sábado, 26 de setembro de 2015

Situação do mercado internacional do leite

25-09-2015 
 

 
Os preços do leite em pó, inteiro oi desnatado, e da manteiga voltaram a subir esta semana, 3,5, 1,5 e 1,3 por cento, respectivamente, de acordo com a última informação do Observatório Europeu do leite.

O preço do leite na Holanda baixou dois cêntimos esta semana até os 27 euros por 100 quilos, a 20 de setembro. Em geral, os preços dos lacticínios melhoraram no mercado internacional na última quinzena e os custos das rações baixaram 6,5 por cento nas últimas quatro semanas, enquanto a energia subiu cerca de 0,2 por cento.

Fonte: Agrodigital

Copa-Cogeca: Produtores da UE confirmam baixa produção de cereais e oleaginosas este ano

 24-09-2015 
 
 
A Copa-Cogeca confirma uma redução da produção de cereais e oleaginosas este ano na União Europeia, devido, em parte, às más condições meteorológicas e também à nova Política Agrícola Comum.

A organização publicou novos valores que confirmam uma queda da produção de cereais e oleaginosas este ano, em comparação com o anterior, e expressou a sua preocupação quanto à questão da liquidez dos agricultores.

A publicação destes dados foi uma iniciativa dos grupos de trabalho "Cereais" e "Oleaginosas". O presidente do grupo de "Cereais", Max Schulman, declarou que os últimos valores para a produção na União Europeia dos 28 (UE-28) registam uma queda de 6,9 por cento em 2015. A colheita alcançou 298 milhões de toneladas, em relação aos 320,5 milhões do ano passado, o que em parte é consequência da nova Política Agrícola Comum (PAC) e das más condições meteorológicas verificadas em muitos países.

No entanto, continua a ser uma boa colheita, tendo em conta que no ano anterior a produção atingiu níveis recorde. Os preços dos cereais bateram no fundo e já ninguém cobre os custos de produção, o que deixa os agricultores com graves problemas de liquidez.

Por esta razão, as exportações devem ser aceleradas e encontrar novos mercados. A Copa-Cogeca mostra-se satisfeita com o facto da Comissão Europeia planear impulsionar os programas de promoção europeus. As cooperativas agrícolas também ajudam os agricultores a gerir melhor o seu dinheiro desde a passada campanha, pelo que consideram oportuno que a Comissão tenha proposto um adiantamento dos pagamentos directos sem recorrer aos controlos sobre o terreno. Contudo, as novas normas sobre os mercados financeiros deviam ter em conta o sector agrícola e prever instrumentos para proteger os agricultores perante os riscos de mercado.

Max Schulman assinalou ainda que a colheita de colza na UE-28 também regista uma descida de até 11,2 por cento frente ao ano passado, principalmente em consequência da proibição do tratamento de sementes com neonicotinóides e das condições climáticas, defendendo que a Comissão deve tomar uma posição neste assunto e realizar uma análise de impacto socio-económico.

O sector europeu das proteaginosas revela uma nota positiva, tendo registado um aumento significativo de 35 por cento, em parte, devido à nova PAC e aos requisitos do "Greening", o que é uma boa notícia para o sector pecuário e a indústria de fabricação de rações da União Europeia, cuja produção deve ter garantias de chegar ao mercado.

Fonte: Copa-Cogeca

França: cooperativas e distribuição estabelecem acordo de colaboração



 26 Setembro 2015, sábado  IndústriaNegócios
distribuicao
A associação Francesa de Cooperativas - Coop de France, e a Federação Francesa de Empresas de Distribuição (FCD), assinaram um acordo de colaboração para favorecer o modelo cooperativo.
Com o objetivo de melhorar a comunicação que chega ao consumidor dos produtos cooperativos e para valorizá-los, muitos supermercados aceitaram realizar uma semana de promoção dos produtos cooperativos e com anúncios na sua publicidade.
O acordo, assinado a 23 de setembro, visa renovar a relação comercial, investigar as sinergias e melhorar a competitividade dos setores.
Para setembro de 2016 está prevista a realização de reuniões mensais e um balanço da cooperação.
Fonte: Agrodigital

Copa Cogeca: produtores da UE confirmam baixa produção de cereais em 2015



 25 Setembro 2015, sexta-feira  CerealiculturaPolítica Agrícola
cereais

O Copa Cogeca, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, confirma uma redução da produção de cereais e oleaginosas este ano na União Europeia (UE), devido, em parte, às más condições meteorológicas e também à nova Política Agrícola Comum (PAC).
A organização publicou novos valores que confirmam uma queda da produção de cereais e oleaginosas este ano, em comparação com o anterior, e expressou a sua preocupação quanto à questão da liquidez dos agricultores.
A publicação destes dados foi uma iniciativa dos grupos de trabalho "Cereais" e "Oleaginosas".
O presidente do grupo de "Cereais", Max Schulman, declarou que os últimos valores para a produção na UE dos 28 (UE-28) registam uma queda de 6,9% em 2015.
A colheita alcançou 298 milhões de toneladas, em relação aos 320,5 milhões do ano passado, o que em parte é consequência da nova PAC e das más condições meteorológicas verificadas em muitos países.
No entanto, continua a ser uma boa colheita, tendo em conta que no ano anterior a produção atingiu níveis recorde.
Os preços dos cereais bateram no fundo e já ninguém cobre os custos de produção, o que deixa os agricultores com graves problemas de liquidez.
Por esta razão, as exportações devem ser aceleradas e encontrar novos mercados.
O Copa Cogeca mostra-se satisfeito com o facto da Comissão Europeia «planear e impulsionar os programas de promoção europeus. As cooperativas agrícolas também ajudam os agricultores a gerir melhor o seu dinheiro desde a passada campanha, pelo que consideram oportuno que a Comissão tenha proposto um adiantamento dos pagamentos diretos sem recorrer aos controlos sobre o terreno».
Contudo, vincam, «as novas normas sobre os mercados financeiros deviam ter em conta o setor agrícola e prever instrumentos para proteger os agricultores perante os riscos de mercado».
Max Schulman assinalou ainda que a colheita de colza na UE-28 também regista uma descida de até 11,2% face ao ano passado, principalmente em consequência da proibição do tratamento de sementes com neonicotinóides e das condições climáticas, defendendo que a Comissão deve tomar uma posição neste assunto e realizar uma análise de impacto socio-económico»
O setor europeu das proteaginosas revela uma nota positiva, tendo registado um aumento significativo de 35%, em parte, devido à nova PAC e aos requisitos das medidas greening (ambientalmente sustentáveis), o que é uma boa notícia para o setor pecuário e a indústria de fabricação de rações da UE, cuja produção deve ter garantias de chegar ao mercado.  

Golegã e Torres Novas: emparcelamento em 4.600 ha ajuda setor hortícola



 25 Setembro 2015, sexta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

O projeto de emparcelamento nas freguesias de Azinhaga, Golegã e Riachos, aprovado esta quinta-feira (25 de setembro) em Conselho de Ministros, vai permitir «um grande salto» na produção, numa área de 4.600 hectares, essencialmente de hortícolas.

Luís Vasconcellos e Souza, presidente da união de cooperativas dos produtores agrícolas da Região do Norte do Vale do Tejo, diz que a aprovação do projeto, orçado em 9,58 milhões de euros, culmina uma proposta iniciada há 16 anos e que esteve na «gaveta» durante sete anos, «porque um ministro não acreditava no emparcelamento».
O projeto agora aprovado, com financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), vai gerar «mudanças estruturais», quer nas explorações agrícolas na área abrangida, inserida numa das regiões mais férteis do país, quer na configuração das próprias parcelas, que passarão das atuais cerca de mil para metade, aumentando a sua dimensão.
Esta mudança traduzir-se-á numa maior eficiência e numa reorganização das explorações, sendo expectável a entrada de produtores mais jovens e com mais capacidade de investimento, disse. «Vai levar a um rearranjo», declarou Vasconcellos e Souza.
Além de aumentar a eficiência, o emparcelamento vai baixar os custos de exploração, já que os agricultores ficam com parcelas maiores e em menor número, reduzindo a necessidade de transporte, tomadas de água ou baixadas elétricas.
O projeto de emparcelamento de terrenos agrícolas nos concelhos da Golegã e de Torres Novas foi concluído em 2006, depois de seis anos de trabalho de levantamento e obtenção do acordo dos cerca de 800 agricultores envolvidos.
Segundo a nota do Conselho de Ministros, o projeto, a concluir no prazo de três anos, inclui a execução das redes de caminhos agrícolas e de enxugo e drenagem, a sistematização de terrenos, a remodelação da rede de furos de captação de água para rega, a reorganização da rede de distribuição de energia, a demarcação e titulação de novos lotes e o pagamento de indemnizações.
A limpeza do rio Almonda, a valorização e integração paisagística e a monitorização ambiental são outras ações previstas.
Fonte: Lusa 

“Se disser que sou agricultor, já sou visto como uma pessoa normal"



23 Set, 2015 - 18:26 • Dina Soares , Joana Bourgard

Afonso e José Maria Lebre começaram há um ano a produzir romãs. Filhos de agricultores, o regresso à terra da família foi a saída natural quando outras portas se fecharam. A cada ano, há três mil novos agricultores. Muitos são jovens, têm formação superior e usam novas tecnologias.

Foto: Joana Bourgard/RR

Todos os meses há cerca de 300 jovens que decidem ser agricultores. Por opção ou por falta dela, três mil pessoas engrossam, todos os anos, o sector primário. São, em regra, jovens, qualificados e com ideias modernas para uma agricultura que continua maioritariamente entregue a homens com 65 anos ou mais.

O último Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas, feito pelo Instituto Nacional de Estatística em 2013, revela que o campo está a viver, nestes últimos anos, uma revolução silenciosa e lenta. Muito lenta.

João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), reconhece que o sector está mais pujante do que há cinco anos.

O progresso, diz João Machado, deve-se à crise – que levou muitos jovens e alguns menos jovens a voltarem-se para a terra – mas também ao próprio reposicionamento do sector e à maior afluência de fundos comunitários, complementados com os correspondentes fundos nacionais.


