto-suficientes. É preciso investimento para que, em 2025, o país passe a exportar o arroz. Temos as condições naturais, é preciso é investimento, tecnologia e organização.

E nas outras áreas?

As riquezas são enormes, o nosso mar é dos mais ricos em peixe na zona de África Ocidental. É preciso criar as condições infraestruturais, como um porto de pesca, que acolha o pescado e faça a sua transformação para exportação. Na área do turismo, identificámos dois períodos. No primeiro, até 2020, vamos concentrar-nos apenas nas ilhas Bijagós, para as transformar num destino turístico internacionalmente conhecido nos segmentos da pesca desportiva e do ecoturismo. Não vamos à procura daquele turismo de massas. Bijagós precisa de ser preservado. Numa segunda fase, a partir de 2020, trabalhar também no turismo de média-gama no continente,para que, em finais de 2025, a Guiné-Bissau possa acolher pelo menos 300 mil turistas por ano. Nesta área, Portugal tem também muita experiência, incluindo na construção de hotéis.

E nas minas?

Temos duas reservas identificadas e comprovadas. A reserva de bauxite e a reserva de fosfato. Fala-se de petróleo, mas são reservas não confirmadas. Nas minas, vamos criar primeiro o quadro legal e regulamentar que possibilite a exploração transparente desses recursos. A exploração poderá começar a partir de 2020 mas vai exigir grandes investimentos.

Sogrape distinguida como “Golden Company”


07 Jul 2015 < Início < Notícias

O Investor Relations & Governance Awards (IRG Awards) é uma iniciativa da Deloitte que pretende premiar o que de melhor se faz no mercado financeiro português. No ano de estreia da categoria Golden Company, a Sogrape recolhe mais um importante galardão para a sua montra de sucesso
A Sogrape é a primeira empresa a ser distinguida com o Prémio Golden Company, uma nova categoria incluída no Investor Relations & Governance Awards (IRG Awards), iniciativa com que a Deloitte distingue, há 28 anos, as empresas e personalidades que se destacam nas políticas e atitudes de transparência e qualidade na produção de informação e nas relações com os seus stakeholders.
O prémio foi entregue ao CEO da Sogrape, Fernando da Cunha Guedes, em cerimónia que decorreu ontem, dia 2 de julho, no Convento do Beato, em Lisboa, perante muitos dos principais nomes do setor financeiro e empresarial nacional.
Na ocasião, Fernando da Cunha Guedes agradeceu a preferência do prestigiado júri do IRG Awards, tendo sublinhado que "apesar de não ser uma empresa cotada em bolsa, a qualidade e quantidade de informação disponível, a adoção das melhores práticas de controlo interno e a garantia de um adequado modelo de governance são para a Sogrape uma necessidade".
Com uma história de mais de 70 anos, e que desde o primeiro momento se caracterizou por fortes valores na construção de um futuro sólido e cada vez mais ambicioso, este prémio simboliza uma importante homenagem à cultura empresarial que fez da Sogrape a principal empresa de vinhos em Portugal.

Novas regras para receitas médico-veterinárias já estão em vigor


por Ana Rita Costa
7 de Julho - 2015
 
O Regulamento de Prescrição e Certificação entrou em vigor no passado dia 30 de junho, passando a serobrigatória a aposição de vinheta médico-veterinária em todas as receitas médico-veterinárias, boletins sanitários de animais de companhia e certificados emitidos pelos médicos Veterinários no exercício da sua atividade.

De acordo com a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), "a obrigatoriedade de aposição de vinheta médico-veterinária permitirá uma maior dignificação da receita médico veterinária e combater mais eficazmente o crime de usurpação de funções."

Para facilitar a utilização da vinheta eletrónica, a OMV criou recentemente um sistema informático que autoriza que os responsáveis dos softwares de gestão veterinária mais utilizados nos CAMV's e empresas veterinárias permitam o acesso direto a esta.

Veja o Regulamento de Prescrição e Certificação:

Assunção Cristas defende que solução para a crise do leite não é só da responsabilidade da UE


por Ana Rita Costa
7 de Julho - 2015
 
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, defendeu na passada semana que a solução para a crise do preço do leite no mercado europeu não pode ser apenas da responsabilidade da União Europeia. A ministra respondia aos produtores de leite açorianos, que se têm mostrado preocupados com os preços do leite.

"Quando me falam do problema do leite nos Açores, e eu partilho desse problema, a minha resposta é sempre esta: se nós tivéssemos tanta e tanta produção que, comparando com as oportunidades do mundo, nos dissessem que é impossível, eu estaria muito preocupada. Assim, estou preocupada e partilho as vossas preocupações, mas acho que a solução também tem que estar nas nossas mãos", defendeu Assunção Cristas.

A ministra da Agricultura falava no primeiro congresso nacional dos jovens agricultores, em Ponta Delgada, e lembrou que teve que 'lutar' sozinha contra a 'destruição' do regime de quotas leiteiras.

A responsável pela pasta da agricultura indicou ainda que o país tem tentando apresentar medidas para fazer face ao fim das quotas. "Portugal foi dos primeiros países, talvez o único, que já colocou soluções concretas em cima da mesa. Até abril passado estavam todos relativamente pouco preocupados. Mais, na reta final, muitos dos países estavam preocupados era em fugir às penalizações por terem excedido a quota."

