sábado, 14 de novembro de 2015

Espanha aumenta produção de pistácio


por Ana Rita Costa- 6 Novembro, 2015

Espanha tem vindo a aumentar a produção de pistácio e no último ano a superfície aumentou 1 500 hectares, situando-se agora num total de 10 000 hectares, um crescimento de 25% face ao período homólogo.

De acordo com a Agrotec, apesar da produção estar a aumentar, o crescimento dos preços não está a abrandar, estando agora entre os 4,5 e os 8,8 euros/kg de produto seco e descascado, uma das produções mais rentáveis.

De acordo com Esaú Martínez Burgos, diretor do Centro de Investigação Agroalimentar de Castilla La Mancha, uma das regiões espanholas que mais produz pistácio, "não há perspetivas de colapsar o mercado e uma boa gestão de cultivares e espécies está a permitir superar os problemas de podridão das terras. De facto, seria necessário plantar mais de 120 000 hectares de pistácio apenas para cobrir a procura atual da UE-28, o nosso primeiro consumidor."

Jovens agricultores podem candidatar-se ao PDR 2020 até fevereiro


por Ana Rita Costa- 10 Novembro, 2015Enviar este artigo  Imprimir Este Artigo
Young farmer checking the vegetables.

As candidaturas às medidas 3.1.1 e 3.2.1. reabriram no passado dia 3 de novembro e terminam a 29 de fevereiro do próximo ano.

Tratam-se de candidaturas às ações "Operação 3.1.1 – Jovens agricultores" e "Operação 3.2.1 – Investimentos nas explorações agrícolas + jovens agricultores", no âmbito do PDR 2020.

O período de apresentação de candidaturas termina no dia 29 de fevereiro de 2016 às 19h00. Saiba mais: http://www.pdr-2020.pt/site/Candidaturas

Estados Unidos já valem um quinto das exportações de cortiça portuguesa

05-11-2015 
  
Os Estados Unidos são o principal mercado de destino da cortiça portuguesa, representando mais de 20 por centodo total exportado, com as vendas a alcançarem os 95,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2015.

Segundo dados fornecidos pela FILCORK (Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça), entre Janeiro e Junho, as vendas de cortiça ao estrangeiro totalizaram 473,2 milhões de euros, crescendo 7,8 por cento em valor face ao período homólogo.

No que respeita ao volume exportado, a tendência foi contrária, com um decréscimo de 2,6 por cento entre 2014 e 2015, de 94,6 milhares de toneladas para 92,1 milhares.

No mesmo período, Portugal importou 31,8 milhares de toneladas de cortiça que custaram 64,7 milhões de euros, correspondendo a uma redução homóloga de 9,2 por cento em volume e a um aumento de 4,2 por cento em valor.

França, que foi em 2014 o principal destino dos produtos de cortiça portugueses, passou para segundo lugar no primeiro semestre deste ano, com 18,9 pontos percentuais (p.p.) das exportações, no valor de 89,4 milhões de euros.

As rolhas são o produto de cortiça mais exportado, com quase três quartos do total, com 342,1 milhões de euros exportados nos primeiros seis meses de 2015, seguindo-se os materiais de construção com 117,8 milhões de euros.

As exportações de cortiça têm vindo a aumentar desde 2010, tendo em 2014 crescido 1,5 p.p. em relação ao ano anterior. Entre 2011 e 2014 Portugal produziu, em média, 85 mil toneladas de cortiça por ano. No ano passado, a produção conjunta de Portugal e Espanha atingiu as 105 mil toneladas.

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça quer criar condições para a melhoria da produção de cortiça e dos montados e elaborou um plano de investigação e inovação para fomentar estes objectivos, num horizonte temporal de três ciclos produtivos, que vai ser apresentado esta quinta-feira, em Lisboa.

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobreiro e na Cortiça (Agenda 3i9), envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cinco planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e acção territorial.

O acrónimo Agenda 3i9 reflecte o horizonte temporal da intervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos.