Em Portugal, cerca de 80% do território (7 milhões de hectares) estão ocupados pela agricultura e pela floresta. 3,6 milhões de hectares (39,5% do território) constituem a superfície agrícola utilizada.

São números que se mantêm estáveis, apesar de, nos últimos quatro anos, terem desaparecido mais de 40 mil explorações. As "vítimas" são normalmente pequenas propriedades, o que significa que as que ficam se tornam maiores: no mesmo período, a dimensão média das propriedades portuguesas passou de 12 para 13,8 hectares.

Propriedades maiores, maior recurso às novas tecnologias e culturas mais adaptadas ao clima e ao solo resultam em mais produção. Portugal ainda é deficitário em termos agrícolas, mas, em 2014, o défice de produtos agrícolas e agro-alimentares diminuiu 465 milhões de euros.

As mais recentes Estatísticas Agrícolas do INE revelam que as importações caíram 4,3%, enquanto as exportações cresceram 4,7% face ao ano anterior. As vendas de frutas e legumes foram as que mais aumentaram.


Romã, a fruta que veio da Pérsia

José Maria Lebre é um dos muitos jovens recém-chegados à agricultura. Arquitecto paisagista de formação, entrou no mercado de trabalho exactamente nos piores anos para a arquitectura.

Filho de uma família de agricultores, trabalhar a terra surgiu como a alternativa óbvia. Em parceria com o seu irmão Afonso, lançou-se na cultura de romãs.

A Torre D. Gayão, na região de Tomar, está a ser gradualmente transformada num pomar. O investimento total ronda os 400 mil euros, com uma comparticipação comunitária de 158 mil euros e uma comparticipação nacional que passa os 50 mil euros.

No ano passado plantaram 22 hectares de romãzeiras e dentro de dois anos esperam estar a produzir 600 toneladas de romãs por ano. Este ano, a produção ainda é pequena - ainda não dá para viver. Das 350 mil pessoas que se dedicavam à agricultura no segundo trimestre deste ano (dados do INE), apenas 6,2% viviam exclusivamente da actividade na exploração agrícola, enquanto 81% possuíam outros rendimentos, sobretudo pensões de reforma.


O mercado externo é a grande aposta de José Maria e Afonso. Para poderem exportar, associaram-se a uma cooperativa de produtores que já vende grande parte das suas produções no estrangeiro. E se é certo que, em Portugal, a romã ainda não entrou muitos nos hábitos de consumo, a nível internacional está na moda, sobretudo devido à fama de alimento antioxidante.

Para já, o objectivo é vender os frutos frescos, muito embora a romã se preste a múltiplos usos, como sumos, xaropes, chás e até cosméticos.


Combater pragas com o telemóvel

A entrada em força das novas tecnologias nos campos tem sido um dos principais motores de desenvolvimento da agricultura. Afonso Lebre já rega as romãzeiras através de um sistema operado por controlo remoto, que lhe permite saber, mesmo a milhares de quilómetros de distância, quais as árvores que precisam de mais água. Na agricultura, sete em cada dez pessoas têm o ensino básico e só 5,5% têm habilitações de nível superior. São estes que fazem a diferença.

Afonso estudou na Escola Agrícola de Santarém. Foi lá que conheceu dois dos três sócios com quem se juntou para criar uma aplicação informática destinada a detectar pragas nas culturas.

Foi com a ajuda de um programador que criaram a OPEN PD, uma aplicação que chegou este mês ao mercado e que, mediante a fotografia da planta e uma breve descrição, permite fazer o diagnóstico e aconselhar o tratamento.

O projecto está a ser financiado pelo 7º Programa Quadro da União Europeia e funciona em rede com empresas e distribuidores de fito-fármacos, técnicos, comunidade académica e organizações de produtores e agricultores.


São tecnologias do século XXI que convivem, na mesma propriedade, com memórias do século XII. Os pomares de Afonso e José Maria partilham a propriedade com a Torre da Murta, uma construção que remonta à época da reconquista cristã, conhecida na região por Torre D. Gayão em memória do gigante que, segundo a lenda, se escondia ali para roubar o ouro a quem passava. Hoje, dá nome à propriedade.

Novo regime jurídico de estruturação fundiária entre em vigor segunda-feira

25-09-2015 
 

 
O novo regime jurídico de estruturação fundiária vai entrar em vigor na segunda-feira e reforçar o papel das câmaras municipais no ordenamento do território, sobretudo as que têm áreas maioritariamente compostas por zonas rurais.

A nova proposta de lei, aprovada em Março em Conselho de Ministros, vai reforçar o papel das autarquias, com mecanismos mais simples para os processos de emparcelamento, e permitir uma facilitação ao nível notarial.

«Trata-se sobretudo de um desafio para os municípios e para as pessoas que ainda têm propriedades que possam ser alvo de uma exploração agrícola eficiente», resumiu o advogado de Direito Público, Duarte Abecassis.

O especialista disse tratar-se «de um diploma ambicioso, de grande relevância para os municípios que estejam interessados em apostar no desenvolvimento sócio-económico das zonas rurais através, de operações de estruturação fundiária».

No entanto, sublinhou, é necessário «proactividade de entidades públicas e privadas» para atrair investimento e combater a desertificação do interior. «Não é um caminho fácil. Depende do encontro de vontades, mas será uma forma de apostar no desenvolvimento do interior, fixação da população e atração de investimento», sustentou.

De acordo com Duarte Abecassis, as operações de emparcelamento rural determinam a «reunião da propriedade num único prédio rústico por titular e a eliminação de situações de prédios encravados».

Podem ser feitas de forma simples, por iniciativa dos proprietários interessados e é aprovado pelos municípios, ou de forma integral, por iniciativa dos municípios ou do Estado, associado a obras de melhoramento fundiário.

Quanto à valorização fundiária, pode abranger projectos de emparcelamento rural, simples ou integral, é de iniciativa dos municípios e consiste na execução de obras de melhoramento fundiário com o objectivo de qualificar e melhorar o aproveitamento económico, ambiental e social das parcelas e dos prédios rústicos.

Acessibilidade e melhoria do abastecimento de água às explorações agrícolas ou florestais, regularização de leitos e margens de cursos de água, electrificação fora das explorações agrícolas ou florestais e infra-estruturas de defesa da floresta contra incêndios, são exemplos de obras de melhoramento fundiário.

O novo regime jurídico da estruturação financeira estabelece ainda um conjunto de isenções em matéria de emolumentos do registo predial de todos os direitos e ónus que incidam sobre os novos prédios, bem como em matéria de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto de Selo.

Fonte: Lusa

Produtores de cereais também se queixam

25-09-2015 
 

 
Depois das fortes contestações dos produtores de leite e de carne de porco, a que se juntaram os produtores de carne de bovino e frutas e legumes, chegou agora a vez dos produtores de cereais.

O Presidente do grupo de trabalho de cereais do COPA-COGECA, Max Schulman, manifestou recentemente a sua preocupação face à situação financeira dos produtores.

Este ano, no contexto total, a Europa poderá produzir menos 6,9 por cento de cereais que em 2014, baixando o volume de produção, de 320,5 para 298 milhões de toneladas.

Devido às boas produções mundiais e aos elevados stocks existentes, os preços têm-se mantido nos valores de 2014, o que vai implicar perdas de rentabilidade do sector.

Max Schulman vai mais longe, ao afirmar que, com estes preços e produtividades, os produtores não conseguem, em muitos casos, cobrir os custos de produção.

Para resolver esta situação, será necessário aumentar as exportações europeias de cereais e procurar novos mercados.

No que diz respeito às oleaginosas, a queda de produção na União Europeia é de 11,2 por cento este ano, devido a diversos factores, que incluem uma menor área semeada, os fortes calores de Verão e, finalmente, a proibição do uso dos neonicotinóides.

A produção de proteaginosas aumentou cerca de 35 por cento, devido, sobretudo, às medidas tomadas pela Comissão, no que diz respeito ao meio-ambiente.

Fonte: agroinfo

UE prevê instalação de mais 160 mil jovens agricultores



 24 Setembro 2015, quinta-feira  Política AgrícolaAgricultura
agricultura
A Comissão Europeia (CE) estima que 160 mil novos jovens agricultores devem iniciar a sua atividade, aproveitando as ajudas no quadro 2014-2020.
Estas são estimativas iniciais, baseadas não só nos programas que estão em vigor, mas também em novos programas que irão sair.
Se se confirmarem os 160 mil novos jovens agricultores, isto significa um aumento de 16 mil novas empresas em relação ao período de 2007-2013.
Devido à reforma da Política Agrícola Comum (PAC), os Estados-membros tiveram a possibilidade de redistribuir ajudas dos pagamentos diretos pelos jovens agricultores.
Dos 44 mil milhões de euros disponibilizados por Bruxelas para os pagamentos diretos, os Estados-membros são obrigados a alocar 2% para os jovens agricultores.
A idade média dos agricultores está a subir, não só na Europa, como um pouco em todo o mundo.
Na União Europeia e segundo dados de 2010, só 7,5% dos agricultores tinha menos de 35 anos, enquanto 29,6% tinha mais de 65 anos.
Portugal é dos países em que o tecido empresarial agrícola é mais envelhecido, pois só 2,6% dos agricultores têm menos de 35 anos.
Esta reforma da PAC permite aos jovens agricultores receberem uma majoração de 25% em relação aos pagamentos diretos e, à parte disso, os Estados-membros podem dar ajudas especiais para permitir o arranque das explorações.
Apesar destas situações especiais, o Presidente do CESA (Jovens Agricultores Europeus) diz que é fundamental encontrar garantias para os financiamentos que os jovens agricultores precisam, para iniciarem a sua atividade.
Fonte: Agrotec 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Candidato do PPM quer um agricultor à frente da agricultura

   Lusa   
21/09/2015 - 18:23

Gonçalo da Câmara Pereira troca campanha nas ruas pelas vindimas na sua herdade do Alentejo.
 
  
Paulo Ricca/Arquivo 

O cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM) por Lisboa, Gonçalo da Câmara Pereira, anunciou esta segunda-feira que a sua campanha eleitoral passa pela vindima na sua herdade alentejana, sublinhando que é um "homem de trabalho" e da agricultura. 