Assunção Cristas sublinhou também que o país é autossuficiente em leite, resultado do "extraordinário trabalho" feito nos Açores, mas que ainda tem trabalho a fazer para ser autossuficiente em laticínios.

Internacionalização da casta Touriga Nacional


Julho 07
21:39
2015

A casta Touriga Nacional, considerada por muitos como a casta tinta mais representativa dos vinhos de Portugal, começa agora a ser plantada no estrangeiro e a ser bastante elogiada pela crítica, tornando-se numa nova embaixadora dos vinhos portugueses.

A crescente internacionalização e o reconhecimento pela grande qualidade dos vinhos portugueses têm levado ao interesse em castas nacionais, que começam agora a ser plantadas um pouco por todo o mundo.

Neste momento, na Argentina, um vinho composto por 80% da casta de uva Malbec (a principal variedade utilizada naquele país) e 20% de Touriga Nacional aparece na categoria dos vinhos excepcionais, com classificação de 18,5/20.

Neste momento, já estão a ser trabalhados vários tipos de misturas englobando a Touriga Nacional, não só na Argentina, mas também na Austrália, com a casta Shiraz e na Califórnia, com a casta Cabernet, que começam a dar resultados muito positivos.

Entre nós é fundamental que se mantenha e preserve a identidade desta casta, de modo a promover este património genético único e garantir a sua identificação em todo o mundo.

CE publica lista de doenças animais ocorridas este ano: Portugal sem nenhum registo

 07 Julho 2015, terça-feira  Produção Animal

A Comissão Europeia publicou uma lista atualizada a 6 de julho, de doenças animais que se produziram na Europa no ano de 2015 até ao momento, com a informação a ser recolhida pelo Sistema de Notificação de Doenças Animais.
A lista reúne cada caso de doença ocorrido, o país onde se deu a incidência, o número de focos por país e a data do último foco. A lista também está segmentada por países, sendo possível saber as doneças ocorridas, número de focos e data do último caso. Em Portugal, não foi registada qualquer doença animal desde o ínicio de 2015.
Fonte: Agrodigital.

Azeite: novo acordo mundial deverá ser obtido em outubro de 2015

 01 Julho 2015, quarta-feira  Olivicultura

Um novo acordo sobre o azeite e as azeitonas de mesa, que vai substituir o estabelecido em 2005, deve ser alcançado em outubro de 2015.
A notícia foi avançada esta semana através de um comunicado do Conselho Oleícola Internacional, que reuniu em Madrid, Espanha.
O Conselho, que reuniu na capital espanhola, chegou a um consenso que dá mais peso aos países consumidores e que deverá ser aprovado em Genebra, na reunião que decorrerá entre os dias 5 a 9 de outubro deste ano.
Neste acordo é introduzido um novo processo de decisão para a definição das normas de qualidade internacional para o azeite e as azeitonas de mesa. Aquele organismo decidiu ainda criar um grupo de trabalho que irá organizar uma conferência sobre a Xylella fastidiosa para 2016.
Saiba mais aqui (via Agronegocios.eu).

Já chegou ao mercado o primeiro iogurte feito com cerejas do Fundão

 07 Julho 2015, terça-feira  Pequenos Frutos

As cerejas do Fundão chegaram aos iogurtes e prometem estar presentes no frigorífico dos portugueses durante todo o ano.
A Yonest aceitou o desafio da Câmara Municipal do Fundão e criou aquele que é o primeiro iogurte em que as cerejas da região são protagonistas.
O Yonest Cereja do Fundão é, assim, «o primeiro iogurte grego feito a partir das verdadeiras cerejas do Fundão, utilizando uma cremosa e suave polme retirada do fruto», lê-se num comunicado enviado às redações.
De acordo com a Yonest, este iogurte «promete a mesma frescura, textura suave e baixo teor calórico de sempre» associado ao fruto da região do interior.
Este novo iogurte, diz a empresa, está à venda no El Corte Inglés, no Caffe Yogurtman, no Saldanha (Lisboa), e em todos os revendedores Yonest.
Cada unidade custa 2,75€, preço de lançamento, e pode ser ainda adquirida sob a forma de batido.

4,4% das frutas e legumes importados não estão conforme legislação europeia


Julho 07
12:03
2015

Em 2014, 4,4% dos controles efectuados pela Comissão Europeia (CE) a frutas e legumes provenientes de países terceiros, revelaram não conformidade com as normas fitossanitárias da União Europeia (UE), o que levou à apreensão desses produtos.

Bruxelas publicou, recentemente, a lista dos produtos que foram sujeitos a inspecção.

Foram inspeccionados, durante o ano de 2014, 100.000 lotes de frutas e legumes chegados às fronteiras da UE, sendo que 11.000 foram objecto de análises laboratoriais que indicaram 496, ou seja, 4,4%, não conformes com a legislação europeia. Este número é um pouco superior a 2013, onde a percentagem de lotes não conformes foi de 4,1%.

Mesmo assim, houve uma melhoria em certos produtos, que acabaram por ser retirados da lista de produtos suspeitos, como as toranjas da China (testadas para resíduos de pesticida), as laranjas do Egipto (também testadas para resíduos de pesticida), a menta e o basílico da Tailândia (testados para Salmonella), o caril da Índia (testado para aflatoxinas) e os morangos congelados da China (testados para norovírus e a Hepatite A).

