quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Aumentaram os suicídios de agricultores em França


Outubro 05
13:09
2015

Quase todos os dias se registam suicídios em França, fruto da grande instabilidade que se vive no sector agrícola. O problema, infelizmente, não é só francês e começa a atingir outros países da Europa.

Um dos maiores problemas continua a ser o fim das quotas leiteiras, que, no fundo, serviram e bem, para regular o mercado europeu durante décadas.

Este factor coincide com o embargo russo e implicou problemas de tal maneira graves aos produtores, que se calculam que possam ter havido 600 suicídios no último ano.

Este fenómeno está a contagiar a Europa, estimando-se que o número de suicídios na Alemanha tenha atingido os 500 e, na Bélgica, os 400.

Começa, assim, a crescer um movimento para que a União Europeia volte ao sistema de quotas leiteiras.

Dinamarca reduz 25% dos desperdícios alimentares em cinco anos

Outubro 06
13:54
2015

Um recente relatório das autoridades dinamarquesas mostra que o país conseguiu reduzir 25% os desperdícios alimentares, nos últimos cinco anos.

A principal razão deste sucesso foi, segundo os responsáveis, a criação do movimento "Stop Wasting Food", que foi lançado em 2008.

Este movimento lançou uma campanha, incitando os consumidores a comprarem produtos quase no limite do prazo, desde que fosse para consumo imediato e não escolherem os produtos com maior prazo nos supermercados, evitando, assim, a ultrapassagem do prazo em muitos produtos.

Esta campanha foi focada no consumidor, pois estes são quem mais contribui para os desperdícios alimentares, com 36%. Em seguida, vêm os grandes supermercados com 23%, os industriais de carne com 19% e os produtores pecuários com 14%.

Os supermercados estão também a avançar com medidas, como é o caso de uma cadeia que resolveu vender o pão do dia anterior com 50% de desconto, o que reduziu em 60% os desperdícios que tinham.

Também muitos restaurantes estão a incitar os clientes para levarem para casa a comida que não comeram, para a consumirem mais tarde.

Uma organização para venda de frutas com defeitos visuais, mas perfeitamente sãs, também vai arrancar em breve.

Todo este movimento tem como lema "respeito pelos agricultores, respeito pelos animais, respeito pelos trabalhadores e respeito pelos recursos naturais".

Imagem – salon.com

Preço médio do leite na UE baixa para 29,56 cêntimos o quilo

 06-10-2015 
 

 
O preço do leite na União Europeia continua em baixa Agosto passado. O pecuário da União Europeia recebeu pelo seu leite 29,56 cêntimos o quilo, um valor inferior 0,5 por cento ao de Julho, menos 20 por cento ao de Agosto de 2014 e cerca de 14 por cento a menos que o preço médio registado em Agosto nos últimos cinco anos.

O preço médio da União Europeia que a LTO calculou para Agosto é de 30,91 cêntimos o quilo, o que supõe um aumento em relação a Setembro, mas 7,7 cêntimos mais baixo que o registado em Agosto de 2014, assinalando uma baixa de 20 por cento, tendo em conta que o valor da LTO significativamente mais alto que o da Comissão, devido ao cálculo ser feito em função dos preços pagos em países distintos da União Europeia (UE), todos eles da UE-15.

O preço médio do leite em Agosto na UE15, segundo dados da Comissão, é de 30,18 cêntimos o quilo, que continua mais baixo que o determinado pela LTO. Para Setembro, a Comissão estima que o preço do leite mantenha -se em queda, até os 29,51 cêntimos o quilo, na EU-28 ou 30,13 na UE -15.

Fonte: Agrodigital

Produtos não agrícolas poderão ser incluídos no sistema europeu de proteção das indicações geográficas


por Ana Rita Costa- 6 Outubro, 2015

Os produtos não agrícolas, como artesanato, bordados e cerâmica, poderão beneficiar de serem incluídos no sistema europeu de proteção das indicações geográficas (IG), como já acontece para os produtos agrícolas. A conclusão é de um relatório do Parlamento Europeu que defende que a UE deve adota legislação nesse sentido.

Numa lista de produtos que poderiam eventualmente beneficiar das IG encontram-se os tapetes de Arraiolos e os lenços de namorados do Minho, entre outros. Para o Parlamento Europeu, "seria altamente recomendável que a UE adotasse legislação em matéria de IG não agrícolas, tendo em vista explorar plenamente os efeitos económicos positivos da proteção das características distintivas e da qualidade destes produtos, prestar aos consumidores informação fidedigna sobre o local e o método de produção e preservar os conhecimentos e os empregos com aqueles relacionados."

Segundo o Parlamento Europeu, as novas regras "poderiam promover a inovação nos processos de produção tradicionais e a criação de novas empresas no setor dos produtos tradicionais, contribuindo também para a sustentabilidade dos postos de trabalho criados em zonas pouco desenvolvidas e para o turismo".

As pequenas e microempresas são responsáveis por cerca de 80% dos produtos locais típicos que podem ser protegidos pelo sistema da indicação geográfica. Uma legislação europeia harmonizada nesta matéria poderá também ser benéfica para "combater a contrafação e em negociações comerciais na cena internacional", de acordo com os eurodeputados responsáveis pelo documento.

Atualmente, as legislações nacionais existentes em matéria de proteção dos produtos não agrícolas redundam em diferentes graus de proteção nos países da UE, situação não conforme com os objetivos do mercado interno e que está a dificultar a sua proteção eficaz na Europa e nos Estados-Membros onde não estão abrangidos pela legislação nacional.

 Assim, a Comissão Europeia deve propor um mecanismo "eficiente, simples, útil e acessível" para o registo dos produtos e proceder a uma avaliação exaustiva para minimizar os encargos financeiros e as formalidades administrativas, acrescenta o Parlamento Europeu.

Um estudo encomendado pela Comissão Europeia inclui uma lista de produtos, por Estado-Membro, que poderiam eventualmente beneficiar do sistema de proteção IG. Os produtos portugueses identificados nesse estudo são o Artesanato dos Açores, Barro Preto de Olho Marinho, Bordado de Guimarães, Bordados da Madeira, Bordados de Castelo Branco, Bordados de Viana do Castelo, Cerâmica criativa de Coimbra, Faiança Artística de Coimbra ou Louça de Coimbra, Ferro forjado de Coimbra, Lenços de Namorados do Minho, Mantas de Lã de Mértola, Máscara de Vinhais, Palitos Floridos e pequenos artefactos de madeira de Vila Nova de Poiares, Renda de Bilros de Peniche, Tapetes de Arraiolos e Tecelagem de Almalaguês.

Incêndios: 2015 foi um ano "bem conseguido" no combate

 06-10-2015 
 

 
O comandante operacional nacional da Protecção Civil, José Manuel Moura, considerou que 2015 foi um ano «bem conseguido» no combate a incêndios, apesar de a área ardida desde 01 de Janeiro quase ter triplicado em relação a 2014.

Num balanço sobre os incêndios florestais, José Manuel Moura disse terem-se registado, desde 01 de Janeiro até 30 de Setembro, 15.505 ignições, tendo a área ardida atingido 60.916 hectares.

Quanto a ignições, o total verificado cifrou-se 16 por cento abaixo da média do decénio e no que respeita à área ardida situou-se 37 por cento abaixo da média da década.

