sábado, 2 de janeiro de 2016

FAO declara 2016 Ano Internacional das Leguminosas

Nov 13, 2015


Alertar a sociedade para os benefícios nutricionais das leguminosas é um dos objectivos do Ano Internacional das Leguminosas (AIL) que se assinala em 2016, segundo declarou a 12 de Novembro a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

AnoInternacionaldasLeguminosas2016_LogoA iniciativa irá também alertar para a importância destas culturas na sustentabilidade agrícola e o seu contributo para uma segurança alimentar efectiva.

«O Ano Internacional das Leguminosas será uma oportunidade para potenciar o uso das leguminosas nas rotações agrícolas e discutir os desafios da comercialização», esclarece a FAO em comunicado.

Segundo a FAO, apesar dos seus grandes benefícios, o seu valor nutricional não é reconhecido e há centenas de variedades que podem ser cultivadas.

Os legumes são ricos em proteínas, contêm o dobro das encontradas no trigo e três vezes que as do arroz. Também são ricos em micronutrientes, aminoácidos e vitaminas do grupo B, elementos chave de uma dieta saudável.


Balanço de 2015: O pior ano desde 2008 para as matérias-primas agrícolas


31 Dezembro 2015, 16:54 por Carla Pedro | cpedro@negocios.pt

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A maioria das matérias-primas perdeu valor em 2015 – naquele que foi o pior ano agregado, desde 2008 – e o sector agrícola não foi excepção.

A oferta de quase todas as matérias-primas tem sido avultada – e continua a crescer. A entrada da China, em finais de 2001, na Organização Mundial do Comércio, foi uma lufada de ar fresco para as matérias-primas, que começaram a ganhar terreno logo de seguida. Mas o arrefecimento que entretanto se verificou na China – os receios em torno dessa desaceleração provocaram mesmo um "mici-crash", no passado dia 24 de Agosto, nas bolsas mundiais – trouxe ventos contrários e foi uma das causas da queda dos preços das "commodities".

Os preços dos alimentos caíram 18% nos últimos 12 meses, devido a uma maior produção de "commodities" agrícolas, sobretudo cereais e café. Ao mesmo tempo, segundo dados da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), a procura diminuiu no que diz respeito a alguns produtos lácteos e carnes, o que fez aumentar o excedente mundial.

O sub-índice Bloomberg Agriculture – que agrega o café, milho, algodão, sementes de soja, óleo de soja, açúcar e trigo – registou assim a sua terceira queda anual e a mais forte desde 2001.

Mas vamos por partes. Como se comportaram estas principais matérias-primas isoladamente, entre cereais, oleaginosas e outros produtos agrícolas?
 
Café perdeu força

O café de tipo arábica registou uma queda de 29,7% no acumulado de 2015, no mercado de futuros nova-iorquino ICE. Isto devido sobretudo às chuvas no Brasil – maior produtor e exportador mundial deste produto – que fizeram florescer as colheitas e aumentar a oferta no mercado.

Ao mesmo tempo que as condições atmosféricas favoráveis aumentam os rendimentos das colheitas, a depreciação das moedas nos países produtores tem incentivado os agricultores a exportarem mais os produtos que lhes rendem dólares.
 
Cacau a subir pelo quinto ano seguido
O cacau é das poucas matérias-primas que conseguiram chegar ao final do ano com um saldo positivo. É, aliás, a estrela de 2015 no sector das "commodities". No final do ano, a valorização agregada foi de 10,35%. 

Tratou-se do quinto ano consecutivo de subida, e em 2015 a seca provocada pelo fenómeno climatério El Nino na África Ocidental - que levou a uma redução da produção - contribuiu para a sua solidez. 
 
Sumo de laranja ganha com doença bacteriana

Foi um dos poucos produtos de origem agrícola que fechou em alta no cômputo de 2015. O sumo de laranja, que faz parte dos principais índices de "commodities" agrícolas, fechou o ano com um ganho agregado de 0,61%.