Em sentido inverso, vários novos produtos foram incluídos na lista dos suspeitos, como as beringelas e o aipo da China, os espargos do Cambodja, as uvas de mesa do Peru, as folhas de parreira da Turquia, as pitaias do Vietname, as folhas de bitel da Índia e da Tailândia, os grãos de sésamo da Índia, os enzimas da Índia, os amendoins do Sudão e as ameixas secas da Turquia.

Os produtos constantes desta lista são sujeitos a inspecções regulares, à entrada nas fronteiras da UE.

As ajudas da PAC são responsáveis por 22% do rendimento dos agricultores

Julho 07
12:06
2015

Segundo um relatório da Comissão Europeia, publicado no dia 26 de Junho, os apoios directos da PAC são responsáveis por 22% do rendimentos dos agricultores europeus.

Trata-se de um valor médio, existindo, ainda, grandes  assimetrias entre os vários países.

O sector agrícola passou por uma situação difícil em 2014, com uma baixa generalizada do preço dos produtos e, também, devido ao embargo russo, tendo sido as ajudas da PAC que contribuíram para um equilíbrio nas contas dos agricultores.

Em termos globais, os rendimentos agrícolas diminuíram 8% entre 2003 e 2013 e continuam inferiores à média dos sectores produtivos da UE. Contudo, ao mesmo tempo que os rendimentos baixavam na UE a 15 (países mais antigos), eles subiam cerca de 43% na UE a 13 (novos países aderentes, sem a Croácia).

Este relatório vai agora ser analisado pelo Parlamento Europeu e servirá, seguramente, de base para a proposta de orçamento comunitário para 2016, a apresentar por aquele órgão.

França investiga novos cereais resistentes à seca


Julho 07
21:38
2015

O Instituto Nacional de Investigação Agronómica francês (INRA) está a desenvolver um grande trabalho sobre as alterações climáticas, no sentido de estudar as melhores estratégias de adaptação dos cereais ao aquecimento global.

O trabalho passa por simular as secas do amanhã, de modo a seleccionar as variedades resistentes. Este dispositivo pretende vir a conceber as futuras variedades de cereais que estarão adaptadas às condições atmosféricas previstas.

A zona de investigação é composta por 4 estruturas metálicas, instaladas sobre rails e cobertas com um material plástico transparente e muito resistente.

Cada um destes abrigos móveis tem a possibilidade de ser movimentado em caso de chuva, para proteger uma centena de micro-parcelas, de um metro por dois, contendo variedades diferentes de plantes, como trigo, milho, colza, girassol, etc. Esta plataforma, única no género, tem a capacidade de testar muitas variedades diferentes, uma vez que dispõe de 800 micro-parcelas, das quais metade serve como testemunho.

A partir da próxima Primavera, os investigadores vão submeter estas plantas a um stress hídrico e a um aumento de CO2 no ar ambiente. A partir de 2016 a instalação será dotada de um pequeno robot, o phenomobil, que é equipado com sensores e que se movimentará por cima das parcelas, a fim de medir várias vezes por dia as características das plantas que estão a ser estudadas.

Um dos parâmetros a ser analisado é a quantidade de azoto existente nas folhas, que é um dado que permite compreender melhor a resposta ao stress hídrico.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Os brancos de Milfontes dos dinamarqueses de Cortes de Cima


Por Pedro Garcias
04.07.2015

Em 2008, os proprietários de Cortes de Cima, na Vidigueira, compraram uma propriedade perto de Vila Nova de Milfontes para fazer vinhos brancos de qualidade. Os primeiros vinhos não foram totalmente convincentes, mas as últimas colheitas parecem demonstrar que a proximidade do mar pode ser mesmo uma bênção para os brancos do Alentejo.
Há evidências a que não podemos fugir. Salvo raríssimas excepções, não há maneira de fazer grandes vinhos brancos no Alentejo com as castas típicas da região, a começar pela Antão Vaz. Esta variedade é demasiado produtiva e avantajada (como alguém dizia, só os bagos pequenos têm pedigree) e o clima alentejano também não permite sonhar com acidezes altas e vinhos frescos. As tais excepções podem vir da serra de São Mamede, de Estremoz e da Vidigueira, o solar da Antão Vaz. Mas mesmo aqui não é fácil fazer vinhos interessantes.

Hans Jorgensen e Carrie Jorgensen, os donos de Cortes de Cima, herdade situada precisamente na Vidigueira, demoraram alguns anos a chegar a essa conclusão e só depois de terem estudado e comparado minuciosamente as temperaturas no interior do Alentejo com as da zona de Vila Nova de Milfontes, junto à costa. "Quando na Vidigueira fazem 35 graus, em Vila Nova de Milfontes estão 25. Há uma diferença de dez graus entre as duas zonas", garante Hamilton Reis, o chefe de enologia da empresa.

