sexta-feira, 24 de julho de 2015

RuralBeja destaca cante alentejano, cavalo lusitano, regadio e vinhos


O cante alentejano, o cavalo lusitano, o touro, o regadio, os vinhos e a gastronomia vão estar em destaque no certame RuralBeja deste ano, entre os dias 09 e 11 de outubro, foi hoje anunciado.
   
A Câmara Municipal de Beja, que promove a iniciativa, divulgou hoje que a RuralBeja vai decorrer no Parque de Feiras de Exposições da cidade para afirmar as potencialidades e os recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável e integrado do concelho.
O certame, que "alia tradição e inovação, produção e transformação e criatividade e competitividade", é uma "montra dos melhores produtos da região, os tradicionais e os mais inovadores, que, juntos, reforçam as potencialidades que fazem de Beja um território de excelência", sublinha o município.
A RuralBeja é também um "espaço privilegiado para negócios, troca de experiências e bons momentos de convívio" e "rico em manifestações culturais e etnográficas", frisa a autarquia.
A RuralBeja vai incluir o Salão do Cavalo, a feira Vinipax, a Festa Brava, os espaços "Natureza à Mesa" e "Do sequeiro ao regadio", mostras de artesanato, de aves (Avibeja) e de cães (Canibeja).
Segundo o município, o cante alentejano, classificado Património Imaterial da Humanidade, vai ter "o merecido destaque" e "ecoará" na RuralBeja.
Após o "grande sucesso da primeira edição", no ano passado, o Salão do Cavalo "regressa" à RuralBeja e terá um espaço dedicado ao cavalo lusitano, "representante da nacionalidade, da cultura, da arte, do desporto e produto de excelência do mundo rural".
Na Vinipax vão estar expostos e à venda e poderão ser provados "os melhores vinhos das mais emblemáticas regiões vitivinícolas portuguesas" e a Festa Brava vai incluir várias atividades de demonstração de toureio a cavalo e pegas.
Segundo a autarquia, o espaço "Natureza à Mesa" vai incluir demonstrações de cozinha e degustações dos "melhores pratos da gastronomia mediterrânica".
Já o espaço "Do sequeiro ao regadio" será uma mostra de ciência, tecnologia e inovação associadas à agricultura de regadio e de sequeiro.
Oficinas temáticas, "workshops", exposições e "muitas atividades para todos os gostos e idades" são outras ofertas da RuralBeja deste ano.
Diário Digital com Lusa

Vinho natural?


Por Rui Falcão

18.07.2015
Ao contrário do que tantas vezes se repete com convicção e exaltação, o vinho não é um produto natural, pelo menos da forma como tantas vezes o entendemos e descrevemos. Talvez seja um pouco chocante, mas o vinho não é mais que uma etapa transitória na transformação do mosto em vinagre, uma fase efémera que implica manipulação e tomadas de decisão activas.

O papel do enólogo é realizar todos os esforços para criar um vinho o mais apetecível possível com as uvas que dispõe, procurando prolongar ao máximo a vida dos vinhos que elabora antes que chegue o período de decadência que é simplesmente inevitável.

Cada vez mais gostamos de falar de vinhos naturais, de intervenções minimalistas, de adegas desenhadas e sacrificadas para trabalhar exclusivamente com a gravidade, de leveduras naturais, de ausência total ou no minimalismo absoluto na utilização de sulfuroso ou outros conservantes naturais, repetindo frases sem sentido que se apoiam no sentido poético que os melhores vinhos se fazem a si próprios por intervenção divina e sem necessidade de interferência humana.

Uma visão romântica do vinho que gostamos de alimentar na sua versão mais encantadora mas que na prática tem pouco a ver com a realidade. Esquecemo-nos com frequência que a única consequência natural da fermentação espontânea e sem regras é o vinagre. O vinho advém necessariamente da intervenção regrada e metódica do homem, podendo ser ela mais activa e impositiva ou mais relaxada e menos intervencionista, mais industrial e interventiva ou mais sensível e natural. O vinho é sempre consequência directa de um número infinito de decisões que têm de ser tomadas atempadamente, decisões que influenciam e determinam de forma peremptória o perfil e estilo de cada vinho.

Por isso é tão estranho, e ao mesmo tempo tão interessante, o debate que se instalou entre os defensores dos vinhos ditos naturais face aos que são referidos como industriais, todos aqueles que não seguem os preceitos mais ou menos empíricos do que um pequeno grupo convencionou chamar vinhos naturais. O que mais incomoda no grupo dos defensores dos vinhos naturais é a postura de superioridade moral e o proselitismo que acompanha a fé, uma crença absoluta que os vinhos naturais são os únicos verdadeiros e puros, implicando que os restantes vinhos disponíveis, 99% da produção mundial, são vinhos industriais e de perfil imoral, vinhos aborrecidos e corrompidos pela intervenção do homem.

Claro que existem vinhos de perfil industrial, vinhos que de tão manipulados e despidos do conceito de origem pouco ou nada traduzem do local onde nasceram as uvas. Claro que existem vinhos de intervenção tão marcante que conseguem acabar iguais todos os anos, independentemente das condicionantes do ano agrícola e das cambiantes do tempo. Claro que existem vinhos que resultam da mistura de uvas de tantas procedências que tentar adivinhar a sua origem seria tarefa absolutamente impossível.

Tal como a fast food é parte integrante das nossas vidas, também os fast wine, vinhos simples e directos sem qualquer prova de subtileza, fazem parte da nossa realidade. Destinam-se a consumidores menos exigentes e mais adeptos de um sabor único e global que seja de percepção fácil, sabores simples e adocicados que mostram o óbvio e escondem todos o que possa ser complicado ou diferente. Vinhos mais baratos, de produção em massa e perfis constantes e consistentes, vinhos sem alma e sem grandes quesitos para satisfazer no imediato.

Mas tal como existem vinhos industriais de perfil absolutamente asséptico, também existem vinhos auto-intitulados naturais que revelam um perfil rebarbativo e repleto de pequenos e grandes defeitos que há muito julgávamos ultrapassados. Não basta acenar com a bandeira da alegada pureza de processos para que os vinhos passem automaticamente a ser graciosos. Seria maravilhoso e poético que os vinhos naturais conseguissem ser maravilhosos só pelo conceito filosófico em si… mas infelizmente a realidade costuma ser bastante mais cruel que as boas intenções.

Sim, existem vinhos naturais excelentes, tal como existe uma maioria de vinhos que se colocam fora do guarda-chuva dito "natural" que alcançam o mesmo patamar de excelência. Mas a maioria dos vinhos naturais continua infelizmente a apresentar-se como uma montra de problemas e defeitos, cobrança natural de práticas duvidosas que só a fé pode sancionar. Defeitos e problemas que seriam suficientes para crucificar qualquer vinho "normal" mas que são automaticamente perdoados e em muitos casos até valorizados quando aplicados aos vinhos ditos naturais.

Agricultura sustentável, viticultura orgânica e demais procedimentos de responsabilidade ambiental na prática agrícola da vinha são fundamentos que não só não merecem qualquer contestação como são merecedores dos maiores louvores e entusiasmo, devendo ser incentivados. Tudo aponta para um aprofundamento dessa direcção, desde a responsabilidade que temos para com as próximas gerações como na qualidade da fruta consequente das práticas da agricultura orgânica. Cada vez mais produtores e viticultores aderem a modelos de regime de protecção e produção integrado, agricultura orgânica ou biodinâmica.

Mas a agricultura sustentável e a responsabilidade ambiental não devem ser confundidos com a produção de vinhos ditos naturais. Se a agricultura orgânica é mais que desejável ,o conceito é muito mais estrito na adega. A vinha é do domínio da natureza… mas a adega é do domínio do homem. Todas as intervenções na adega representam isso mesmo, uma intervenção humana que impede o vinho de seguir maus caminhos e de acabar em vinagre ou algo pior. O vinho é uma criação sublime da civilização, não da natureza.

Sala Ogival do Terreiro do Paço convida a provar vinhos de todo o Portugal


Por José Augusto Moreira

08.07.2015
Abriu portas em Lisboa a renovada Sala Ogival da ViniPortugal.

O convite parece irresistível. Provar vinhos de todas as regiões num espaço nobre de Lisboa e numa atmosfera muito especial. A renovada Sala Ogival da ViniPortugal, em pleno Terreiro do Paço, abriu portas, tendo sido inaugurada a 7 de Julho, e o convite é mesmo a sério. A ideia é que não só enófilos e amantes do vinho tenham agora um local mais completo e convidativo para provas, mas também o público em geral e os muitos turistas que circulam pela capital se sintam atraídos pela riqueza e variedade dos vinhos portugueses.

"Esta é a sala de visitas dos vinhos nacionais e está aberta a todos os apreciadores do vinho português, onde é dada a conhecer a diversidade dos nossos vinhos, ensinando-nos a descobrir, degustar e identificar os seus variados aromas e sabores", diz Jorge Monteiro, que preside à associação interprofissional do sector vitivinícola.

O espaço, que pretende ao mesmo tempo recriar o ambiente de tasca, de adega e de biblioteca, prolonga-se agora até às arcadas do Terreiro do Paço, precisamente para funcionar como um piscar de olho a quem passa. Para lá do habitual calendário de provas com produtores, passa agora a haver também aos fins-de-semana um programa mais alargado e com maior oferta de provas temáticas.

Funcionando em paralelo com a Sala de Provas Vinhos de Portugal no Porto, no Palácio da Bolsa, a nova e sofisticada "tasca/adega/biblioteca" de Lisboa abre de terça a sábado, entre as 11h e as 19h.

Por 3€ é possível provar três a seis vinhos, dependendo do tipo de escolha, mas há várias outras modalidades de prova adequadas aos objectivos do visitante.

Para lá de um espaço amplo, acolhedor a funcional, o visitante/provador tem ainda à sua disposição uma ampla colecção de livros e revistas que o ajudam a aprofundar os conhecimentos sobre a história, regiões, castas e diversidade do Portugal vinícola. E para lá do alargado universo de prova, há ainda a possibilidade de adquirir vinhos dos mais diversos produtores e regiões.

