quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Governo antecipa pagamento das ajudas ligadas ao tomate e arroz


O Ministério da Agricultura e do Mar anunciou hoje que vai antecipar em dois meses, para outubro, os pagamentos das ajudas ligadas ao tomate e arroz.


   
"Estes pagamentos, de 240 euros por hectare para o tomate e de 194 euros por hectare para o arroz, serão antecipados em dois meses", indica o comunicado da tutela, segundo o qual "estes adiantamentos vêm no seguimento da antecipação já anunciada aos pagamentos ligados ao leite, bem como às vacas aleitantes, ovinos e caprinos".
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, "trata-se de uma boa notícia no ano de implementação da nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC)".

"Foi um ano atípico, com muitas mudanças na PAC e com dificuldades que um primeiro ano de reforma sempre traz", acrescentou, citado no comunicado.
O facto de Portugal figurar entre "os primeiros países a abrir as candidaturas vai permitir o adiantamento de todos os pagamentos", destaca ainda o governante.
O ministério garante continuar "a envidar todos os esforços para que [...] mais apoios sejam antecipados ou veiculados o mais atempadamente possível".

O calendário dos pagamentos será publicado na página da Internet do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).
Dinheiro Digital com Lusa

Intoxicação alimentar em Portimão levou à apreensão de 7,5 toneladas de alimentos

por R.C.HojeComentar

Intoxicação alimentar em Portimão levou à apreensão de 7,5 toneladas de alimentos
Dezenas de pessoas com sintomas de intoxicação foram assistidas no hospital de Portimão depois de terem estado num festival de comida de rua.
Na sequência da intoxicação alimentar ocorrida na semana passada no evento Street Food em Portimão a ASAE apreendeu 7,5 toneladas de alimentos, na maioria kebabs. Dezenas de pessoas com sintomas de intoxicação foram assistidas no hospital de Portimão depois de terem estado no festival de comida de rua.
A Unidade Regional do Sul da ASAE investigou na última semana o que poderia ter causado a intoxicação alimentar no evento Street Food (comida de rua) em Portimão. Depois de fiscalização a dois armazéns localizados nos concelhos do Montijo e Loulé "foram apreendidas 7,5 toneladas de produtos alimentares avariados, na maioria kebab" (especialidade turca que consiste numa espetada com pedaços de carne, ou, na versão doner kebab, em fatias de carne dentro do pão pita).
Segundo comunicado da ASAE, foi instaurado um processo-crime e apreendidos outros bens num valor superior a 27 mil euros. Foi ainda suspensa a atividade do armazém do Montijo por falta de requisitos de higiene.

50 incendiários detidos


     
Sónia Balasteiro Sónia Balasteiro | 10/08/2015 08:14 2697 Visitas   

José Sérgio/SOL
50 incendiários detidos 


Só até ao final de Julho, já 50 pessoas foram constituídas arguidas  pelo crime de incêndio, mais de metade do que em todo o ano passado, avançou ao SOL fonte oficial da Polícia Judiciária (PJ). 

A maioria, refere a mesma fonte, são homens entre os 40 e os 60 anos: "Apenas quatro dos arguidos são mulheres".

Em 2014, a tendência de género era semelhante: dos 90 arguidos apanhados pelas forças de segurança e levados à Justiça por atear fogos, a esmagadora maioria (80) eram também homens, entre os 40 e os 60 anos.

Os dados da PJ revelam ainda outra realidade: apesar de a idade média dos alegados autores de crimes de incêndio se situar nos 50 anos, tanto em 2014 como este ano foram investigados vários entre os 16 e os 18 anos - cinco no ano passado e dois até ao final de Julho.

Quanto a suspeitos de fogo posto, foram detidas, até 4 de Agosto, 26 pessoas, menos quatro do que no mesmo período do ano passado - em que, recorde-se, a área ardida foi de 11.745 hectares até 31 de Agosto, sendo a segunda menor da última década.

Este ano, as chamas consumiram já mais área florestal do que nos últimos dez anos, revelam dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas: 27.921 hectares até 31 de Julho.


De copo cheio à frente da Quinta do Monte d’Oiro


     
Patrícia Cintra Patrícia Cintra | 10/08/2015 00:26 557 Visitas   
De copo cheio à frente da Quinta do Monte d'Oiro


Francisco Bento dos Santos é o homem à frente da Quinta do Monte d'Oiro, a 60 quilómetros de Lisboa. O apelido não deixa margem para dúvidas, o engenheiro é filho de Bento dos Santos, gastrónomo e vice-presidente da Academia Internacional de Gastronomia. Em vésperas de vindimas, garante que o melhor é aproveitar o bom tempo até começar o trabalho duro nas vinhas.