"Eu trabalho, não sou chulo do Estado, não sou senhor deputado, não ganho cinco mil euros para chular os portugueses. Eu quero ir para lá [Assembleia da República] e dizer exatamente isto: 'vão mas é trabalhar!'", disse o candidato à Lusa.

"Façam a campanha a trabalhar, na agricultura que abandonaram. Agora andam com fantasias, com a política agrícola toda desgraçada, temos uma menina como ministra que nunca cá pôs os pés e anda a cortar fitas, ponham um agricultor a tomar conta da agricultura", defendeu.

Gonçalo da Câmara Pereira dedicou o dia às vindimas na sua herdade em Arronches, no distrito de Portalegre, onde tem "plantadas" várias bandeiras do PPM, enquanto num dos tractores que dá apoio às vindimas também marca presença uma bandeira monárquica.

O vice-presidente do PPM considerou "deprimente" a forma como os pequenos agricultores portugueses têm de viver com a política de subsídios desenvolvida pela União Europeia, uma vez que estão "descapitalizados".

"O Presidente da República só ajuda o poder económico, os pequeninos é que não ajuda. Precisamos de um Rei para ajudar os pequeninos, porque o Rei sempre ajudou o povo e o povo foi sempre defendido pelo Rei contra o poder económico, contra os senhores fidalgos, alguns presos, mas muito poucos", declarou.

Gonçalo da Câmara Pereira defendeu, também, uma política florestal diferente para combater os incêndios florestais, dando primazia à plantação de sobreiros, castanheiros e azinheiras. "O pinheiro e o eucalipto não fazem subcoberto, a política florestal tem toda de mudar", disse.


Prémio CM para a agricultura elogiado

Assunção Cristas falou em apoios para "jovem pescador". 

A ministra da Agricultura e das Pescas, Assunção Cristas, considerou esta terça-feira o Prémio Nacional de Agricultura 2015, organizado pelo Correio da Manhã, Jornal de Negócios e BPI, uma boa forma de divulgar "o que se passa no mundo rural e no mar", em Portugal.

 Aquacultura e pescas foram o tema a debate e a novidade do ciclo de conferências desta edição, no ISCAA, na Universidade de Aveiro. Sobre o tema, a ministra acrescentou que "no novo programa dos fundos comunitários 20/20 vamos ter o apoio ao jovem pescador", com o objetivo de "simplificar e levar os jovens mais cedo ao mar". As candidaturas ao prémio terminam dia 31 de outubro.

Duas dezenas de reclusos habilitados com curso de Agricultura e Ambiente

Actualizado ontem, às 18:28
Ricardo Duarte Freitas

Foto Helder Santos/ASPRESS
Etiquetas
curso de Agricultura, Reclusos
Ferramentas
  
 
21 reclusos do Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF) receberam esta tarde os certificados após conclusão do curso de Agricultura e Ambiente, uma formação que foi ministrada durante no último ano lectivo por 20 formadores da Escola da APEL.

Esta foi a sétima formação de um programa especialmente dirigido a pessoas excluídas socialmente e economicamente desfavorecidas, que representa um investimento de aproximadamente 600 mil euros do Fundo Social Europeu e que já abrangeu um total de 150 indivíduos, entre os quais 21 reclusos.

"O investimento que o Estado está a fazer dentro da cadeia ao proporcionar estes meios e ferramentas de formação é muito grande e resta-vos corresponder na exacta proporção", transmitiu aos reclusos, o director do EPF, Fernando Santos.

Ao longo de dez meses, num total de 740 horas, os utentes da cadeia tiveram formação teórica ministrada por 20 docentes da Escola da APEL que, manifestou, na pessoa do seu director, "disponibilidade para continuar a dar formação seja lá onde for".

Rubina Leal, secretária regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais, realçou o interesse dos reclusos em se alistar neste curso que valoriza o conhecimento individual e que os habilita para a inclusão no emprego e na sociedade, abrindo perspectivas no sector agrícola.

Não obstante, sublinhou, o curso não é sinónimo de emprego garantido. Por isso mesmo, Rubina Leal aconselhou-os a se inscreverem no Instituto de Emprego, assim que tiveram cumprido as respectivas penas de prisão. "Com certeza que o estigma da reclusão será futuramente ultrapassado", manifestou.

Os formandos foram seleccionados de um grupo de reclusos que manifestou vontade em aprender mais, nomeadamente os métodos de cultivo de hortícolas e frutícolas. São todos indivíduos que estão a terminar a pena e que serão reintegrados na sociedade a breve trecho.

A “joalharia” da agricultura

ECONOMIA



23.09.2015 às 20h381
 
LUÍS COELHO
Ervas aromáticas biológicas, carne de bovinos mertolengos e queijo Serra da Estrela são alguns dos produtos com carimbo "made in Portugal" que ganharam esta quarta-feira o prémio Intermarché Produção Nacional, a que o Expresso se associa

Expresso
EXPRESSO

A segunda edição do prémio Intermarché Produção Nacional acaba de premiar os projetos agrícolas que se destacam pela sua qualidade e inovação. Dos 12 candidatos que chegaram à fase final do prémio 6 saíram vencedores (em cada uma das categorias) e dois receberam menções honrosas. Os galardões foram entregues ao final da tarde desta quarta-feira, no Centro Cultural de Belém, num evento que contou com a presença da ministra da Agricultura, Assunção Cristas. "Não temos dimensão suficiente para termos ambições de quantidade, mas pelo nosso clima, solo e localização geográfica podemos ambicionar a qualidade. Lá fora, temos de associar Portugal a marcas agroalimentares de qualidade e de valor acrescentado. Aquilo a que costumo chamae joalharia da agricultura", referiu no seu discurso de abertura, que antecedeu a conferência "Inovar e Investir: Os novos caminhos da agricultura nacional", promovida pelo Intermarché em parceria com o Expresso (leia mais no caderno de Economia, na edição do próximo sábado).

Sandrina Alves, técnica de micologia silvestre em Vila Pouca de Aguiar, levou para casa o prémio na categoria "Legumes e preparado de Legumes", para os seus cogumelos plorethus, que vende em fresco, mas também na forma de licores, compotas, farinhas, mel ou chocolate – com o rótulo "Segredos da Floresta", que já chegou a feiras internacionais em Paris, Madrid e Luxemburgo. Atualmente, colhe entre 300 a 400 quilos de cogumelos, mas tem capacidade para produzir 2 toneladas.

Na categoria 'Fruta e preparados de fruta' foi premiada a Azevrago, empresa da zona do Oeste. A produção de peras e uvas não foi o bastante para João Azevedo, que há anos fundou a empresa com pai: quis criar uma indústria de processamento à volta da produção primária e lançou a FrutaFormas, para dar uso à fruta que não tinha escoamento. Nasceram assim os lingotes (barras) de fruta, as rodelas de maçã e pera desidratadas crocantes, assim como as 'Frutinhas': gomas 100% de fruta, recortadas com formas infantis, para atrair os consumidores mais jovens.

O prémio para 'Produtos Biológicos' foi para a Aromáticas Vivas, empresa de Viana do Castelo gerida por Daniel Campelo, ex-secretário de Estado das Florestas do CDS-PP, em 2009. A produção de ervas aromáticas, em vaso e cortadas, é a especialidade desta empresa, que pertence a sócios locais e a uma multinacional sueca, Spisa, a maior produtora de ervas aromáticas em vaso na Europa. Sem pesticidas, produzem-se por ano 5 milhões de plantas, consumidas sobretudo na Península Ibérica, entre salsa, coentros, tomilho, orégãos ou manjericão.

A Promert – Produtora de Bovinos Mertolengos, que junta 77 produtores desta carne DOP (Denominação de Origem Protegida), foi a vencedora na categoria "Carne e preparados para carne". A empresa nasceu em 2006 (mas tem origem na Associação de Bovinos Mertolengos, criada em 1987) e trata de toda a fase de processamento da carne: compra, abate e comercializa a carne, pagando aos associados sempre o mesmo valor. Em 2014, produziu 270 toneladas de carne, mas objetivo é duplicar já este ano.

A equipa de jovens enólogos da Quinta da Lagoalva recebeu a distinção na categoria "Vinhos – Produtos Processados". Produzido em 60 hectares da planície ribatejana, com o Tejo a seus pés, o vinho Lagoalva está a quebrar os tabus associados à região de Lisboa e do Tejo e a mostrar que pode concorrer com as marcas de outras regiões vinícolas. Metade da produção (um total de 300 mil garrafas no ano passado) segue para exportação. Diogo Campilho, um dos enólogos e filho do presidente do conselho de administração da empresa, trouxe de outros países novos e inovador conhecimento técnico: foi buscar castas estrangeiras e promove a vindima noturna que, afirma, confere maior qualidade à uva.

Finalmente, na categoria "Queijo – Produtos Processados", foi a COCEBA – Cooperativa Agropecuária de Celorico da Beira a distinguida. A organização, nascida na 'capital' do Queijo da Serra, agrupa 1400 cooperantes, dos quais 20 são produtores de queijo de ovelha curado (sete dos quais com certificação DOP). Todos os anos são produzidas entre 150 e 200 toneladas de queijo da região, mas apenas 30% são certificados. Além de ter um papel centralizador na produção de leite e queijo neste concelho da Serra da Estrela, a COCEBA tem ainda um papel fundamental na dinamização e preservação das raças autóctones de ovelhas e cabras, fundamentais para a manutenção do ecossistema da Serra da Estrela.

Foram ainda entregues duas menções honrosas: à Sudoberry, empresa de Odemira que consegue produzir morangos durante todo o ano; e à Ervas da Zoé, empresa de Henriques Sancho Manso que, com a sua mulher e filhos, saiu de Lisboa rumo a Idanha-a-Nova, para produzir ervas aromáticas biológicas.

Aos vencedores deste prémio, o grupo Intermarché assegura, durante um ano, a visibilidade e o escoamento dos seus produtos, além de repartir com o produtor os lucros da venda.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

“Prédios sem dono conhecido” em processo de reconhecimento

Bolsa De Terras
por Ana Rita Costa- 22 Setembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
agricultural land after cultivation, autumn evening.Russia

Já foi publicada a lei n.º 152/2015, de 14 de setembro, que estabelece o processo de reconhecimento da situação de prédio rústico e misto sem dono conhecido que não esteja a ser utilizado para fins agrícolas, florestais ou silvo pastorais, designado por "prédio sem dono conhecido".