O documento destaca que esta fileira tem «características únicas para Portugal», mas apresenta também «algumas fragilidades decorrentes da sua concentração geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida dimensão global»

Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final de cada triénio para redefinição do rumo e estratégia, ficam «definidas as bases para, de acordo com o protocolo de formalização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários».

O sector vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira «não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem», realça a A3i9.

Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região mediterrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portugal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006.

A Agenda 3i9 acrescenta que os montados «são ecossistemas estáveis, ricos e complexos» que constituem «uma barreira efectiva contra a desertificação» e «desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono».

Fonte: Lusa

Preços mundiais dos alimentos sobem impulsionados pela meteorologia adversa

06-11-2015 
 

 
Os preços dos principais produtos básicos alimentares aumentaram em Outubro, uma subida impulsionada por preocupações sobre a meteorologia adversa e o seu impacto no fornecimento de açúcar e óleo de palma.

O Índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) teve uma média de quase 162 pontos em Outubro, cerca de 3,9 por cento em relação a Setembro, mas ainda seis por cento inferior em comparação ao ano anterior.

O Índice de preços do açúcar da FAO liderou o aumento geral de Outubro, com um crescimento de 17,2 por cento frente a Setembro, com alguns receios de que o excesso de chuva nas principais regiões produtoras no Brasil afecte a colheita da cana-de-açúcar, em conjunto com as informações sobre a seca na Índia e na Tailândia.

A crescente preocupação de que o fenómeno El Niño possa dificultar o fornecimento de óleo de palma do próximo ano na Indonésia e o lento avanço das plantações de soja no Brasil, também devido á meteorologia desfavorável, levou a um aumento de 6,2 por cento no Índice de preços dos óleos vegetais da FAO.

Os preços dos lacticínios subiram em 9,4 por cento desde setembro devido à apreensão sobre a possível redução da produção de leite na Nova Zelândia, Por outro lado, o índice de preços da carne permaneceu estável.

Par aos cereais, o índice também subiu, mas uns modestos 1,7 por cento, em parte pela crescente preocupação pela seca que afecta as culturas de trigo na Ucrânia e zonas do sul da Federação da Rússia.

O Índice de preços da FAO dos alimentos é ponderado em base das trocas comerciais que faz o seguimento dos cinco principais grupos de produtos alimentares básicos nos mercados internacionais, nomeadamente, cereais, carne, lacticínios, óleos vegetais e açúcar.

Fonte: Agrodigital

Chuva em Outubro termina com situação de seca em quase todo o país

 10-11-2015 

 
A chuva que caiu em Outubro permitiu acabar com a seca meteorológica em quase todo o país, registando-se apenas uma situação de seca fraca no sul de Portugal, refere o boletim meteorológico mensal.

Segundo o boletim publicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Outubro apenas se mantinha em situação de seca meteorológica fraca oito por cento do território nacional.

No documento, o IPMA refere que Outubro se caracterizou por ser um mês chuvoso e quente, com as condições meteorológicas predominantes a serem de «céu muito nublado e de precipitação». «O valor médio da temperatura média do ar, 17,06º C, foi superior ao valor normal com uma anomalia de +0,85º C», salienta o documento.

O IPMA sublinha também que a temperatura mínima registada em Outubro, com um valor médio mensal de 12,54º C, foi o "6.º valor mais alto desde 2000 e o 15.º mais alto desde 1931».

No boletim, o IPMA refere que devido a uma depressão, registada a 17 de Outubro, o «vento atingiu valores excepcionalmente elevados de vento médio, entre 70 e 90 quilómetros/hora, e rajadas superiores a 140 quilómetros/hora», destacando a rajada de 169 quilómetro/hora registada no Cabo da Roca, no distrito de Lisboa.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

CONFAGRI no workshop " Economia Circular" da PEI-AGRI

03-11-2015 

 
Nos passados dias 28 e 29 de Outubro, realizou-se o Workshop "Economia Circular", promovido pela Parceria Europeia para a Inovação na Agricultura, a PEI-AGRI, na cidade de Naantali, na Finlândia.