Com estes dados na mão, os proprietários de Cortes de Cima decidiram plantar vinhas perto de Milfontes para fazer brancos à altura dos belos tintos que produzem na Vidigueira e começaram a retirar os frutos desse investimento com o seu branco 2013, que, depois de ter sido o mais pontuado num concurso internacional, foi transformado por certa imprensa portuguesa no "melhor vinho do mundo". Um exagero, claro. Este branco, feito com uvas de Viognier da Vidigueira e de Sauvignon Blanc e Alvarinho de Milfontes, até nem é um bom exemplo do salto em frente dado com a compra, em 2008, da Herdade do Zambujeiro Velho, a poucos quilómetros do mar. Nem é um vinho do interior, nem é da costa, nem é um branco de inox, nem é um branco de barrica assumido. Como já escrevemos aqui, "é um branco confuso, tanto no aroma como no sabor". "Ainda mais porque uma parte do lote fermentou em barrica. Cheira de forma efusiva e é gordo na boca, mas falta-lhe precisão, pureza, harmonia e um pouco mais de frescura." E a culpa maior reside na madeira (mal assumida) e na Viognier, uma casta que, mesmo no seu terroir de eleição, a zona de Condrieu, no vale do Ródano, em França, origina vinhos bastante alcoólicos e com pouca acidez, embora muito ricos de aroma e sabor (de tipo exótico).

Bem melhores do que o tal "melhor vinho do mundo" são o Cortes de Cima Sauvignon Blanc e o Cortes de Cima Alvarinho, dois monovarietais de 2014 que Hamilton Reis mostrou num almoço cheio de maresia no restaurante Boa Nova, em Leça da Palmeira. O resultado foi magnífico, com o Sauvignon Blanc a mostrar-se tão verde e fresco como o molho de algas que sobressaía num prato com percebes, camarão e outras delícias marinhas, e o Alvarinho a fugir um pouco do seu perfil minhoto, mais cítrico e maduro, e a revelar uma proximidade inusitada ao Sauvignon, na sua vertente mais verde e raçuda. Uma bela surpresa.

A proximidade do mar levanta grandes desafios vitivinícolas: mais doenças da vinha, mais tratamentos fitossanitários, maior despesa. Mas, na ausência de montanhas, a brisa atlântica pode ser uma bênção para os vinhos brancos do Alentejo. Nos tintos é diferente. Com bons terrenos e água para regar as vinhas, é mais fácil contornar o efeito da planura, da baixa pluviosidade e do calor elevado. Mas, mesmo com o recurso à rega e à importação de castas com maior acidez, não é possível fugir à marca climática do Alentejo.

Ora, respeitar a tipicidade da região e saber conviver com isso é um verdadeiro programa víticola. Os vinhos do Alentejo têm um perfil bem definido e ainda bem que são assim. Podem não ter a frescura natural de vinhos de outras regiões menos quentes, mas, em contrapartida, são mais macios e frutados, dois atributos muito apreciados pelo consumidor global.

O Cortes de Cima Touriga Nacional 2012 é, a este respeito, muito didáctico, com uma identidade muito própria, ligada às origens. Enquanto no Dão, por exemplo, a Touriga Nacional dá vinhos mais balsâmicos e delicados, no Alentejo proporciona vinhos mais frutados, volumosos e macios. Este tipicismo está bem patente no Cortes de Cima, um vinho de uma exuberância aromática extraordinária, bem apimentado pelo estágio em barrica e com uma estrutura de taninos sólida mas aveludada.

É o tipo de vinho capaz de agradar a consumidores de qualquer canto do mundo, menos aos enófilos que acham a fruta uma chatice. Moderno na sua polidez e elegância, bebe-se com gulodice a acompanhar qualquer tipo de carne. E não é mais quente do que a maioria dos monovarietais de Touriga Nacional que se fazem no Douro, por exemplo, apesar de ser um vinho com a madureza do Alentejo interior.   

Produção agrícola mundial vai aumentar nos próximos 20 anos



 06 Julho 2015, segunda-feira  Agroindústria

Segundo um relatório publicado pela organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a produção agrícola mundial vai aumentar nos próximos dez anos e apesar da procura, sobretudo nos países emergentes, também aumentar, não é de excluir crises nos mercados, devido a excessos de oferta.
Os setores cuja produção se espera que aumente mais são o açúcar e as carnes.
Os preços dos produtos agrícolas devem, assim, continuar em baixa, apesar dos mercados deverem atingir uma certa estabilidade, depois da volatilidade que apresentaram no início deste século.
Um fator que vai pesar nos preços é o aumento de produtividade na Ásia, na Europa e na América do Sul e o avanço das terras agrícolas na América do Sul.
Os grandes exportadores agrícolas vão continuar a ser os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia, o Brasil e a Argentina.
A procura mundial por parte dos países em desenvolvimento deve estabilizar e um exemplo disso é a China, que já reduziu fortemente as suas importações de leite em pó.
Um continente que continuará muito fragilizado é a África, com as produtividades a continuarem muito baixas e a necessidade de importar a ser grande. Contudo, a capacidade de comprar vai depender muito das políticas regionais.
Ler aqui.