O procedimento de reconhecimento, pelo Estado, de um prédio como prédio sem dono conhecido compreende agora diferentes fases: identificação do prédio sem dono conhecido; publicitação do prédio identificado como sem dono conhecido; disponibilização na bolsa de terras do prédio identificado como prédio sem dono conhecido; reconhecimento e registo do prédio sem dono conhecido; e disponibilização na bolsa de terras do prédio reconhecido como prédio sem dono conhecido.

A identificação dos prédios mistos e rústicos sem dono conhecido e que não estejam a ser utilizados para fins agrícolas, florestais ou silvo pastorais é da competência da entidade gestora da bolsa de terras, com a colaboração das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP), do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.) e das entidades autorizadas para a prática de atos de gestão operacional (GeOp).

Consulte a nova lei. 

Dar valor acrescentado ao tremoço


por Ana Rita Costa- 22 Setembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
tremoço - Vida Rural

Vai decorrer no próximo dia 7 de outubro, no Instituto Superior de Agronomia, o workshop "+ Lupinus".

Trata-se de um projeto de Cooperação para a Inovação (Medida 4.1 do PRODER) resultante de uma parceria entre a Lusosem, a Consulai e o Instituto Superior de Agronomia (ISA) que pretende testar diferentes variedades de Tremoço (Lupinus albus) de forma a identificar as melhores produtoras de BLAD (proteína que confere proteção à planta do ataque de fungos), analisar a sua adaptação às condições de cultura no território nacional e fomentar a sua introdução nas rotações tradicionais, de sequeiro e regadio, substituindo as quantidades importadas pela produção nacional de boa qualidade adaptadas ao nosso clima.

O workshop focar-se-á em questões como 'O género Lupinus', 'A cultura do Lupinus em Portugal', 'Tremoço versus soja', 'A conceção do +Lupinus', 'O tremoço e a Blad' e 'O tremoço como snack' e contará com a participação de profissionais como José Neves Martins, do Instituto Superior de Agronomia, Gonçalo Canha, da Lusosem, Ricardo Boavida Ferreira, do Instituto Superior de Agronomia, Bruno Caldeira, da Consulai e Antero Paiva, da Indagrop.

Para mais informações contacte o email eventos@consulai.com.

John Deere Ibérica tem novo Diretor Geral


por Ana Rita Costa- 18 Setembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Enrique Guillén - Diretor Geral John Deere

Enrique Guillén foi nomeado Diretor Geral da John Deere Ibérica para Espanha e Portugal. O responsável assumiu o cargo no passado dia 15 de setembro e terá como meta "consolidar os ambiciosos objetivos de crescimento da companhia".

Enrique Guillén é Engenheiro Agrónomo pela Universidade Politécnica de Madrid e integrou a John Deere em 1997, tendo já desempenhado diversos cargos em Portugal e Espanha, como Diretor de Produtos e Gestor da Divisão e Vendas.

Em 2011, passou a fazer parte da equipa de Marketing Estratégico para a Europa e em 2014 assumiu a responsabilidade pela área de Turf para a Europa, dentro do departamento de Marketing Estratégico.

Nesta nova posição, como Diretor Geral, Guillén, ficará responsável por "consolidar os ambiciosos objetivos de crescimento da empresa e tornar a John Deere a marca de referência do setor em Espanha e Portugal", refere a empresa em comunicado.

42,5% do imposto sobre apostas hípicas repartidos pelo setor


por Ana Rita Costa- 22 Setembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
cavalo - corridas de cavalos

Os 42,5% de receita do imposto especial de jogo online de apostas hípicas serão repartidos pela Federação Equestre Portuguesa, pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e para a preservação genética dos equinos. O Regime Jurídico dos Jogos e Apostas 'Online' (RJO), aprovado em abril, estabelece que 42,5% do imposto especial de jogo online sobre as apostas hípicas tem que ser destinado ao setor equídeo.

A portaria n.º 296/2015, publicada esta semana em Diário da República, estabelece que os 42,5% do imposto serão repartidos em 15% para a Federação Equestre Portuguesa, "para o desenvolvimento do desporto equestre", e 15% para a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária "para a promoção e execução de medidas de saúde, proteção e produção animal para o setor equídeo". O restante será canalizado para investimento em "medidas de preservação e desenvolvimento do património genético dos equinos, bem como de promoção de outras atividades relacionadas com o setor equídeo, onde se incluem as atividades terapêuticas."

A portaria agora publicada estabelece ainda que o montante do imposto deve ser apurado mensalmente e "transferido trimestralmente pelo Serviço de Regulação e Inspeção dos Jogos" para a Federação Equestre Portuguesa, para a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e para as entidades "com candidaturas reconhecidas" na área da preservação e desenvolvimento do património genético dos equinos ou de promoção de outras atividades relacionadas com o setor.

IVV: ENTREGA DAS DECLARAÇÕES DE COLHEITA E PRODUÇÃO –CAMPANHA 2015/2016

CNA: COMUNICADO



CNA  RECLAMA   AO  GOVERNO  QUE  FAÇA  CHEGAR  DEPRESSA

AS  AJUDAS  PROMETIDAS  A  TODOS  OS  AGRICULTORES 

CNA também não pode deixar de reafirmar que só agora, em vésperas de eleições, é que a Ministra da Agricultura e o Governo estão a fazer alguns  pagamentos (em atraso) de certas Ajudas e a prometer outras…


Muito pressionados pela luta dos Agricultores, o Governo Português e a União Europeia (UE) até parece terem sido atacados por um súbito surto de "generosidade" e repetem, vezes sem conta, a atribuição de "milhões" de euros aos Agricultores…

Com isso, pretendem esfriar a luta dos Agricultores e manipular a opinião pública de forma a levá-la a concluir erradamente: – "os Agricultores recebem milhões e milhões em subsídios e ainda protestam…" É uma "técnica" perversa também ela repetida anos a fio.

No contexto, o Governo Português – ao manipular esses anúncios e o erário público como tem feito -- está ainda a tentar capitalizar resultados eleitorais, nas próximas eleições legislativas de 4 de Outubro, para os partidos que constituem a actual maioria.

O exemplo mais exemplar desta demagogia eleitoralista, é o do anúncio de 200 milhões de euros como reforço aos pagamentos das Medidas Agro-Ambientais do PDR 2020 a pagar pelos Orçamentos de Estado durante os próximos 5 anos!

Sendo verdade as Medidas Agro-Ambientais e o próprio PDR 2020 precisam de ser reavaliados e que precisam de mais orçamento, verdade é também que a CNA para isso mesmo alertou a Ministra da Agricultura com bastante antecedência quando o Governo ainda ultimava a programação do PDR 2020 que entregou a Bruxelas. Portanto, a Ministra da Agricultura e o Governo deixaram rolar o tempo e deixaram acumular problemas em cima dos Agricultores e, afinal, só em vésperas de eleições é que vieram anunciar o citado reforço das verbas para as Medidas Agro-Ambientais…

Noutro plano, também não será "inocente", do ponto de vista eleitoral, o facto de, só nesta altura, o Governo estar a fazer alguns pagamentos -- com vários meses de atraso -- de certas Ajudas como, por exemplo, o pagamento das comparticipações públicas para as Equipas de Sapadores Florestais e para a Sanidade Animal.

CNA também reclama ao Governo a rápida definição de outras 
e  mais significativas Ajudas para quem quer produzir

e seja lá ele qual for o respectivo Sector de Produção

As dificuldades da Agricultura Familiar são mais do que muitas e quase sempre provocadas pelas más políticas agrícolas e de mercados aplicadas pelos sucessivos Governos e pela UE.  

Em consequência, estão a "esmagar" os pequenos e médios Agricultores e de entre outros problemas:- a falta de escoamento e as grandes baixas dos Preços à Produção; o custo especulativo dos principais factores de Produção; a "ditadura" comercial dos Hipermercados; a injusta distribuição das Ajudas Públicas que sempre tem privilegiado os grandes proprietários absentistas e o grande agro-negócio em prejuízo da Agricultura Familiar.

Às consequências desastrosas das más políticas oficiais, junta-se outra vez a Seca que muito tem afectado a Lavoura. 

Num contexto tão difícil, é necessário que – embora insuficientes e insatisfatórias – as Ajudas prometidas cheguem rapidamente aos Agricultores.

Entretanto, é preciso lembrar que a propagandeada ajuda da UE ao sector leiteiro português ficou reduzida à "miséria" de 0,25 cêntimos por litro (ou Kg) -- ou seja, é de 1 cêntimo por quatro litros.  Ora, tendo em conta que em ano e meio o preço do Leite na produção baixou 10 cêntimos por Litro, tal significa que a Ajuda em causa é 40 vezes inferior à baixa do preço do Leite na Produção !

Nas mesmas "nogociações" na UE, os Suinicultores Portugueses ficaram sem Ajudas deste tipo, ao contrário dos vizinhos (e concorrentes) Espanhóis.  Acresce ainda que alguns países da UE vão receber Ajudas para a Seca sendo que Portugal também não foi contemplado com Ajudas idênticas. 

Lamentavelmente, a Ministra da Agricultura e o Governo Português estiveram de acordo no Conselho Agrícola – o conjunto dos Ministros da PAC - com esta distribuição discriminatória das Ajudas comunitárias que contribui para prejudicar os Agricultores Portugueses face aos Agricultores de outros Estados-Membro, a começar pelos vizinhos Espanhóis. Mas não se conclua que estes últimos é que vão receber muitas Ajudas. Os pequenos e médios Agricultores Portugueses é que vão receber muito pouco – uma "miséria" - perante tamanhas dificuldades…
 
Por tudo isso, é ainda mais necessário que o Governo Português passe do palavreado aos actos e defina um programa que integre Ajudas Nacionais ( e eventualmente mais Ajudas europeias) de facto significativas – escalonadas e plafonadas -- para acudir às dificuldades e ao drama que vivem todos Agricultores Portugueses afectados, e seja lá qual for o principal Sector Agro-Alimentar ou Florestal em que se encontrem a produzir.