Até ao lavar dos cestos é vindima. Mas enquanto elas não começam, Francisco Bento dos Santos, à frente da quinta da família, Monte d'Oiro, vai passar uns dias no Algarve. Atenção: antes que alguém se apresse a pensar em férias, o engenheiro esclarece «as férias são sempre relativas quando se tem o seu próprio negócio (neste caso negócio de família)». E exemplifica: «Logo na segunda e na terça-feira vou estar no supermercado Apolónia (em Almancil) a apresentar e dar a provar os nossos vinhos. Nos outros dias, o email e o telemóvel também nunca vão estar parados...».

Num mundo ideal, os dias de descanso seriam passados com os filhos: «Praia de manhã, almoço em casa, praia ou baloiços depois da sesta, jantar em família ou - graças às avós que ficam a tomar conta dos netos - fora com amigos e serão ao luar».

Ainda assim, na sua passagem pelo Algarve vai tentar aproveitar para conhecer alguns restaurantes que andam debaixo de olho. Na lista inclui o São Gabriel (Almancil), Veneza (Paderne), Terroir (Carvoeiro), Al Quimia (Albufeira, Hotel Epic Sana), Gusto (Quinta do Lago, Hotel Conrad), Rei das Praias (Ferragudo), Noélia e Jerónimo (Cabanas), Vila Joya (Galé) e Ocean (Pêra, Vila Vita).

De regresso à quinta, Francisco tem também muito com que se entreter. Alguns dos planos passam por fazer crescer o projecto vitivinícola da Quinta do Monte d'Oiro, reforçando a aposta em áreas de negócio complementares, como o enoturismo, bem como continuar com o crescimento da produção - «especialmente agora que acabámos de saber que foi aprovada a nossa candidatura à reserva de direitos de plantação de vinha em mais nove hectares!».

A agenda mostra que os afazeres continuam. Em Outubro tem viagem marcada ao Brasil, onde irá promover os seus vinhos nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. «Mas como a vida não é só trabalhar, no final prolongarei a estadia no Rio por mais uns dias para umas mini-férias...».

Pelo meio, continua com as iniciativas no âmbito do projecto Lisbon Family Vineyards, que inclui as Quinta de Chocapalha e Quinta de Sant'Ana. «Os três projectos vínicos têm em comum a abordagem à vinificação e a vontade de se aproximar do consumidor, partilhando a paixão e conhecimento da região».

A ligação destas três famílias, que se conhecem há muito tempo, pretende divulgar não só o que cada quinta tem para oferecer - as suas especificidades, as suas riquezas, a história e a modernidade - mas também mostrar que, ao trabalharem juntas, podem potencializar as características que já têm em comum: «As três produzem vinhos gastronómicos cuja qualidade é constantemente premiada a nível nacional e internacional; são três negócios familiares que produzem vinhos com personalidades próprias que realçam o terroir específico onde todos os seus vinhos são produzidos. Além disso as três quintas podem ser visitadas e os vinhos provados nas respectivas adegas, já que se encontram a menos de uma hora da cidade de Lisboa».

E as vindimas? «Deverão começar lá para meados de Setembro e depois vão até Outubro. Temos 20 hectares e por isso podemo-nos dar ao luxo não só de fazer a vindima manual como vindimar cada casta e, dentro de cada casta, cada parcela, no seu melhor momento de maturação. É um trabalho minucioso e demorado mas é assim que para nós faz sentido trabalhar».


Faleceu João Corrêa, enólogo da Companhia das Quintas

10 Agosto, 2015 12:49 | Revista de Vinhos


João Corrêa era director de produção da Companhia das Quintas. Discreto, sempre procurou afastar-se da ribalta, passando do bom grado o protagonismo a outros. Mas do seu curriculum constam milhões de litros de bom vinho e vários grandes vinhos portugueses. Alguns deles feitos em parceria com o colega e amigo Nuno do Ó, com quem, em anos mais recentes, estabeleceu uma parceria para a produção do vinho Druida, no Dão. João Corrêa licenciou-se em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia e tirou uma pós-graduação em Viticultura e Enologia pela École Nationale Supérieur Agronomique de Montpellier (França). João foi também, entre outros, Comendador Mor da Confraria dos Enófilos da Estremadura e membro da Direção da Federação das Confrarias Báquicas de Portugal.
João Corrêa faleceu de doença prolongada. Tinha 53 anos. À família e amigos a Revista de Vinhos apresenta as suas sinceras condolências.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Escócia proíbe cultivo de produtos geneticamente modificados


A Escócia vai proibir o cultivo de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) no seu território, para preservar o seu território «verde e limpo», disse hoje o ministro dos Assuntos Rurais, Richard Lochhead.