A Engenheira Cátia Rosas representou a CONFAGRI, fazendo parte do painel final de debate e onde explicitou o papel que a agricultura e floresta têm desempenhado para promover a circulação da economia, através da promoção do uso eficiente de energia, materiais, nutrientes e carbono. 

Além disso, foi referido o facto das inovações no sector e segurança alimentar trazerem novos desafios a superar, onde é fundamental a promoção de uma rede forte com a investigação, as autoridades nacionais, nomeadamente a Rede Rural Nacional, e fornecedores de equipamentos.

A CONFAGRI identificou alguns projectos europeus nos quais está envolvida nomeadamente sobre as cadeias de valor na agricultura e agro-indústria, que permitam não apenas o tratamento em fim de vida, mas preferencialmente que os sub-produtos gerados no sector possam ser a matéria-prima para outras actividades.

Todos os parceiros foram unânimes em referir que é necessário um sistema económico que permita apoiar cooperativas, agricultores e proprietários florestais na descoberta e implementação de soluções locais de economia circular e bioeconomia.

O programa e apresentações estão disponíveis em eip-agri

Fonte: CONFAGRI

Do design para a agricultura

JOÃO PEDRO PEREIRA 14/11/2015 - 10:56

O Stoock é um sensor que pretende optimizar a rega em culturas agrícolas. Está em fase beta e quer chegar ao mercado no fim de 2016.

 
Sensor permite ajustar a quantidade de água usada na rega RUI GAUDÊNCIO

A história arranca com um mestrado em desenho gráfico e segue para o mundo das explorações agrícolas. Mas esta não é mais uma história de um profissional criativo que trocou a vida urbana por uma vida no campo. Bruno Fonseca, 29 anos, está a desenvolver um sensor que regista vários parâmetros numa cultura, permite aos agricultores analisá-los num computador ou telemóvel e ajustar com precisão a quantidade de água que precisam para regar.

"Esta startup começou quando acabei o meu mestrado e estava a fazer um projecto para um agricultor em Idanha-a-Nova, que me falou da possibilidade de desenvolver um caderno de campo digital", recorda Bruno Fonseca. O conceito começou por dar origem ao Agroop, um software de gestão das actividades agrícolas. O sensor - chamado Stoock e ainda em fase de testes - surgiu como um prolongamento desta ideia. Analisa factores como a temperatura do ar, a radiação solar, a humidade do ar e do solo, e a velocidade do vento.

A Agroop - a empresa por trás do Stoock - começou por obter financiamento numa plataforma portuguesa chamada WePinch: foram sete mil euros para financiar o arranque, a que se juntou dinheiro do Passaporte para o Empreendedorismo, uma iniciativa estatal que atribui bolsas a jovens. Mais tarde, obtiveram mais investimento através da Seedrs, uma plataforma que permite a qualquer pessoa investir numa empresa em troca de capital. Definiram como objectivo angariar 75 mil euros pela venda de uma fatia de 5%, conseguiram quase 84 mil.

Por ora, o Stook está a ser usado em 20 explorações, numa fase beta. "Em Janeiro, vamos para uma segunda fase de financiamento. Esse investimento permitirá uma produção em escala", adianta Bruno Fonseca, acrescentando que, por enquanto, os aparelhos têm sido fabricados em Portugal. O objectivo é colocar o dispositivo no mercado no final do próximo ano.

O projecto é um dos finalistas do prémio EDP Inovação, cujo vencedor será anunciado na próxima semana. No concurso estão ainda duas outras ideias, em fases muito diferentes de desenvolvimento.

O Smart Solar Water, ainda numa fase inicial, é um aparelho para reduzir o consumo eléctrico dos sistemas de aquecimento solar de água, nomeadamente nas casas. O equipamento - que não é o único do género - tem um algoritmo que pretende aumentar o aproveitamento da energia solar e usar a rede eléctrica em períodos em que a electricidade seja mais barata, de forma a reduzir a factura dos consumidores.