Coimbra, 22 de Setembro de 2015

A Direcção da  C N A

Organizações de Produtores com novos requisitos



 22 Setembro 2015, terça-feira  Política AgrícolaAgricultura

As organizações de produtores já reconhecidas têm até ao próximo dia 15 de outubro para se adaptarem ao cumprimento dos requisitos estabelecidos pela publicação da portaria Nº169/2015, de 4 de junho.
De acordo com o documento, publicado em Diário da República, as organizações de produtores reconhecidas até à data de entrada em vigor desta portaria mantêm os respetivos títulos válidos, no entanto, devem proceder a algumas adaptações.
Entre outros detalhes, a nova portaria estabelece as regras para o reconhecimento de agrupamentos de produtores e refere que estes devem ter como objetivo principal "a concentração da oferta e a colocação no mercado da produção dos seus membros." O reconhecimento dos agrupamentos de produtores tem agora a duração máxima de três anos.
O documento adianta ainda que, dada a importância do setor floresta, passar-se-á a "incluir os produtos da floresta neste novo regime, criando-se, para o efeito, a figura das organizaç~eos de comercialização de produtos da floresta, também com o objetivo de concentração da oferta.
Fonte: Vida Rural.

Escócia: a Robótica ao serviço da Agricultura

 22 Setembro 2015, terça-feira  AgropecuáriaTecnologia

Uma quinta nos arredores de Glasgow, Escócia, utiliza a Robótica e a automatização ao serviço da Agricultura.
Este é o caso de uma quinta perto de Glasgow que utiliza a Robótica mais avançada em ordenha.
O investimento total foi de 1,8 milhões de libras, sendo que com 10 máquinas tratam de 250 vacas leiteiras.
As vacas são mantidas no interior, em instalações com teto alto, que abrem automaticamente para aproveitar a luz do dia e o ar fresco.
A alimentação é totalmente automática, com utilização de um robot, sendo que a empresa adquiriu ainda uma máquina inteligente que faz a ordenha.

Fonte: Reuters/Agronegócios 

Abate de porcos continua a aumentar na UE até final do ano

22-09-2015 
 

 
Desde o início de 2015, os abates de porcos na União Europeia não deixaram de crescer. No primeiro trimestre, aumentaram 4,3 por cento e no segundo cerca de 2,4 por cento.

Para a segunda metade do ano, as previsões são que continue com valores positivos de crescimento. De acordo com as estimativas avançadas pelo Comité de Gestão do sector da carne de porco da passada semana, prevê-se um aumento de 1,7 por cento no terceiro trimestre e de 1,8 por cento no quarto. Estes crescimentos têm fundamentalmente como base as expectativas previstas em Espanha e Alemanha que são líderes de produção do sector comunitário.

Para 2015, espera-se que a produção de carne de proco na União Europeia cresça cerca de 2,5 por cento. De referir que as exportações continuam a funcionar muito bem apesar do embargo russo.

Nos sete primeiros meses do ano, as exportações comunitárias aumentaram 4,9 por cento, o que supõe 551.906 toneladas. Apenas no mês de Julho, assinalou-se mais 12 por cento nas exportações em comparação com o ano passado.

Um ritmo positivo, em grande parte devido à China, que não se consolidou apenas como o principal cliente da União Europeia, como também aumentou as suas compras em 43 por cento nos primeiros sete meses do ano. O terceiro maior país importador é a Coreia do Sul, com mais 31 por cento até as 139 mil toneladas.

Pelo contrário, o Japão, que ainda se mantém como o segundo melhor cliente, reduziu as exportações em -20 por cento até um total de 161 mil toneladas.

Fonte: Agrodigital

terça-feira, 22 de setembro de 2015

CAP Promove “Dar e Receber Produtos Agrícolas”


QUARTA, 29 JULHO 2015 14:46

A CAP, a Entrajuda e a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBA) promovem em parceria o projeto Dar e Receber Produtos Agrícolas, no sentido de aumentar a intervenção dos produtores agrícolas "junto dos que mais precisam".

A plataforma já se encontra disponível, tem uma abrangência nacional e reúne vários tipos de respostas de carácter social. A CAP colaborar neste iniciativa promovendo a doação de produtos agrícolas. Os agricultores ou as suas organizações que pretendam colaborar devem registar-se e seguir os passos do "Quero DAR", em www.darereceber.pt/produtosagricolas.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Práticas comerciais desleais – eventual legislação em debate

Setembro 21
13:21
2015

A eventual formalização de legislação sobre as práticas comerciais desleais, praticadas pela grande distribuição, é tema de discussão no Parlamento Europeu, mais concretamente na Comissão de Agricultura (COMAGRI).

Na última reunião, de dia 15 de Setembro da COMAGRI, a eurodeputada irlandesa Mairead McGuinness, denunciou práticas comerciais abusivas e lesivas ao sector agrícola.

Defende, por isso, legislação nacional nos diferentes países, coordenada por uma legislação central europeia.

A grande maioria dos eurodeputados apoiaram esta posição, apresar de o inglês Paul Brannen achar que todas as iniciativas de relação entre a produção e a grande distribuição devem ser de carácter voluntário.

Após esta reunião, o relatório vai passar para a Comissão do Mercado Interno e Protecção do Consumidor, que tem a seu cargo este dossier, para que possa vir a ser discutida, e votada em Dezembro ou Janeiro, o mais tardar.

O relator da Comissão de Comércio Interno, o polaco Dawid Bohdar Jackiewicz, defende, no entanto, que em primeiro lugar, é necessário definir, concretamente, qual o tipo de praticas desleais, antes de avançar com qualquer tipo de iniciativa.

Imagem -capreform.eu 

A Comissão é favorável à desinfecção dos frangos para combater o campylobacter


Setembro 21
08:29
2015

A Comissão Europeia propôs para aprovação o uso do mais controverso banho de ácido peroxiacético, dos frangos nos matadouros, para controlar as infecções por campylobacter provenientes dos frangos.

A proposta foi apresentada no Standing Committee e aos eurodeputados, no dia 15 de Setembro. Faz parte de um pacote de três medidas para controlar aquela infecção.

O responsável da DG Santé, Koen Van Dyck, quis esclarecer que as três etapas estão interligadas entre si e dependem, sobretudo, do processamento das condições de desinfecção e higiene dos matadouros. Assim, limpar, parar a cadeia de abate e verificar de onde provém a contaminação, são medidas, que, em conjunto, constituem a primeira medida para o controlo da infecção.

A segunda medida passa pela obrigatoriedade dos Estados Membros em colherem amostras e verificar se são compatíveis com os níveis de higiene apresentados pelos matadouros.

A terceira etapa será a possibilidade de uso do ácido peroxiacético para a descontaminação das carcaças.

Esta situação não é nada pacífica. Este método de desinfecção dos frangos no matadouro tem sido altamente polémico, sobretudo em países como a Alemanha e tem sido um obstáculo às negociações com os EUA, país onde o método é correntemente utilizado.

A crise da pecuária tem beneficiado a agricultura biológica


Setembro 21
08:27
2015

Em França, nos últimos 7 anos a área cultivada bio praticamente duplicou, podendo ultrapassar um milhão de hectares no final deste ano. O aumento da actividade bio tem sido cada vez maior, devido à baixa do leite e da carne no sistema convencional.

A crise sem precedentes que atravessa a pecuária tem impulsionado a agricultura bio. No primeiro semestre de 2015 o número de quintas bio aumento 8% em relação a igual período do ano passado. Até ao final do ano, as áreas bio podem aumentar 10%, ou seja, vir a ocupar 4,6% da superfície agrícola.

O entusiasmo dos agricultores pelo bio vem, muitas vezes, da dificuldade que têm em conseguir sobreviver com os baixos preços que hoje são praticados na pecuária.

Existem neste momento 200 hectares em conversão do tradicional para o bio e temos que ter em consideração que são precisos 3 anos para que um hectare convencional obtenha a certificação bio.


Como a automatização pode beneficiar a exploração agrícola


Setembro 21
08:26
2015

Uma automatização inteligente de uma exploração agrícola quer dizer, por exemplo, hoje em dia, que numa exploração leiteira as vacas podem ser alimentadas, movimentadas e ordenhadas só por uma ou, no máximo, por duas pessoas.

Este é o caso de uma quinta perto de Glasgow que utiliza a robótica mais avançada em ordenha. O investimento total foi de 1,8 milhões de libras, sendo que com 10 máquinas tratam de 250 vacas leiteiras.

As vacas são mantidas no interior, em instalações com tecto alto, que abrem automaticamente para aproveitar a luz do dia e o ar fresco.

A alimentação é totalmente automática, com utilização de um robot.

As vacas comem quando querem e a máquina até as ajuda a comer, colocando a comida debaixo dos seus narizes e, por isso, há muito pouco desperdício.

Quando é a altura da ordenha, as vacas fazem fila fora da sala de ordenha e uma a uma, empurram a porta para entrar. Entrando na sala de ordenha, ficam paradas e uma máquina inteligente trata de as ordenhar.

Há também um robot do tamanho de um cão grande que gira à volta dos cascos das vacas, limpando toda a sujidade produzida, evitando 6 ou 7 horas de trabalho por dia.

Imagem - bloomberg.com

ANIL ataca grande distribuição

Setembro 21
13:27
2015

A Associação Nacional de Industriais de Laticínios (ANIL) criticou os ataques ao sector, que têm gerado desconfianças no consumidor e acusou a grande distribuição de se estar a aproveitar da crise, em vez de defender a produção nacional.

A ANIL critica os ataques ao sector, em especial às propriedades nutricionais do leite e de alguns produtos lácteos, que consideram injustificados e geradores de desconfiança junto dos consumidores.

A situação é ainda mais complicada, ao nível da distribuição, com margarinas misturadas com manteigas, bebidas não lácteas junto ao leite e produtos semelhantes a queijo, nas mesmas prateleiras que o queijo, o que tem provocado um grande confusão junto do consumidor.