A pergunta é mesmo: quem é que vai resistir ao convite?

Agricultores investem milhões em palácio


     
Sílvia Caneco Sílvia Caneco | 23/07/2015 21:44 2109 Visitas   

José Sérgio/SOL
Agricultores investem milhões em palácio


A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) vai investir perto de seis milhões de euros numa mudança de sede para um palácio abandonado junto ao aeroporto de Lisboa - o Palácio Benagazil.

Ao que o SOL apurou, os elevados custos estão a causar indignação junto de associados daquela confederação de agricultores, que não compreendem como uma instituição que vive essencialmente de quotas tem dinheiro para se deslocar para um edifício de mais de um milhão de euros e para obras que deverão rondar os quatro milhões.

Por duas semanas consecutivas, o SOL insistiu no envio de um pedido de esclarecimento ao presidente da CONFAGRI, Manuel dos Santos Gomes, eleito recentemente para o cargo. As respostas nunca chegaram.

A organização que representa o sector cooperativo e o crédito agrícola é proprietária da sede que ocupa actualmente: um edifício de cinco pisos na Rua Maria Andrade, nos Anjos, em Lisboa. Em 2012, com o argumento de que precisava «com urgência» de uma nova sede para «realizar conferências e reuniões», a CONFAGRI pediu a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa para identificar um terreno com uma área edificável para a construção de uma nova sede. Solução encontrada pela autarquia: o Palácio Benagazil, um edifício histórico com uma área de 5.000 metros quadrados, e que a câmara chegou a planear vender, em hasta pública, para se transformar num hotel de charme.

Mas o negócio não se ficou simplesmente pela compra do palácio. Em troca, a autarquia sugeriu ficar com a actual sede da CONFAGRI para implementar na cidade o projecto 'Casas Regionais em Lisboa'. Devido às diferenças de valores dos dois imóveis, foi aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa, em Março de 2014, uma operação de permuta. Conclusão: em vez dos 1,35 milhões de euros que o palácio custava, a CONFAGRI só terá de pagar à câmara 100 mil euros.

Olhando só para estes números, a permuta até parecia um bom negócio. Só que a mudança traz outros custos. Só em obras de requalificação e de ampliação do palácio e da área envolvente, a confederação prevê gastar cerca de quatro milhões de euros, segundo avançou o presidente da CONFAGRI numa entrevista ao jornal Correio de Azeméis, no passado mês de Abril, e que está disponível online. «Vamos ter de os conseguir [os milhões] de alguma forma», afirmou.

 A este valor é preciso ainda juntar o custo dos equipamentos - ainda impossível de calcular - e as rendas, no valor de 270 mil euros, que nos próximos anos terão de ser pagas à autarquia. Isto porque até à conclusão das obras no palácio a CONFAGRI vai precisar de se manter na sua sede nos Anjos, que passou a ser da câmara. Conclusão: no primeiro ano terá de pagar à autarquia 60 mil euros de rendas. Passados esses 12 meses, terá de pagar 90 mil euros. E no terceiro ano, os encargos subirão para os 120 mil euros.


Associações de regantes do Alqueva só existem no papel



Por Carlos Dias

20/07/2015 - 10:20

Ministério da Agricultura exigiu a sua formação, mas privou-as do objecto para que foram constituídas: gerir a rede de rega que depois foi atribuída à EDIA.
O Ministério da Agricultura concedeu a gestão da rede secundária de rega no Alqueva à EDIA até 2020 Nuno Oliveira

A actividade das associações de Beneficiários de Rega de Monte Novo e do Ardila Enxoé, no Alentejo, constituídas respectivamente em 2009 e 2011 para fazer a gestão da rede secundária de rega que até ao final de 2015 fornecerá água a uma área com quase 40.000 hectares, é praticamente nula desde a sua criação.

"Somos uma associação apenas de nome", confessa Gonçalo Macedo, presidente da associação de Monte Novo, que deveria ter a seu cargo a gestão de quatro blocos de rega com quase 9.000 hectares. E descreve uma realidade que classifica de "absurda".

O Ministério da Agricultura "impôs a formação das novas organizações de regantes" e conferiu-lhes o estatuto de "pessoa colectiva de direito público", mas estas associações "não têm receitas, nem despesas, nem sócios, nem sede", sintetiza o dirigente associativo.

José Saramago de Brito, que preside à Associação de Beneficiários de Ardila/Enxoé, faz um diagnóstico semelhante. "Por ordem do Estado", a associação foi criada para fazer a gestão da rede secundária de rega de um território com cerca de 30.000 hectares, na margem esquerda do Guadiana.

"Fizemos uma escritura da associação, demos início à actividade, somos obrigados a ter um contabilista que recebe uma avença, mas não temos condições para associar agricultores porque não dispomos de meios para lhes prestar qualquer serviço, nem sede para a associação" – um constrangimento que obriga a fazer as assembleias gerais numa casa emprestada. "Somos uma associação esvaziada de funções", sintetiza Saramago de Brito.

Reagindo às críticas recorrentes dos dirigentes associativos, José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), entidade que detém a concessão da rede secundária de rega do Alqueva, incentivou-os durante um colóquio realizado no último certame da Ovibeja, em Abril/Maio, "a fecharem as portas se não têm nada para fazer, nem condições para suportar os custos de funcionamento".

Os visados alegam que foi a tutela a "impor" a constituição das associações para gerir a rede secundária de rega que fornece água aos cerca de 130 mil hectares de novos regadios no Alqueva. Acontece que, em 2013, o então Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território atribuiu a concessão da rede secundária de rega à EDIA, até 2020.

Um projecto desta envergadura "coloca desafios e competências que vão muito para além das capacidades de uma associação de regantes", sustenta José Pedro Salema, frisando que "é preciso fiscalizar entre 2015 e 2020 as obras realizadas para saber se os empreiteiros cumprem com as suas obrigações", e só a EDIA tem condições para o fazer.

Pedro Teixeira, director-geral da Agricultura e Desenvolvimento Regional, confrontado no colóquio da Ovibeja com a situação das novas associações de regantes, constatou a "incongruência das entidades gestoras que não gerem" por estarem "privadas do objecto para o qual se constituíram".

Na resposta às questões colocadas pelo PÚBLICO, o Ministério da Agricultura e do Mar confirma que as associações "representam os interesses dos agricultores regantes e são interlocutores face à administração central" e são "parte interessada" na concessão dos novos regadios. No entanto, "não é obrigatório, perante a lei actual, que venham a ser entidade gestora do aproveitamento hidroagrícola", concretizada que está "a concessão da rede secundária de rega à EDIA até 2020". O ministério acrescenta que "está a ser analisado o enquadramento legal destas associações colectivas de direito público".  

O Governo anunciou para o final de 2015 a conclusão de todo o sistema de rega do Alqueva. Actualmente estão constituídas cinco associações de beneficiários de rega para fazer a exploração dos perímetros do Roxo (23.342 hectares), Odivelas (36.494 hectares), Monte Novo (8.987 hectares), Ardila e Enxoé (30.148 hectares) e Freguesia da Luz (591 hectares). Está por criar a Associação de Beneficiários de Rega da Região de Beja, para explorar um perímetro com 24.973 hectares.

Escoar produtos agrícolas através da solidariedade social


Jul 23, 2015

Se é produtor agrícola, uma Organização de Produtores ou cultiva apenas para auto-consumo já pode doar os seus produtos agrícolas na plataforma Dar e Receber. O único requisito é que estejam em «bom estado de conservação», informa o site do projecto.

Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares e mentora da Entrajuda (uma das organizações promotoras da plataforma), explicou, em declarações à agência Lusa, que esta é uma hipótese dos agricultores «colocarem, num site na Internet, todos os seus excedentes e todos os produtos agrícolas que não podem por alguma razão ser comercializados ou que não encontram no mercado um preço que compense a sua apanha». Combatendo, assim, o desperdício alimentar.

O objectivo da plataforma é colocar em contacto pessoas e instituições que têm algo para dar e as que estão interessadas em receber. Iniciou-se com as vertentes da Ajuda Social, Tempo, Bens e Equipamentos e, agora, dos Produtos Agrícolas.

A nova iniciativa conta com o apoio da Confederação dos Agricultores de Portugal e a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares.

A plataforma, criada em 2014, já conta com 4.273 instituições registadas na área "Receber".

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bruxelas opõe-se a medidas de apoio ao sector do açúcar


Julho 20
09:15
2015

A Itália em vindo a reclamar medidas concretas excepcionais de apoio ao sector do açúcar, antevendo, desde já, graves problemas no mercado, com o fim das quotas em 2017.

A resposta da Comissão é radicalmente negativa, pois considera que o mercado tem tempo e capacidade de se autorregular por si só e fazer face a uma situação diferente, após o fim das quotas.

Por seu lado, a Alemanha defende que a ajuda ligada à produção de beterrabas, que foi atribuída em 10 Estados-membros, corre o risco de provocar situações de distorção de concorrência e gostaria de medidas para fazer escoar no mercado as quantidades que ultrapassam a quota.

A Itália defende que a quotização paga pelos produtores de 13€ por tonelada pode e deve ser utilizada para eventuais soluções que apoiem e defendam o mercado.

Phil Hogan reconheceu que a produção da campanha 2014-2015 foi muito abundante, atingindo 19,4 milhões de toneladas, enquanto a quota estava situada nos 13,5 milhões de toneladas, o que provocou stocks importantes extra-quota, que tiveram, como impacto, uma descida acentuada do preço, que atingiu os 416€ por tonelada, ou seja, o preço mais baixo desde 1980. Contudo, este preço é cerca de 100€ superior às cotações mundiais do açúcar.

Para concluir, Phil Hogan afirmou que o sector tem beneficiado de um mercado fortemente protegido, com preços a níveis muito altos nos últimos anos e, portanto, é perfeitamente capaz de fazer face a uma situação de mercado mais difícil.

Forte queda do preço das commodities

Julho 21
12:04
2015

A forte descida do preço do milho e trigo, em Chicago, está a contribuir para que o valor médio do mercado das commodities atinja os valores mais baixos dos últimos treze anos.

Assim, um index da Bloomberg, que cobre vinte e duas commodities, situa-se hoje ao nível de 2002.