Identificação de Vinhas no Douro passa a ser online



 06 Julho 2015, segunda-feira  Viticultura

Os 23 mil produtores da região demarcada passam a aceder através da internet a toda a informação sobre as suas parcelas de vinha, incluindo a identificação que era feita no terreno por fiscais do instituto público.
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) lançou uma plataforma eletrónica para que a informação integrada sobre parcelas de vinha fique «à distância de um clique».
No Portal do Viticultor, com acesso a uma área reservada, este processo de transmissão de informação com as autoridades torna-se «mais célere e preciso», permitindo a obtenção automática da pontuação de quatro fatores: localização, altitude, inclinação e exposição.
Manuel de Novaes Cabral, presidente do instituto público que regula o processo produtivo, faz a promoção e garante o controlo da qualidade e quantidade dos vinhos do Douro e Porto, destacou a interoperabilidade e a auto-declaração como características desta nova ferramenta.
Uma alteração relevante, já que, até agora, eram os fiscais do instituto a fazer a georreferenciação no terreno, numa região com cerca de cem mil parcelas.
Com a declaração online, esta medida «dá uma resposta rápida, diminui custos de contexto e garante objetividade e um enquadramento estável na articulação» com os agentes económicos, acrescentou o responsável máximo da mais antiga região demarcada do mundo, onde a classificação da vinha influencia diretamente o rendimento dos perto de 23 mil viticultores.
Em comunicado, o IVDP explica que a plataforma surge depois da implementação do Sistema de Informação Geográfica da Vinha da RDD que, com a uniformização dos critérios de medição das parcelas de vinha, estabilizou a área sobre a qual é calculado o «benefício», que é a quantidade de mosto, definida anualmente, que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto.
Em 2014, a região registou vendas de 493,4 milhões de euros, incluindo os vinhos do Porto, DOC (denominação de origem controlada) Douro, moscatel, espumante e vinho regional duriense. O mais famoso vinho português representou 73,5% do total do negócio, ainda que o seu peso relativo tenha caído dez pontos percentuais nos últimos oito anos.
Fonte: Jornal de Negócios (via Agronegócios).

Lisboa acolhe mercado de produtos agroalimentares do interior do país



 06 Julho 2015, segunda-feira  Hortofruticultura & FloriculturaIndústria alimentar

A parceria Loja do Intendente - Produtos e Territórios, constituída por seis Associações de Desenvolvimento Local (ADL's), vai estar no próximo dia 18 de julho, pelas 16h00, com os produtos dos territórios rurais, de Bragança a Reguengos de Monsaraz, no Largo do Intendente, em Lisboa.
Integrado no programa dinamizado na capital "Intendente em Festa", o conjunto de ADL's vai dinamizar um mercado naquela zona intervencionada de Lisboa.
Os vinhos, enchidos, doces e compotas, azeites, mel e artesanato do Nordeste Transmontano, da Serra de Sicó, do Pinhal Interior do Sul, Ribatejo Interior, Norte Alentejano e do Alentejo Central serão os artigos a comercializar, entre as 16 e 20h00 daquele sábado, 18 de julho.
Esta iniciativa está inserida no projeto" Loja do Intendente - Produtos e Territórios" que tem previsto o surgimento de um novo espaço de promoção e comercialização dos produtos locais e artesanato destas regiões, com um programa de animação associado.
Além de uma loja agroalimentar, o espaço terá uma cafetaria e uma zona de exposições, com intuito de dar a conhecer e valorizar as potencialidades dos 38 municípios que compõem esta parceria.
A parceria é constituída pela CoraNE - Terra Fria Transmontana, Terras de Sicó, Pinhal Maior - Pinhal Interior Sul, ADER-AL - Norte Alentejo, MONTE-ACE - Alentejo Central e TAGUS - Ribatejo Interior, conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e tem como objetivo despertar o interesse por quem está ou passa pela capital por outras regiões do país. 

Lisboa: ISA promove demonstração do projeto “Vinbot” nas vinhas da Tapada

 06 Julho 2015, segunda-feira  Tecnologia

A 16 de julho de 2015 terá lugar no Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa, das 10h00 às 13h00, uma sessão dedicada ao projeto "Vinbot", e que conta com uma ação de demonstração do funcionamento do robô nas vinhas da Tapada.
A iniciativa realiza-se no âmbito da III reunião geral de um projeto de investigação europeu intitulado "Autonomous cloud-computing vineyard robot to optimise yield management and wine quality", (VINBOT - Grant Agreement FP7- SME-2013-2, 605630), conjuntamente com vários parceiros, e do qual o ISA faz parte.

A inscrição no evento é gratuita sendo apenas necessário preencher o formulário de inscrição: https://app.weventual.com/detalheEvento.action?iDEvento=2093

O projeto "Vinbot" tem por objetivo a criação de um veículo autónomo todo-o-terreno munido com um conjunto de sensores para captura de informação diversa (imagens, 3D, NDVI) com vista à obtenção de uma estimativa da produção e vigor da videira.
Para saber mais sobre este projeto clique aqui: http://vinbot.eu/

Madeira: Governo direciona agricultores para a «nova realidade da exportação»



 06 Julho 2015, segunda-feira  Hortofruticultura & Floricultura
O presidente do Governo da Madeira anunciou que o executivo vai direcionar os agricultores e produtores regionais para a «nova realidade da exportação», com a entrada em funcionamento em agosto de um avião cargueiro.
«Vamos provar, nestes quatro anos, que aquela ideia de que a agricultura madeirense não é viável e não gera rendimento não é verdade», disse Miguel Albuquerque, no decurso de uma visita à Feira Agropecuária do Porto Moniz, no norte da ilha.
O chefe do executivo destacou a importância da operação do avião cargueiro, operado pela empresa madeirense FlyMii, com capacidade para 6,5 toneladas, que vai voar cinco dias por semana, de terça-feira a sábado, na rota Funchal-Lisboa, transportando essencialmente produtos hortícolas, frutícolas e peixe.
A FlyMii pode ainda colocar os produtos regionais em diversos pontos da Europa, a preços competitivos, com base em parcerias com outras companhias.
«Precisamos de desmistificar aquela ideia de que a Madeira não tem capacidade de penetrar nos mercados europeus», disse Miguel Albuquerque, realçando acreditar na «realidade» e «capacidade» da agricultura regional.
O presidente do governo destacou, ainda, outras medidas que o executivo pôs em marcha em apenas 70 dias de exercício, como a reativação do seguro agrícola e a publicação de um diploma que obriga as entidades e empresas publicas a darem preferência aos produtos da Madeira.
Miguel Albuquerque garantiu, também, que vai simplificar e adaptar à região as regras comunitárias relacionadas com a pecuária, bem como facilitar o acesso aos produtos fitossanitários.
Fonte: Lusa 