«2014 foi o melhor ano de sempre desde que há registo de incêndios e 2015 foi um ano particularmente severo em matéria de condições meteorológicas», disse, sublinhando que no final de Agosto 74 por cento do território português estava em situação de seca severa. De 01 de Janeiro a 30 de Setembro de 2014 arderam 19.521 hectares, dos quais 8.655 hectares de povoamento e 10.866 hectares de mato.

Do total de ignições desde o início do ano (15.505), 79 por cento resultaram em menos de um hectare de área ardida e 56 por cento verificaram-se durante a fase "Charlie", de 01 de Julho a 30 de Setembro. Dos 56 por cento verificados nessa fase, 23 por cento das ignições ocorreram no mês de Agosto, acrescentou.

José Manuel Moura atribuiu os resultados deste ano às alterações introduzidas no dispositivo de combate a incêndios, entre as quais a «grande musculação na primeira intervenção» e na utilização de meios aéreos no combate inicial a incêndios.

No que respeita aos 60.916 hectares de área ardida desde o início deste ano, o comandante operacional nacional referiu que 69 por cento ocorreu na fase "Charlie", 46 por cento dos quais no mês de Agosto.

Sublinhou, contudo, que 62 por cento da área ardida este ano foi de mato, 32.826 hectares, enquanto a área ardida de povoamento foi de 22.926 hectares. José Manuel Moura considerou incorrecto comparar os dados dos incêndios deste ano com os registados em 2014, por este ter sido o melhor ano da década.

Incorrecto é também compará-los com os do ano de 2005, o «pior» da década, referiu, acrescentando por isso que o mais correto é fazer a média da última década.

Relativamente ao total de ignições por fase de combate a incêndios, o comandante disse que na fase Alfa, de 01 de Janeiro a 14 de Maio, registaram-se 4.324 ignições, na fase Bravo, de 15 de Maio a 30 de Junho, verificaram-se 3.023 e na fase Charlie ocorreram 8.923.

No que respeita às médias, as fases Alfa, Bravo e Charlie registaram valores de, respectivamente, seis por cento acima da média do decénio, de 11 por cento acima da média e de 28 por cento abaixo da média da década.

No que respeita às medidas da área ardida, segundo o comandante, na fase Alfa houve um aumento de 48% (mais 3.975 hectares) acima da média de 10 anos, na fase Bravo verificou-se um aumento de 66% acima da média (mais 2.720 hectares) e na fase Charlie (menos 42.452 hectares) foi de 50% abaixo da média do decénio.

Relativamente aos cinco grandes incêndios ocorridos este ano, o comandante operacional nacional disse tratarem-se dos verificados em Terras de Bouro, a 07 de Agosto, Vila Nova de Cerveira e Monção, ambos a 08 de Agosto, Gouveia, a 10 de Agosto e Sabugal, a 22 de Agosto.

Relativamente às ignições por distrito, Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Setúbal registaram valores «ligeiramente» acima da média do decénio, enquanto no que respeita a área ardida, os distritos de Beja, Guarda e Viana do Castelo apresentaram valores acima da média do decénio, indicou.

Quanto aos 10 concelhos com maior número de ocorrências, seis integram o distrito do Porto, nomeadamente, Penafiel, Paredes, Gondomar, Amarante, Felgueiras e Vila Nova de Gaia. Os restantes são Montalegre (Vila Real), Cinfães (Viseu), Arcos de Valdevez (Viana do Castelo) e Guimarães (Braga).

Sabugal (Guarda), Vila Nova de Cerveira (Viana do Castelo), Gouveia (Guarda), Mangualde (Viseu), Monção (Viana do Castelo), Sever do Vouga (Aveiro), Montalegre (Vila Real), Ponte de Lima (Viana Castelo), Tomar (Santarém), e Terras do Bouro (Braga) são os 109 concelhos com mais área ardida, observou.

Fonte: Lusa

Espanha: Colheita de azeite pode alcançar 1,24 milhões de toneladas

 06-10-2015 
 

 
O Conselho Sectorial de Azeite das Cooperativas Agro-alimentarias de Espanha reuniu, no passado dia 01 de Outubro, para fazer um balanço da situação do olival nas distintas zonas produtoras e realizaram uma estimativa da próxima colheita de azeite, que prevê cerca de 1.240.000 toneladas.

Este valor pode variar segundo a evolução do clima nas próximas semanas, mas não há dúvida que as altas temperaturas registadas na Primavera e no Verão, assim como a falta de chuva nas principias zonas de olival do país, têm diminuído o potencial do olival quebrando com as expectativas iniciais, tendo em conta a natureza do olival, de ter uma boa produção depois da má colheita anterior. No final, trata-se de uma colheita média.

Por zonas, destaque para a Andaluzia, onde se prevê uma colheita superior a um milhão de toneladas, o que supõe mais 56,5 por cento em relação à anterior. Para a segunda região produtora, Castilla-La Mancha, estima-se um resultado em torno das 60 mil toneladas, ou seja, com um aumento de 17,5 por cento em comparação à anterior. Tanto para Castilla-La Mancha como Extremadura, mesmo com expectativas de colheita ligeiramente superior à anterior, será substancialmente inferior à média.

Apenas na Comunidade Valenciana aguarda-se uma colheita superior à média, até um total de 25 mil toneladas, mais 72,6 por cento.

Em relação às expectativas do mercado na próxima campanha, o Conselho Sectorial destacou a reduzida ligação entre campanhas não apenas a nível mundial, mas também em Espanha.

Fonte: Agrodigital

Plataforma 'online' ajuda a produzir vinho

Novidade até 2017 no Douro. 

A Universidade de Vila Real vai desenvolver até 2017 a aplicação 'ModelVitiDouro', uma plataforma na internet que ajudará a prever as datas de floração, pintor e maturação, bem como indicadores de produção de vinho no Douro. O 'ModelVitiDouro' é promovido pela Adega Cooperativa de Favaios, financiado pelo programa Proder em 140 mil euros, e envolve uma equipa multidisciplinar do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). "Pretendemos desenvolver um modelo que permita prever com alguma antecedência os vários estados de desenvolvimento fenológico da videira, como a data de floração, do pintor, de maturação ou até, eventualmente, do abrolhamento, e também indicadores de produção", afirmou, em comunicado, o coordenador do projeto e investigador do CITAB, João Santos. Nesta ferramenta 'online' serão inseridos dados de campo e de algumas informações meteorológicas, que serão recolhidas nas estações instaladas em três adegas, cuja localização representa as três principais zonas climáticas da Região Demarcada do Douro. O projeto envolve, para além da Adega de Favaios (Cima Corgo), ainda as cooperativas de Mesão Frio (Baixo Corgo) e Freixo de Espada à Cinta (Douro Superior). 