O ouro desceu abaixo dos 1.100 dólares a onça, pela primeira vez em cinco anos, o petróleo está nos 50 dólares o barril, enquanto o cobre atingiu o valor mais baixo dos últimos seis anos.

A situação nos cereais foi causada pela melhoria das condições atmosféricas, após semanas em que o receio de perdas de produção, devidas ora à seca ora a excesso de água, ter puxado o mercado para cima.

Esta semana pode ser crítica para a evolução do preço dos cereais, pois os milhos e sojas nos Estados Unidos estão numa fase de maturação crítica.

O trigo afundou-se no preço, uma vez que as previsões de grande perda de produção na Austrália, devido à seca provocada pelo  El Niño, não se confirmaram, pois afinal está a chover nas zonas produtoras de trigo.

O milho não desceu mais, pois os resultados das exportações americanas são muito positivos.

O preço do açúcar também se afundou, pois não se confirma um abaixamento previsto na produção no Brasil, que existia há algumas semanas, devido ao excesso de chuvas.

Avaliação positiva de novos OGM’s

Julho 21
12:09
2015

A European Food Safety Authority (EFSA) emitiu um parecer favorável de avaliação de três novos OGM's. Tratando-se de um milho NK630XT25 e a soja FG72, resistentes a herbicidas e a soja MON87705xMON89788, que é rica em ácido oleico.

Estes três eventos são considerados perfeitamente seguros, pois não têm nenhumas contrariedades do ponto de vista científico.

Os produtos da Monsanto resistentes aos herbicidas, foram considerados como sendo improvável que causem problemas à saúde pública e animal, bem como ao meio ambiente.

Estas aprovações são, como é lógico, para consumo e não para cultivo.

Enquanto isto, vários países como os Estados Unidos, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai, o Brasil e o Canadá, queixaram-se junto da Organização Mundial do Comércio contra a proposta da Comissão de permitir aos Estados-membros decidir unilateralmente a aprovação dos OGM's para consumo, considerando que esta proposta fere os princípios do comércio internacional.

Imagem - agarmour.com

Comissário Phil Hogan admite finalmente dificuldades no sector leiteiro

Julho 23
12:11
2015

O Comissário Phil Hogan, que até hoje se tinha recusado a considerar o sector leiteiro em dificuldade, acabou por se render à evidência e, falando no dia 20, no Royal Welsh Show, admitiu que o sector atravessa, neste momento, um período de sérias dificuldades.

Phil Hogan considerou que o Reino Unido tinha um grave problema estrutural e que os produtores tinham que lidar com essa situação e ter muita atenção a quem vendem o seu produto.

Prometeu, também, um reforço de verbas para a promoção de produtos lácteos em países terceiros, de modo a permitir o desenvolvimento da indústria no Reino Unido. Contudo, referiu que, na maioria dos países europeus, os produtores atravessam mais dificuldades do que os produtores ingleses.

O Comissário comparou, por exemplo o preço do leite pago ao produtor no País de Gales, que é de 32,15 cts/litro, enquanto, por exemplo, na Letónia, o produtor recebe 22 cts/litro e, na Bulgária, 23 cts/litro.

Esta posição vem no seguimento de uma forte pressão por parte do COPA-COGECA, com o Presidente do Grupo de Trabalho dos Produtos Lácteos, Mansel Raymond, a exigir medidas urgentes para os produtores, que estão desesperados.

Vinho do Lidl considerado o melhores deste Verão

O supermercado volta a marcar pontos


JOSÉ PAIVA CAPUCHO
23/07/2015 20:25:27

"The Times" coloca vinho do Douro do supermercado em primeiro lugar no top 50 deste Verão.

A jornalista e crítica de vinhos do jornal "The Times" Jane MacQuitty considerou o "Azinhaga de Ouro Branco 2014", vinho exclusivo do supermercado Lidl, o melhor vinho para este Verão por menos de 6,50 libras (9 euros) num top com 50 vinhos.

No artigo, o produto português é descrito como uma "mistura de salada de frutas de malvasia, gouveio e viosinho perfeito para uma festa de verão". Jane deixou ainda outra recomendação: "É uma altura excelente para comprar vinho português." A crítica não fala no preço como ponto positivo (no Reino Unido este vinho custa o equivalente a 6,8 euros), mas nós podemos: em Portugal o preço fica-se pelos 1,95 euros.

Este ano o vinho português já tinha vencido uma medalha de ouro durante o Portugal Wine Trophy. "A exportação de vinhos portugueses é uma importante área de actuação para o Lidl Portugal que desta forma reforça o apoio à economia nacional", lê-se no comunicado enviado pelo supermercado português.

É caso para dizer (como os ingleses): "A good ointment" ( uma boa pomada).

Universidade de Vila Real dá injecções em árvores para combater pragas


LUSA 21/07/2015 - 11:41
 
DANIEL ROCHA/ARQUIVO
 
A Universidade de Vila Real anunciou que está a combater as pragas em árvores da cidade da Guarda através de injecções no tronco, um método amigo do ambiente e que não causa impacto no espaço urbano.

O trabalho está a ser feito por Luís Miguel Martins, investigador do Centro de Investigação em Tecnologias AgroAmbientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com sede em Vila Real, após ter sido contactado pelo município da Guarda para encontrar uma solução para o controlo de pragas em árvores desta cidade.

Segundo explicou o docente, os "responsáveis" pelas pragas são insectos afídeos, que sugam a seiva e causam grande fragilidade e debilidade nas árvores.

Este tipo de insectos "picadores-sugadores" afectam sobretudo carvalhos, tílias, cerejeiras, entre outras espécies, e as consequências que provocam são os ramos secos, a queda prematura de folhas e a libertação, pelos insectos, de uma substância colante que flui para o piso e objectos circundantes à árvore afectada.

Para combater esta praga, o investigador está a aplicar injecções no tronco das árvores afectadas.

Esta injecção, segundo explicou, é aplicada, no sistema vascular da planta, com uma substância que tem um efeito repelente nos insectos causadores da praga.

"A endoterapia é um método de tratamento mais amigo do ambiente com baixo impacto comparativamente à pulverização convencional. Necessita de menos produto e não tem perdas pelo vento, para o solo ou para linhas de água", afirmou Luís Miguel Martins.

Por essas razões, o método "tem pouco impacto no espaço urbano, não obriga à instalação de faixas de contenção de estacionamento, de interrupção de trânsito ou sequer a medidas de protecção especiais em pessoas ou animais".

O responsável está também a testar a utilização de "insectos auxiliares", predadores das espécies que causam danos às árvores, com o objectivo de equilibrar as populações de insectos e evitar intervenções adicionais.

Os tratamentos começaram na segunda-feira e prolongam-se até sábado, período que coincide com a queda das flores, designadamente das tílias, "para não perturbar a visita das abelhas".

Este trabalho resulta de estudos sobre as árvores da Guarda, que a UTAD tem vindo a desenvolver desde Setembro de 2014, sob a coordenação de Luís Miguel Martins, e que envolve a realização do inventário arbóreo, diagnóstico e acompanhamento das intervenções realizadas no arvoredo.

O investigador disse que estes estudos são um "contributo importante para a preservação e valorização das árvores da cidade da Guarda", mas adiantou que esta investigação pode contribuir, também, "para conhecer e ajudar a manter a floresta urbana em outras cidades".

Governo prolonga prazo para reconversão de vinhas devido à falta de plantas

Fonte: Lusa

O Governo decidiu prolongar, por um ano, a data limite para a conclusão de projetos de reconversão e reestruturação de vinhas apoiados pelo programa comunitário Vitis, desde que seja comprovada a falta de plantas.

"Têm-se verificado alguns estrangulamentos no abastecimento do mercado com material vegetativo, criando dificuldades aos viticultores à plantação das vinhas na campanha 2014/2015, pondo em causa a elegibilidade das candidaturas", lê-se na portaria hoje publicada, justificando assim o adiamento do prazo.

O diploma cria uma disposição transitória, prolongando a data limite de conclusão de todos os projetos que terminem em 2015 por um ano, "desde que o beneficiário apresente documento emitido pelo fornecedor do material vegetativo" que comprove a falta do material requisitado.

São elegíveis os investimentos iniciados a partir de 20 de fevereiro, desde que os candidatos sejam proprietários da parcela a plantar com vinha ou detentores de um título que lhes conceda esse direito.

Portugal, que tem a segunda produtividade de vinha por hectare mais baixa na União Europeia, tem recorrido a apoios comunitários para substituir vinhas velhas ao abrigo do programa Vitis, que vigora no período 2014-2018.

IFAP: SEGURO DE COLHEITAS - CAMPANHA 2014

No âmbito do Seguro de Colheitas (SC) – Campanha 2014, informa-se o seguinte:

Data limite para envio, ao IFAP, das candidaturas com informação dos contratos: 30.09.2015

Data limite para envio, ao IFAP, da informação dos comprovativos: 30.09.2015


Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP através do endereço de correio eletrónico seguro.colheitas@ifap.pt, ou ainda pelos restantes canais de atendimento que tem ao seu dispor: Atendimento Presencial, na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa, Atendimento Eletrónico ou pelo Call Center 217 513 999.

Eurodeputados defendem limites para a quantidade de desperdício alimentar

 23 Julho 2015, quinta-feira  Política Agrícola

Os eurodeputados querem que a Comissão Europeia (CE) defina marcas concretas até ao final de 2015, afirmando que a redução dos desperdícios pode vir a criar 180 mil postos de trabalho na Europa.
Esta posição vem numa altura em que não existe acordo entre a Comissão e o Conselho sobre o assunto, sendo que a última proposta prevê uma redução de 30% dos desperdícios alimentares em 2025.
Na semana passada, a CE lançou uma consulta pública que decorrerá até 28 de agosto, no sentido de procurar novas soluções para o problema.
Esta resolução do Parlamento Europeu aponta, também, como uma das soluções, a distribuição gratuita às instituições de solidariedade social, dos produtos não vendidos por parte da grande distribuição.
Para combater este flagelo, os eurodeputados defendem que é necessário haver legislação, muita informação e uma cooperação estreita entre todos os operadores da cadeia alimentar.
Ler aqui.