A produção tem diminuído, muito à conta de uma doença bacteriana que atinge os citrinos e que se chama "citrus greening". Só no Estado norte-americano da Florida (que é o segundo maior produtor mundial de laranjas, depois do Brasil), a produção foi bastante dizimada. Esta situação levou a um crescente défice de oferta nos EUA, onde o consumo excede a produção.

A escassez de laranjas para consumo nos EUA tem sido colmatada através da importação de laranjas brasileiras, mas o próprio Brasil depara-se agora com uma queda das suas colheitas em resultado de condições meteorológicas adversas e também do "citrus greening".

Se a isto juntarmos uma menor produção também na Europa, devido às elevadas temperaturas, estão reunidas as condições para os preços do sumo de laranja manterem a tendência ascendente.
 
Açúcar vive ano doce depois de quatro em queda

Depois de quatro anos consecutivos a perderem terreno, os preços do açúcar regressaram aos ganhos em 2015. O açúcar não refinado valorizou 5,91% no acumulado do ano.

Só em 2013 e 2014, a cotação do açúcar afundou 25%, com as quedas a reflectirem o excesso de açúcar no mercado – e, consequentemente, com a oferta a suplantar a procura.

Mas, este ano, a produção da Índia (segunda maior mundial) deverá registar uma quebra de 5% devido ao nível das chuvas abaixo do habitual, o que tem estado a impulsionar as cotações. E conforme recordou recentemente o Barclays, citado pela CNBC, o período de seca observado na Índia em 2009 levou a que os preços do açúcar disparassem para máximos de 30 anos, pelo que se espera que a queda da produção da actual campanha agrícola ajude a sustentar os preços nos mercados internacionais.

Além disso, o maior produtor mundial, que é o Brasil, tem estado a aumentar a sua produção de etanol – que tem na cana-de-açúcar um ingrediente-chave – porque a população tem reforçado o seu consumo deste combustível alternativo visto ser mais barato do que a gasolina. Por isso, este "desvio" de açúcar para a produção de etanol deverá igualmente contribuir para manter os preços sustentados – ou mesmo para os fazer subir mais.
 
Trigo e milho com ano negativo

Os preços dos futuros do trigo nos EUA, negociados no mercado de Chicago, estão abaixo da média dos últimos cinco anos, devido à forte produção e aos elevados inventários. E assim deverão permanecer durante mais algum tempo. No cômputo do ano, a queda rondou os 20%.

Na Europa – que representa cerca de 20% da produção de trigo –, este cereal tem estado a desenvolver-se mais rapidamente do que é costume para esta época do ano, dadas as elevadas temperaturas que se têm feito sentir de forma geral no Velho Continente. As culturas de França e da Roménia estão "bastante avançadas" e as geadas de finais da Primavera poderão afectar o cereal, advertiu à Bloomberg um consultor em agricultura da Agritel, Michel Portier. Na Rússia, o trigo voltou uma vez mais a ser mais barato do que na Europa devido à queda do rublo, que quase se fixou num mínimo histórico.

Por seu lado, o milho fechou 2015 com um saldo negativo - marcando assim o seu terceiro ano consecutivo no vermelho. Não tanto como o trigo, já que as perdas anuais do milho rondaram os 9%, mas ainda assim com dificuldades em encontrar alguma resiliência - os preços mais baixos reduziram o incentivo para muitos agricultores norte-americanos maximizarem as suas culturas, além de que na União Europeia e na Ucrânia as colheitas foram penalizadas pelo calor e tempo muito seco que se viveu este Verão.
 
Soja e a elevada oferta

Esta oleaginosa registou um recuo de 4,8% no acumulado do ano, pressionada sobretudo pela vasta oferta. E os "stocks" de soja são suficientemente substanciais para manterem os preços sob pressão, sublinhou à Agrimoney o analista Frank Rijkers, do ABN Amro.
 