Café: produção mundial em risco de escassez


 06 Outubro 2015, terça-feira 

O mundo necessita de outro país produtor de café como o Brasil, ou corre o risco de enfrentar uma situação de escassez.
A produção mundial terá de aumentar 40 a 50 milhões de sacos de café adicionais na próxima década para evitar esta situação, segundo declarações de Andrea Illy, presidente da Illy café, ao Bloomberg.
O aumento do consumo nos mercados emergentes, a seca e os preços baixos estão a desincentivar os agricultores em aumentar a produção. Para o presidente da Illy, não se sabe de onde virão os volumes extra necessários, mas é uma questão que, mais tarde ou mais cedo, terá de ser abordada para se tomar uma decisão.
Estes assuntos foram debatidos no Fórum Mundial do Café, realizado em Milão.
Os especialistas calculam que, na temporada de 2015-2016, existirá um défice na produção de café de 3,5 milhões de sacos, isto após se ter verificado, em 2014, uma falta de 6,4 milhões de sacos. A última colheita no Brasil foi afetada pela seca do ano passado, o que resultou num aumento de 50% nos contratos de café arábica brasileiro negociados em Nova Iorque.
A agência Bloomberg indica que o consumo mundial de café aumentará em um terço até aos 200 milhões de sacos em 2030.
Isto quando as alterações climáticas ameaçam um quarto da produção no Brasil e os produtores da Nicarágua, El Salvador e México enfrentam perdas potenciais. De acordo com um estudo do Centro Internacional de Agricultura Tropical, parte da produção poderá transferir-se da América Central para a região da Ásia-Pacífico e África.
Fonte: Tecnoalimentar 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sete entidades vão procurar programa de luta contra a praga que afecta o pinhão

Outubro 05
13:07
2015

Sete entidades portuguesas vão fazer uma avaliação dos danos provocados por uma praga, que afecta a produção de pinhão e procurar uma solução para o problema.

O projecto envolve um grupo de trabalho composto pelos Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, União da Floresta Mediterrânica e a empresa Cecílio, S.A.

O principal concelho produtor de pinhão é Alcácer do Sal, onde se vai realizar este estudo, para procurar minimizar os efeitos do insecto "Leptoglossus occidentalis" que tem infectado os pinhais em todo o mundo e chegou agora a Portugal.

O pinheiro manso tem tido um grande crescimento na última década em Portugal, totalizando uma área de cerca de 176 mil hectares.

A produção de pinhão tem sido de grande importância para as zonas rurais e um catalisador de mão-de-obra rural.

O aparecimento deste insecto tem vindo a provocar uma diminuição de produção, com prejuízos associados de elevado montante, pelo que este estudo se revela da maior importância para a continuidade da actividade.

O valor económico do pinhão é estimado em 50 a 70 milhões de euros por ano.

Mel da Lousã regista forte quebra

Outubro 05
13:02
2015

A produção de mel certificado da Lousã registou, este ano, uma baixa muito acentuada, podendo, mesmo, em alguns apiários, essa quebra ultrapassar os 50%. Em 2013 e 2014, a produção média de mel certificado da Lousã atingiu as 27 toneladas.

Devido à quebra da produção, a cooperativa que recolhe e comercializa o mel, Lousamel, resolveu passar o seu preço de 3 para 4 euros por kg.

A baixa de produção de mel estendeu-se a todo o país e foi motivada pelas condições atmosféricas. Por outro lado, na zona, alguns apicultores têm investido na produção de enxames para venda, o que também diminuiu a produção de mel.

A Lousamel reúne cerca de 350 apicultores e além de fornecer a rede de distribuição da Sonae, exporta para vários países, como a Alemanha.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

FAO forma aliança para promover a Mecanização Sustentável da Agricultura



 05 Outubro 2015, segunda-feira  Máquinas Agrícolas

A FAO e o Comité Europeu de Associações de Fabricantes de Maquinaria Agrícola (CEMA), uma organização internacional sem fins lucrativos, formaram uma nova associação que tem como objetivo promover um maior uso da mecanização agrícola sustentável nos países em desenvolvimento. 
As duas organizações trabalharão juntas para gerir e difundir conhecimento sobre a sustentabilidade na mecanização agrícola. Também irão desenvolver, de forma conjunta, programas técnicos para apoiar a inovação na mecanização e facilitar a implementação de iniciativas de mecanização sustentáveis sobre o terreno.
"Se realizada de forma sustentável e integradora, a mecanização pode mudar o panorama dos sistemas agrícolas, ajudando a eliminar o trabalho penoso associado às tarefas agrícolas, superando os estrangulamentos de tempo e mão de obra, reduzindo o impacto ambiental da agricultura", assinalou Ren Wang, Diretor Geral Adjunto da FAO, responsável do Departamento de Agricultura e Proteção do Consumidor.
"Uma abordagem à medida, inclusiva e integrada por parte da mecanização agrícola pode traduzir-se numa melhoria importante ao aumentar o bem-estar das famílias camponesas e criar uma dinâmica positiva e oportunidades para o crescimento económico nas zonas rurais. Por isso, esperamos trabalhar juntamente com a FAO nesta questão tão importante", assinalou Richard Markwell, presidente do CEMA.
O objetivo inicial da parceria FAO-CEMA estará nas atividades de criação de capacidade produtiva em África, onde a força humana continua a ser a fonte de energia mais importante para os pequenos agricultores. Por exemplo, na África subsariana, as pessoas aportam 65% da energia requerida para a preparação da terra, em comparação com 40% na Ásia oriental, 30% na Ásia meridional e 25% na América Latina e Caribe.

Mecanização Agrícola Sustentável

Promover a mecanização na agricultura significa poder completar mais tarefas no momento adequado, com maior eficiência e economização de trabalho e energia. Contudo, o equipamento tem que ser compatível com as condições sociais, económicas e ambientais nas quais vai trabalhar, com o objetivo de conseguir a intensificação sustentável da produção agrícola.
Um exemplo deste tipo de equipamento - que pode adaptar-se facilmente ao contexto dos países em desenvolvimento - é a gama de tratores de menor potência e baixo custo. Este tipo de trator pode adaptar-se a semeadoras desenhadas para funcionar em solos com regimes de sementeira direta, depositando as sementes diretamente no solo, com a mínima alteração possível.
Em comparação com as práticas baseadas no cultivo tradicional, a sementeira direta faz um uso muito mais eficiente da energia e leva menos tempo. Também se reduzem as perdas dos inputs e o trabalho pesado, e, com o tempo, consegue melhores rendimentos dos cultivos quando se combina com as práticas adequadas de agricultura de conservação. O impacto sobre o meio ambiente é também muito positivo, já que se eliminam a erosão e a compactação do solo e se preserva a biodiversidade.
Os tratores de baixa potência - e inclusivamente os motores estacionários - podem igualmente ser utilizados por pequenos agricultores para fazer funcionar outros equipamentos agrícolas, como bombas, debulhadoras e moinhos, melhorando as condições e a produtividade dos cultivos e fazendo frente a problemas como a escassez de mão de obra e os tempos de processamento inadequados.
Outros exemplos de equipamentos acionados manualmente com um grande impacto na eficiência de tarefas agrícolas são as descascadoras de milho melhoradas ou as bombas para a extração de água.
Mecanização da cadeia de pós-produção

A mecanização contribui significativamente para a eficiência das operações pós-produção, tais como a colheita, elaboração, embalamento, armazenamento, transporte e comercialização. A mecanização também é importante para garantir que a qualidade e inocuidade dos alimentos se mantenha ao longo de toda a cadeia.
Através de tecnologias como a refrigeração e embalagem, cria-se valor nos produtos agroalimentares e facilita-se o acesso ao mercado. Estas tecnologias também são cruciais na redução das perdas e de desperdício de alimentos.
Visão partilhada

A FAO tem vindo a apoiar durante anos os países no desenvolvimento de estratégias sustentáveis de mecanização agrícola e aportará essa experiência e a sua dimensão global à nova associação apresentada hoje. Pela sua parte, o CEMA contribuirá com os seus conhecimentos avançados nas práticas de mecanização e tecnologias agrícolas, e os seus fortes vínculos com o setor privado e os governos.
Ler aqui.