Dacian Ciolos assessor especial em segurança alimentar internacional

06-07-2015 
  
O romeno Dacian Ciolos, anterior comissário europeu da Agricultura, regressa a a Bruxelas. O presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker decidiu contar com Ciolos como assessor especial em segurança alimentar internacional.

Ciolos irá trabalhar com vários membros da Comissão Europeia na contribuição comunitária perante o desafio global que supõe a escassez de recursos naturais, a crescente população mundial e as mudanças climáticas.

Dacian Ciolos foi comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural entre 20120 e 2014 duranta o seu mandato e levou a cabo a Reforma da Política Agrícola Comum (PAC) 2015-2020.

Fonte: Agrodigital

Governo da Madeira direcciona agricultores para a «nova realidade da exportação»

 06-07-2015 
 
 
O presidente do Governo da Madeira anunciou que o executivo vai direccionar os agricultores e produtores regionais para a «nova realidade da exportação», com a entrada em funcionamento em agosto de um avião cargueiro.

«Vamos provar, nestes quatro anos, que aquela ideia de que a agricultura madeirense não é viável e não gera rendimento não é verdade», disse Miguel Albuquerque, no decurso de uma visita à Feira Agropecuária do Porto Moniz, no norte da ilha.

O chefe do executivo destacou a importância da operação do avião cargueiro, operado pela empresa madeirense FlyMii, com capacidade para 6,5 toneladas, que vai voar cinco dias por semana, de terça-feira a sábado, na rota Funchal-Lisboa, transportando essencialmente produtos hortícolas, frutícolas e peixe.

A FlyMii pode ainda colocar os produtos regionais em diversos pontos da Europa, a preços competitivos, com base em parcerias com outras companhias. «Precisamos de desmistificar aquela ideia de que a Madeira não tem capacidade de penetrar nos mercados europeus», disse Miguel Albuquerque, realçando acreditar na «realidade» e «capacidade» da agricultura regional.

O presidente do governo destacou, ainda, outras medidas que o executivo pôs em marcha em apenas 70 dias de exercício, como a reactivação do seguro agrícola e a publicação de um diploma que obriga as entidades e empresas publicas a darem preferência aos produtos da Madeira.

Miguel Albuquerque garantiu, também, que vai simplificar e adaptar à região as regras comunitárias relacionadas com a pecuária, bem como facilitar o acesso aos produtos fitossanitários.

Fonte: Lusa


Eurodeputados debatem medidas de protecção para melhorar capacidade de negociação dos agricultores

06-07-2015 
 

 
Os eurodeputados debatem como ajudar os agricultores e pecuários europeus a melhorar a sua capacidade de negociação, a sua competitividade e resistência às mudanças do mercado.

A votação será na próxima terça-feira, para duas resoluções não legislativas nas quais o Parlamento Europeu solicita à Comissão Europeia que garanta oportunidades de exportação para a produção vetada no mercado russo.

As duas resoluções, não vinculantes, dizem respeito ao sector do leite e outra dirigida ao sector das frutas e hortícolas, as quais insistem que a União Europeia deve procurar um melhor equilíbrio na cadeia de distribuição de alimentos, melhorar a supervisão do mercado do leite, introduzir ferramentas mais adequadas para lidar com as turbulências nos mercados e oferecer incentivos aos agricultores e pecuários para que juntem forças nas organizações de produtores.

Os eurodeputados também pedem aos Estados-membros para utilizar os instrumentos do "Pacote Lácteo", depois do fim as quotas leiteiras no passado dia 31 de Março, e solicitam à Comissão que ajude os agricultores e pecuários a encontrar novas oportunidades de exportação, em especial actualmente, que a Rússia prolongou o embargo aos alimentos da União Europeia.

Fonte: Agrodigital

Parlamento Europeu debate acordo comercial com os EUA

06-07-2015 
 

 
O Parlamento Europeu inicia esta segunda-feira uma sessão plenária, que será dominada pela vitória do "não" no referendo da Grécia mas também pela segunda tentativa de fazer recomendações sobre o acordo comercial com os Estados Unidos da América, temas a debater na terça-feira, em Estrasburgo.

Na terça-feira de manhã, será debatida uma resolução do Parlamento Europeu (PE) sobre o acordo de comércio livre, conhecido por TTIP (sigla inglesa para Transatlantic Trade and Investment Partnership), com recomendações à Comissão Europeia sobre como esta deve actuar nas negociações com os Estados Unidos da América (EUA).

A votação da resolução está marcada para quarta-feira, numa segunda tentativa de conciliar as posições dos eurodeputados, depois de não ter sido possível, em Junho, conciliar as divergências designadamente entre os principais grupos políticos: Partido Popular Europeu e Socialistas e Democratas.