Greenpeace quer proibição do cultivo de OGM’s em Portugal


Julho 23
12:13
2015

O Coordenador de Agricultura da Greenpeace Espanha quer que o governo português proíba o cultivo de OGM's no nosso país.

Num comunicado, esta organização ambientalista quer que Portugal, Espanha, República Checa, Roménia e Eslovénia sigam a tendência europeia de proibição de culturas de OGM's.

É dado o exemplo da França, o maior produtor agrícola europeu que proibiu os OGM's.

Em Espanha (que é o país com maior área de sementeiras OGM's) as sementeiras concentram-se na Estremadura, província que faz fronteira com Portugal.

O Coordenador quer fazer querer que esta proximidade pode trazer problemas para Portugal.

Actualmente, a única semente OGM autorizada na Europa é o milho da Monsanto o MON810 e Portugal, a seguir à Espanha, é o segundo país europeu a semeá-lo.

Apesar destas posições, continuam a não haver quaisquer provas científicas concretas de que os OGM's podem trazer problemas para a saúde pública ou para o meio-ambiente.

Défice comercial da agricultura diminui 465 M€, para -3,2 mil M€, em 2014



O défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares diminuiu 465 milhões de euros, para -3,2 mil milhões de euros, em 2014 face a 2013, segundo as «Estatísticas Agrícolas» hoje divulgadas pelo INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as importações de produtos da agricultura e agroalimentares caíram 4,3% no ano passado, para 6,9 mil milhões de euros, enquanto as exportações aumentaram 4,7%, totalizando 3,6 mil milhões de euros.
Em quase todos os grupos de produtos agrícolas e agroalimentares se verificaram diminuições no défice da balança comercial face a 2013, com especial destaque para as «frutas; cascas de citrinos; melões», cuja redução foi de 126 milhões de euros.
Já o maior défice comercial registou-se nas transações de "carnes e miudezas, comestíveis" (-750 milhões de euros, mais 27 milhões de euros face a 2013), enquanto o maior excedente foi registado nas transações de "preparações de produtos hortícolas, de frutas e de outras partes de plantas" (+98 milhões de euros), apesar do decréscimo de sete milhões de euros face a 2013.
Os "cereais", tradicionalmente detentores do maior défice comercial nos produtos agrícolas e agroalimentares em Portugal, passaram para a 2.ª posição (défice de 642 milhões de euros, menos 77 milhões de euros face a 2013).
No ano passado, Espanha manteve-se como o principal fornecedor de produtos agrícolas e agroalimentares a Portugal, representando 48,7% do valor total das importações em 2014, tendo reforçado o seu peso em 1,9 pontos percentuais.
Seguiram-se a França (peso de 9,8%), a Alemanha (5,4%) e os Países Baixos (4,9%).
Quanto aos principais clientes dos produtos nacionais, Espanha continuou também a ser o destino mais relevante (peso de 36,9% em 2014), seguindo-se Angola (11,8%), França (9,1%) e Brasil (6,3%).
Os dados de 2014 do INE apontam para um consumo médio total por cada residente em Portugal de 108 quilos de carne, 78 litros de leite, 43 quilos de produtos lácteos, 130 quilos de cereais, 16 quilos de arroz e 111 quilos de frutos.
Nesse ano Portugal produziu apenas 72,2% da quantidade de carne necessária para satisfazer as necessidades de consumo (74,1% em 2013), não tendo também sido autossuficiente em frutos (importou em média 26% do que consumiu entre 2011/2012 e 2013/2014).
Dinheiro Digital com Lusa

EUA está a desenvolver vacina 100% eficaz contra gripe aviária em frangos


Cientistas norte-americanos estão a desenvolver uma vacina que se mostrou 100% eficaz contra a gripe aviária em frangos, mas que ainda tem de ser testada com outras aves de capoeira como perus, disse o secretário de Agricultura dos EUA.
Numa audiência perante o comité da Agricultura da Câmara dos Representantes, Tom Vilsack afirmou que, caso a eficácia da vacina também seja comprovada em perus, o seu departamento planeia conceder uma licença para permitir a sua produção em massa e distribuição em todo o país.
Desde o início do ano, a gripe aviária causada pelo vírus H5N2 matou quase 50 milhões de aves nos Estados Unidos, a maioria nos estados do Iowa, Minesota e Nebraska.
Diário Digital com Lusa

Cosmos e AGROTEC organizam viagem à AgriTechnica

 22 Julho 2015, quarta-feira  Feiras & EventosMáquinas Agrícolas

A agência de viagens Cosmos e a AGROTEC estão a organizar uma viagem de cariz técnico à Agritechnica, em Hannover, Alemanha, de 10 a 14 de novembro.
A Agritechnica é a maior exposição do mundo de maquinaria agrícola, cobrindo todas as áreas de maquinaria agrícola, desde a plantação ao armazenamento. Os setores mais representados nesta Exposição bianual são os tratores, os veículos de transporte, Ciência & Investigação, maquinaria e equipamento para fertilização, irrigação, etc, Agricultura de Precisão e Energias Renováveis.
A edição de 2015 contará com mais de 2.900 expositores e são esperados 450.000 visitantes de 88 países diferentes.

Para mais informações, contactar: a.malheiro@publindustria.pt.

Congresso Ibérico de Raças Autóctones - Submissão de trabalhos



Publicado em quarta, 22 julho 2015 12:05
 

O Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD) e o Centro de Ciência Animal e Veterinária (CECAV) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), juntamente com o Centro Tecnolóxico da Carne (CTC), vão realizar na UTAD, entre os dias 6 e 7 de novembro de 2015, o Congresso Ibérico subordinado ao tema "Raças Autóctones, Economia Local e Paisagem Rural".

O evento tem como objetivos fundamentais, os seguintes:

Objetivo 1 - Abordar o interesse histórico, atual e potencial das raças autóctones portuguesas na perspetiva da sustentabilidade global dos territórios;
Objetivo 2 - Contribuir para colocar as raças autóctones no centro da agenda nacional no que respeita a políticas agrícolas, ambientais e sociais;
Objetivo 3 - Promover uma ampla discussão e cooperação no âmbito nacional e ibérico para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que as raças autóctones enfrentam;
Objetivo 4 - Partilhar e discutir estratégias de mercado para valorização dos produtos tradicionais e oriundos das raças autóctones, através da sua tipificação e diferenciação.
Objetivo 5 - Lançar as bases da "rede nacional de criação e transferência de tecnologia" orientada para o desenvolvimento integrado das raças autóctones portuguesas, envolvendo todos os agentes das fileiras, desde a investigação ao consumidor.
Está aberto o período para apresentação de propostas de comunicação ou poster, sob a forma de resumos alargados (800 a 1000 palavras), até 10 de setembro de 2015. Dos trabalhos apresentados serão selecionados textos sob a forma de capítulo a publicar em formato de e-book com ISBN.

Informações mais detalhadas, acerca da formulação de cada proposta e das condições de participação no evento serão divulgadas posteriormente no endereço http://bit.do/CongressoIbericoRacasAutoctones

25 julho . Colóquio Olivicultura na B. Baixa – Fileira da azeitona e do azeite


 25 julho . Colóquio Olivicultura na B. Baixa – Fileira da azeitona e do azeite - agroeventos

Colóquio Olivicultura na Beira Baixa – A Fileira da azeitona e do azeite . Data: 25 de Julho . Local: Auditório do Ex-Quartel em Penamacor. Inserido no Programa da Feira de Produtos Locais "Terras do Lince". Início às 9 horas.

24-26 julho . VI edição do Festival do Melão


 24-26 julho . VI edição do Festival do Melão - agroeventos
A VI edição do Festival do Melão irá decorrer em Alpiarça de 24 a 26 de julho de 2015, no parque do Carril, junto à ponte de Alpiarça. O evento é uma organização da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Alpiarça.

Nível baixo de preços vai parar a expansão agrícola

 23 Julho 2015, quinta-feira  AgroflorestalAgricultura

De acordo com um relatório da PotashCorp, um dos maiores produtores de adubo do mundo, o nível de preços dos produtos agrícolas vai bloquear o avanço da agricultura no mundo, que se registava há alguns anos.
Neste relatório pode ler-se que a área arável cultivada no mundo estagnou, mesmo com o aumento desta e a realização, em alguns casos, de duas culturas no mesmo ano.
O que acontece é que, com o baixo preço dos produtos agrícolas, o crescimento parou e está a assistir-se ao abandono de certas áreas menos produtivas. No entanto, a procura de adubos, apesar de vir a diminuir em 2015 em relação a 2014 (que foi um ano histórico), deve manter-se a níveis muito elevados e superior à média dos últimos anos.
A procura de adubos no Brasil e na Índia baixou no início do ano, mas as previsões são que recuperem no segundo semestre, para a preparação das sementeiras de final do ano.
As previsões são que a Índia venha a importar cinco milhões de toneladas de potássio este ano.
O relatório termina dizendo que esta diminuição do consumo de adubos não é compatível com a necessidade de aumentar a produção agrícola, para alimentar correctamente todo o mundo.
Fonte: Agroinfo