Acendalhas Ecológicas Vencem “Cultiva o Teu Futuro”


SEGUNDA, 05 OUTUBRO 2015 10:16
Um grupo de alunos da Universidade de Aveiro reinventaram as acendalhas, tornaram-nas mais ecológicas e foram distinguidos com o 1.º Prémio do Concurso Universitário CAP – Cultiva o teu futuro. A equipa do projeto Pínea, desenvolvido por alunos de Design do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, foi galardoada pelo Concurso Universitário CAP – Cultiva o teu futuro, promovido pela CAP.

O projeto pretende tornar as acendalhas mais amigas do ambiente a um preço competitivo em relação às existentes no mercado. A 4.ª edição do Concurso distinguiu ainda um segundo classificado, com o projeto 4Pine – uma alternativa sustentável para uma floresta saudável, projeto desenvolvido por alunas da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. O júri classificou o projeto como uma solução para um dos maiores problemas que afeta o sector florestal nos dias de hoje, o Nemátodo da Madeira do Pinheiro.

85% dos adolescentes consome sal acima do recomendado



 04 Outubro 2015, domingo  IndústriaIndústria alimentar
sal

Um estudo da Universidade do Porto revela que 85% dos adolescentes avaliados consomem sal em excesso, havendo mesmo quem ingira 22 gramas de sal por dia, através de pizzas, chourição e pastelaria.
O recomendado são cinco gramas diárias.
Um valor de ingestão de sal «claramente acima da recomendação e excessivo», observa a nutricionista e especialista em Ciências do Consumo, referindo que as principais fontes alimentares desse dia da menina de 14 anos foram produtos «altamente processados, como pizza, chourição, queijo, pão e pastelaria».
Segundo Carla Gonçalves a «principal preocupação» sobre este alto valor de sal na adolescente de 14 anos e na generalidade dos adolescentes avaliados é que não têm consciência que ingerirem sal acima do recomendado pela OMS, chegando por vezes a duplicar ou triplicar os valores aceites mundialmente.
A amostra para o estudo realizado com a colaboração da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Direção-Geral da Saúde, contou com a urina de 24 horas de 200 indivíduos - 118 raparigas e 82 rapazes -, um número recomendado pela OMS e que é considerada uma «amostra razoável» para se tirarem conclusões sobre o excesso de consumo de sal nos adolescentes portugueses, explicou a investigadora principal do estudo que faz parte da sua tese de doutoramento apresentada até ao final deste ano.
Para além de informar que mais de quatro em cada cinco adolescentes avaliados consome sal a mais, o estudo realizado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação da Universidade do Porto da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação Universidade do Porto também conclui que «os rapazes ingerem mais do que as raparigas», diz Carla Gonçalves.
A investigadora conta que fontes alimentares do sal ingerido pelos adolescentes estudados são o grupo dos cereais, em especial do pão, e o grupo da carne, como as salsichas, hambúrgueres, são os principais contribuidores.
«Este estudo é importante, porque as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade em Portugal, a par do cancro, e a ingestão excessiva de sal é a causa dos dois, pois está relacionada com o desenvolvimento de hipertensão arterial e com alguns tipos de cancro, como o do estômago», explica.
Pedro Moreira, professor e diretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto disse que estes dados são «preocupantes», visto que os mais recentes resultados mostram também que um «panorama de consumo excessivo em crianças».
Um estudo conhecido em maio passado sobre hábitos alimentares das crianças portuguesas, e que a Lusa noticiou na altura, indicava que 93% das crianças ingere sal a mais do que é recomendado pela OMS e que 54% ingere sal acima do máximo tolerável, tendo apenas 8% das crianças ingerido as quantidades de potássio (legumes e fruta) necessárias.
Fonte: Lusa

Brasil é o principal destino do azeite de oliva do Chile



 04 Outubro 2015, domingo  Agroflorestal
azeite

A associação que reúne 37 dos principais produtores de azeite de oliva extra virgem chileno, a Chile Oliva, anunciou que, em 2014, o Brasil se tornou no primeiro destino das exportações de azeite de oliva chileno, superando os EUA, que liderou a lista até 2014.
Aproximadamente 70% das plantações de oliveiras chilenas estão destinadas à produção de azeites de oliva de qualidade extra virgem e 30% para produção de azeitona de mesa, indica a associação.
Atualmente, são 24 mil hectares de oliveiras plantadas naquele país e uma produção de mais de 17 mil toneladas de azeite de oliva extra virgem entre os meses de maio, junho e julho.
As principais variedades cultivadas são Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Frantoio, Leccino, Coratina e Picual.
«A ChileOliva iniciou a campanha com o compromisso de investir na qualidade das exportações para surpreender novos públicos e fidelizar os apreciadores do azeite de oliva extra virgem do Chile. Esse foi o primeiro passo para fortalecer os nossos laços comerciais com o Brasil», diz Oscar Paez, diretor do ProChile Brasil, escritório responsável pelas relações comerciais entre os dois países.
Em relação a 2013, o aumento foi de 65% no envio dos produtos para o mercado brasileiro, o que reforça o sucesso da campanha promovida após o lançamento, em 2014, da marca setorial Azeite de Oliva do Chile, que tem como principal objetivo demonstrar a qualidade premium do produto.
Os principais produtores estão agrupados na Associação Chile Oliva, com 37 empresas associadas, que concentram mais de 93% de participação na indústria.
Fonte: AFP/Agronegócios

UE: onze países rejeitam OGM’s

 02 Outubro 2015, sexta-feira  Cerealicultura

Aproveitando a legislação comunitária, que permitiu aos Estados-membros decidir por si a proibição da sementeira de Organismos Geneticamente Modificados (OGM's), está a crescer o número de países que vão utilizar essa prerrogativa.
Assim, com a data limite de 2 de outubro, para notificar a Comissão Europeia (CE) das suas decisões, já são 11 os países que manifestaram oficialmente a sua intenção de proibir a sementeira dos OGM's.
Os países que já oficializaram os pedidos são a Áustria, a Croácia, a França, a Grécia, a Hungria, a Letónia, a Polónia e a Holanda.
Alguns países optaram por proibir para algumas regiões, como é o caso do Reino Unido, com a Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte e a Bélgica, com a Valónia. É provável que a Itália se junte a este grupo.
Segundo a legislação atual, a proibição em cada Estado-membro passa por duas etapas, sendo que a primeira é o pedido às empresas que produzem sementes OGM's para que não vendam no país.
Se tal pedido não for aceite, passam à segunda fase, que é proibir com base na política ambiental ou agrícola ou outros motivos de âmbito social. 
Fonte: Agroinfo