Também na terça-feira, a partir das 15:00 (14:00 de Lisboa), a situação da Grécia dominará o debate com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Já hoje, o PE vai debater os desafios que se colocam ao sector dos lacticínios desde o fim das quotas leiteiras, em 31 de Março. A volatilidade dos preços, o impacto do embargo russo e a necessidade de prestar especial atenção às regiões ultraperiféricas, como os Açores, são alguns dos assuntos abordados num relatório que vai será votado na terça-feira e que tem o eurodeputado Ricardo Serrã, como relator-sombra. A produção de leite é a principal actividade económica nos Açores, representando cerca de 46 por cento da economia regional.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Previsto défice de açúcar a nível mundial em 2015/2016

06-07-2015 
  
Após cinco anos consecutivos com excesso de produção de açúcar a nível mundial, para a campanha 2015/2016 prevê-se um défice no equilíbrio oferta/procura, segundo a última informação trimestral do Rabobank que, no entanto, não se mostra muito optimista porque considera que este défice terá apenas um efeito limitado nos preços.

A produção de açúcar na Índia e na Tailândia é melhor do que o esperado, o que consolidará o excesso de oferta previsto para 2014/2015. As existências podem atingir níveis recorde.

O mercado do açúcar atravessa uma situação complicada, dominada pelas abundantes existências e o desequilíbrio entre a oferta e a procura. Em relação aos preços, o Rabobank estima que podem baixar ainda mais. A meteorologia é outro factor que pode influenciar o desenvolvimento da campanha.

Fonte: Agrodigital

domingo, 5 de julho de 2015

Incêndios. Área ardida mais do que triplicou este ano


     
03/07/2015 17:05 107 Visitas   

José Sérgio/SOL
Incêndios. Área ardida mais do que triplicou este ano


 
A área ardida este ano mais do que triplicou em relação ao mesmo período de 2014, tendo os incêndios consumido 17.808 hectares de floresta, segundo o Instituto da Conservação da Natureza das Florestas (ICNF). 

                
O relatório provisório de incêndios florestais do ICNF adianta que, entre 01 de janeiro e 30 de junho, registaram-se 7.244 ocorrências de fogo, mais 4.294 do que em idêntico período do ano passado, quando tinham ocorrido 2.950.


Os 7.244 incêndios resultaram em 17.808 hectares de área ardida, entre povoamentos (8.395 hectares) e matos (9.413 hectares), mais 12.007 do que em 2014, quando as chamas consumiram 5.801 hectares, refere o mesmo documento.


"Comparando os valores do ano de 2015 com o histórico dos últimos 10 anos, destaca-se que se registaram mais 15 por cento de ocorrências relativamente à média verificada no decénio 2005-2014 e que ardeu mais 44% do que o valor médio de área ardida nesse período", indica o ICNF, acrescentando que 2005, 2009 e 2012 são os que registaram valores de área ardida superiores ao deste ano.


De acordo com o relatório, até 30 de junho há registo de 351 reacendimentos, mais 35 do que a média dos últimos 10 anos.


O ICNF indica também que os distritos do Porto (1.559), Braga (913) e Vila Real (732) são os que registaram, até 30 de junho, mais ocorrências de fogo, sendo a maioria de reduzida dimensão.


Já, os distritos de Viana do Castelo, Viseu e Braga foram os mais afetados pela área ardida, com 3.418, 2.698 e 2.413 hectares, respetivamente.


O relatório indica também que o maior número de ocorrências de fogo registou-se em junho (2.047), seguindo-se março (1.992), enquanto os meses com mais área ardida foram em abril (6.614) e março (4.872).


"Depois de uma primavera com valores de ocorrências mensais superiores às médias" dos últimos dez anos, o mês de junho registou também um número de incêndios superior em 15% ao último decénio, adianta o ICNF, sublinhando que "o valor da área ardida no primeiro mês do verão (3.243 hectares) é idêntico" dos últimos dez anos.


O segundo relatório deste ano do ICNF sobre os fogos indica ainda que se registaram 24 grandes incêndios que queimaram 7.407 hectares de espaços florestais, ou seja, cerca de 41,6 por cento do total da área ardida até 30 de junho.


O maior incêndio ocorreu a 02 de abril em Pessegueiro do Vouga, distrito de Aveiro.


Lusa/SOL

Dez ovelhas mortas por cães

 O proprietário do rebanho contabiliza um prejuízo de 3 mil euros. Por Helga Nobre Dez ovelhas foram mortas por uma matilha de quatro cães, numa propriedade junto à praia da Samoqueira, no concelho de Sines, confirmou o veterinário municipal, Hugo Viegas. O caso ocorreu no último sábado, quando os cães entraram pela cerca onde se encontrava o rebanho e mataram dez ovelhas, deixando outras 24 com ferimentos, adiantou fonte da GNR. As carcaças dos animais permaneceram no local durante o fim de semana e só foram recolhidas esta terça-feira pelo SIRCA - Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração – organismo do Ministério da Agricultura, depois de contactado pelo proprietário. "Os animais permaneceram no local por não haver recolha ao fim de semana e, segundo o SIRCA, só na segunda-feira é que o proprietário do rebanho contactou aquele organismo", explicou Hugo Viegas. O dono dos cães, autocaravanista de nacionalidade francesa, já foi notificado pelas autoridades e entretanto terá chegado a acordo com o proprietário do rebanho que estima um prejuízo de cerca de 3 mil euros. Os animais mortos foram recolhidos para incineração. 