Nesta crise, a posição assumida pela grande distribuição tem sido escandalosa, pois não têm protegido minimamente o sector nacional. A grande distribuição, através das suas marcas próprias, tem privilegiado a importação de leite, colocando-as nas prateleiras a preços muito baixos, fazendo, inclusivé, dumping, o que leva a que este ano, a balança comercial portuguesa, no sector do leite, seja negativa em 250 milhões de euros.

A ANIL defende que é fundamental que todos os operadores da fileira assumam as suas responsabilidades face ao mercado, única solução para sair da crise.

Para o agravamento da crise também tem contribuído a diminuição das exportações, sobretudo para Angola, devido à crise financeira naquela país.

Por último, a ANIL lamenta que não tenham sido aumentados os preços de intervenção pública do leite e manteiga e se tenha optado, em Bruxelas, por um maior apoio à stockagem privada, que praticamente não se aplica em Portugal, devido ao valor irrisório das ajudas e aos custos proibitivos das garantias bancárias associadas.

Candidato do PPM quer um agricultor à frente da agricultura

   Lusa   
21/09/2015 - 18:23
 

Gonçalo da Câmara Pereira troca campanha nas ruas pelas vindimas na sua herdade do Alentejo.
 
O cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM) por Lisboa, Gonçalo da Câmara Pereira, anunciou esta segunda-feira que a sua campanha eleitoral passa pela vindima na sua herdade alentejana, sublinhando que é um "homem de trabalho" e da agricultura. 

"Eu trabalho, não sou chulo do Estado, não sou senhor deputado, não ganho cinco mil euros para chular os portugueses. Eu quero ir para lá [Assembleia da República] e dizer exatamente isto: 'vão mas é trabalhar!'", disse o candidato à Lusa.

"Façam a campanha a trabalhar, na agricultura que abandonaram. Agora andam com fantasias, com a política agrícola toda desgraçada, temos uma menina como ministra que nunca cá pôs os pés e anda a cortar fitas, ponham um agricultor a tomar conta da agricultura", defendeu.

Gonçalo da Câmara Pereira dedicou o dia às vindimas na sua herdade em Arronches, no distrito de Portalegre, onde tem "plantadas" várias bandeiras do PPM, enquanto num dos tractores que dá apoio às vindimas também marca presença uma bandeira monárquica.

O vice-presidente do PPM considerou "deprimente" a forma como os pequenos agricultores portugueses têm de viver com a política de subsídios desenvolvida pela União Europeia, uma vez que estão "descapitalizados".

"O Presidente da República só ajuda o poder económico, os pequeninos é que não ajuda. Precisamos de um Rei para ajudar os pequeninos, porque o Rei sempre ajudou o povo e o povo foi sempre defendido pelo Rei contra o poder económico, contra os senhores fidalgos, alguns presos, mas muito poucos", declarou.

Gonçalo da Câmara Pereira defendeu, também, uma política florestal diferente para combater os incêndios florestais, dando primazia à plantação de sobreiros, castanheiros e azinheiras. "O pinheiro e o eucalipto não fazem subcoberto, a política florestal tem toda de mudar", disse.


UTAD contribui para combate à doença da tinta do castanheiro


Set 21, 2015Destaque Home, Notícias0Like

Um porta-enxertos resistente à doença da tinta do castanheiro, o ColUTAD, é a proposta dos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), para impedir a propagação da enfermidade. A invenção estará «brevemente disponível nos circuitos comerciais», diz a UTAD em comunicado.

O ColUTAD, apresentado durante o VI Encontro Europeu da Castanha, realizado entre 9 e 12 de Setembro, é um híbrido entre o castanheiro europeu (castanea sativa) e o japonês (castanea crenata).

A utilização desta ferramenta «permite a plantação de novos castanheiros com maior segurança em solos afectados pela doença, mesmo em soutos onde ocorreu a morte de outras árvores» sublinha a UTAD.

José Gomes Laranjo, docente do departamento de Biologia e Ambiente da UTAD, explica que o objectivo da ferramenta é «travar o avanço da doença da tinta, responsável pela morte de milhares de castanheiros na Europa».

O investigador adianta que já foram feitas várias experiências com o porta-enxertos obtendo-se «resultados positivos em vários locais de Trás-os-Montes».

A doença da tinta do castanheiro, provocada pelo fungo phytophtora cinnamomi, ataca as raízes desta espécie e impede a absorção de água e nutrientes, provocando a sua morte.

Bolsa de Terras: 1º concurso cede 19 terras do Estado



 21 Setembro 2015, segunda-feira  AgriculturaPolítica Agrícola


A Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), enquanto entidade gestora da Bolsa de Terras, divulgou o relatório que dá conta do balanço do primeiro concurso das terras do Estado.
No documento refere-se que o primeiro concurso permitiu a cedência das 19 terras do Estado, maioritariamente com aptidão agrícola, a 15 arrendatários, através da celebração de contratos 90% dos quais com a duração de 7 anos.
O perfil dominante dos novos arrendatários corresponde maioritariamente a pessoas singulares com idade entre os 18 e os 40 anos de idade, ou seja jovens agricultores, que representam 67%. 
«A orientação produtiva aponta essencialmente para atividades culturais associadas à produção de culturas arvenses, de hortícolas e frutícolas», lê-se no documento.
Para ver o Relatório completo, clique aqui.

ANPOC disponibiliza manual de boas práticas na cultura do Trigo



 18 Setembro 2015, sexta-feira  Grandes Culturas
A ANPOC – Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas disponibilizou para download gratuito um e-book subordinado ao tema "Manual de boas práticas em ambiente mediterrânico para o trigo mole e trigo duro".
Este manual técnico é um resumo do que mais relevante foi evidenciado pelo projeto "Novas tecnologias de produção de trigo de qualidade em regadio", que envolveu pela primeira vez toda a fileira, a produção, através das associadas da ANPOC, a Investigação, com o contributo do INIAV (Estação de melhoramento de plantas de Elvas, bem como a indústria transformadora destes produtos.
O objetivo, diz a associação, é que "este manual esteja rapidamente disponível para consulta num smartphone ou tablet e acompanhe o agricultor durante todo o ciclo da cultura".
Para já, o livro está disponível na AppStore, para todos os dispositivos com o sistema operativo iOS.

“RuralBeja” regressa em outubro de 2015



 27 Julho 2015, segunda-feira  AgroflorestalAgricultura
ruralbeja

O Parque de Exposições de Beja irá receber entre os dias 9 e 11 de outubro mais uma edição da "RuralBeja", um certame que pretende afirmar as potencialidades e os recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável e integrado do concelho.
O evento, que «alia tradição e inovação, produção e transformação e criatividade e competitividade», é uma «montra dos melhores produtos da região, os tradicionais e os mais inovadores, que, juntos, reforçam as potencialidades que fazem de Beja um território de excelência», sublinha o município.
A "RuralBeja" vai incluir o Salão do Cavalo, a feira Vinipax, a Festa Brava, os espaços "Natureza à Mesa" e "Do sequeiro ao regadio", mostras de artesanato, de aves (Avibeja) e de cães (Canibeja).
Após o sucesso da primeira edição, a "RuralBeja" terá novamente o Salão do Cavalo, aqui haverá um espaço dedicado ao cavalo lusitano.
Este certame terá também oficinas temáticas, workshops, exposições e «muitas atividades para todos os gostos e idades» são outras ofertas da "RuralBeja" 2015. 

CE publica prorrogação de armazenamento privado e intervenção para os lacticínios

21-09-2015 

 
A Comissão Europeia publicou, esta segunda-feira, a prorrogação ao armazenamento privado de manteiga e leite em pó desnatado, Regulamento 2015/1548.

Os prazos de solicitações da ajuda ao armazenamento destes produtos deveria terminar a 30 de Setembro, mas foi prorrogado até 29 de Fevereiro de 2016. A 01 de Março de 2016 tem início o período de intervenção de 2016.

Por outro lado, a Comissão também publicou a retardação da intervenção em 2015 e a antecipação da abertura em 2016, o qual deveria acabar a 30 de setembro de 2015 e foi prolongado até 31 de Dezembro de 2015. Em 2016, a data de início estava programada para 01 de Março, mas foi antecipada para 01 de Janeiro.

Desta forma, a intervenção púbica estará disponível sem interrupção até 30 de Setembro de 2016, conforme o regulamento 2015/1549

Fonte: Agrodigital

ANIL: Indústrias do leite criticam ataques ao sector e «aproveitamento» da distribuição

 21-09-2015 
 

 
A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios criticou os «ataques ao sector» que têm gerado desconfianças no consumidor e acusou a distribuição de se aproveitar da crise do leite, em vez de proteger a produção nacional.

«Os ataques ao sector, em especial às propriedades nutricionais do leite e de algumas categorias de lácteos, têm vindo a crescer fortemente, gerando desconfiança no consumidor, de forma completamente injustificada e contrariando as orientações das autoridades competentes, que recomendam o consumo de lácteos», sublinhou a Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) num comunicado, um dia depois de se ter reunido com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, para expressar as suas preocupações.

Para a ANIL, existem «situações inqualificáveis nos lineares da distribuição» que contribuem «para a confusão que se tem instalado no consumidor», como as margarinas misturadas com as manteigas, as bebidas não lácteas junto ao leite e produtos semelhantes a queijo disponibilizados nas mesmas prateleiras e charcutaria.

O director-geral da ANIL, Paulo Leite, destaca ainda, no mesmo comunicado, que «o aproveitamento da situação particular deste setor por parte da distribuição tem sido escandaloso, com estas empresas a desobrigarem-se de se incluírem no desígnio de protecção da produção nacional».

A ANIL salienta que as importações de leite mantêm o nível dos anos anteriores e admite chegar ao fim de 2015 com um défice de 250 milhões de euros na balança comercial, porque as marcas da distribuição continuam «a promover esta via de aprovisionamento, a preços incomportáveis e claramente a coberto de "dumping"».

Na reunião de sexta-feira com Assunção Cristas, na qual participaram as associações representativas dos vários agentes económicos, a ANIL reforçou que «é fundamental que (…) todos os operadores estejam em condições de assumir os seus compromissos face ao mercado, quadro legislativo e restantes condicionantes com que se deparam».