Vespa Asiática: mais de 1.000 ninhos sinalizados em Viana do Castelo desde 2012



 25 Setembro 2015, sexta-feira  Apicultura

Viana do Castelo sinalizou 1.098 ninhos de vespa asiática desde 2012, dos quais 955 já foram destruídos, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Municipais.
António Cruz revelou ainda que a sua corporação recebe uma média de quatro pedidos diários para confirmação de ninhos. «Até hoje, dos 1.098 sinalizados, já destruímos 955. Os 145 ninhos restantes, uns foram queimados por populares, outros encontravam-se a mais de 30 metros de altura, inacessíveis aos meios de que dispomos para os destruir, ou então desapareceram porque uma colónia desta espécie só resiste um ano», explicou.
O responsável adiantou que, «só no final do ano será possível perceber se a praga aumentou no concelho, em relação ao ano passado», sublinhando que, «em média, por dia, a corporação recebe cerca de quatro pedidos de confirmação de novos ninhos» daquela espécie.
«A maioria dos alertas é feita através de chamada telefónica para os bombeiros. Apenas um a dois pedidos chegam através da plataforma "SOS Vespa". Estes pedidos são reportados, sobretudo, pela GNR, Juntas de Freguesia e apicultores», explicou.
António Cruz adiantou que, nesta altura do ano, «as colónias estão em fase de crescimento, e por esse motivo, as pessoas conseguem detectá-los com mais facilidade».
De acordo com a base de dados da corporação, com registos desde Novembro de 2012, aquela corporação percorreu 29.505 quilómetros para proceder à destruição ninhos de vespa velutina, como também é conhecida, maior e mais agressiva do que a espécie autóctone nacional.
No total, a corporação despendeu mais de 2.276 horas naquelas operações, que envolveram 586 homens, e representaram 547 saídas de viaturas.
Anteriormente, o mesmo responsável explicara à Lusa que a destruição, através de atos de queima, realizada em parceria com o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo (CMIA), é feita de acordo com o «carácter de urgência» de cada caso.
Primeiro, adiantou, a corporação «dá prioridade» aos ninhos que estão situados no solo, depois os que são detectados no edificado, como casas, escolas, hospitais, etc, depois nos quintais de habitações e finalmente na área florestal.
A destruição ocorre sempre quando cai a noite, período em que as vespas fundadoras estão no interior das colmeias. Dados da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) indicam que cada ninho pode albergar até 2.000 vespas e 150 fundadoras de novas colónias, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos 6 novos ninhos.
Segundo os apicultores, esta espécie, «mais agressiva», faz com que as abelhas não saiam para procurar alimento por estarem sob ataque, enfraquecendo as colmeias, que acabam por morrer colocando em causa a produção de mel. 
Esta espécie predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte.
Fonte: Lusa/Confagi.

PDR 2020 lança Bolsa de Iniciativas para a sustentabilidade agrícola



 01 Outubro 2015, quinta-feira  Política Agrícola
Foi hoje (1 de outubro) publicada a portaria que cria a Bolsa de Iniciativas da Parceria Europeia de Inovação para a produtividade e sustentabilidade agrícolas, designada Bolsa de Iniciativas. A Bolsa dirige-se mais concretamente ao apoio previsto na ação 1.1, «Grupos Operacionais», da medida 1, «Inovação», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020).
De acordo com a portaria, a Bolsa de Iniciativas destina-se, entre outros objetivos, a «promover o encontro entre interessados em desenvolver iniciativas de inovação no setor».
Cabe à unidade central da Estrutura Técnica de Animação (ETA) da Rede Rural Nacional (RRN) assegurar a gestão dos procedimentos relacionados com o funcionamento da plataforma eletrónica da Bolsa de Iniciativas.

domingo, 4 de outubro de 2015

CE publica Guia sobre Greening para 2016



 02 Outubro 2015, sexta-feira  Política Agrícola

Devido à grande confusão que provocou a aplicação da legislação sobre o greening para cálculo das ajudas diretas aos agricultores, a Comissão Europeia publicou um Guia que cobre três áreas, a diversificação cultural, as áreas ecológicas (EFA) e as medidas para manter os prados permanentes.
Para 2016, as principais alterações são:
a) As oleaginosas contam como cultura de cobertura, ou como área ecológica;
b) Algumas áreas ecológicas podem estar afastadas cinco metros das culturas e não pegadas às áreas cultivadas.
No mesmo Guia surgem alertas sobre os principais efeitos para os produtores, a saber:
a) Os agricultores com mais de dez hectares têm de obedecer à rotatividade cultural dentro das regras do greening;
b) Os agricultores com mais de quinze hectares têm de seguir as regras EFA do greening;
c) Os agricultores com menos de dez hectares não têm que fazer nada, pois já estão dentro das regras do greening;
d) Os agricultores que recebam o pagamento de base assente em prados permanentes, têm que obedecer às regras do greening, no que diz respeito aos prados permanentes.
Fonte: Agronegocios.eu

IFAP: PEDIDO ÚNICO 2015 - CALENDÁRIO INDICATIVO DE PAGAMENTOS - CONTINENTE

O IFAP disponibilizou informação atualizada relativa às datas previstas de pagamento das medidas incluídas no Pedido Único — PU 2015.

Com efeito, decorrente das adaptações que o IFAP tem vindo a implementar nos procedimentos de gestão e controlo das diversas medidas da PAC, incluindo a nova cadeia de pagamentos das ajudas, é agora possível disponibilizar datas indicativas de pagamento para todas as ajudas incluídas no Pedido Único de 2015, incluindo as medidas agroambientais.

Igualmente, decorrente da proposta apresentada pela Comissão Europeia no Conselho Ministros Extraordinário, de 7 de setembro, a percentagem de adiantamento dos pagamentos "ligados" foi aumentada para 70%.

Este Calendário Indicativo de Pagamentos é provisório e está sujeito a alterações decorrentes de situações excecionais:

IFAP: O MEU PROCESSO - CORRESPONDÊNCIA


O IFAP disponibilizou um novo ponto de acesso na Área Reservada do Portal, em O Meu Processo relativo à Correspondência enviada por este Instituto aos Beneficiários, nomeadamente no âmbito do Desenvolvimento Rural, Condicionalidade, Projetos de Investimento, Controlos e Regime de Pagamento Base (RPB).


O procedimento agora iniciado, tem como objetivo disponibilizar a generalidade dos ofícios remetidos aos Beneficiários do IFAP, desde 1 de janeiro de 2014, apresentando uma funcionalidade de pesquisa através das datas inicial e final pretendidas.

O IFAP pretende, assim, contribuir para a melhoria da comunicação com os seus Beneficiários, através da simplificação de processos, com o acesso simples e célere à informação no âmbito das Ajudas geridas por este Instituto.

Insecto sugador de pinhas reduz produção nacional de pinhão a metade

FRANCISCO ALVES RITO 03/10/2015 - 08:47

Leptoglossus occidentalis, insecto semelhante a um grilo, suga o miolo da pinha. Autoridades nacionais assinaram em Alcácer do Sal uma parceria para avaliar os danos e definir o plano de combate à praga.


DANIEL ROCHA

A produção de pinhão em Portugal caiu para menos de metade nos últimos quatro anos, devido à praga de Leptoglossus occidentalis, um insecto, de aparência semelhante ao grilo, que está a afectar a floresta nacional de pinheiro manso, queixam-se os produtores e industriais do sector.

Segundo o presidente da Associação dos Industriais de Miolo de Pinhão (AIMP), antes da chegada da praga a território português, há cerca de cinco anos, depois de estar já declarada noutros países mediterrânicos como Espanha e Itália, a indústria nacional de descasque do pinhão trabalhava 120 mil toneladas de pinhas por ano e produzia cerca de 4 mil toneladas. A produção de miolo de pinhão que, em mais de 90 por cento, destinava-se à exportação para países como a Itália, Estados Unidos da América ou Alemanha, chegou a valer aproximadamente 160 milhões de euros por ano.