“A UE tem a política climática mais avançada do mundo”


RICARDO GARCIA 05/07/2015 - 08:04
Entrevista a Humberto Rosa, ex-secretário de Estado do Ambiente e director de adaptação e tecnologias de baixo carbono na Comissão Europeia.

 
Humberto Rosa fotografado em Lisboa em 2012 RUI GAUDÊNCIO/ARQUIVO

Há três anos a dirigir a área de adaptação e tecnologias de baixo carbono da comissão europeia, o ex-secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, diz que a conferência climática de Paris, no final do ano, não será uma varinha mágica que solucionará o problema do aquecimento global. A Europa, afirma, está a liderar nos esforços contra as alterações climáticas. Mas a China pode-se tornar um gigante verde. O PÚBLICO conversou com Humberto Rosa em Bruxelas.

É possível viver sem combustíveis fósseis em 2100?
Não só é possível, como é indispensável a longo prazo. Não podemos assentar o nosso desenvolvimento e bem-estar numa fonte esgotável de energia. Estamos a trilhar um caminho na Europa, desde logo com metas de redução de emissões até 2030 e outras pré-estabelecidas até 2050. Provavelmente não é possível com a tecnologia actual passar a zero. Mas já existe muita tecnologia disponivel para atingirmos pelo menos as nossas metas presentes. E com a inovação tecnológica que está fertilmente a aparecer em toda a parte, não me parece que seja um cenário muito fantasista.

Descarbonizar os processos industriais parece ser o mais difícil. Como vamos conseguir isso?
Muito do que é necessário para o sector industrial depende de inovação. E na revisão do sistema europeu de licenças de emissão está previsto um fundo, que é continuação do programa actual NER 300, com a receita de mais de 400 milhões de licenças, para financiar projectos inovadores. Já há no pipeline muita informação fervilhante a aparecer em muitas frentes. Para algumas indústrias mais intensisvas em carbono – por exemplo, refinarias, aço, cimento – a captura e armazenamento de carbono industrial pode ser uma das formas.

Capturar e armazenar o CO2 é uma solução cara…
Quando olhamos para as análises do IPCC ou da Agência Internacional de Energia, vemos que é muito mais caro não fazê-lo. O caminho custo-eficiente é com captura e armazenamento de carbono.

Mesmo sem um mercado internacional de carbono e com o CO2 a preços baixos no mercado europeu?
O NER 300 tinha a perspectiva de apoiar vários projectos de captura e armazenamento de carbono e só um é que veio a ser confirmado. Isto tem muito a ver com preço do carbono. Mas é por isso é que está em curso uma revisão do comércio europeu de licenças de emissões, para dar condições a que o preço do carbono venha a subir.

Quem é que vai pagar a tecnologia de baixo carbono nos países em desenvolvimento?
Resisto a ver o mundo como uma parte que sabe inovar e tem tecnologia e a outra que apenas está à espera que ela lhe seja dada. Há também muita inovação que vem dos países em desenvolvimento, em particular das economias emergentes. E a China vem logo à cabeça: está num dinamismo de despoluição por interesse próprio, pelas próprias condições ambientais negativas que tem enfentrado. E vejo isso como muito promissor. Existem também mecanimos nas negociações climáticas, desde logo um pacote financeiro de apoio aos países em desenvolvimento e de transferência de tecnologia

Como vê o problema das emissões de CO2 da aviação, com a perpectiva de duplicar o movimento de aviões e passageiros vai duplicar até 2030?
A aviação é realmente o sector dos transportes mais complexo, do ponto de vista tecnológico. Não é fácil imaginar uma alternativa viável ao combustível fóssil. E não me parece provável que tenhamos no futuro aviões a baterias eléctricas ou a energia nuclear. E mesmo as tentativas, que são muito interessantes, de aviões solares, é difícil imaginá-las com 180 passageiros e carga a bordo. Tecnologicamente, os biocombustíveis oferecem mais oportunidades. É um desenvolvimento que tem de ser muito bem feito, com biocombustíveis em quantidade e sustentáveis, que não causem eles mesmo problemas ambientais singificativos.

Isto não é uma espécie de quimera que estamos a alimentar, sabendo que é impossível ter quantidades suficientes de biocombustíveis, sem competir com a alimentação ou as florestas?
Quanto a produzir combustíveis avançados e sustentáveis, já hoje alguns se perfiguram nesse sentido. Por exemplo, biocombustíveis feitos a partir de resíduos domésticos. Ou então, sistemas de produção de biocombustíveis através de microalgas, em sistemas fechados, em grandes torres de água alimentadas com energia solar. Quanto às quantidades necessárias, isto é uma análise própria, de quanta biomassa sustentável há, quanta é que pode ir para os transportes, e quanta dessa em particular para a aviação.

A adaptação às alterações climáticas são algo de longo prazo, que parece não estar na agenda dos cidadãos. O que a Europa precisa fazer?
Não concordo que seja de longo prazo. Os efeitos das alterações climáticas, já os sentimos agora.  E quanto ao cidadão poder ter ideia do que pode ou não fazer, é muito simples quando lhe bate uma cheia à porta ou quando vê um fogo florestal ao lado. É até mais fácil comunicar com os cidadãos sobre adaptação do que sobre redução de emissões. Agora, a adaptação é muito local, na cidade, na região, na localidade. Há muitíssimas cidades com acções concretas no terreno. O mais evidente nas cidades europeias é a preparação para as cheias.