   
Segundo uma nota do ministério em comunicado, o Governo escocês baseou-se nas novas regras europeias que permitem que os países recusem individualmente "culturas geneticamente modificadas autorizadas pela União Europeia".

"Não temos nenhuma prova de que os consumidores prefiram produtos geneticamente modificados e preocupa-me que a permissão do cultivo transgénico na Escócia pudesse trazer prejuízos para a nossa imagem de país limpo e verde, pondo em causa o futuro do setor de alimentos e bebidas, que vale 14.000 milhões de libras", afirmou Richard Lochhead, nessa nota citada pela agência AFP.

De acordo com uma decisão do Parlamento Europeu de janeiro, todos os países da União Europeu podem apresentar razões socioeconómicas, ambientais e de ordenamento do território para se oporem a OGM no seu território.
O Governo britânico é favorável às culturas geneticamente modificadas, mas as políticas agrícolas estão descentralizadas e, portanto, são decididas pelos governos autónomos.

Diário Digital com Lusa

Falta de sabor das frutas ajudou a levar pessoas à obesidade, diz autor


Beberia refrigerantes se não tivessem sabor? E comeria mais fruta se os morangos voltassem a serem suculentos? Segundo o jornalista Mark Schatzker, autor do livro «The Dorito Effect», as frutas e verduras foram perdendo o sabor com o tempo enquanto a comida artificial ganhou aromatizantes que nos levaram a comer em excesso e a ficarmos obesos. A solução, segundo ele? Criar frutas e vegetais mais saborosos.

Trouxe o sabor para o centro da discussão sobre obesidade. O aromatizante leva-nos a comer mais gordura, açúcar e outras coisas más disfarçadas?
Sim. Na verdade, eu diria que as nossas guerras contra a gordura, o açúcar e os hidratos de carbono foram totalmente em vão. É importante lembrar que os nossos avós tinham acesso ao açúcar, gordura e hidratos de carbono e de alguma forma evitavam comer além do necessário. Nenhum desses nutrientes mudou com o tempo. O que mudou foram os sabores. E muito. Nos últimos 50 anos, as comidas naturais como frutas e legumes foram perdendo o sabor, enquanto a comida processada foi ficando cada vez "saborosa", no sentido de ter mais sabor, com mais aromatizantes sintéticos. De forma simples, o que consideramos saboroso passou dos alimentos naturais para os processados. E é isso o que todo mundo está a comer agora e que está a deixar-nos gordos.
Como podemos mudar os nossos hábitos alimentares se grande parte dos alimentos disponíveis hoje é processado ou aromatizado artificialmente?
Recomendo que as pessoas evitem comidas com aromatizantes artificiais ou "naturais" - que também são sintéticos. Em vez disso, deveriam procurar as mais saborosas possíveis, como frango, morango, tomate e ananás.
Como podemos comer felizes uma maçã depois de já ter provado alimentos com sabores tão marcantes quanto um doritos? Precisamos de um tipo de detox?
Quanto mais evita a comida processada, menos ela parece interessante. Para pessoas que costumam comer em excesso esses tipos de alimentos, cortar é mais difícil. Entretanto, quando se trata de sabor eu ainda acho que a natureza deve ser o farol para guiar o nosso paladar. Os melhores restaurantes não servem doritos ou refrigerantes, servem as suas melhores carnes, frutas e vegetais acompanhadas de vinho. Desde que comecei a comprar alimentos com qualidade, percebi que o meu paladar mudou. Eu costumava odiar hortaliças, hoje adoro.
Menciona a perda de gosto das frutas e verduras por causa da agricultura moderna. Há uma forma de voltar para o que era antes?
A razão pela qual perdemos o sabor das frutas e legumes é a manipulação genética. Escolhemos genes como o tamanho, vida útil e resistência a pragas. Nunca seleccionamos os genes do sabor. E com o passar do tempo, o sabor perdeu-se. Porém, se nos preocuparmos com o sabor e seleccionarmos variedades e sementes que sejam saborosas, podemos recuperar o sabor. A Universidade da Florida já conseguiu criar uma variedade de tomate que é tão resistente quanto os modernos, mas o sabor é muito melhor. Acredito que essa seja a direcção que a agricultura precisa de tomar.
Comer doritos é viciante. O sabor é o maior causador do vício ou há outros componentes? Como podemos deixar de sermos viciados em comidas prejudiciais?
Como disse anteriormente, acho que a comida natural, a comida real, pode ser mais saborosa. Na verdade, acho que a comida real também vicia - mas de uma forma mais saudável. Não há nada de errado em procurar boascerejas, tomates ou pêssegos. Eu também acho que a comida natural tem a habilidade de satisfazer um desejo de uma forma que a comida artificial não tem. Escrevi no meu livro sobre a experiência de comer um frango frito com uma receita especial de família - um frango que foi criado como era há 50 anos (livre, com poucas hormonas). Foi o melhor frango que já comi na vida, mas estava satisfeito depois de alguns poucos pedaços. Não fiquei a comer além do limite. Fomos programados para desejar comida. Desejos são naturais. O que precisamos de fazer é colocar o desejo em comidas melhores, mais saudáveis, que realmente nos satisfaçam.
Porque escolheu os doritos para simbolizar os alimentos artificialmente aromatizados?
Pela simples razão de que os primeiros Doritos não eram aromatizado. Era apenas um snack de milho salgado, mas não era muito vendido. Foi aí que decidiram aromatizar com o sabor "taco" e depois com "queijo nacho" e ele tornou-se irresistível e incrivelmente bem-sucedido. É um exemplo perfeito do quanto os sabores artificiais são poderosos e lucrativos. Os sabores artificiais levam-nos a comer mais do que comeríamos normalmente. Como o exemplo mostra, as pessoas não comeriam snacks de milho com sal loucamente. Ou beberiam refrigerantes. Quanto de refrigerante as pessoas tomariam se tirassem o sabor artificial? O refrigerante sem sabor é apenas água com gás e muito açúcar.
Qual é a pior comida de todas? Aquela que ninguém deveria comer ou beber de novo?
Águas vitaminadas. O rótulo induz as pessoas a acharem que água com açúcar é saudável e o sabor artificial fá-la parecer deliciosa. Os EUA não sofrem de falta de vitaminas, mas sim de excesso de calorias.