Actualmente a produção de pinhão descascado fica-se por menos de metade, porque o miolo extraído de cada pinha sofreu uma redução substancial.

"Antigamente, de 100 quilo de pinhas retirávamos quatro quilos de pinhão e agora, dos mesmos cem quilos de pinhas obtemos somente 1,2 ou 1,3 quilos de miolo", disse ao PÚBLICO Hélio Cecílio, industrial do sector e presidente da AIMP.

A restante quantidade de miolo é consumida pelo Leptoglossus occidentalis. O insecto, com uma grande capacidade reprodutiva, tem um lábio sugador, injecta um líquido ácido para o interior do pinhão e consegue depois chupar os nutrientes do miolo.

"Só sabemos que pinhas estão afectadas quando as abrimos na fábrica", diz Paulo Lopes, representante da Preparadora de Pinhão, uma das indústrias de descasque a operar em Portugal. E acrescenta: "Nós, os fabricantes, pedimos às autoridades nacionais competentes para tomarem as medidas necessárias à erradicação da praga, urgentemente, mas os resultados têm sido muito lentos".

Além de rendimento, a indústria queixa-se de estar a perder mercado por falta de competitividade. "Agora temos muito mais custos para produzir muito menos e, como o pinhão nacional escasseia, o preço sobe", explica Hélio Cecílio, concluindo que a situação "é má, para a fileira do pinhão, que concorre com produtos da China e do Paquistão sem qualidade e de higiene duvidosa, sem sabor, que chegam ao mercado a preços muito mais baixos".

O problema é conhecido das entidades competentes, que assinaram esta semana, em Alcácer do Sal – concelho que acolhe o recentemente criado Centro de Competência do Pinheiro Manso e Pinhão (CCPMP) -, um protocolo de cooperação para avaliação dos danos e adopção de medidas de controlo da praga.

O Instituto Nacional e Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Direcção Geral de Alimentação Veterinária (DGAV), o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA) e a União da Floresta Mediterrânica (UNAC), com a colaboração dos industriais do sector e do Município de Alcácer do Sal, comprometem-se a trabalhar em conjunto para "quantificar os danos causados pelo Leptoglossus occidentalis no território continental" e a elaborar o "plano de acção nacional de controlo" da praga.  

Objectivos fixados no documento em que as seis entidades reconhecem "a necessidade de implementar no terreno uma estratégia para a monitorização e o controlo urgente das populações" deste insecto.

De acordo com o protocolo assinado, o plano nacional a adoptar passará por sensibilização e informação de proprietários e produtores florestais, controlo da praga através de luta química e luta biológica, medidas de apoio, incluindo financeiro, ao sector, e pela investigação científica do fenómeno.

O pinheiro manso ocupa em Portugal uma área total de 176 mil hectares, sendo a espécie florestal que mais cresceu desde o inventário florestal nacional de 2005, com um incremento de 54%. Representa já cerca de seis por cento da floresta de todo o país.

Urgência na acção
A necessidade de medidas práticas urgentes, no combate à praga, é reconhecida por todas as entidades ligadas à problemática e sublinhada, também pelos responsáveis políticos.

O secretário de Estado Secretário de Estado da Alimentação e Segurança Alimentar, Nuno Vieira de Brito, que esteve presente na cerimónia de assinatura do protocolo de parceria, pediu celeridade a todas as partes envolvidas.

GPP: Ministério da Agricultura e do Mar antecipa pagamento das principais medidas agroambientais

Custo dos ingredientes do pequeno-almoço inglês mais baixo em cinco anos

Por Nelson Pereira
11/09 18:25 CET

O custo dos produtos que integram o menú tradicional do pequeno-almoço inglês é o mais baixo em cinco anos. Embora os analistas ressalvem que a baixa nos preços dos produtos básicos não tenha sempre efeito direto sobre a fatura a pagar pelo consumidor final, os apreciadores do pequeno-almoço inglês podem esperar pagar menos.

Os preços de seis ingredientes básicos do pequeno-almoço inglês – trigo, leite , café, sumo de laranja , açúcar e carne de porco – caíram este ano ao nível mais baixo desde 2010, de acordo com o Financial Times.

As razões são o clima favorável, a produção abundante e a recente venda agressiva das matérias-primas. A alta do dólar norte-americano retirou também capacidade de competição às exportações dos Estados Unidos, a par da pressão dos preços das sementes oleaginosas.

O preço do café caiu 28% este ano, refletindo a desvalorização da moeda brasileira e de colheitas abundantes na Colômbia. No ano passado, os preços do café subiram em consequência da queda na produção provocada por uma seca sem precedentes no Brasil.

As previsões para a produção de trigo australiana aumentaram de 23,6 milhões de toneladas para 25,3milhões de toneladas, graças às chuvas favoráveis e à expansão das lavouras. A França também espera uma colheita recorde.

O Conselho Internacional dos Cereais elevou em agosto a sua estimativa de produção mundial de trigo, prevendo uma produção recorde de 720 milhões de toneladas em 2015/2016 e consequente baixa de preços.

Por Nelson Pereira

Cientistas europeus criam método “low cost” para testar qualidade da água

28/09 11:24 CET



A água é um bem cada vez mais escasso. Podemos compensar isto através da reciclagem, mas precisamos de métodos de controlo simples e não muito caros.

Uma equipa de investigação europeia trabalha para encontrar soluções, com experiências na indústria do tomate, no sul de Itália.

Numa estufa que compara diferentes métodos de irrigação, os investigadores tentam produzir uma colheita que, utilizando águas recicladas da indústria, possa ser segura para a alimentação humana.

Alfieri Pollice, especialista nos processos e técnicas de tratamento de águas residuais, explica: "Uma fábrica aqui perto prepara os tomates para armazenamento ou para venda ao público. Este processo utiliza muita água. Normalmente a água utilizada é desperdiçada. Estamos a tentar encontrar métodos para a reutilização desta água na agricultura".

A água é preciosa neste clima seco e o tratamento das águas usadas pode ser uma excelente forma de evitar a escassez. Mas o controlo da qualidade é complicado. Na maioria dos casos é precisa uma enorme quantidade de garrafas de amostras do líquido, que têm que ser transportadas para laboratórios e analisadas para verificar se a qualidade respeita os parâmetros de segurança.

"O que pretendemos verificar é se a água pode ser reutilizada para regar plantas, e se não ultrapassa os limites dos compostos orgânicos, dos nutrientes, porque há normas específicas que devem ser respeitadas para a água de irrigação", esclarece a engenheira Química, Helle Skejø.

Os cientistas do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia https://ec.europa.eu/jrc/ criaram uma forma de simplificar a inspeção. Em vez de enviarem a água reciclada para um laboratório, passam-na pelo filtro existente numa caixa concebida para os testes. Os componentes químicos retidos no filtro são depois analisados em laboratório.

Segundo o químico Giulio Mariani:"Uma das grandes vantagens é a versatilidade desta caixa: pode ser usada nas estações de tratamento de água, em águas paradas, água do mar e outras…"

Estes filtros são muito mais fáceis de levar para o laboratório que as tradicionais garrafas de vidro com dezenas de litros de água, que é preciso analisar para detetar os componentes químicos.