"É uma evolução dos controladores actuais, que têm uma perspectiva menos actualizada. Os controladores de hoje, quando não há energia solar suficiente para aquecer a água, ligam a energia eléctrica da rede", explica Rui Maia, engenheiro informático de 39 anos, um dos mentores. O projecto deriva de um doutoramento na área da sustentabilidade energética feito por Diana Neves, a outra responsável pelo Smart Solar Water.

Rui Maia não quis adiantar que financiamento precisa para colocar o dispositivo à venda. "Estamos a seguir várias vias. Temos  um pedido de registo de patente industrial", afirmou.  "Há várias hipóteses de isto andar. Dependendo do investimento que tivermos, o produto pode ser colocado [no mercado] em três meses".

Já a ser comercializado está o outro finalista. Chama-se black.block e é um conceito de contentor de desidratação de frutas e vegetais, que recorre a energia solar. O projecto nasceu em 2012. Gonçalo Martins, 48 anos, arquitecto paisagista, estava a gerir uma exploração de plantas aromáticas e precisava de um secador. "As soluções que havia eram soluções com um custo energético muito elevado e como o aumento do custo da electricidade nos últimos anos se agudizou..."

O contentor usa painéis de energia solar para criar ar quente, que é durante o dia responsável pela secagem. À noite, é ligado um desumidificador. Quando a temperatura está demasiado alta, o ar é expelido e introduzido ar do exterior. A alternância de métodos é controlada por um algoritmo e pode ser gerida através de software num computador ou telemóvel. "O que nós patenteámos foi a solução completa", diz o responsável.

O sistema foi posto à venda no ano passado, tendo sido vendidas 12 unidades com um preço médio de 14 mil euros. A empresa quer aumentar a actividade em Portugal no próximo ano, e expandir-se para Espanha, França e Itália nos seguintes.

Texto escrito no âmbito de uma parceria com o Prémio EDP Inovação

No Centro Nacional de Exposições, em Santarém Doces de Fruta e Frutos Secos a Concurso em Novembro


 
O Centro Nacional de Exposições, em Santarém, recebe nos dias 26 e 27 de novembro a 4ª edição do Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses e o 4º Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses, respetivamente. O CNEMA realiza estes eventos em conjunto com a Qualifica - Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses.
 
Estas competições pretendem ser uma forma de motivar os produtores para continuarem a respeitar os modos de produção, as receitas e o uso dos ingredientes genuínos que permitem manter a qualidade, a tipicidade e a diferença dos doces tradicionais são objetivos.
 
O Concurso Nacional de Doces de Fruta tem como objetivo divulgar os genuínos doces tradicionais portugueses, enquanto o Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugueses tem como intuito divulgar os genuínos frutos e produtos hortícolas, secos e secados, tradicionais portugueses.

fonte: CNEMA

domingo, 8 de novembro de 2015

Instituições de sete países unem esforços para travar doenças da vinha

29-10-2015 
 

 
Onze instituições de sete países juntaram-se para desenvolver o projecto Winetwork que visa fazer um levantamento da incidência das doenças da vinha, a flavescência dourada e as do lenho, e disseminar boas práticas para as travar.

O projecto é coordenado pela França e, em Portugal, a entidade parceira é a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), com sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real.

«O Winetwork visa fazer um levantamento de todas as situações e incrementar boas práticas que ajudem a evitar a disseminação destas doenças», afirmou à agência Lusa a directora-geral da ADVID, Rosa Amador.

A responsável salientou que se trata de uma «rede temática», não propriamente um projecto de investigação científica, que tem como objectivo o intercâmbio e transferência de conhecimento.

A flavescência dourada é uma doença de quarentena que tem como agente causal um parasita e é transmitida por um insecto vector, que se alimenta da seiva da videira e propaga o fitoplasma assassino.