Algodão em alta

Esta matéria-prima de origem agrícola, usada na produção têxtil, revelou-se uma surpresa em 2015. Num ano bastante mau para a maioria das matérias-primas (o índice Thomson Reuters/Jefferies CRB, que reflecte o desempenho de 19 matérias-primas caiu para mínimos de 13 anos em Dezembro), o algodão teve um desempenho positivo, com uma subida agregada de quase 5%.

A ajudar a este movimento esteve o facto de a China não ter escoado para o mercado tanto algodão como alguns investidores receavam (devido aos subsídios atribuídos esta produção), e isto por causa dos elevados inventários do país, sublinha a Agrimoney.

Além disso, os preços relativamente baixos (o algodão embarateceu 26% no acumulado de 2014) também ajudaram a reduzir a popularidade desta cultura junto dos agricultores. Com efeito, estima-se que a produção da campanha de 2015-2016 diminua. E, a acontecer, será o terceiro ano consecutivo – no ano passado isso não foi um factor de sustentação porque também o consumo baixou (o esperado aumento da procura por parte das moagens, que se estimava que aconteceria devido à diminuição dos preços, não se concretizou).

PDR2020: prazo para candidaturas a investimentos não produtivos prolongado até março



 01 Janeiro 2016, sexta-feira  
Foi prolongado o período de submissão de candidaturas até 31 de março 2016 à Ação 7.11. do 

Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) – Investimentos não Produtivos.
O objetivo visa garantir que os beneficiários que até 31 de dezembro de 2015 submeteram o pedido de parecer dos planos de recuperação junto das entidades competentes, não sejam prejudicados. 

Produtores da região do Tejo apostam na sustentabilidade ambiental



 09 Dezembro 2015, quarta-feira 

Desde um sistema de energia solar fotovoltaico a um projeto que visa reduzir ou até mesmo eliminar o uso de pesticidas e herbicidas químicos, passando pela importância das abelhas na saúde do meio ambiente, os produtores da Região dos Vinhos do Tejo mostram, cada vez mais, como se faz em matéria de sustentabilidade ambiental.
A CVR Tejo informa que os produtores da região «são um exemplo de práticas de sustentabilidade ambiental», pois têm vindo a apostar em medidas concretas que visam «incorporar os princípios do desenvolvimento sustentável nas suas atividades».
Entre estes produtores encontram-se a Companhia das Lezírias, a Falua e a Quinta da Alorna.
Exemplos concretos destas práticas de sustentabilidade ambiental são «o facto de a Companhia das Lezírias ter hoje uma das áreas florestais e de proteção ecológica mais importantes no país».

Como tal, «as vinhas têm uma relação muito forte com a biodiversidade natural existente e é por isso que a Companhia das Lezírias criou um projeto designado "ABC 2020", projeto este que pretende promover e garantir a sustentabilidade ambiental, assegurando ainda a competitividade e a criação de valor no setor do vinho», salienta a CVT Tejo.
As iniciais ABC representam "+Ambiente", "+Biodiversidade" e "-Carbono". Este projeto inclui medidas como reduzir ou eliminar o uso de pesticidas e herbicidas químicos; minimizar o consumo de energia e promover o uso de formas de energia renovável; reduzir as emissões de carbono e compensar as emissões inevitáveis.
Também a Falua Sociedade de Vinhos é um exemplo nesta área já que tem vindo a apostar cada vez mais numa estratégia de sustentabilidade.
Sendo um dos primeiros projetos de autoconsumo de electricidade instalado numa adega em Portugal, o sistema de energia solar fotovoltaico da Falua permite uma redução de 38,9 toneladas de CO2, equivalente à plantação de uma floresta com a dimensão aproximada de oito estádios de futebol.
Este sistema não só reforça a importância do investimento na energia solar, um recurso natural de grande potencial no nosso país, como também melhora a autonomia energética, o que favorece o meio ambiente.
A Quinta da Alorna, por sua vez, é acompanhada por empresas especializadas na área do ambiente. Através deste apoio implementou uma série de medidas que tem como meta diminuir o seu impacto ambiental, como por exemplo fazer uma utilização eficiente de água, gerindo melhor este recurso, ou colocar populações apícolas junto a produções hortoindustriais, tendo em conta o papel fundamental das abelhas na polinização, bem como o facto de estes insetos serem um importante indicador de saúde ambiental.
A Quinta da Alorna está envolvida ainda em várias campanhas de reciclagem de rolhas de cortiça e desde 2010 plantou 600ha de pinheiro manso, o que fomenta as sinergias de sebes corta-vento e diminui o efeito da erosão.
A CVR Tejo e os seus produtores assumem assim, e cada vez mais, «um compromisso ambicioso e concreto que planeia salvaguardar o ambiente e assim contribuir para um planeta mais sustentável». 