UE e FAO anunciam combate à insegurança alimentar em 35 países

 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar

A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciaram novos programas para fomentar a segurança alimentar e nutricional, a agricultura sustentável e a resiliência.
As medidas foram anunciados numa reunião entre o Comissário da UE para a Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica, e o Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva, durante a 3ª Conferência Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento, que se realizou na capital da Etiópia, Adis Abeba.
A UE deverá contribuir com 50 milhões de euros e a FAO com 23,5 milhões de euros para esta iniciativa, que será levada a cabo pelos países, em função da procura, segundo um comunicado da FAO.
Para Nevem Mimica «esta iniciativa será crucial no apoio dos países parceiros e organizações regionais ao reunir meios políticos, técnicos e financeiros para o objetivo comum de reduzir a insegurança alimentar e nutricional, e contribuirá também para fortalecer a parceria entre a União Europeia e a FAO».
Por outro lado, Graziano da Silva considerou que «esta nova fase» na parceria com a UE «reforçará em larga escala a capacidade da FAO de trabalhar com os governos para ajudá-los a adquirir dados e informação de que necessitam para desenvolver e implementar políticas eficientes, destinadas a abordar as causas primárias da fome e para a criação de resiliência a situações de choque e crises».
A nova iniciativa consiste em dois programas interligados de cinco anos: o serviço de Impacto da Segurança Nutricional, Resiliência, Sustentabilidade e Transformação (FIRST, na sigla em inglês); e o programa de Informação para a Segurança Alimentar e Nutricional e Resiliência para a Tomada de Decisão (INFORMED, na sigla em inglês).
De acordo com o último relatório de insegurança alimentar da ONU, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo ainda passam fome e um número mais elevado não tem acesso a uma alimentação saudável.
A erradicação da fome até 2030 irá requerer um investimento anual adicional de 267 mil milhões de dólares (246 mil milhões de euros), em áreas rurais e urbanas, e em proteção social, segundo cálculos publicados num relatório conjunto da FAO, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e Programa Mundial para a Alimentação.
A UE - um dos maiores doadores da FAO - juntou-se à Organização como membro em 1991.
Em 2004, a UE e a FAO tornaram-se parceiros estratégicos.
Fonte: Lusa

2014: um ano de maior produção de cereais de inverno, batata, hortícolas e fruta



 22 Julho 2015, quarta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
A atividade agrícola em 2014 ficou marcada por aumentos de produção nos cereais de inverno, na batata, nas culturas hortícolas e nalguns frutos, enquanto a produção de azeite caiu 33,5%, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as "Estatísticas Agrícolas 2014" do INE, no ano passado a produção animal registou aumentos nos principais produtos (carne de suíno e aves, ovos e leite).
«O ano agrícola 2013/2014 decorreu com relativa normalidade, apesar das chuvas estivais que condicionaram as colheitas», refere o instituto, destacando, entre os frutos, os aumentos de produção registados na pera, no pêssego e ameixa e nos citrinos.
Em contrapartida, a produtividade do tomate para a indústria (76,1 mil kilos/hectare) ficou «aquém do esperado», sendo que a campanha oleícola «também não decorreu nas melhores condições», registando-se um decréscimo de 33,5% na produção de azeitona para azeite, com o peso dos azeites com acidez igual ou inferior a 0,8º a descer «consideravelmente».
No que respeita à produção pecuária, em 2014 registou-se um aumento do volume de carne, ovos, leite e produtos lácteos transformados, com a produção total de carne a subir 1,8% devido sobretudo ao maior volume de carne de suíno e aves de capoeira.
A produção de ovos de galinha para consumo aumentou 5,2%, fixando-se nas 111 mil toneladas, «em resultado do crescimento do efetivo de galinhas poedeiras e da modernização de alguns pavilhões de maior dimensão».
A produção de leite de vaca aumentou 8,2%, para cerca de 1.940 milhões de litros, com os produtores a beneficiarem de «condições climatéricas normais e de preços em alta» e a registarem um «ano mais produtivo» do que 2013.
Segundo o INE, no que diz respeito aos produtos lácteos derivados, a indústria nacional absorveu grande parte do excedente de leite de vaca recolhido em 2014, com o leite em pó a aumentar 35,4%, (19,8 mil toneladas), a manteiga 9,2% (28 mil toneladas) e o queijo 3,9%, com 78,7 mil toneladas produzidas em 2014.
Pelo contrário, os principais produtos frescos reduziram o volume de produção, tendo os leites acidificados (incluindo os iogurtes) diminuído 6,5% e o leite para consumo público registado também um ligeiro decréscimo (-0,4%) face ao ano anterior.
Em 2014, o índice de preços da produção de bens agrícolas registou uma variação de -6,0% e o índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente na agricultura decresceu 2,4%, enquanto o índice de preços dos bens de investimento na agricultura aumentou 2,3%.
Os produtos que mais contribuíram para a variação negativa dos preços da produção foram a batata (-53,1%), as plantas forrageiras (-21,2%), os hortícolas frescos (-14,9%), os outros animais (-9,0%) e os suínos (-8,4%).
De acordo com a segunda estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2014, na base 2011, o rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), registou um decréscimo de 3,0% em relação a 2013, apesar da redução estimada para o volume de mão-de-obra agrícola (-3,1%).
Para esta evolução de rendimento o INE aponta como «determinantes» a evolução do valor acrescentado bruto (VAB) (-3,2%) e dos outros subsídios à produção (-4,2%).
Relativamente à área ardida em 2014, a informação do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) revela um «decréscimo significativo» do número de incêndios (-63,3%), com apenas 7.111 ocorrências e uma área ardida (20,3 mil hectares) inferior em 86,8% (menos 133,7 mil hectares) face a 2013.
As maiores reduções aconteceram nas regiões Norte (-93,2%) e Centro (-82,6%).
Fonte: Lusa

“Alimentaria&Horexpo” e “Portugal Agro”: promover a produção e exportação nacionais é a missão



 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar
alimentaria

As feiras "Alimentaria&Horexpo" e "Portugal Agro de 2015", que se realizam em novembro de 2015, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), foram apresentadas oficialmente sendo que os promotores garantem que o objetivo passa, uma vez mais, por «promover a produção nacional e o encontro entre profissionais agrícolas, hoteleiros, fabricantes e distribuidores, com vista ao aumento de exportações e melhoria da economia local».
No evento de apresentação, Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP – entidade responsável pela organização de ambas as feiras – explicou que ambas têm refletido «dinâmicas de crescimento positivas», uma vez que contribuem para «impulsionar a exportação, favorecer a economia local e regional» e, ainda, apresentar novos produtos e serviços essenciais nos setores agroalimentar, turístico e de restauração».
Já a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, recordou a importância de «desvendar o nosso Portugal excepcional» ao aproveitar os encontros para promover a produção nacional dentro e fora de portas, trazendo «profissionais e potencionais compradores internacionais» e, assim, aumentar as exportações.
A ministra realçou que as exportações valeram mais de seis mil milhões de euros em 2014 e que, atualmente, há 208 mercados fora da União Europeia que se encontram abertos aos produtos portugueses.
A Portugal Agro vai realizar-se de 21 a 23 de novembro, enquanto a Alimentaria & Horexpo decorrerá de 22 a 24 de novembro de 2015.
A AHRESP, APED, Crédito Agrícola, FIL e AICEP são os parceiros dos certames na edição de 2015.

Holanda defende a utilização de produtos naturais no combate às pragas



 22 Julho 2015, quarta-feira  Agroflorestal

A Holanda quer que os países europeus comecem a banir progressivamente os produtos químicos de maior risco utilizados no combate às pragas, passando a utilizar, cada vez mais, produtos não-químicos, como, por exemplo, recorrer à utilização de alguns insetos.
Aquela país defende a necessidade de incrementar a tecnologia de deteção, o mais precoce possível, dos problemas que podem afetar as plantas e o uso cada vez maior de produtos de baixo risco.
É necessário implementar um programa de medidas verdes e substâncias autorizadas, incluindo medidas alternativas de controlo de pragas.
A Holanda quer apresentar um programa concreto já este outono. Esta proposta teve o apoio de Portugal, da Bélgica, da Hungria e da Grécia.
O Comissário Andriukaitis, por outro lado, já confirmou que existem verbas disponíveis para desenvolver investigação neste domínio, salientando, no entanto, que, para que este programa se torne uma realidade, é necessário o compromisso e empenhamento de todos os países europeus.
Fonte: Agroinfo

Prevê-se um aumento da produção de vinho no Douro


Julho 21
12:06
2015

Prevê-se, este ano, um aumento considerável em relação ao ano passado, na produção de vinho na região demarcada do Douro, sendo que a produção deverá oscilar entre as 278 mil a 300 mil pipas.

Estes dados foram divulgados pela Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID).

É claro que ainda existem bastantes condicionantes, mas, se nada de anormal acontecer, do ponto de vista climatérico, as previsões são bastante optimistas.

No ano de 2014, a zona perdeu 10% da produção, devido à instabilidade das condições meteorológicas, que potenciaram várias doenças e provocaram uma heterogeneidade da produção entre várias zonas.

As previsões da potencial de colheita são efectuadas com base no modelo do pólen recolhido na fase da floração da videira, entre Abril e Junho, nas três sub-regiões; Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

Apesar da campanha começar com muita chuva em Novembro, ela tem de ser considerada de seca, pois no Inverno as precipitações foram inferiores à média, o que também contribuiu para uma baixa pressão sobre as doenças, como o míldio.

A ADVID é uma associação privada sem fins lucrativos e foi criada pelas principais empresas do vinho do Porto, com o objectivo de contribuir para a modernização da viticultura do Douro e melhoria da qualidade dos vinhos.

IFAP: MANUTENÇÃO DOS PRADOS E PASTAGENS PERMANENTES




Informamos que o formulário do «Pedido e/ou Comunicação de Alteração de Uso» em áreas classificadas como Prado ou Pastagem permanente já se encontra em funcionamento.

Pós-Graduação "Wine Business" 2015/2016

16 Jul 2015 Pós-Graduação "Wine Business" 2015/2016


O curso de pós-graduação em "Wine Business" está concebido para valorizar as competências de profissionais em pleno exercício de funções na área da produção, marketing e gestão de empresas privadas e cooperativas, bem como técnicos superiores do sector público e de associações interprofissionais que tenham por missão avaliar o mercado a nível nacional ou internacional.

Assunção Cristas diz que feiras são “essenciais” para “valorizar os nossos produtos”


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Foi oficialmente apresentada na passada semana a Alimentaria & Horexpo Lisboa e o Portugal AGRO 2015, num evento que decorreu na ViniPortugal, em Lisboa. A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, marcou presença e referiu que "Para valorizar e dar a conhecer os nossos produtos, estas feiras são essenciais."

"Tudo o que podemos fazer em conjunto para dar a conhecer os produtos portugueses, juntar a este conhecimento dos nossos produtos uma imagem de maior diferenciação, de qualidade seja na perspetiva da segurança alimentar, seja na perspetiva da excelência do produto do 'Portugal Excecional', é uma mais-valia", referiu a ministra da Agricultura.