Em Portugal, a doença foi detectada pela primeira vez em 2006, no Minho, região onde mais se tem propagado. No Douro, foram detetados dois casos em Vila Real e Santa Marta de Penaguião.

A flavescência dourada já foi comparada por alguns à filoxera, uma praga que no século XIX destruiu vinha. Para conter a doença está em curso o Plano de Acção Nacional para o Controlo da Videira, que congrega esforços de vários organismos públicos e privados.

As doenças do lenho da videira, que afetam o tronco das plantas, constituem também, actualmente e a nível mundial, uma ameaça à produção estável em vitivinicultura.

Rosa Amador salientou que é necessário disseminar «boas práticas» para travar estas doenças que afectam uma importante actividade económica do país e do Douro, a produção de vinho.

O objectivo do projecto é recolher informação e conhecimento sobre as doenças, até porque muitos viticultores e investigadores estão a testar abordagens inovadoras e sustentáveis de luta contra estas moléstias, e partilhar essa informação pelos países europeus.

No dia 10 de Novembro decorre, no Peso da Régua, a segunda reunião anual que junta a equipa científica do Winetwork. Em simultâneo a ADVID organiza o seminário "Doenças lenho e flavescência dourada".

«Aproveitamos o facto de estar cá o grupo científico do projecto e quisemos aproveitar também o conhecimento deles para o transmitir para o exterior. O objectivo é que cada um deles nos transmita o seu conhecimento sobre estas duas doenças», frisou a diretora geral.

O projecto foi aprovado no âmbito do programa-quadro Horizon 2020 (H2020) da Comissão Europeia, começou a ser implementado em 2015 e vai prolongar-se por três anos.  O Winetwork envolve 11 parceiros de Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Hungria e Croácia.

Fonte: Lusa

Expansão do vinho faz crescer a tentação das fraudes

 29-10-2015 
 

 
Tráfico de uvas, vinho falsificado e rotulagem irregular são algumas das infracções no sector vitivinícola detectadas nos últimos anos pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, mostrando que a tentação da fraude acompanha a expansão do negócio.

O inspector-geral, Pedro Portugal Gaspar, disse à Lusa que o problema não se tem colocado em termos da segurança alimentar, mas afecta a credibilidade das marcas e defrauda os consumidores que acabam por comprar gato por lebre.

«O vinho é um produto económico de expansão no mercado nacional, para exportação e com um valor económico já apreciável», o que aumenta a tentação dos falsificadores, sublinhou o responsável da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Tal como na roupa, os falsificadores privilegiam as marcas conceituadas, como a Pêra Manca ou a Barca Velha. «Não se faz contrafação de roupa de marcas desconhecidas, no vinho é semelhante», comentou Pedro Portugal Gaspar, lembrando que a ASAE já apreendeu garrafas falsas destas marcas em Portugal no âmbito da operação "Premium".

«O que estava no interior da garrafa era um vinho substancialmente inferior. O vinho estava bom, mas não correspondia nem ao preço nem à rotulagem que, neste caso, era decisiva para a decisão do consumidor», contou Domingos Antunes, o inspector que liderou a operação, confirmando o aumento da tendência para a fraude.

As garrafas em causa foram detetadas em garrafeiras, um mercado que a ASAE está «claramente a monitorizar», segundo Domingos Antunes, misturadas com as originais.

«Mais preocupante foi o facto de uma boa parte delas terem sido encontradas num aeroporto. Naturalmente, esses consumidores menos avisados, que não dominam este vinho, acabam por adquiri-las e ir para outro país onde é mais difícil dar seguimento às investigações», detalhou o inspector responsável pela unidade de investigação criminal da ASAE.

A ASAE está também cada vez mais atenta ao tráfico das uvas que visa engrossar a fileira da uva de determinadas regiões demarcadas e que já levou a «algumas apreensões relevantes» este ano, indicou Pedro Portugal Gaspar.

Trata-se, no fundo, de criar «um produto com uma mistura de matéria-prima que não corresponde ao que a lei exige em termos da proveniência geográfica, o que adultera as características e, de algum modo, entra em concorrência desleal» com outros produtores que só usam uvas provenientes da região, explicou.