Beneficiários de gasóleo verde aumentaram 13% em cinco anos



O número de beneficiários de gasóleo verde aumentou 13% nos últimos cinco anos, passando de 145.233 para 164.065, tendo sido recebidos mais 7.169 pedidos de acesso ao benefício no ano passado, segundo dados oficiais.


O gasóleo colorido e marcado, normalmente conhecido como gasóleo verde, tem características idênticas ao combustível normal, mas beneficia de uma carga fiscal reduzida, já que se destina a ser usado apenas em determinadas atividades (agricultura e silvicultura, pesca, navegação, dragagens e transporte ferroviário e de produtos perecíveis).

De acordo com os dados do Ministério da Agricultura e Mar (MAM), 94% dos beneficiários desempenham atividades relacionadas com a agricultura e exploração florestal.
Apesar do aumento do número de pedidos, o volume de gasóleo verde consumido tem vindo a diminuir: em 2010, gastaram-se 370 milhões de litros, mais 20.000 do que em 2014, o que representa uma diminuição de cerca de 5%.
Também o volume médio de gasóleo consumido diminuiu, de 2.500 litros em 2010 para 2.100 litros em 2014.
Em 2015, as alterações introduzidas com a fiscalidade verde poderão implicar uma nova diminuição do consumo, devido à tributação das emissões de dióxido de carbono.
"Esta alteração na definição do preço final do gasóleo verde poderá implicar a diminuição do volume de gasóleo verde que será efetivamente consumido em 2015, face a 2014, ou pelo menos poderá contribuir para que não se verifique um aumento significativo do volume de gasóleo verde consumido em 2015", indicou o MAM.
Embora não haja um limite definido para cada beneficiário, é feita uma previsão do volume de gasóleo que será necessário em função da sua atividade (por exemplo, área de exploração e tipo de equipamentos inscritos).
Este volume pode ser ultrapassado, caso haja necessidade, exceto nos Açores. "Devido à impossibilidade de colorir o gasóleo, o que dificulta a rastreabilidade da sua utilização, os volumes de gasóleo bonificado previstos para cada beneficiário nesta região são restritos", explicou o ministério.
A "boa utilização" do gasóleo verde é controlada por várias entidades: GNR, nas operações de controlo realizadas nas estradas; Autoridade Tributária e Aduaneira, nas ações de fiscalização dos postos de abastecimento autorizados a comercializar este tipo de combustível; e entidades como a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e Instituto da Mobilidade e Transportes, que analisam periodicamente os perfis de consumo dos respetivos beneficiários.
Dinheiro Digital com Lusa