"Não basta a produção, que tem estado a trabalhar muito e bem, não basta a indústria que tem estado a trabalhar muito e bem. A minha esperança é que existam cada vez mais alianças duradouras e mutuamente benéficas entre a produção primária e a indústria para acrescentar valor, inovação e para deixarmos mais riqueza no nosso país."

Assunção Cristas referiu ainda que "hoje, cada vez mais, temos a possibilidade de trazer a Portugal profissionais e potenciais compradores internacionais, articulados com a AICEP em missões diversas, que vêm conhecer os nossos produtos."

Agradecendo a todos os intervenientes que têm contribuído para este esforço, a ministra da Agricultura salientou que "o sector agroalimentar é precisamente um dos sectores que mais tem visto as suas exportações crescerem", referindo mesmo que "os sectores agrícola e agroalimentar estão na linha da frente das exportações portuguesas."

Segundo Assunção Cristas, a meta é "chegar a 2020 com mais mercados abertos", uma vez que "há muito mercado externo para ser agarrado pela nossa produção de produtos excecionais."

Alimentos em fim de vida podem agora transformar-se em comida em pó


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Os alimentos em fim de vida podem agora ser convertidos em novos alimentos em pó. Sim, em pó! A ideia é da FoPo Food Powder, um projeto de estudantes internacionais que seca frutas e legumes em fim de vida que já ninguém quer comprar e os transforma em pó que pode ser consumido.

"[Não estamos] a usar um novo produto ou uma nova tecnologia, [mas] sim a criar valor a partir da ineficiência do sistema alimentar", explicou um dos responsáveis pela ideia ao site Mashable.

A ideia partiu de um estudante sueco de engenharia mecânica, que mais tarde se juntou a quatro outros estudantes para concretizar o projeto que tem um cariz social e que pretende contribuir para lutar contra o desperdício alimentar.

Com a inovação, a vida útil dos hortofrutícolas passa para dois anos, mas para já ainda só estão disponíveis três sabores, banana, manga e framboesa, que podem ser consumidos na confeção de sumos, bolos ou como 'topping' de outros alimentos.

Agricultores já podem doar produtos através de plataforma digital


por Ana Rita Costa
21 de Julho - 2015
 
Os agricultores podem agora doar os seus produtos a instituições de solidariedade social através de uma plataforma digital. A iniciativa é da responsabilidade da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares e da Entrajuda e surge no âmbito da plataforma 'Dar e Receber' com a meta de combater o desperdício alimentar.

Assim, o site 'Dar e Receber' alberga agora o pilar "Produtos Agrícolas", que já tem registadas cerca de 4200 instituições de solidariedade que precisam de alimentos.

"Pareceu-nos que seria oportuno desafiar os agricultores portugueses para que coloquem, num site na Internet, todos os seus excedentes e todos os produtos agrícolas que não podem, por alguma razão, ser comercializados ou que não encontram no mercado um preço que compense a sua apanha", explicou Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares ao jornal Público.

As doações podem ser colocadas por região e todas as instituições locais registadas serão posteriormente alertadas por email da disponibilidade dos produtos agrícolas.

Além da Entrajuda e da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, o projeto conta com a participação da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Governo anuncia obras de 28 milhões de euros para regadio agrícola em Óbidos



Fonte: Lusa

A ministra Assunção Cristas anunciou, em Óbidos, o lançamento de obras no valor de 28 milhões de euros, com prazo de conclusão até 2017, para dotar o concelho de água e de infraestruturas de rega para a agricultura.

A ministra da Agricultura disse que a construção de uma estação elevatória para fornecer água aos agricultores vai ser adjudicada ainda nesta legislatura e anunciou ter assinado o despacho relativo ao lançamento do concurso público para a construção de infraestruturas para a de rega de Óbidos. O concurso para a rede da Amoreira é lançado até ao final do ano.

"Estaremos com todas as obras concluídas para a campanha de 2017", disse a ministra, segundo a qual não se trata de um "prazo irrealista para quem esperou 39 anos" pelo projeto.

Considerando um "líquido precioso para a competitividade e para a criação de postos de trabalho" da agricultura, Assunção Cristas explicou que a água vai chegar a 1.200 hectares de terrenos agrícolas, de 900 agricultores das freguesias da Amoreira e do Olho Marinho, em Óbidos, e do Pó e da Roliça, no Bombarral.

O presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques (PSD), sublinhou que o investimento "é um velho sonho com 40 anos" dos agricultores do concelho e que é indispensável para o seu desenvolvimento económico.

Vão ser construídos 50 quilómetros de rede de distribuição, por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, sendo disponibilizadas 400 tomadas de água, ou seja, cerca de três tomadas por hectare.

Integrada no Projeto Hidroagrícola das Baixas de Óbidos, a rede é aguardada desde 1978.

O regadio está integrado na construção da Barragem do Arnóia, obra de 6,5 milhões de euros, concluída em 2005, e parada desde então devido aos sucessivos adiamentos na conclusão da rede de rega.

Destinado em 60% a pomares e 40% a hortícolas, o projeto permite, por exemplo, aumentar a produção média de pera rocha de 12 toneladas (em sequeiro) para 40 toneladas por hectare, em regadio.

O projeto, orçado em 28 milhões de euros, conta com um financiamento comunitário.

Melgaço ultima contestação ao alargamento da produção de vinho Alvarinho



Fonte: Lusa

A ação judicial de contestação ao alargamento da produção de Alvarinho a todos os concelhos da Região dos Vinhos Verdes (RVV) deverá entrar nos tribunais ainda antes das próximas vindimas, previu o presidente da Câmara de Melgaço.

Manoel Batista adiantou que a "estratégia de contestação" ao alargamento será "afinada" no dia 27, numa reunião que irá decorrer no edifício da autarquia e que sentará à mesma mesa "o município, os advogados responsáveis pelo processo, e produtores de vinho Alvarinho" do concelho.

Segundo o autarca, trata-se do segundo encontro realizado após a publicação, em maio, em Diário da República (DR), da portaria 152/2015 que veio regulamentar o alargamento da produção de Alvarinho a todos os concelhos da RVV.

"Esta legislação vai entrar em vigor a 01 de agosto, e a partir dessa data temos três meses para formalizar contestação", adiantou.

A Câmara de Melgaço anunciou o recurso à justiça em maio passado após a publicação da nova legislação classificada pelo autarca como um "erro crasso" que resultou de um processo "ferido de ilegalidades, que "não serve nem a região nem o país".

A portaria resultou de um acordo alcançado em janeiro passado pelo Grupo Trabalho do Alvarinho (GTA), constituído pelo Governo para negociar a denominação daquele vinho, cuja exclusividade de produção é detida pela sub-região, constituída pelos municípios de Melgaço e Monção.

O acordo alcançado pelo GTA, liderado pela Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes (CVRVV), prevê o alargamento da produção daquele vinho aos 47 municípios que a integra a Região dos Vinhos Verdes (RVV).

Aquele acordo foi aceite por Monção, que tem cerca de 900 hectares de terrenos dedicados exclusivamente à produção daquele vinho.

Já os 600 produtores de Melgaço, acionistas da empresa "Quintas de Melgaço", cuja maioria do capital é detido pela autarquia local, contestam o acordo por considerarem que "prejudica" a sub-região.

A produção de Alvarinho é, até agora, detida em exclusivo por aqueles dois concelhos do Alto Minho, que juntos integram a sub-região demarcada do Vinho Alvarinho, desde 1908.

Tetra Pak apresenta nova geração de máquinas de enchimento



Fonte: ANIL/Revista Grande Consumo

A Tetra Pak apresentou na Fispal - Feira Internacional de Tecnologias que decorre em São Paulo, no Brasil, a Tetra Pak E3, uma máquina de enchimento que utiliza feixes de eletrões para esterilizar o material de embalagem em substituição do peróxido de hidrogénio. Comparada com a plataforma Tetra Pak A3/Speed, a máquina de enchimento Tetra Pak E3 "baixa os custos operacionais, melhora o desempenho ambiental e aumenta a flexibilidade de produção", declara a Tetra Pak em comunicado.

No centro da nova máquina está a tecnologia de esterilização eBeam desenvolvida pela Tetra Pak em colaboração com a COMET. A tecnologia permite centrar um feixe controlado de eletrões sobre a superfície do material de embalagem no interior da máquina de enchimento, eliminando quaisquer bactérias ou micro-organismos presentes.

Charles Brand, vice-presidente executivo de Product Management & Commercial Operations da Tetra Pak refere: "Este é um desenvolvimento muito entusiasmante. A Tetra Pak E3 não só oferece aos clientes vantagens significativas em termos ambientais e de custos de produção como marca o início de uma nova era no mundo das embalagens de cartão para alimentos líquidos. A eficiência e eficácia dos equipamentos de enchimento acabam de dar um grande passo em frente."

"A utilização da tecnologia eBeam remove uma limitação física de longa data à velocidade de produção das embalagens de cartão para alimentos líquidos: o processo de esterilização com peróxido de hidrogénio. Com a tecnologia eBeam, a capacidade de produção aumenta para até 40,000 embalagens individuais por hora ou seja, 11 embalagens por segundo. Testes de mercado revelaram que este aumento de produção pode gerar uma redução até 20% nos custos operacionais", explica ainda a empresa.

A Tetra Pak E3/Speed estará disponível para comercialização no início de 2016. O equipamento produz embalagens familiares Tetra Brik Aseptic 1000 Edge com LightCap 30, com capacidade para 15,000 embalagens/hora.

Mais três meios aéreos para o combate a incêndios



Fonte: dn.pt

Durante a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, o secretário de Estado da Administração Interna anunciou: "brevemente estarão operacionais três Kamov".

O secretário de Estado da Administração Interna revelou que dois helicópteros pesados Kamov já estão disponíveis para o combate aos fogos florestais e que até final de julho um outro Kamov estará operacional.

João Almeida falava na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar após um requerimento do PCP, aprovado por unanimidade, para ouvir o Governo sobre os meios aéreos do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

O governante lembrou que a manutenção destas aeronaves foram adjudicadas a uma nova empresa, a 06 de fevereiro de 2015, tendo posteriormente sido detetados problemas "graves" que levaram à inoperacionalidade de quatro Kamov, o que somado a outra aeronave que teve um acidente em 2012, deixou apenas um Kamov operacional.