Domingos Antunes realçou que, por se tratar de um produto de grande venda, tem vindo a aparecer muito vinho no mercado que não corresponde diretamente à produção.

Ou seja, «há mais garrafas do que propriamente aquilo que as vinhas podem produzir», o que indicia o tráfico de uvas. A ASAE tem intensificado as ligações aos países do espaço lusófono, destino prioritário para o vinho de produção nacional, mas contacta também diariamente com outros parceiros internacionais, incluindo mercados do Oriente, para tentar perceber se foram detetadas falsificações nestes países.

«Isto é uma das formas de ludibriar a acutilância da ASAE: em vez de produzir falsificações no mercado interno, exportá-las porque aí o controlo é menor e o consumidor está menos alertado», adiantou Domingos Antunes, frisando que as marcas conceituadas estão também associadas a um determinado estatuto.

Em caso de dúvida, o preço deve ser o primeiro motivo de desconfiança: «Não é normal (…) que o mercado baixe drasticamente. Ou o vinho está falsificado ou existe algum problema com o vinho […]. Abaixo do preço, é de desconfiar, naturalmente».

Fonte: Lusa

CE suspende pedidos de certificados de importação de azeite da Tunísia

29-10-2015 
 

 
O bom ritmo das exportações tunisinas de azeite para a União Europeia levou a Comissão Europeia a suspender a apresentação de solicitações de certificados de importação da quota de azeite.

A decisão da Comissão deve-se ao facto de entre 01 de Janeiro e 4 de Agosto de 2015, o número de pedidos de certificados de importação excederem a quota anual de 56.700 toneladas. No início de Agosto passado, a Comissão aprovou um regulamento, fixando um coeficiente de alocação aplicável à quantidade de solicitações entre os dias 3 e 4 de Agosto de 2015, e suspendeu a apresentação de novos pedidos para o mês referido.

Recorde-se que, a 17 de Setembro passado foi adoptada uma proposta legislativa da Comissão Europeia que seria aumentado, de forma temporal, o acesso de azeite da Tunísia no mercado comunitário, uma medida aplicada para ajudar a Tunísia a atravessar a actual situação de crise como consequência dos ataques terroristas.

A Comissão propõe que de 01 de Janeiro de 2016 a 31 de Dezembro de 2017 seja aplicada uma nova quota anual de importação sem tarifa de 35 mil toneladas procedente da Tunísia. Esta quota seria adicional à existente de 56.700 toneladas de importação sem tarifa sob o Acordo de Associação União Europeia-Tunísia (UE-Tunísia)

Por seu lado, produtores espanhóis e italianos denunciam que, mais uma vez, a agricultura foi colocada ao serviço da política, penalizando os produtores comunitários para que a Comissão Europeia possa levar a cabo as suas boas intenções. Para além disso, esta não se trata da primeira vez que são apicadas medidas com base política mas que prejudicam a agricultura da União Europeia, como o embargo russo ou as concessões adicionais de laranjas para Marrocos. Razão pela qual os produtores pedem que seja avaliado o impacto das importações de azeite tunisino no sector olivícola da UE.

Fonte: Agrodigital

Rótulos dos produtos à base de carne ainda enganam consumidores


     
04/11/2015 16:52 5285 Visitas   

Shutterstock
Rótulos dos produtos à base de carne ainda enganam consumidores


Os produtos à base de carne comercializados em toda a Europa exibem rótulos pouco claros e com informação limitada, tornando-se enganadores para os consumidores, alertou hoje o Gabinete Europeu das Uniões de Consumidores (BEUC).

"Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne"
Nomes que geram confusão, aditivos não especificados e o teor de carne não identificado são algumas das situações relatadas num relatório do BEUC, que denunciou, por exemplo, que os consumidores estão a comprar carne injetada com água, carne picada com sulfitos e frango "disfarçado" de bovino em 'kebabs'.