Drones conquistam setor agrícola português



 31 Dezembro 2015, quinta-feira  Ana Clara TecnologiaAgricultura

A tecnologia - sejam computadores, sistemas de geolocalização (GPS), tecnologias de controlo, redes de informação e, agora, cada vez mais, os drones – está cada vez mais presente no setor agrícola. No caso dos drones, as pequenas aeronaves controladas à distância estão a tomar conta do espaço aéreo das plantações um pouco por todo o mundo. O Agronegócios foi saber qual a importância que os drones têm para os agricultores portugueses e de que forma o setor está a aproveitar esta tecnologia. Ricardo Braga, professor do Instituto Superior de Agronomia (ISA) e Diretor da revista Agrobótica e João Noéme, ligado à UAVision e à TERRAPRO, analisam o tema. A vitivinicultura foi pioneira no nosso país na utilização deste tipo de serviço para melhorar não só a rega e a fertilização como também a próprio vindima. 
drone
«Os "drones" são aeronaves sem piloto cujo controlo pode ser remoto (em tempo real) ou autónomo por intermédio de uma aplicação em conjugação com o posicionamento GPS. No caso do voo autónomo, o Homem programa uma rota, que depois é executada pelo "drone"», começa por explicar Ricardo Braga, professor no ISA. 
Os "drones" podem ter diversos acrónimos:  UAV (unmanned aerial vehicles), RPAS (Remotely pilote dair craft systems), VANT (Veículo aéreo não tripulado), etc.
Assim, sendo uma plataforma, «os "drones" podem servir para (utilização 1) transportar sensores que captam a radiação emitida pelas culturas em diversos comprimentos de onda (no caso da agricultura) ou simplesmente (utilização 2) para captar fotografias aéreas no espectro do visível (fotografias normais)», adianta Ricardo Braga. 
O docente do ISA refere que «os dados da radiação emitida pelas culturas permitem, por exemplo, criar cartas de conforto vegetativo que por sua vez conduzem à identificação de zonas problemáticas (problemas de rega, doenças, etc.) nas parcelas a necessitar de atenção do gestor agrícola». 
A simples observação de fotografias aéreas das parcelas no visível «traz-nos bastante informação sobre o estado vegetativo e variabilidade espacial.
Os "drones" podem ser de dois tipos fundamentais: asa fixa (tipo avião) ou asa rotativa (tipo helicoptero), com vantagens e desvantagens em função de cada situação», acrescenta o professor. 
Para este objetivo de transporte de sensores de radiação, «além dos "drones" existem outras plataformas, muitas das vezes mais apropriadas a uma dada situação, como os aviões de baixa altitude ou os satélites. Mais recentemente os "drones" têm também sido utilizados para distribuir fatores de produção como por exemplo pesticidas ou adubos. Contudo, estas utilizações são, ainda, sobretudo experimentais», sustenta. 
Ricardo Braga explica que, para obtenção de cartas de índices de vegetação (NDVI e outros) os "drones" são utilizados em Portugal por empresas de consultoria especializada «há pelo menos seis anos (utilização 1: cartografia do conforto vegetativo). No setor agrícola, a vitivinicultura foi pioneira na utilização deste tipo de serviço para melhorar não só a rega e a fertilização como também a próprio vindima». 
«De há três anos para cá existe já um conjunto de empresários agrícolas que tem o seu próprio "drone" e que o utiliza para fazer o acompanhamento "visual" das culturas e/ou equipamentos (utilização 2: inspeção cultural)», informa. 
Vantagens 