"A vantagem deste filtro em comparação com as técnicas tradicionais de análise é que a retenção de muitos componentes orgânicos num único filtro simplifica as análises, reduz os custos e o tempo e permite perservar melhor as amostras".

Este equipamento de recolha de amostras é simples e não muito caro, e os investigadores vão torná-lo disponível para outros especialistas que trabalham nesta área. Este processo inavador está a despertar a atenção de muitos profissionais que trabalham com controlo de águas.

"Os nossos colegas ficam surpreendidos com a relação qualidade/preço. Há muitos equipamentos comerciais com funções semelhantes, mas são muito caros. Por isso quando vêm um instrumento "faça você mesmo" e que custa 100 vezes menos, ficam supreendidos. Especialmente quando constatam que a fiabilidade é a mesma".

Copyright © European Commission 2015 / euronews 2015

A eletrólise da água como alternativa aos fungicidas

01/10 15:17 CET

"As aplicações possíveis são o combate às doenças nos produtos vegetais, a desinfeção dos equipamentos, a segurança alimentar, que passa por lavar os produtos frescos e aumentar o ciclo de vida dos alimentos."
Um projeto de investigação australiano estuda a possibilidade de recorrer à eletrólise da água como alternativa aos fungicidas usados na agricultura.

Hoje em dia, um vasto leque de produtos químicos é usado, em todo o mundo, para aumentar a produtividade agrícola, em detrimento da saúde e do ambiente.

O método testado na Austrália já é usado para matar bactérias em produtos frescos. A água eletrolisada obtém-se passando uma corrente elétrica através de um tanque que contém água e cloreto de sódio.

"As aplicações possíveis são o combate às doenças nos produtos vegetais, a desinfeção dos equipamentos, a segurança alimentar, que passa por lavar os produtos frescos e aumentar o ciclo de vida dos alimentos", Karine Cadoret é responsável pela associação de agricultores.

Os pesticidas estão associados ao colapso das abelhas, que são responsáveis por 80% da polinização das plantas agrícolas.

Em 2013, a Europa proibiu o uso de três pesticidas comercializados por grandes nomes da indústria. Apesar do voto contra de vários países incluindo Portugal, a medida foi aprovada pela maioria dos estados.

Nathan Richardson é um dos agricultores que testam atualmente o método da água eletrolisada.

"Tudo o que pudermos fazer para reduzir o impacto dos pesticidas na flora e na fauna pode ser muito positivo", disse Richardson.

De acordo com vários estudos internacionais, os pesticidas usados na agricultura convencional são desreguladores endócrinos e interferem com o sistema hormonal, causando problemas de fertilidade e tumores.

Onde está a salvação dos agricultores europeus?

02/10 07:04 CET

24/04 11:29
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"Eu tenho amigos que se suicidaram. Para mim, a responsabilidade é da Europa e das cooperativas."
Jacques Jeffredo tem uma missão: prestar homenagem aos cerca de 600 agricultores que, segundo ele, cometem suicídio todos os anos em França. As autoridades francesas reduzem estes números em dois terços. Só que Jacques, ele próprio um agricultor, revela que as estatísticas não refletem aquele que é um assunto tabu para muita gente.

"Tenho muitos colegas desta atividade que já partiram deste mundo. Um dia, apercebi-me que ninguém lhes prestava tributo. Isso deixava-me triste, achava que era uma injustiça, não havia reconhecimento nenhum de todas aquelas pessoas que se mataram a trabalhar para nos alimentar a todos", afirma.

Jacques está a colocar 600 cruzes em frente a uma basílica na Bretanha. É a forma que tem de chamar a atenção para o suicídio entre agricultores, que tem as taxas mais elevadas do que qualquer outra profissão. E não é só em França. Embora seja difícil apurar os motivos pessoais por detrás dos suicídios, a pergunta coloca-se: o que está a acontecer com os agricultores europeus?

Durante o verão, as manifestações sucederam-se. Muitos dirigiram-se a Bruxelas para protestar contra a queda dos preços do leite e da carne. Os produtores afirmam que juntando o fim das quotas de leite, que existiram durante trinta anos, à diminuição da procura e ao embargo russo de produtos lácteos, é inevitável o estrangulamento do setor. Em setembro, a Comissão Europeia prometeu 500 milhões de euros para ajudar os agricultores. Mas estes afirmam que a resposta não está nos subsídios, está em regular a atividade.

Audrey Le Bivic assumiu, há dez anos, as rédeas da exploração que os seus pais têm na Bretanha. Mas, hoje em dia, Audrey considera que perde dinheiro com a produção que obtém de 75 vacas. O preço do leite baixou. Ela recebe agora 300 euros por cada 1000 litros. Mas os custos de produção ascendem aos 345 euros.

Segundo ela, "os compradores querem um volume de produção de 800 mil litros por pessoa. Mas nós somos três para conseguir produzir isso. Não vamos continuar a trabalhar a troco de nada. Os jovens não querem instalar-se no campo para viver assim. Não temos fins de semana. Não temos férias. Trabalhamos, no mínimo, 70 horas por semana. Não temos um salário. Nós é que somos ingénuos por trabalhar assim. Nos outros países da Europa, há gente a sofrer como nós. A base do setor está a morrer. Fomos a Bruxelas manifestar-nos, os alemães estiveram ao nosso lado para dizer que estão a morrer e para pedir novas leis. Mas os políticos não nos ouvem."

O pai de Audrey, Thierry, abriu esta exploração no início dos anos 80, na altura em que foram impostas quotas de leite para regular o mercado. No passado mês de abril, Bruxelas terminou com a medida, porque, a nível global, a procura de leite estava a aumentar. Mas foi uma tendência que se foi invertendo. O pai de Audrey preocupa-se com o seu futuro. "Nós já estamos perto da reforma, faltam cinco anos. Mas ela vai fazer o quê? Ou vende tudo ou arranja um sócio. Mas será que ainda vale a pena fazer isso? Só se houver um jovem que compre a nossa parte, que queira investir e refazer tudo. Há sempre coisas a refazer. Por isso, pergunto-me se, daqui a cinco anos, não vamos ter de vender isto tudo", desabafa.

O futuro… É a questão também dos produtores de carne bovina e os suinicultores. 
Yves-Hervé Mingam tem uma suinicultura na Bretanha. A indústria da carne de porco foi duramente afetada pelo embargo russo e também por algumas normas que os diferentes países europeus adotaram. "Se eu não vender os animais, depois não tenho lugar para os leitões. Eu preciso sempre de ter lugar disponível. Esta criação está a sempre a abarrotar. Fico com muito pouca margem de manobra se não abater os animais", explica.

Segundo Yves, há 10 anos, a França produzia mais carne de porco do que a Alemanha ou a Espanha, por exemplo. Hoje em dia, há normas comuns, mas também há normas específicas em cada país. Os alemães e os espanhóis passaram a produzir mais 20 toneladas por ano do que os franceses. Muitos produtores tiveram de fechar portas.

"Hoje em dia, os jovens como eu estão a ser sacrificados. Não conseguimos pagar as contas. Vamos ter de reduzir o volume de produção. Não recebemos ajuda de ninguém, só promessas do governo. Nem a nível europeu encontramos trabalho. Estamos a sacrificar toda uma geração de produtores e as consequências só vão ser visíveis daqui a 10, 20 anos", vaticina Yves.