A indústria alimentar europeia tem estado sob escrutínio público desde que em 2013 foram descobertos vestígios de carne de cavalo em produtos de carne de vaca, como hambúrgueres, lasanhas ou almôndegas. A descoberta levou à retirada de milhões de produtos das prateleiras dos supermercados.

"Se estamos empenhados na reconstrução da confiança na carne, os Estados-membros da UE precisam de reforçar os controlos e de certificarem-se que os rótulos são completos e exatos", afirmou Monique Goyens, diretora do BEUC, num comunicado.

"Os consumidores que compram carne de porco assada ou salsichas grelhadas devem saber através do rótulo quanta carne estes produtos contêm. Ninguém quer comprar água pelo preço de carne", disse a representante.

No documento, o BEUC afirmou que nos últimos meses têm existido casos frequentes em que os rótulos não fornecem a quantidade de água adicionada ou declaram a percentagem de carne existente no produto.

Ao nível das recomendações, o gabinete defende controlos mais frequentes por parte das autoridades da UE, bem como instou Bruxelas a dar prioridade aos esforços de combate à fraude alimentar.

Este relatório é divulgado um dia depois de um estudo promovido por ativistas ter denunciado que um terço do peixe servido nos restaurantes em Bruxelas -- incluindo nas próprias cantinas da UE -, é muitas vezes a versão mais barata do produto exibido no menu.

Lusa/SOL

Parlamento vota fim de subsídios aos agricultores com touros de corrida


Outubro 30
14:47
2015

O Parlamento Europeu votou o fim dos subsídios aos produtores que se dedicam à criação de touros para as corridas.

Esta medida afecta a Espanha e Portugal e estima-se que, no país vizinho, os produtores venham a perder cerca de 100 milhões de euros em subsídios.

A votação foi significativa, com 438 dos 687 eurodeputados a votar a favor do fim dos apoios.

Esta decisão foi fortemente aplaudida pelas ONG's de defesa dos animais, que, apesar de continuarem a lutar pela proibição das corridas, consideram esta medida positiva, no sentido em que vai criar mais problemas à criação de touros de corrida, que são essenciais para o espectáculo.

As ONG's estão agora a pressionar a Comissão, no sentido de dar seguimento a esta decisão e retirar totalmente os subsídios.

Dez mil milhões de euros para investimento em biocombustíveis de última geração

Outubro 30
14:46
2015

No momento em que as decisões estratégicas apontam para uma redução das emissões de gases a efeito de estufa em 40% a 80%, as emissões dos transportes rodoviários europeus estão a subir. É, portanto, fundamental inverter esta tendência.

Uma das alternativas pode ser os veículos eléctricos, mas não parece que estes venham a ter um grande impacto nos próximos anos, devido ao seu número ser muito diminuto.

Os biocombustíveis arrancaram com toda a força em 2009, mas começaram a ser alvo de algumas críticas devido à grande desflorestação a nível mundial para a sua produção, o que levou a muitas dúvidas e interrogações sobre o seu real valor benéfico.

Neste momento, a grande aposta é na investigação de combustíveis de geração avançada, que possam não ter os problemas dos actuais biocombustíveis.

Estão, assim, previstos investimentos de 10 mil milhões de euros na investigação da produção de combustíveis a partir dos lixos, algas e desperdícios de madeira.

Este valor, que pode ser considerado muito alto, fica, no entanto, muito aquém das centenas de milhares de milhões de euros que estão a ser investidos na energia solar.

A Comissão propôs uma revisão das taxas dos combustíveis, no sentido de beneficiar os menos poluentes em relação aos mais poluentes.

Neste momento, este tema está na ordem do dia, uma vez que se aproxima a conferência mundial do clima, que se realiza em Dezembro deste ano, em Paris e as metas propostas pela Comissão, de redução de emissões para 2020, dificilmente serão atingidas, se continuarmos com este ritmo.