domingo, 9 de agosto de 2015

Ouro vermelho nasce na Guarda



 18 Julho 2014, sexta-feira  Hortofruticultura & Floricultura
Ouro vermelho nasce na Guarda

Por: Bernardo Madeira, Fotos: Joaquim Coelho

Terrenos pobres e clima agreste, algo que não falta em Portugal, é tudo o que é preciso para se cultivar com sucesso uma das mais valiosas produções agrícolas: o Açafrão.
O açafrão ou crocus (Crocus sativus) está, pela mão do empresário Joaquim Coelho, a adoptar a Guarda como sua casa, região onde encontrou as condições ideais para prosperar.
Depois de tentar também os férteis terrenos do litoral do Porto, Joaquim Coelho acabou por concluir que a produção nos terrenos mais pobres e arenosos de Freixedas em Pinhel garantiam uma produção de melhor qualidade com menores custos.
E é natural que o açafrão se esteja a adaptar bem a esta região do país, uma vez que os seus primos direitos o Crocus carpentanus e o Crocus serotinus (açafrão bravo) aparecem espontaneamente em todo o interior norte e centro e em Espanha, nomeadamente em La Mancha, onde é cultura tradicional desde há séculos.
Joaquim Coelho fez a sua formação em França na área da industrialização mecânica, transpondo para a agricultura as rigorosas exigências de produtividades da indústria metalúrgica onde fez carreira. Aos poucos foi fazendo a transição, e há cerca de um ano que se dedica à apicultura como actividade principal, apostando simultaneamente na produção de açafrão, criando para este efeito a marca "Açafrão de Mel", estando certo que, em breve, irá ganhar dimensão para exportar directamente para Espanha e França (grandes mercados consumidores do açafrão).
Apesar de já conhecer a cultura do açafrão, e confiar que é uma aposta segura, Joaquim Coelho, começou com um pequeno investimento com bolbos importados, procurando, aos poucos ir conhecendo o mercado e a adaptação da cultura.
Nesta planta só os pistilos são aproveitados (bolbo e folhas são tóxicos), ou seja, os pequenos filamentos vermelhos do centro da flor. São usados como condimento (o mais caro do mercado) e outrora como corante (o étimo de açafrão virá do árabe em que significará amarelo).
A instalação da cultura faz-se entre Junho e início de Setembro, para o qual se realizam mobilizações do solo até 20 centímetros. É boa prática proceder, desde meses antes, à prática da "falsa sementeira" que consiste em passar uma grade ligeira sobre o terreno a intervalos de 1 a 2 meses de modo a reduzir as infestantes e o banco de sementes. Uma vez preparado o terreno, podem os bolbos ser plantados em linhas de 7x10cm, ou em canteiros (faixas) com compasso mais apertado.
Dependendo do diâmetro dos bolbos, passados dois a três meses (Outubro a Novembro), aparecem as flores (uma a duas por pé). Depois de colhidas as flores do crocus este manterá as folhas até Maio do ano seguinte, altura em que a planta seca totalmente, voltando a rebentar a partir de Outubro, sem que se tenha que fazer qualquer nova plantação ou revolvimento do solo. Nesta cultura praticamente não se usam fertilizantes, sendo que se pode aplicar um pouco de fósforo e potássio antes da plantação e azoto depois da colheita das flores para que os bolbos ganhem maior volume e produzam novos bolbos vigorosos.
A atenção deve ser dada às plantas infestantes, e como as sachas não são viáveis na linha, só as mondas químicas e manuais se admitem, assim como a passagem de capinadeira no período de repouso.
Apenas alguns fungos podem prejudicar a cultura, mas de um modo geral aparecem apenas a partir do 3.º ano, altura em que se recomenda retirar os bolbos do solo, a sua triagem por diâmetros, e a plantação numa nova parcela.
A multiplicação da planta é feita pela divisão dos novos bolbos que vão aparecendo à volta dos mais velhos, geralmente 1 a 3 bolbos novos por cada bolbo velho por ano. Esta multiplicação exponencial permite aumentar rapidamente a área cultivada.
Perante tanta simplicidade de cultivo pergunta-se: Porque é que este condimento é tão valioso? Duas razões apenas: Colheita e triagem totalmente manuais e baixa produtividade.
Na operação de colheita, o passo mais exigente da cultura, colhem-se as flores nas primeiras horas da manhã, para que não murchem, caso contrário torna-se mais difícil a remoção dos estames que, depois em mesa, são separadas das anteras, que de seguida são desidratadas.
De referir que para obter um quilo de açafrão é necessário colher, pelo menos, 150 a 200.000 flores, requerendo toda a cultura (para 150.000 flores) até 400 horas de trabalho. Em compensação um hectare pode produzir até 25 kg de açafrão.
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No mercado internacional a cotação do açafrão (granel) varia entre os 1.000€/kg (açafrão iraniano) e os 3.000€/kg (açafrão espanhol), diferenças estas que estão relacionadas com a qualidade do produto.
O açafrão classifica-se pela sua pureza, grau de safranina, poder corante, acidez e poder aromático, diferenças estas que fazem variar muito o valor do produto.
Apesar de tradicional na culinária portuguesa, espanhola, italiana e indiana (arroz de açafrão, paelha, arroz à valenciana, risotto, caril, sarapatel), e outrora com grande uso, está a desaparecer das cozinhas portuguesas (algumas por já nem o conhecerem), substituindo-o pelo falso açafrão (comercialmente chamado de açafrão das índias, e que mais não é do que o pó extraído das raízes curcuma). A diferença de sabor é enorme e a cor também. Enquanto a curcuma confere aos pratos uma cor amarela, o açafrão junta à subtileza do seu aroma o requinte de uma cor amarelo-avermelhado extremamente brilhante.
E a diferença nota-se nas doses, sendo que é necessária uma colher de sopa de curcuma para conferir o mesmo resultado que um só grama de açafrão. Porém, quando se compra no supermercado a curcuma (açafrão das índias) por um preço variável entre os 10 e os 20€/kg, Joaquim Coelho chega a vender um só grama enfrascado do seu melhor verdadeiro açafrão por 14€!
Mas se o português comum já não tem dinheiro para apreciar o açafrão, na Europa central, nomeadamente em França (para onde Joaquim Coelho pretende expandir as suas vendas), a procura é grande e muito exigente, ultrapassando os 5 milhões de euros de importações anuais.