Os industriais apontam vários constrangimentos, como o facto de os "stocks" estarem a atingir «o máximo de que há memória», já que têm recolhido todo o leite produzido em solo nacional e estão a pagar preços à produção próximos da média europeia e mesmo superiores aos de alguns países com mais vantagens competitivas, como a Irlanda, a Bélgica ou a Alemanha.

Para o agravamento da crise tem contribuído também a degradação do mercado externo, especialmente no que se refere ao peso do mercado angolano nas exportações de lácteos, «que não encontra, a curto prazo, mercados alternativos de dimensão semelhante».

A Comissão Europeia divulgou na última semana um pacote alargado de 500 milhões de euros para apoiar os agricultores europeus, dos quais 4,8 milhões destinados aos produtores portugueses.

Paulo Leite lamentou que não tenha sido aprovada a proposta da indústria europeia no sentido de alterar as condições financeiras da armazenagem pública, em detrimento do reforço das ajudas à armazenagem privada, um mecanismo que não é normalmente usado em Portugal devido «aos valores irrisórios» que lhe estão associados, normas específicas quanto às embalagens e custos «proibitivos» das garantias bancárias obrigatórias.

Fonte: Lusa

Lituânia é o segundo país da UE autorizado a exportar carne de bovino para os EUA

  21-09-2015 
 

 
A Lituânia é o segundo país da União Europeia autorizado a exportar carne de bovino para os Estados Unidos da América.

No início de 2015, a Irlanda foi o primeiro país que recebeu a aprovação por parte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para exportar carne de bovino após 16 anos de interrupção.

A Lituânia, para além de carne de bovino, pode ainda exportar carne de porco, ovino e caprino, assim como produtos derivados. As negociações para conseguir a permissão duraram 11 anos. Outros países, como o Reino Unidos, França, Dinamarca, Alemanha e Holanda também apresentaram os seus pedidos às autoridades norte-americanas para poderem ter acesso a este mercado.

Fonte: Agrodigital

Língua Azul: França aplica vacinação priopritária a animais para exportação

21-09-2015 
 

 
O ministro francês da Agricultura, Stephan Le Foll, anunciou que a política de vacinação contra a Língua Azul será orientada para assegurar as vendas no exterior.

Assim, a vacinação será efectuada de forma prioritária, para os bovinos, ovinos e caprinos destinados à exportação para outros Estados-membros ou terceiros países, tando de engorda como reprodução.

O Ministério conta que 1,3 milhões de doses de vacinas, suficientes para proteger todos os animais a exportar durante os próximos quatro meses. A vacinação começa esta semana, e será custeada pela administração nos casos obrigatórios.

Segundo a interprofissional pecuária francesa Interbev, até ao final do ano serão exportados cerca de 450 mil animais. O ministro francês adiantou que já falou com a ministra espanhola da Agricultura, Isabel García Tejerina, de forma a confirmar a aplicação do mesmo protocolo de certificação implementado durante a epidemia anterior. Em relação a Itália, as discussões estão em curso, mas prevê-se que será realizado o mesmo protocolo que na crise anterior. Le Fool espera ainda que a Tunísia e a Argélia apliquem o mesmo sistema de Espanha

Fonte: Agrodigital

Congresso Ibérico de “Raças Autóctones, Economia Local e Paisagem Rural”



Publicado em segunda, 14 setembro 2015 16:38
 

Informa-se que o prazo para submissão de trabalhos ao Congresso Ibérico de "Raças Autóctones, Economia Local e Paisagem Rural" foi alargado para 23 de setembro.

Trata-se de uma organização conjunta do CETRAD e do CECAV da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e do Centro Tecnolóxico da Carne (CTC), a realizar em Vila Real, nos dias 6 e 7 de novembro de 2015.


Industriais do leite criticam "ataque" ao setor



 20 Setembro 2015, domingo  Agropecuária

A Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL) critica os «ataques ao setor» que têm gerado desconfianças no consumidor e acusou a distribuição de se aproveitar da crise do leite, em vez de proteger a produção nacional.
«Os ataques ao setor, em especial às propriedades nutricionais do leite e de algumas categorias de lácteos, têm vindo a crescer fortemente, gerando desconfiança no consumidor, de forma completamente injustificada e contrariando as orientações das autoridades competentes, que recomendam o consumo de lácteos», sublinhou a ANIL num comunicado, um dia depois de se ter reunido com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, para expressar as suas preocupações.
vacas
Para a ANIL, existem «situações inqualificáveis nos lineares da distribuição» que contribuem «para a confusão que se tem instalado no consumidor», como as margarinas misturadas com as manteigas, as bebidas não lácteas junto ao leite e produtos semelhantes a queijo disponibilizados nas mesmas prateleiras e charcutaria.
O diretor-geral da ANIL, Paulo Leite, destaca ainda, no mesmo comunicado, que «o aproveitamento da situação particular deste setor por parte da distribuição tem sido escandaloso, com estas empresas a desobrigarem-se de se incluirem no desígnio de proteção da produção nacional».
A ANIL salienta que as importações de leite mantêm o nível dos anos anteriores e admite chegar ao fim de 2015 com um défice de 250 milhões de euros na balança comercial, porque as marcas da distribuição continuam «a promover esta via de aprovisionamento, a preços incomportáveis e claramente a coberto de 'dumping' [preço abaixo do custo]».
Na reunião na sexta-feira com Assunção Cristas, na qual participaram as associações representativas dos vários agentes económicos, a ANIL reforçou que «é fundamental que (...) todos os operadores estejam em condições de assumir os seus compromissos face ao mercado, quadro legislativo e restantes condicionantes com que se deparam».
Os industriais apontam vários constrangimentos, como o facto de os 'stocks' estarem a atingir «o máximo de que há memória», já que têm recolhido todo o leite produzido em solo nacional e estão a pagar preços à produção próximos da média europeia e mesmo superiores aos de alguns países com mais vantagens competitivas, como a Irlanda, a Bélgica ou a Alemanha.
Para o agravamento da crise tem contribuído também a degradação do mercado externo, especialmente no que se refere ao peso do mercado angolano nas exportações de lácteos, «que não encontra, a curto prazo, mercados alternativos de dimensão semelhante».
A Comissão Europeia divulgou na última semana um pacote alargado de 500 milhões de euros para apoiar os agricultores europeus, dos quais 4,8 milhões destinados aos produtores portugueses.
Paulo Leite lamentou que não tenha sido aprovada a proposta da indústria europeia no sentido de alterar as condições financeiras da armazenagem pública, em detrimento do reforço das ajudas à armazenagem privada, um mecanismo que não é normalmente usado em Portugal devido «aos valores irrisórios» que lhe estão associados, normas específicas quanto ás embalagens e custos «proibitivos» das garantias bancárias obrigatórias.
Fonte: Lusa

Desflorestação abranda e plantação de novas florestas aumenta



 21 Setembro 2015, segunda-feira  Agroflorestal
florestas

Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revela que a desflorestação abrandou nos últimos anos, sobretudo, devido à progressão das novas florestas plantadas, mas a área total de floresta continua a recuar.
Praticamente 129 milhões de hectares de floresta foram perdidos desde 1990, o que leva a que a superfície florestal mundial tenha recuado de 31,6% para 30,6%.
O relatório apresentado em Durban (África do Sul), a 7 de setembro, refere que em África com 2,8 milhões de hectares e na América do Sul com 2 milhões de hectares, em que o problema é mais grave no último ano.
Facto positivo é que nos últimos 25 anos a taxa de florestação baixou 50%. No período de 2010 a 2015 a taxa é de 0,08%, enquanto nos anos 90 era de 0,18%.
Desde 1990, a quantidade de carbono em stock na biomassa nas florestas mundiais diminuiu cerca de 17,4 giga toneladas, principalmente devido à afeação da área florestal para a agricultura.
Entretanto, o aumento da área florestal plantada está em crescimento, sendo que está em aumento de 3,1 milhões de hectares por ano.
A maior utilização da madeira das florestas é para queimar. As extrações de madeira, que em 1990 eram de 2,8 mil milhões de m3, dos quais 41% era para queimar, em 2011 atingiram os 3 mil milhões de m3, com 49% para queimar.
Para terminar, a FAO estima que o setor florestal ocupe 1,7% da mão-de-obra mundial, da qual 0,4% trabalha diretamente na floresta.
Fonte: Reuters/Agronegócios

Publicada a Lei que estabelece o processo de reconhecimento da situação de prédio rústico e misto sem dono



Publicado em segunda, 14 setembro 2015 09:34
 

 Lei n.º 152/2015 - Diário da República n.º 179/2015, Série I - Assembleia da República

Foi hoje publicada a Lei que estabelece o processo de reconhecimento da situação de prédio rústico e misto sem dono conhecido que não esteja a ser utilizado para fins agrícolas, florestais ou silvopastoris e seu registo.

O procedimento de reconhecimento, pelo Estado, de um prédio como prédio sem dono conhecido compreende as seguintes fases:
a) Identificação do prédio sem dono conhecido;
b) Publicitação do prédio identificado como sem dono conhecido;
c) Disponibilização na bolsa de terras do prédio identificado como prédio sem dono conhecido;
d) Reconhecimento e registo do prédio sem dono conhecido;
e) Disponibilização na bolsa de terras do prédio reconhecido como prédio sem dono conhecido.

Aprovado o plano de ação para o setor leiteiro


Publicado em quinta, 17 setembro 2015 08:29
 

Resolução do Conselho de Ministros n.º 76-A/2015 - Diário da República n.º 181/2015, 1º Suplemento, Série I - Presidência do Conselho de Ministros

Aprova o plano de ação para o setor leiteiro, visando estimular o consumo interno, incentivar as exportações, estabilizar os rendimentos dos produtores e promover a inovação e valorização dos produtos lácteos.

Aceder à Resolução do Conselho de Ministros n.º 76-A/2015. https://dre.pt/application/conteudo/70322731

Alteração ao regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional



Publicado em quarta, 16 setembro 2015 18:27
 

Decreto-Lei n.º 199/2015 - Diário da República n.º 181/2015, Série I - Ministério da Agricultura e do Mar

Procede à primeira alteração e respetiva republicação do Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de março, que aprova o regime jurídico da Reserva Agrícola Nacional.