Quais são as mais-valias dos drones aplicados à Agricultura? À pergunta, o diretor da revista Agrobótica responde que «há que distinguir a utilização preconizada». 
«Para inspeção cultural (utilização 1), os "drones" apresentam bastantes vantagens já que permitem aos gestores agrícolas ter uma visão alargada da cultura que de outra forma seria impossível a partir de determinados estados fenológicos (e.g. milho). A visão aérea permite ver padrões de variabilidade que não são fáceis de detetar no terreno. Neste tipo de aplicação obtêm-se tipicamente imagens no visível com resoluções espaciais de poucos centímetros tiradas a cerca de 100 metros de altitude (dá para ver falhas de plantas). Em geral é o agricultor que têm o seu próprio "drone" (de asa rotativa) e que o voa com periodicidade estabelecida (e.g. quinzenal)», explica.  
E adianta: «para a utilização 2, cartografia do conforto vegetativo em que se pretende a) além do visível o registo de outras bandas como o infra vermelho próximo ou o térmico, e b) cartografia georreferenciada e de áreas mais extensas (dezenas de hectares), a competição com as outras plataformas (satélites, aviões tripulados, etc) é maior face a alguns inconvenientes dos "drones". Para esta utilização, os "drones" (geralmente de asa fixa) são propriedade de empresas especializadas que prestam um serviço aos gestores agrícolas. A qualidade dos dados obtidos é superior e as utilizações agrícolas, suportadas por consultoria agronómica, são diversas podendo ir desde variação de dotações de rega até a tratamentos diferenciados no espaço das parcelas. O resultado final é uma utilização mais eficiente de recursos com aumentos da produtividade das culturas». 
drone
Ricardo Braga diz que «mais do que preocupado se as cartas são elaboradas a partir de imagens obtidas por "drones" ou outras plataformas, os empresários devem preocupar-se com a qualidade da carta produzida (resolução espacial, georreferenciação, amostragem, eliminação do solo, etc, etc), com a consultoria agronómica de suporte e também com o custo. Na realidade tudo depende da cultura e da utilização preconizada. Situações há em que o satélite é a plataforma mais indicada, outras em que o melhor retorno provem dos "drones" ou mesmo de aviões tripulados. Há que pedir aconselhamento junto de especialistas», aconselha Ricardo Braga. 
Sobre os eventuais inconvenientes, o docente universitário afirma que «os "drones" propriamente ditos são geralmente apregoados como equipamentos de muito fácil utilização.» Na realidade para utilizações mais avançadas «é necessária alguma experiência».  
«Também estão sujeitos a falhas, muitas vezes, imprevisíveis. São comuns relatos de "drones" que sem motivo aparente se descontrolam e fogem do alcance do operador. O meu conselho neste particular é uso de alguma prudência e perseverança face a uma curva de aprendizagem algo longa.
Quanto à utilização 2 – cartografia do conforto vegetativo, além do "drone" propriamente dito, é necessário ter em conta o pós-processamento dos dados, pelo que, como foi referido, o serviço é geralmente levado a cabo por empresas especializadas», acrescenta. 
No que respeita a custos, diz o professor, os "drones" para inspeção cultural (asa rotativa) custam, neste momento,cerca de 1000 euros. «Para cartografia do conforto vegetativo (asa fixa) poderão custar 20 vezes mais.
Se compensa ou não adquirir um "drone" ou recorrer a uma empresa de prestação de serviços, depende bastante da área, da cultura, do tipo de utilização. O mesmo se pode dizer face às plataformas alternativas (satélite, avião, etc.)». 
Sendo cada vez mais utilizados por empresas no setor agrícola, os drones estão a gerar um negócio. «Existem  de facto já bastantes empresas tanto a fornecer serviços de "drones" como a vender "drones"», considera Ricardo Braga.  Contudo, avisa que, «como com qualquer "febre" é necessário precaução». 
«Aos gestores agrícolas que pretendam usufruir do potencial que a cartografia do conforto vegetativo possibilita recomenda-se prudência na avaliação da oferta. Devem ter sempre em conta que mais importante que o "drone" (a plataforma) é o produto resultante, sejam simples imagens aéreas para inspeção cultural seja cartografia "mais séria" de índices de vegetação», aconselha, adiantando que «novamente há que pedir aconselhamento junto de especialistas para encontrar a melhor solução para cada caso». 
Os agricultores portugueses têm cada vez mais a perceção da importância de adquirem conhecimento sobre este tema e em 2015 começou a haver cursos de drones. Sobre a importância da formação, Ricardo Braga admite que «alguns vão tendo essa perceção» e diz que «a ferramenta vai-se tornando cada vez mais acessível por um lado». 
Por outro, «a necessidade cada vez maior de produzir de forma mais sustentável, com uso eficiente de recursos, com decisões baseadas em factos leva a que os gestores agrícolas cada vez mais se apercebam de que não devem desprezar a variabilidade espacial das suas culturas. Existem tecnologias para avaliar e diagnosticar a variabilidade espacial, e sobretudo existem também tecnologias para atuar no terreno no sentido de gerir a variabilidade espacial». 
A nível internacional, Ricardo Braga refere que «a Europa está bastante mais avançada que os EUA no uso de "drones" beneficiando de leis menos restritivas». 
Agricultura de precisão 