GNR aplicou 431 multas relacionadas com fraudes nos combustíveis



A GNR contabilizou, no ano passado, 431 infrações relacionadas com o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), incluindo utilização indevida de gasóleo verde, para as quais estão previstas coimas até 3.000 euros.

A GNR é uma das entidades que controla a utilização do gasóleo colorido e marcado, normalmente conhecido como gasóleo verde, que beneficia de uma carga fiscal reduzida por se destinar a ser usado apenas em determinadas atividades (agricultura e silvicultura, pesca, navegação, dragagens e transporte ferroviário e de produtos perecíveis).

Segundo o Ministério da Agricultura e Mar (MAM), as situações de fraude mais comuns são o uso de gasóleo verde para abastecimento de viaturas pessoais ou em equipamento específico de atividades não elegíveis para o benefício, utilização do cartão do gasóleo verde por indivíduos não autorizados, incumprimento dos pressupostos que legitimaram no passado o acesso ao benefício ou registo irregular nos abastecimentos nos postos de abastecimento.

Apesar de não possuir dados específicos para as fraudes relacionadas com gasóleo verde, já que as ações de fiscalização se inserem no "universo mais amplo" dos Impostos Especiais de Consumo, que inclui álcool, tabaco e produtos petrolíferos, a GNR apurou um total de 1.188 infrações relacionadas com o ISP entre 2012 e 2014 (321 em 2012, 436 em 2013 e 431 em 2014).

No mesmo período a Unidade de Ação Fiscal da GNR fiscalizou 22.046 locais, tendo detetado este tipo de infração em 978 locais.

O Destacamento de Ação Fiscal de Coimbra (DAF) foi o que aplicou mais multas (656), seguindo-se o DAF do Porto (281), Évora (143), Lisboa (64) e Faro (44).

Segundo o gabinete de imprensa da GNR, os infratores "têm de efetuar o pagamento de uma coima e da prestação tributária em dívida que seria aplicada ao gasóleo".

Até 2013, a legislação previa uma coima mínima de 250 euros para pessoas singulares e 500 para coletivas para as infrações aos impostos especiais de consumo, onde se inclui o ISP.

A partir dessa data, as multas aumentaram para 1.500 euros no caso das pessoas singulares e 3.000 no caso das coletivas.

Lusa

Angola destrói onze milhões de ovos importados ilegalmente


O Ministério da Agricultura de Angola informou hoje que serão destruídos onze milhões de ovos apreendidos no país por terem sido importados ilegalmente, prevendo-se ainda a responsabilização dos agentes importadores.
   
A informação consta de uma nota enviada à agência Lusa, em Luanda, pelo ministério tutelado por Afonso Pedro Canga, aludindo à entrada ilegal de ovos no mercado angolano "nos últimos meses", sem licenciamento dessa importação, pelo Ministério do Comércio.