João Almeida recordou que o seu Ministério abriu um inquérito para apuramento total das responsabilidades relacionadas com os problemas do KAMOV, o que não impediu que se iniciasse o processo de reparação das aeronaves, o que permite que atualmente dois Kamov estejam disponíveis e um outro pronto até final do mês.

"Brevemente estarão operacionais três Kamov", sublinhou o secretário de Estado, anunciando que durante o período mais intenso de fogos florestais (fase Charlie) houve um reforço das forças terrestres e antecipação da atuação de meios de atuação ampliada no combate aos incêndios na floresta.

João Almeida reconheceu que a inoperacionalidade dos Kamov é um "problema estrutural", indicando que em 2014 estas aeronaves estiveram inoperacionais 1.846 horas, enquanto em 2013 foram 2.887 horas e, em 2012, atingiu 2.146 horas.

O responsável realçou que o Governo "não nega a gravidade da situação dos kamov", nem desvaloriza a importância destas aeronaves pesadas no combate aos incêndios florestais, mas apontou a utilização de outros meios aéreos anfíbios que, com a ajuda das equipas terrestres, têm mantido taxas elevadas de sucesso nos ataques iniciais aos fogos.

João Ramos (PCP) questionou sobre se não era suposto o Governo estar a par da situação dos Kamov, observando que há dois anos tinham sido dados alertas sobre o estado das aeronaves e que aparentemente não houve a resposta adequada do executivo.

O deputado comunista estranhou ainda que tenha havido a substituição de diversos motores dos Kamov, sem que a situação melhorasse, e que o governo não tivesse acionado uma cláusula contratual que obrigava a que existisse um stock de peças para estas aeronaves.

"O Estado foi alertado para a situação destes meios aéreos e não tomou as medidas adequadas", criticou o deputado do PCP.

João Almeida garantiu que o Governo tinha informação oficial que "contrariava o estado" em que as aeronaves, afinal, se encontravam, pelo que decidiu instaurar um inquérito para apurar responsabilidades de entidades públicas ou privadas causadoras da situação.

O secretário de Estado elogiou a eficácia do ataque inicial aos fogos florestais em Portugal, que continua acima dos 90 por cento, dizendo que o mérito não é deste ou daquele governo, mas dos operacionais no terreno e dos seus coordenadores.

Jovens recolhem lixo e vigiam a floresta em Estarreja



Fonte: Lusa

Vinte e quatro jovens vão vigiar as zonas florestais de Estarreja, até 14 de agosto, em colaboração com os bombeiros e forças de segurança, informou a autarquia.

Trata-se da 9.ª edição do programa "Juntos pela floresta, todos contra o fogo no município de Estarreja", que arrancou com uma ação prévia de formação e que vai estar no terreno até 14 de agosto.

Este ano são 24 os voluntários envolvidos, os quais, ao longo de duas semanas, vão estar empenhados em diferentes tarefas, como detetar colunas de fumo, cartografar caminhos e linhas de água e recolher lixo.

Segundo o presidente da Câmara de Estarreja, Diamantino Sabina, o programa é uma "experiência enriquecedora para os jovens e importante para a prevenção, "num ano que se prevê seco e muito propício a fogos florestais.

A iniciativa decorre durante o período crítico de incêndios florestais, sendo os 24 participantes divididos em equipas e distribuídos por quinzenas.

O programa de voluntariado jovem para as florestas é promovido pela Câmara Municipal de Estarreja desde 2006 e visa a vigilância da área florestal do concelho.

Uma das vertentes é a recolha de resíduos deixados na floresta, tendo sido recolhidas na edição do ano passado 4,5 toneladas de lixo.

Serras de Valongo com patrulhas a cavalo para evitar incêndios

 21-07-2015 
 

Fonte: Lusa

O Centro Hípico de Valongo vai assegurar a vigilância e a deteção de ignições nas áreas florestais deste concelho do distrito do Porto, através de patrulhamentos diários às serras que formam um total de 4.300 hectares de zona verde.

"A zona verde de Valongo é uma zona de altíssimo risco porque é uma zona de contacto com a zona urbana. Investimos em muita prevenção e muita vigilância", afirmou o presidente da câmara, José Manuel Ribeiro, acrescentando que este concelho a par de Baião "tem sempre risco máximo quando há dias de temperaturas elevada".

Aos elementos do Centro Hípico de Valongo, entidade que esta manhã assinou um protocolo com a câmara, fica destinada a tarefa de se deslocarem a cavalo, em ações de vigilância móvel, nos percursos e horários definidos pelos Serviços Municipais de Protecção Civil e Proteção da Floresta (SMPCPF) e comunicar, via telemóvel, à Protecção Civil de Valongo sempre que detetem colunas de fumo.

"O alerta rápido é muito importante e a presença do patrulhamento a cavalo reforça o efeito dissuasor. Um território desta natureza deve ser muito utilizado para afastar quem tem más intenções", descreveu José Manuel Ribeiro.

O período de maior vigilância às áreas florestais de Valongo, devido ao risco de incêndio, já se iniciou, estendendo-se até outubro, embora, conforme referiu o autarca "ao longo do resto do ano sejam várias as ações nas serras como gestão das faixas de combustível, exercícios de fogo controlado, limpeza e reflorestação".

A par do patrulhamento a cavalo, pelas serras de Valongo estão espalhadas equipas que incluem desempregados a fazer vigilância, no âmbito dos chamados Contratos Emprego e Inserção do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Soma-se, ainda, a equipa de sapadores da câmara de Valongo, um grupo de cinco elementos constituído ao abrigo de um protocolo celebrado com associação Portucalea, e a cooperação com as associações de bombeiros locais.

"São bons exemplos de trabalho em parceria porque envolvemos várias entidades que no âmbito das suas atividades - por exemplo o centro hípico tem vocação para o ensino de equitação - conseguem encontrar motivações comuns à população e território onde se inserem", referiu José Manuel Ribeiro.

No protocolo hoje estabelecido lê-se que "é responsabilidade de todos zelar pela proteção e defesa das áreas florestais", e recorda-se que o Centro Hípico de Valongo "usufrui destes recursos florestais, imprescindíveis à sua atividade, pelo que apoia a sua valorização e defesa".

"Os nossos 4.300 hectares são muito importantes e devem ser bem vigiados. Temos um património que já não é só de Valongo, é um património metropolitano, nacional e europeu. Há que o salvaguardar", completou José Manuel Ribeiro.

Desse território, classificado como Área de Paisagem Protegida de Âmbito Local, 800 hectares estão afetos à Rede Natura 2000.

Dados da câmara de Valongo indicam que nos últimos dez anos o pior ano no que se refere a área ardida corresponde a 2005 com mais de mil hectares (223 ocorrências) ardidos, seguindo-se 2006 em que a área ultrapassou os 800. Em 2010 foram 785 os hectares ardidos, enquanto em 2014 apenas 36, o que correspondeu a 117 ocorrências.

Já este ano foram desenvolvidas acções como abertura de zona de proteção alargada na zona de Chães, o que, refere a informação da câmara, "facilitou a utilização em diversos incêndios, quando no passado havia receio dos pilotos dos helicópteros".

Quanto à rede viária foi iniciada a beneficiação de aproximadamente 12 quilómetros em área protegida.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Lagar português eleito o melhor do mundo por especialistas do azeite


21.07.2015

Um lagar alentejano, no centro do "maior olival do mundo", conquistou o prémio de produção. E há vários azeites portugueses entre os melhores.

Pelo segundo ano consecutivo, o lagar da Oliveira da Serra, em Ferreira do Alentejo e pertença da Sovena, foi reconhecido como "o melhor produtor de azeite do mundo". Não em vão, a marca já se tinha celebrizado a nível global por possuir o anunciado "maior olival do mundo".

A distinção foi conquistada na competição World's Best Olive Oil Mills, um ranking de qualidade, conseguido a partir dos resultados obtidos por produtores e marcas em "19 torneios internacionais dedicados a azeites extra virgem", segundo os organizadores, uma organização ("não-governamental e não-lucrativa") que reúne especialistas internacionais do azeite. O lagar alentejano foi projectado pelo arquitecto Ricardo Bak Gordon.

No top 25 dos lagares, há mais Portugal, para além da Sovena: a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços e a CARM - Casa Agrícola Roboredo Madeira estão também muito bem classificados, nos 10.º e 11.º lugares, respectivamente. A lista é dominada por casas de Portugal, Itália e Espanha.

Já no ranking dos azeites, o domínio é espanhol, com os primeiros quatro postos do top (também calculado a partir de resultados de 19 competições internacionais) a pertencerem à Andaluzia. O azeite português mais bem cotado é o Oliveira da Serra Lagar do Marmelo, em 5.º lugar, seguido de perto pelo Oliveira da Serra Gourmet, em 7.º. Ainda assim, na lista dos 50 melhores, há uma dezena de azeites portugueses, produzidos no Alentejo, Trás-os-Montes, Abrantes e Beira Interior.

O maior olival do mundo
Começou em 2010 com a plantação de "mais de dez milhões de oliveiras", precisamente "uma por cada português". É no centro deste mega-olival que se espalha por diversas zonas que está o lagar Oliveira da Serra. A proximidade entre olival e lagar "permite que o tempo decorrido entre a apanha das azeitonas e a extracção do azeite seja o menor possível", uma garantia de "elevada qualidade", defende a empresa. "Ao posicionar o azeite nacional como um dos melhores do mundo", comenta Otto Teixeira da Cruz, director de marketing da Oliveira da Serra, "abrem-se novas oportunidades de expansão tanto para os azeites como para outros produtos portugueses nos mercados internacionais". 