PE não isenta os agricultores da responsabilidade na qualidade do ar

Outubro 30
14:49
2015

O Parlamento Europeu, na sua sessão plenária desta semana, decidiu que o sector agrícola não deverá ser excluído das novas normas europeias, que dizem respeito à poluição atmosférica.

Votaram, assim, para que as emissões de metano e amónia sejam incluídas na legislação europeia, sabendo que a agricultura é uma das principais fontes de emissão destes produtos.

Apesar desta decisão e à última da hora, foi aprovada uma emenda que mudou a terminologia de metano para metano entérico, que é o que é produzido no processo digestivo dos ruminantes.

Foram decididos tectos máximos para as emissões em 2025, mas não foram aceites as reduções propostas para 2030, pelo Comité de Ambiente.

Quase todas as emissões de amónia se devem ao sector agrícola e 40% da produção de metano.

Alguns deputados votaram contra, com o argumento que as metas para a emissão de amónia são muito difíceis de atingir, o que vai levar a problemas graves na produção agrícola.

Alguns eurodeputados do Comité de Agricultura continuam a defender que o metano devia ser excluído desta legislação, uma vez que isso pode vir a causar o abandono da produção de bovinos dos nossos prados.

As ONG's ambientalistas reagiram negativamente a esta decisão, considerando que são necessárias medidas mais rigorosas, uma vez que a qualidade do ar é cada vez pior, o que causa problemas graves de saúde.

Comissário Phil Hogan prevê um bom futuro para a agricultura europeia


Outubro 30
14:51
2015

Em palavras ao Guild of Agricultural Journalists, o Comissário Phil Hogan defendeu que o futuro para a agricultura europeia continua a ser muito positivo, uma vez que a procura mundial de alimentos aumenta a cada ano.

Pelo menos em cada ano há mais 150 milhões de pessoas que passam para a classe média, o que aumenta o poder de compra e o consumo de produtos de qualidade.

Considera, portanto, isto uma grande oportunidade, devido à elevada qualidade dos produtos europeus, classificando-os, mesmo, como os melhores do mundo.

O embargo russo afectou muito a produção europeia, mas teve o condão de despertar a Europa para ir à procura de outros mercados e a prova disso é que, se perdemos 5,2 mil milhões em exportações para a Rússia, ganhámos 6,8 mil milhões para outros países.

A Comissão está a tentar encontrar outros mercados e prova disso são as negociações com o México e o Vietname e está confiante de conseguir um bom acordo com os Estados Unidos.

Nas últimas semanas assistimos à reabertura do mercado canadiano para a carne de vaca europeia.

Em termos de ajuda à promoção, a verba para 2016 foi aumentada de 80 para 110 milhões de euros.

Em 2016 vão ser realizadas missões comerciais ao México, Colômbia, Japão e China.

 Imagem - ec.europa.eu

Desenvolvido Sensor Portátil que identifica glúten nos alimentos em tempo real



 01 Novembro 2015, domingo 

Uma empresa americana, do Estado de São Francisco, desenvolveu um sensor portátil que alerta os utilizadores para a presença de glúten em apenas dois minutos.
O produto - Nima - permite ao consumidor colocar uma amostra do alimento que vai ingerir e este testa se o alimento tem menos de 20 partes por milhão de glúten (20 miligramas de glúten por quilo).
«Nós queriamos descobrir um método mais proativo para sabermos o que está nos nossos alimentos em vez de comer algo e ficarmos doentes por não sabermos realmente qual a sua composição», afirmou o Diretor Técnico Scott Sundvor da empresa 6SensorLabs, responsável pelo desenvolvimento do produto, e que também ele é intolerante ao glúten.
O aparelho usa uma deteção química para analisar se tem ou não glúten na amostra do alimento.
A empresa afirma que a máquina tem um grau de confiança de 99,5%.
O produto vai ainda ter uma app que irá permitir aos utilizadores partilharem os restaurantes e, potencialmente, produtos que tenham produtos livres de glúten e cujos testes sejam positivos.
Fonte: TecnoAlimentar.