Além disso, refere a mesma informação, citando o ministro da Agricultura, estas quantidades de ovos terão entrado em Angola sem o "competente certificado de sanidade do país de origem".
Por esse motivo, esses ovos, que "entraram em grandes quantidades, cerca de 11 milhões, não podem ser introduzidos no circuito comercial" pelo que serão "destruídos" e os importadores "responsabilizados", refere ainda o ministério.
As empresas importadoras que operam em Angola tinham de se candidatar até 15 de fevereiro passado a quotas de importação de 27 produtos, nomeadamente de ovos, segundo decisão comunicada pelo Ministério da Comércio angolano.
De acordo com um aviso daquele ministério, datado de 29 de janeiro, o Programa Executivo de Quotas de Importação cancelou o licenciamento regular de importações de vários produtos - além de ovos - como óleo alimentar, farinha de milho, farinha de trigo, sal, arroz e açúcar, mas também cervejas, sumos e águas ou ainda carnes, frango e peixe, entre outros.
A Lusa noticiou a 27 de janeiro que o Governo angolano decretou uma quota máxima de importação de produtos da cesta básica para 2015 que ronda os 2 milhões de toneladas.
A informação consta de um decreto-executivo conjunto de 23 de janeiro que fixa para todo o ano de 2015 uma quota geral de importação de 2.045.440 toneladas de produtos da cesta básica, distribuídos por óleo alimentar (334.001 toneladas), farinha de milho (99.001), farinha de trigo (688.000), sal (100.000), arroz (457.000) e açúcar (367.438).
Foi fixada uma limitação à importação de ovos, de 156 milhões de unidades em 2015.
De acordo com o teor do documento, Angola já garante, entre os produtos identificados na cesta básica, uma produção própria anual superior a 200.900 toneladas, ainda 20.890.000 de hectolitros, 324 milhões de ovos e 944.100 toneladas de hortofrutícolas.
 Diário Digital com Lusa

Grupo Luís Vicente investe cinco milhões em duas novas fábricas


10 Janeiro 2014, 15:00 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

Fruta cortada e fruta desidratada, é isso que vai sair de duas novas unidades industriais que o grupo Luís Vicente vai instalar este ano. A primeira fábrica é inaugurada hoje
O grupo Luís Vicente, presente na área de produção e comercialização de fruta e legumes há mais de três décadas, vai passar a deter presença na cadeia toda, com um investimento de cinco milhões de euros em duas novas fábricas para processamento de fruta.
 
A primeira unidade de fruta cortada – hoje inaugurada – localiza-se em Torres Vedras e irá criar mais 30 postos de trabalho directos. É um investimento de dois milhões de euros.
 
Manuel Évora, administrador do grupo Luís Vicente, adianta que para processar a capacidade máxima da nova unidade, de 5.000 toneladas de fruta por ano, que sairá cortada para as redes de distribuição, canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés), comércio tradicional e companhias aéreas, a nova unidade vai precisar de adquirir "oito a nove mil toneladas de fruta".
 
Será, explica o mesmo gestor, "fruta portuguesa e internacional". Além da fruta própria produzida pelo grupo e outros agricultores e organizações de produtores nacionais (como melão, meloa, melancia, laranjas, maçãs e pêra rocha, entre outras), a empresa Luís Vicente irá adquirir igualmente "fruta internacional", nomeadamente à Costa Rica (abacaxi) e ao Brasil (manga e papaia).
 
Espanha "já em negociações"
 
Com uma facturação de 60 milhões de euros em 2013 (mais 10% do que em 2012), o grupo Luís Vicente faz 55% das suas vendas fora do território português. Esta empresa tem quatro plataformas logísticas e de comercialização: Espanha, Holanda, Brasil e Costa Rica, adianta, que serve de base de compra de matéria-prima e de venda de frutas e legumes nacionais.
 
A empresa de base accionista de cariz familiar exporta já fruta e legumes frescos para 35 países, mas Espanha será provavelmente o segundo mercado da nova unidade que hoje se inaugura em Torres Vedras. Foi já a pensar na exportação que a fábrica de fruta cortada com a marca NuviFruits foi pensada.  
 
O grupo está já "em negociações com grupos de grande distribuição" no mercado espanhol para entrar na rede de super e hipermercados do território vizinho.
 
Fruta no pudim
 
Além de dotar a nova unidade de fruta cortada com capacidade para fornecer o mercado ibérico, a empresa Luís Vicente vai muni-la de tecnologia para mais tarde adicionar chocolate, pudim, gelatina e gelado às frutas.
 
É que o objectivo do grupo Luís Vicente é inverter a tendência de diminuição de consumo de fruta em Portugal, mas às vezes é preciso dar uma ajuda. Não só arranjando a fruta e cortando-as aos pedaços prontos a ingerir, mas às vezes adicionar alguma coisa mais, porque "os portugueses são muito gulosos", explica Manuel Évora.
 
O administrador da Luís Vicente adianta que embora essa seja uma segunda fase do projecto que hoje arranca formalmente, a linha de produção deverá estar operacional já em 2014 com a chegada de novo equipamento.
 
Levar a "crocância" da fruta lusa ao resto do mundo
 
Para 2014 está também prevista a nova unidade industrial do grupo produtor de frutas, mas desta vez de fruta desidratada, em que o grupo vai investir outros três milhões de euros. Manuel Évora dá-lhe outra designação: "fruta crocante", e quer com esse cognome levar fruta portuguesa – leia-se maçãs, pêssego, morangos e pêra rocha – para o resto do mundo. Oficialmente, a marca será a Frubis.   
 