Os drones são o equipamento mais mediático associado à agricultura de precisão. Foi sobre este ponto de vista que o Agronegócios falou com João Noéme, da UAVision, empresa que trabalha nas áreas da aeronáutica, ciências da terra e projetos de engenharia. 
Para o responsável, ligado também à TERRAPRO (que trabalha na otimização  da produção agrícola e em particular, o uso eficiente e responsável dos fatores de produção), a Agricultura de Precisão «é um conceito cada vez mais utilizado mas que ainda significa para muitos grande complexidade de análise e custos elevados de implementação». 
No entanto, «com o desenvolvimento tecnológico cada vez mais acessível, estas tecnologias começam a ser usadas de forma generalizada com ofertas de baixo custo largamente compensadas pelos benefícios diretos nos fatores de produção e produtividade. Cada vez mais se conhecem casos de sucesso não só internacionalmente como no nosso país». 
«A agricultura de precisão baseia-se no conceito de variabilidade dos agrosistemas, quer seja do solo, disponibilidade de água ou clima, tendo por objetivo a redução de custos de produção, a diminuição dos impactos ambientais e o aumento de produção ou qualidade da mesma. Para tal as técnicas e tecnologias de precisão envolvem a análise da variabilidade espacial das parcelas agrícolas e a aplicação diferenciada dos fatores de produção, de acordo com essa variabilidade e as necessidades reias das culturas em cada local», explica João Noéme. 
Das tecnologias mais utilizadas, salienta, destacam-se «a fotografia aérea e outros sensores de deteção remota, que permitem uma análise expedita e em larga escala das culturas. As imagens aéreas podem, dependendo do objetivo da análise, ser recolhidas por diversas vias. Os drones são o equipamento mais mediático associado à agricultura de precisão e permite de facto uma análise muito pormenorizada das parcelas, permitindo que o olhar do produtor sobrevoe a sua cultura e detetar zonas críticas». 
Esta é, no entanto, «uma solução melhor adaptada a áreas pequenas, sendo que para áreas geralmente acima de 50 ha, são mais utilizados aviões tripulados ou mesmo imagens satélite. Para além das análises feitas através da fotografia "comum", é possível recolher informação noutras bandas do espectro de luz que após processamento geoespacial, permitem avaliar índices culturais, como o vigor vegetativo ou delimitar zonas de gestão diferenciada», sustenta João Noéme. 
drone
Para o responsável da UAVision «também as sondas de monitorização permanente da humidade do solo a diferentes são hoje uma realidade comum na maior parte explorações de regadio, pois tal como a maioria das tecnologias ou serviços de precisão, permite uma redução nos fatores de produção, que facilmente compensa o investimento realizado. Os serviços de gestão de rega com base nesta tecnologia são já uma ferramenta indispensável dos produtores de regadio». 
«As sondas de humidade do solo permitem conhecer a capacidade de armazenamento de água do solo no interior de uma determinada parcela, ou até mesmo a profundidade a que as raízes estão de facto a utilizá-la. Desta forma o produtor pode adequar a rega às reais necessidades da cultura, respondendo da melhor forma às questões: quando regar?, quanto regar? e como regar? evitando desperdícios quer em água quer em energia. Por outro lado, quando associado a um dispositivo de aplicação diferenciada da rega, VRI (Variable Rate Irrigation), o produtor pode definir padrões de rega fazendo variar a aplicação diretamente no pivot», acrescenta. 
Face aos desafios que se colocam à agricultura moderna, como a necessidade de minimizar custos de produção e aumentar a competitividade e qualidade dos produtos finais, «a agricultura de precisão tem ganho cada vez mais adeptos no mundo e em particular no nosso país. A utilização de sistemas de GPS em maquinaria agrícola permitem capturar automaticamente dados agronómicos e da máquina à medida que o trator se desloca no campo». 
No que se refere à colheita, por exemplo, João Noéme diz que «esta informação permite a elaboração de mapas de produtividade, muito úteis no apoio à decisão. Em breve deixará de se ouvir falar no agricultor que se "deu ao luxo" de implementar agricultura de precisão na sua parcela, para passar a causar espanto o agricultor que se consegue "dar ao luxo" de não utilizar este tipo de tecnologia. A competitividade do mercado vai obrigar todos a trabalhar com mais eficiência e produtividade». 
Experiência e acompanhamento técnico 