Em 1960, mais de 4 milhões de pessoas trabalhavam na agricultura em França. Hoje em dia, são menos de um milhão.

Christian Hascoet produz laticínios. Ele, que foi a Bruxelas manifestar-se, afirma que o caminho liberal que a Europa está a tomar, deixando o mercado autorregular-se, vai levar à asfixia financeira de um terço dos pequenos agricultores.

Christian declara que "é preciso defender um projeto. Não basta manifestarmo-nos contra. É claro que isso já é alguma coisa. Mas o que falta é um projeto comum. E a única estrutura a nível europeu que tem um projeto é a EMB, federação de produtores de leite. Ela agrupa produtores de todos os países europeus. Aquilo que pretendemos é uma Europa onde se possa cooperar. O que as indústrias e os gestores nos querem impor é uma Europa para competir. Mas não são esses dirigentes que vão sofrer as consequências da competição. Em vez disso, impõem-nas aos produtores."

Este criador continua: "É uma realidade que nos está a matar. Em França, dizem que há, pelo menos, um agricultor por dia a suicidar-se. Mas eu acho que esse número é muito inferior à realidade, por razões das quais não vou falar agora. Infelizmente, o sofrimento social e económico é tal, que as pessoas acabam por passar ao ato."

Audrey Le Bivic resume a situação: "Eu tenho amigos que se suicidaram. Para mim, a responsabilidade é da Europa e das cooperativas. Por isso, estamos a morrer. Já propusemos soluções, mas eles recusam, porque acham que as explorações têm de se agrupar. Isso não é justo. Eu e os meus pais levámos dez anos a encontrar o nosso sistema, que funciona. Tivemos vários problemas sanitários para resolver. Custou-nos muito dinheiro. Hoje que tudo está estável, temos de vender. Não, lamento! Não estou de acordo. Vou continuar a reivindicar."

FIPA diz que partidos nacionais estão “recetivos” a compromisso para o agroalimentar


por Ana Rita Costa- 2 Outubro, 2015

A FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares terminou hoje (2 de outubro) uma ronda pelos principais partidos políticos nacionais para discutir os desafios e as prioridades estratégicas do setor agroalimentar no futuro. Jorge Henriques, Presidente da FIPA, terminou esta ronda confiante de que os partidos nacionais estão "recetivos a um compromisso nacional para o setor agroalimentar".

"Dos encontros resultou um compromisso dos partidos em olhar para os eixos estratégicos do setor e uma preocupação em fazer transitar o mesmo para os próximos grupos parlamentares. Todos foram unânimes no reconhecimento da indústria enquanto fundamental na economia portuguesa", refere a organização.

De acordo com Jorge Henriques, a FIPA pretende desafiar decisores políticos, parceiros e sociedade civil "para um compromisso nacional que permita que o setor, determinante na economia nacional, caminhe de forma concertada nos próximos anos e com políticas consolidadas no âmbito da fiscalidade, da internacionalização e da inovação."

Entre as prioridades que a FIPA define como estratégicas estão "o reforço da competitividade e a aposta na investigação e inovação, a promoção de estilos de vida saudáveis e a existência de um enquadramento legal simples, estável e não discriminatório para as empresas do setor", diz ainda a entidade numa nota enviada às redações.

A indústria agroalimentar é uma das indústrias transformadoras que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (14,6 mil milhões de euros) como em Valor Acrescentado Bruto (2,6 mil milhões de  euros). Segundo a FIPA, o setor é também responsável por mais de 100 mil empregos diretos e mais de 500 mil empregos indiretos e tem mantido nos últimos cinco anos um crescimento acima da média da economia nacional.

Gin alentejano quer conquistar mercado europeu


por Ana Rita Costa- 1 Outubro, 2015

Chama-se 'Friends' e é o resultado de quatro anos de testes à volta de alambiques artesanais, 438 botânicas e mais de mil macerações e microdestilações. O gin premium alentejano chegou agora ao mercado nacional, mas já tem os olhos postos na Europa, com o objetivo de chegar à Bélgica, a França e ao Luxemburgo muito em breve.

O novo gin nacional é resultado do trabalho do produtor de vinhos Tiago Cabaço e do engenheiro agrónomo Luís Ferreira, que se uniram para criar um gin artesanal que refletisse o carácter da viticultura portuguesa.

"As 38 botânicas presentes no Friends deixam antever um gin complexo, intenso e aromático, de onde se destacam as passas de uva Touriga Nacional", revelam os produtores. O gin estagiou em barricas de carvalho e à quadrupla destilação em alambiques artesanais ganhou "um cunho marcadamente português".

Já o rótulo, produzido pelo atelier Rita Rivotti Wine Branding & Design, pretende traduzir a história do Friends através de um estilo vintage.

Com 8000 garrafas já produzidas, o objetivo é chegar aos mercados belga, francês e luxemburguês em breve e a outros novos mercados já em 2016, através da duplicação da produção.

Por cá, o gin Friends está já disponível em garrafeiras, lojas especializadas, bares e discotecas por um PVP recomendado de 32,90 euros.

ASAE apreende mais de 75 mil litros de vinho


     
03/10/2015 17:56 8148 Visitas   

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ASAE apreende mais de 75 mil litros de vinho


A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou hoje a apreensão de mais de 75 mil litros de vinho, cerca de 10 mil embalagens de cartão ('bag-in-box') e 190 mil rótulos, num valor total de 40 mil euros.

O vinho apreendido encontrava-se em garrafas de 0,75 litros e em unidades de 'bag-in-box'.

A operação de fiscalização realizou-se, na última semana, nos concelhos de Vila Nova de Poiares, Cantanhede e Leiria, no âmbito das competências  da ASAE em matéria de segurança alimentar e fiscalização económica e de combate à distribuição e comercialização ilegal de vinhos.

Como resultado da ação de fiscalização, dirigida a três armazenistas de vinhos, foram instaurados três processos de contraordenação por irregularidades na rotulagem, designadamente por falta e inexatidão de indicações legalmente obrigatórias.

Lusa/SOL

BASF vai apostar no setor hortícola


por Isabel Martins- 1 Outubro, 2015

A BASF vai apostar na área hortícola e promete para breve mais investimento neste setor. Em declarações à Vida Rural, o diretor geral da empresa em Portugal, Gunther Sthamer, revelou que até aqui o foco na área agrícola tem sido a vinha, mas a BASF quer apostar noutras direções. Numa conferência de imprensa para assinalar o 150º aniversário da empresa, Sthamer reiterou que a empresa "quer crescer no setor hortícola" e pretende mesmo promover uma iniciativa similar ao Nectar Divino, mas sem a componente da distribuição, que nos parece mais complicada nesta área".

Questionado quanto à atual dificuldade dos produtores nacionais em encontrar agroquímicos para as culturas que ficaram recentemente desprotegidas, com a proibição de algumas substâncias ativas, este responsável adiantou que "não há novos produtos no mercado, nem novas moléculas para breve. Mas estamos a trabalhar para resolver essa questão, quer seja através de força própria, quer seja por aquisição de empresas que nos possam dar esse know-how", esclareceu Sthamer.

Gunther Sthamer confirmou que o negócio agrícola continua a crescer e que área dos agroquímicos apresenta uma faturação que ronda os 15 milhões de euros em Portugal.