Se no caso da fruta cortada, a validade do produto terminado de "oito a 10 dias" determina que o consumo seja feito em Portugal e Espanha, e não possa ir mais longe que a Península Ibérica, no caso da fruta desidratada, o prazo de um ano possibilita muitas mais voltas ao mundo.
 
Está, então, a administração do grupo Luís Vicente determinada a explicar aos portugueses e a estrangeiros que também é saudável comer fruta desidratada, que pode revelar ser também uma nova oportunidade de escoamento de matéria-prima nacional, já que pode ser utilizado, neste caso, fruta de calibres pequenos e a designada "fruta feia", cuja aparência não reflicta as boas qualidades organolépticas da matéria-prima nacional para venda em supermercados. Mas nunca colocando a qualidade em causa do produto final, realça, cortado ou desidratado: "não se pode surpreender negativamente o consumidor", alerta.  
 
O grupo está já a "importar tecnologia" na área agro-alimentar e tenciona arrancar com a nova unidade no segundo semestre do ano. Em velocidade de cruzeiro, acredita a administração do grupo produtor de frutas, a segunda fábrica poderá processar 24 mil toneladas de fruta.  

Portugueses ajudam a combater grande incêndio na Extremadura espanhola


PÚBLICO 08/08/2015 - 11:59 (actualizado às 17:51)
Fogo já consumiu 6500 hectares na Serra da Gata, contígua à portuguesa Malcata.

Bombeiros de Castelo Branco estão a ajudar ao combate a um incêndio na Serra da Gata, contígua à portuguesa Malcata, que já atinge 6500 hectares e obrigou a retirar das suas casas em várias povoações 1500 pessoas e também a evacuar três parques de campismo.

Foram retiradas pessoas das localidades de Acebo e Perales del Puerto, que foram levados para a cidade de Cáceres e para Moraleja. Antes tinham sido já evacuados cerca de 1000 pessoas da povoação de Hoyos, explica o El Mundo.

"Nesta altura os habitantes de Perales triplicam. Este fim-de-semana celebra-se a festa do emigrante e vem muita gente de fora", disse ao El País Ilsa Foj, funcionária da câmara de Perales del Puerto, enquanto via passar vários autotanques da Unidade Militar de Emergência.

Os autarcas locais levantam suspeitas de fogo posto, diz o El País. "Tudo parece indicar a mão do homem por trás destes incêndios", afirmou o presidente da Junta da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, referindo-se aos cinco fogos florestais que se registaram naquela zona este Verão. "A Serra da Gata não está mais seca do que o resto da Extremadura", frisou.

As chamas acenderam-se na quarta-feira, mas continuavam descontroladas neste sábado. O vento forte, de direcções desencontradas, tem dificultado o combate. O fumo cobre localidades a dezenas de quilómetros dali, onde está tudo nublado por causa do incêndio. As chamas estão a consumir sobretudo pinheiros e oliveiras, diz o El País.

Para além dos reforços portugueses, de Castelo Branco, há bombeiros da Andaluzia e de Castela e Leão a ajudar ao combate às chamas.

Espanha está a viver um período de grande risco de incêndios florestais, devido à conjugação de altas temperaturas – Julho foi o mês mais quente desde que há registo em Espanha, com uma temperatura média de 26,5 graus Celsius – e um nível de humidade relativa muito baixo. "Junho foi um mês mais quente do que o normal e Julho foi excepcional. Juntando a isso a escassez de chuva, provavelmente estamos perante os valores de risco de incêndio florestal mais extremos dos últimos anos", disse ao El Mundo Antonio Mestre, chefe da área de climatologia da Agência Estatal de Meteorologia.

Almeirim acolhe em novembro Simpósio Vitivinícola das regiões de Lisboa, Tejo e Setúbal

 09 Agosto 2015, domingo  Viticultura

O auditório cineteatro de Almeirim é palco nos dias 19 e 20 de novembro de 2015 de um Simpósio Vitivinícola dedicado às regiões de Lisboa, Tejo e Setúbal.

O evento, sublinham os organizadores, pretende «assumir-se como um grande Fórum de divulgação e transferência do conhecimento científico e tecnológico na fileira vitivinícola está a assumir o seu papel de interface privilegiado na ligação entre os centros de I&D nacionais e as empresas, função para que sente particularmente vocacionada».

Nesta perspetiva, a iniciativa pretende congregar «todos os protagonistas empenhados na consolidação e modernização da vitivinicultura nacional, através de um programa rico e diversificado, que vá ao encontro das exigências e desafios do presente e do futuro».
O evento decorre na sequência do Simpósio realizado em outubro de 2012 pela Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal - SCAP em parceria com a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa.
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