João Noéme explica que a TERRAPRO, por exemplo, conta já com vários anos de experiência no acompanhamento agrícola de produtores e na oferta de serviços e tecnologia de agricultura de precisão. 
«Apostada no acompanhamento de proximidade com o produtor, na qualidade e competitividade dos produtos e na prestação de um serviço chave na mão, a TERRAPRO oferece diversos serviços e tecnologias de precisão, em diversas modalidades, como Serviços de Gestão de Rega, Gestão da Fertilização, Imagem área e vigor vegetativo (NDVI) entre outros», realça. 
Os serviços de gestão da rega, por exemplo, «podem ser prestados sem necessidade de aquisição de equipamento nem preocupações técnicas com manutenção e representam uma poupança efetiva quer no consumo de água quer na energia. O produtor tem acesso a acompanhamento técnico em contínuo, visitas ao campo e relatórios semanais com recomendações de rega para os 8 dias seguintes, previsões meteorológicas, registo de dotações aplicadas, entre outras informações», informa João Noéme. 
A consulta e análise de dados autónoma e em tempo real é feita através de um software de acesso online, quer em computador quer em versão mobile. 
«Para a correta utilização e maximização do output da tecnologia, importa aos agricultores procurarem não só a melhor qualidade tecnológica e simplicidade de utilização, como acima de tudo, o melhor e mais próximo acompanhamento técnico especializado para que as tecnologias de precisão representem um benefício efetivo», conclui João Noéme.

DGADR: PDR 2020 - OPERAÇÃO 3.4.2 /2015 - Priorização de candidaturas segundo a Urgência de Intervenção


O Anúncio n.º 01/Operação 3.4.2/2015, de 18 de agosto estabeleceu o regime de aplicação da Operação nº 01/Operação 3.4.2/2015 – melhoria da eficiência dos regadios existentes – operações de reabilitação e modernização.
De acordo com o publicado a DGADR estabeleceu e aplicou os critérios através dos quais foi avaliada a Urgência de Intervenção para realização de obras de modernização e reabilitação nos aproveitamentos hidroagrícolas dos Grupos II e III.