Indústria Alimentar: inovação aumenta o desafio para a análise de riscos



 20 Julho 2015, segunda-feira  IndústriaIndústria alimentar

O setor alimentar é um dos que maior peso tem no seio da União Europeia e é encarado como um setor-chave para fomentar a criação de emprego, caso consiga continuar a desenvolver novas tecnologias e produtos.
O Comissário Europeu de Saúde Vytenis Andriukaitis está, assim, convencido de que a indústria alimentar pode contribuir para o plano do Presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, de transformar a Europa, criando mais empregos e promovendo uma maior prosperidade.
Wim Debeuckelare, diretor legislativo da DG Sante, afirma, por seu lado, que «podemos contar com a European Food Safety Authority (EFSA) para fazer a necessária avaliação de risco. Quando tivermos a avaliação do risco, então ainda precisaremos, de acordo com as nossas regras, de considerar os benefícios e necessidades tecnológicas. A proporcionalidade é algo que se deve ter em mente. Precisamos de analisar para saber se o risco potencial realmente supera os benefícios».
Tobin Robinson, chefe do departamento de Estratégia de Ciência e Coordenação da EFSA, destacou as dificuldades que a Agência tem para a avaliação do risco. Por exemplo, sempre que a EFSA está a estudar o potencial risco para os seres humanos de um resíduo químico ou um metal pesado, a avaliação tem de incluir como o mesmo também afeta a qualidade da água e do ar e como se desenvolve em diferentes situações.
O representante da EFSA pediu mais e melhor tecnologia disponível para os especialistas que realizam as avaliações de risco e enfrentam, constantemente, novos desafios. Estes prendem-se, sobretudo, com novos alimentos, nano tecnologia e a clonagem de animais.
«Aqui, novamente, precisamos ter certeza de que a segurança alimentar não é um travão à inovação», terminou Robinson.
Gert Meijer, adjunto de Regulamentação e Assuntos Científicos da Nestlé, disse que, no momento, reduzir a pegada ambiental e melhorar a qualidade das matérias-primas, são alguns dos desafios mais importantes, a nível de investigação, para a indústria.
Acrescentou que a indústria alimentar está a seguir mais numa direção de remover aditivos dos alimentos, em vez de adicioná-los.
Fonte: Lusa

terça-feira, 21 de julho de 2015

Metade das vagas para limpar matas destinadas a desempregados ficaram vazias


ANA GASPAR | Hoje às 00:00
Mais de metade das vagas para limpeza e vigilância das florestas destinadas a desempregados e utentes do Rendimento Social de Inserção ficaram por preencher no ano passado.
 


O Governo tinha anunciado a abertura de 2000 lugares, mas, segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) fornecidos ao JN, apenas 791 pessoas acabaram por desempenhar estas funções em 2014. A eficácia do programa é posta em causa pelos parceiros.

Bruxelas opõe-se a medidas de apoio ao setor do açúcar

 21 Julho 2015, terça-feira  IndústriaIndústria alimentar

A Itália em vindo a reclamar medidas concretas excecionais de apoio ao setor do açúcar, antevendo, desde já, graves problemas no mercado, com o fim das quotas em 2017.
A resposta da Comissão é radicalmente negativa, pois considera que o mercado tem tempo e capacidade de se autorregular por si só e fazer face a uma situação diferente, após o fim das quotas.
Por seu lado, a Alemanha defende que a ajuda ligada à produção de beterrabas, que foi atribuída em dez Estados-membros, corre o risco de provocar situações de distorção de concorrência e gostaria de medidas para fazer escoar no mercado as quantidades que ultrapassam a quota.
A Itália defende que a quotização paga pelos produtores de 13 euros por tonelada pode e deve ser utilizada para eventuais soluções que apoiem e defendam o mercado.
Phil Hogan reconheceu que a produção da campanha 2014-2015 foi muito abundante, atingindo 19,4 milhões de toneladas, enquanto a quota estava situada nos 13,5 milhões de toneladas, o que provocou stocks importantes extra-quota, que tiveram, como impacto, uma descida acentuada do preço, que atingiu os 416 euros por tonelada, ou seja, o preço mais baixo desde 1980. Contudo, este preço é cerca de 100 euros superior às cotações mundiais do açúcar.
Para concluir, Phil Hogan afirmou que o setor tem beneficiado de um mercado fortemente protegido, com preços a níveis muito altos nos últimos anos e, portanto, é perfeitamente capaz de fazer face a uma situação de mercado mais difícil.
Fonte: Agroinfo

CNA contraria ideia de «oásis» da agricultura e lamenta queda dos preços



 21 Julho 2015, terça-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura
O dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Dinis, salientou esta segunda-feira (20 de julho) que os pequenos agricultores sofrem cada vez mais dificuldades devido aos baixos preços pagos aos produtores, contrariando a ideia de «oásis» veiculada pelo Governo.
«A propaganda oficial não faz produzir a agricultura portuguesa e não apaga fogos», disse o responsável da CNA, que integra uma delegação que recebida em audiência pela ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas.
João Dinis lamentou que o ministério da Agricultura funcione «como um aparelho de campanha eleitoral, como se a agricultura fosse um oásis em que tudo vai bem» e criticou o facto de os estímulos ao setor estarem essencialmente direcionados para as grandes empresas.
«95% dos apoios destinados à agricultura vão para o agronegócio», reforçou, apontando as «grandes dificuldades» dos agricultores devido à baixa de preços na produção, como acontece com o leite.
Lembrou ainda que enquanto alguns jovens agricultores estão a iniciar a atividade, muitos mais estão a «desinstalar-se» e a abandonar as suas explorações.
Na reunião, a CNA apresentou à ministra um plano para prevenir os acidentes com tratores, que já provocaram a morte a cerca de três dezenas de agricultores este ano.
O objetivo é «combater esta tragédia nacional», embora João Dinis acredite que o plano só deverá avançar na próxima legislatura.
Os dirigentes da CNA questionaram ainda a ministra sobre o processo de liquidação da Casa do Douro e sobre as implicações para a agricultura portuguesa do tratado transatlântico de comércio e investimento que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos (TTIP).
Fonte: Sapo

O Copa-Cogeca solicita medidas urgentes para o sector da carne de suíno da UE

20-07-2015 
 

Fonte: Copa-Cogeca

O Copa-Cogeca enviou uma carta ao Comissário Europeu Phil Hogan a solicitar acções específicas urgentes dirigidas ao sector da carne de suínos da UE que minimizem o impacto da decisão Russa de bloquear importações de géneros alimentares.


O Presidente do Copa Albert Jan Maat sublinhou "É uma situação extremamente difícil para o mercado de carne de suíno da UE, em parte como resultado das restrições que foram impostas no final de janeiro de 2014. Na altura, a Rússia proibiu a importação de quase todos os produtos de porco de toda a UE, após o surto de peste suína Africana, registado na Polónia e nos países bálticos. Mais tarde nesse ano, em agosto, as autoridades russas impuseram um novo conjunto de restrições à importação, como resultado de uma disputa política entre a UE e a Rússia, que foi prolongado até 2016 ".

"Consequentemente, o setor da carne de suínos da UE foi duramente atingido pelas restrições à importação injustificadas e desproporcionadas da Rússia. A Rússia foi o nosso mercado de exportação número um. Apesar da introdução do regime de armazenagem privada, os preços atingiram níveis críticos, o que tem um grande impacto sobre as margens dos produtores e na sustentabilidade das suas explorações. A situação no mercado da carne de suíno é insuportável, forçando alguns a desistir do negócio, o que é particularmente preocupante quando é esperada uma subida na procura no longo prazo. A Comissão está acompanhar a situação e deve tomar medidas imediatas. Se a situação não melhorar, os Estados-Membros devem ser autorizados a negociar com as autoridades russas os seus certificados de exportação, a fim de restabelecer o comércio de carne de suíno, o mais rapidamente possível. ", acrescentou o senhor Maat .

O Presidente do Cogeca Christian Pees afirmou que: "As negociações com a Rússia devem ser intensificadas no sentido de serem levantadas as restrições sanitárias e fitossanitárias (SPS) impostas às exportações de carne de porco da UE no início de 2014. Isso permitiria que as exportações para a Rússia sejam retomadas para alguns produtos como miudezas comestíveis e o bacon que não foram incluídos na lista global de produtos proibidos resultantes da disputa política entre a UE e a Rússia. Acreditamos que é fundamental encontrar mercados alternativos para enfrentar a longa lista de SPS e barreiras burocráticas em países não membros da UE como a Rússia, Bielorússia, Japão, etc, alguns dos quais com acordo de livre comércio com a UE, incluindo a Coreia do Sul, Peru e a Colômbia. Apelamos também para que sejam tomadas acções específicas nas regiões mais afetadas pela proibição ".

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Explorações de agricultura biológica podem ser mais poluentes que as tradicionais


18/7/2015, 22:53142 PARTILHAS

Um estudo publicado na revista Agriculture and Human Values garante que, em 49 estados norte-americanos, a emissão de gases com efeito de estufa é maior nas explorações biológicas que nas restantes.

Tiago Palma

Há cada vez mais consumidores a optar por comprar alimentos de origem biológica. Nos Estados Unidos, de acordo com os dados da Organic Trade Association, as vendas deste tipo de alimentos subiu 11% em 2014, por comparação com o ano anterior, e representa uma faturação anual de quase 36 mil milhões de euros. E se há quem compre por considerar que são alimentos mais saudáveis, também os que compram para não prejudicar o meio ambiente.

Mas a verdade é que as produções de agricultura biológica não são tão "amigas" do ambiente quanto se possa imaginar. Um estudo publicado na edição de junho da revista Agriculture and Human Values avança que, no caso norte-americano, esta pode ser tão ou mais prejudicial que a agricultura dita convencional e de massas.

O autor do estudo, Julius McGee, investigador na Universidade do Oregon, garante que a emissão de gases que causam efeito de estufa (GHGs) é maior na agricultura biológica. E tudo porque, nos Estados Unidos, a indústria biológica se tornou tão procurada e lucrativa, que derivou das mãos dos pequenos produtores para a produção em massa, o que levou, gradualmente, a um desrespeito pelo nível de emissões poluentes. Para chegar a esta conclusão, McGee avaliou as emissões em explorações agricultas (biológicas e "tradicionais") em 49 estados norte-americanos entre 2000 e 2008.

No entanto, McGee garante que, apesar das elevadas emissões, a agricultura biológica continua a ter "benefícios" ambientais, "como o baixo nível de poluição das águas, uma vez que a utilização de pesticidas é reduzida ou nula", conclui.