Aceder ao Decreto-Lei n.º 199/2015. https://dre.pt/application/conteudo/70309902

Seminário New Deal – Innovation



Publicado em terça, 15 setembro 2015 21:52
 

22 e 23 de setembro - Évora

O Monte e parceria do Projeto A New Deal for Youth Employment, vão promover o Seminário New Deal – Innovation, sob o titulo de "Challenges for new entrants to farming and the role of public support: comparing Northern and Southern European agriculture".

New Deal – Innovation é uma Iniciativa de Cooperação Bilateral, que compreende o desenvolvimento de um seminário no dia 22 de Setembro, nas instalações da CIMAC, em Évora, incluindo uma visita de campo à Herdade Freixo do Meio, no dia 23 de Setembro. Para a dinamização do seminário contamos com a colaboração de dois centros de investigação da Noruega: NIBIO - Norwegian Institute of Bioeconomy Research e Centre Rural Research; com as entidades que compõem a parceria do projeto "A New Deal for Youth Employment", do Programa de Cidadania Ativa do EEA Grants: ICAAM – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Universidade de Évora, AJASUL – Associação de jovens agricultores, Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora; e a participação especial da Rede Rural Nacional.

O seminário promove a discussão sobre a evolução e contexto atual da agricultura em Portugal e na Noruega, com especial atenção para as estruturas e apoio público para os jovens que pretendem entrar no sector agrícola. Esta iniciativa de cooperação promove o debate para uma melhor compreensão dos constrangimentos e oportunidades de empresários agrícolas jovens no Sul da Europa, a comparação com a situação da Europa do Norte; e a troca de experiências de práticas para a promoção da empregabilidade e do empreendedorismo dos jovens em territórios rurais.

A iniciativa de cooperação bilateral é realizada com o apoio da Noruega, Islândia e Liechtenstein através do EEA Grants, no âmbito do Programa Cidadania Ativa, gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian

Programa do seminário.

Inscrição através da seguinte ligação até ao dia 16 de Setembro.

Capoulas Santos acusa Governo de fazer “show off” com agricultura



 20 Setembro 2015, domingo  Política AgrícolaAgricultura

O cabeça de lista do PS por Évora às eleições legislativas, Capoulas Santos, acusou este fim-de-semana o Governo e a maioria PSD/CDS-PP de fazerem show off com a agricultura e serem incapazes de negociar em Bruxelas a favor de Portugal.
É um governo que apenas usa a agricultura como show off em Portugal e tem uma manifesta incapacidade de negociar soluções em Bruxelas a favor dos portugueses», declarou o antigo ministro da Agricultura em Évora.
Capoulas referia-se às negociações recentes sobre as ajudas ao setor do leite e ao fim das quotas leiteiras.
Capoulas Santos criticou ainda a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, pelo que diz ser o «despudor» de ter dito que o executivo PSD/CDS-PP deu um «contributo decisivo» para o aumento da produção do azeite.
«A senhora ministra esquece-se que uma oliveira só dá azeitonas ao fim de quatro anos. Quer dizer que as oliveiras plantadas no início deste Governo só darão azeitonas no ano que vem», alertou.
O antigo ministro e ex-eurodeputado ironizou ainda e declarou que para os agricultores e especialistas do setor a «medida mais emblemática» de Assunção Cristas no Governo «foi a proibição do uso de gravatas nos meses de verão no Ministério da Agricultura», numa alusão a uma medida de 2011.
Fonte: Lusa

Nestlé vai utilizar apenas «cacau sustentável» na produção de KitKat



 19 Setembro 2015, sábado  IndústriaIndústria alimentar

A Nestlé vai utilizar exclusivamente cacau sustentável na produção dos chocolates KitKat, iniciativa dada a conhecer no âmbito da comemoração dos 80 anos desta marca.
A KitKat já utiliza cacau sustentável em produtos vendidos em alguns mercados mas, a partir de 2016, a prática será generalizada a todos os mercados mundiais onde a marca está presente. A marca congratula-se de ser a primeira, a nível mundial, a tomar esta decisão, que irá permitir preservar os recursos das comunidades que cultivam o cacau e obter matéria-prima de maior qualidade.
A iniciativa faz parte do compromisso da Nestlé em alcançar as 150 mil toneladas de cacau sustentável em 2017, no âmbito do programa Nestlé Cocoa Plan.
Fonte: Tecnoalimentar

UE incentiva compra de azeite tunisino



 18 Setembro 2015, sexta-feira  AgroflorestalNegócios

A Comissão Europeia (CE) anunciou esta semana que pretende abrir, ainda que temporariamente, o mercado europeu com vista à compra de azeite de oliva proveniente da Tunísia.
A medida não contempla taxas aduaneiras, informou igualmente Bruxelas, numa nota enviada à agência Reuters.
A CE ofereceu, até o final de 2017, uma isenção de tarifa para 35 mil toneladas de azeite tunisino, a que irá se juntar às 56.700 toneladas já previstas sob o Acordo de Associação UE-Tunísia.
Bruxelas justifica a decisão com a necessidade de recuperação da economia tunisina, que sofreu graves quebras, depois dos ataques terroristas que se registaram nos últimos meses no país.
O azeite de oliva é o produto mais exportado pela Tunísia para a UE e é responsável por um quinto do total de postos de trabalho gerados pela agricultura do país. 

Tribunal francês condena a Monsanto

Setembro 17
10:30
2015

Um Tribunal francês decidiu condenar a Monsanto pela grave intoxicação sofrida por um agricultor durante a aplicação de um herbicida desta marca.

O agricultor em causa sofreu danos neurológicos graves, depois da inalação de vapores quando estava a aplicar o herbicida Lasso, que é produzido pela Monsanto.

Uma decisão destas é inédita em França e segundo o agricultor lesado é uma prova que "David pode bater Golias".

O Tribunal considerou que em 2012 a Monsanto foi responsável pela intoxicação do agricultor e condenou-a a indemnizá-lo.

O agricultor argumentou que sofreu problemas de saúde graves com a aplicação do herbicida, em 2004, tendo a Monsanto sempre argumentado que o produto era totalmente seguro.

A gigante Monsanto já informou que vai recorrer da sentença.

O herbicida Lasso acabou por ser proibido no mercado francês em 2007 e já tinha sido retirado do mercado canadiano em 1985 e do mercado belga e inglês em 1992.

Principais novidades do discurso do Comissário Phil Hogan

Setembro 17
10:31
2015

No Conselho de Ministros da Agricultura informal no Luxemburgo, o Comissário Phil Hogan fez uma intervenção de fundo, com novidades em relação ao pacote de ajudas apresentado pela Comissão no Conselho de Ministros de dia 7 de Setembro.

As principais novidades são:

Em relação às ajudas à stockagem privada, o leite em pó passa a beneficiar da ajuda máxima e os contratos de stockagem terão a duração de um ano.
Aprendendo com o último período de stockagem, propõe que os contingentes que não forem utilizados pelos países sejam, ao fim de três meses, redistribuídos por aqueles que querem usar mais este mecanismo.

No que diz respeito às ajudas à stockagem no sector do porco, disse que foram ouvidas as sugestões das Associações de Produtores e, assim, neste novo programa, vai ser incluído o toucinho fresco e os produtos do chamado "quarto quarto".
Informou que o Comissário Andriukats está a tentar, junto dos russos, eliminar as barreiras sanitárias, de modo a que seja possível voltar a exportar os produtos que não fazem parte do embargo político de Agosto 2014.

A distribuição da verba dos 420 milhões de euros pelos países foi feita tendo em conta a produção de quota leiteira de cada Estado Membro. A Comissão está decidida a dar a maior flexibilidade possível, para permitir aos Estados Membros distribuir o dinheiro pelos agricultores como melhor o entenderem.
Ajudas nacionais – em relação às ajudas nacionais, está disposto a considerar a possibilidade de os Estados Membros complementarem os envelopes que receberem de Bruxelas com ajudas nacionais.
Mantém a possibilidade do adiantamento de 70% das ajudas directas, a partir de 16 de Outubro e a novidade é que os Estados Membros podem fazê-lo logo após terminados os controlos administrativos e sem terem ainda realizado os controlos de campo.
 Imagem - thejournal.ie

domingo, 20 de setembro de 2015

Novo regime da Reserva Agrícola permite anular ações de interesse público



 17 Setembro 2015, quinta-feira  AgroflorestalAgricultura
ran
As declarações de interesse público que violem as regras de utilização da Reserva Agrícola Nacional (RAN) vão passar a ser declaradas nulas, segundo as alterações ao regime jurídico deste instrumento, publicadas a 16 de setembro em Diário da República.
As sanções de nulidade já abrangiam vários atos administrativos relativos à utilização destas áreas para fins não agrícolas, sem cumprirem determinados requisitos, estendendo-se agora às «ações de relevante interesse público» que violem a lei.
Os pedidos de relevante interesse público têm de ser reconhecidos como tal por despacho dos membros do Governo responsáveis pela área do desenvolvimento rural.
O requerimento terá de ser acompanhado por vários documentos e pareceres que sustentem o pedido, incluindo aprovação da Assembleia Municipal do respetivo concelho, situação tributária e declarativa do requerente regularizada, etc.
O diploma alarga também o leque de contraordenações, que já abrangia infrações como a utilização não agrícola dos solos sem parecer prévio favorável, à realização de quaisquer ações interditas, como loteamentos ou obras de urbanização, depósito de resíduos, lamas, entulho ou sucatas ou utilização indevida de produtos fitofarmacêuticos.
Por outro lado, reforça o caráter excecional do uso não agrícola destes terrenos que deverá obedecer cumulativamente a um conjunto de requisitos, nomeadamente quando não causem «graves prejuízos» aos objetivos da RAN e «não existam alternativas viáveis fora destes terreno»", no que respeita "às componentes técnica, económica, ambiental e cultural".
O novo regime introduz igualmente uma «simplificação procedimental» nos processos de consulta à entidade nacional da RAN e passa a dispensar a comunicação prévia, já que depende de um parecer prévio vinculativo por parte das entidades regionais da RAN, que terá de ser emitido em 20 dias.
Fonte: LUSA