Foram recebidas 96 propostas de intervenção em infraestruturas de 31 aproveitamentos hidroagrícolas, que totalizam um montante global de investimento de 445,6 milhões de euros.

documento integral  Relatório Final integral   (PDF 10 MB) http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/urg_reg/rel_final_urgencia.pdf

GPP: Experiência obtida com o primeiro ano de aplicação das práticas greening previstas no regime de pagamentos diretos (PAC)

Experiência obtida com o primeiro ano de aplicação das práticas greening previstas no regime de pagamentos diretos (PAC) Consulta Pública promovida pela Comissão Europeia | 15 dez a 8 março 2016

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Aljezur debate agricultura biológica



 31 Dezembro 2015, quinta-feira  Agricultura Biológica
agrobio

A Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) promove a 8 de janeiro de 2016, entre as 18h00 e as 20h30, nos paços do concelho, em Aljezur, um seminário que tem como tema central a agricultura biológica.

Intitulado "Cultivar uma PAC mais verde" o encontro visa promover a agricultura biológica sensibilizando os participantes para os aspetos relativos à sua produção e consumo.
Participam no evento José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, Fernando Severino, diretor da Direção Regional da Agricultura do Algarve e Jaime Ferreira, presidente da direção da Agrobio.

Na segunda parte do seminário, António Lopes, da Agrobio, falará sobre a alimentação, produção e comercialização da agricultura biológica, assim como da formação existente, enquanto Jaime Ferreira trará à mesa a nova Política Agrícola Comum (PAC).
Como é habitual, no final das ações do "Cultivar uma PAC mais verde" haverá espaço para o público ficar a conhecer a Bolsa Nacional de Terras com Nuno Russo, coordenador nacional do programa.

A entrada é gratuita e a participação no seminário está sujeita a inscrição.

Produtos fitofarmacêuticos: publicado regime especial e transitório relativo à formação



 31 Dezembro 2015, quinta-feira  Hortofruticultura & FloriculturaAgricultura

Foi publicado esta quarta-feira, 30 de dezembro de 2015, em Diário da República, o decreto-lei que regulamenta o regime especial e transitório relativo à formação dos aplicadores de produtos fitofarmacêuticos.

O decreto-lei de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional define as suas consequências para efeitos de aquisição e aplicação destes produtos em explorações agrícolas e florestais, zonas urbanas, zonas de lazer e vias de comunicação.



Herdades geridas por consórcio estatal chinês em Angola são «vitrinas da agricultura moderna», diz responsável



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Duas herdades geridas pelo consórcio estatal chinês CITIC em Angola «estão a funcionar como vitrinas da agricultura moderna no país» disse à agência oficial Xinhua o responsável da empresa para as operações em África, Liu Guigen.

«O Governo angolano quer que a CITIC estabeleça mais herdades modernas noutras províncias», salientou o empresário, assegurando que a cooperação entre os dois países naquele setor «encontra-se numa fase preliminar».
Pedras Negras, uma das quintas geridas pela empresa chinesa, na província de Malanje, produziu 20.000 toneladas de milho e feijão nas duas últimas colheitas, «a mais alta unidade de produção agrícola na história de Angola», assinala a Xinhua.
Dinheiro Digital / Lusa

Ministro da Agricultura reúne-se a 4 de janeiro com suinicultores



 30 Dezembro 2015, quarta-feira  AgropecuáriaAgricultura
O Ministério da Agricultura anunciou, em comunicado, que o ministro da Agricultura, Capoulas Santos vai reunir-se na segunda-feira (4 de janeiro) com os agentes económicos ligados à suinicultura.
«O encontro está marcado para as 12h00 , nas instalações do Ministério e contará com a presença de representantes de empresas ligadas à Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Associação Portuguesa dos Industriais de Carne e à Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores», refere em comunicado a tutela.
O setor da suinicultura atravessa, há mais de um ano, uma crise profunda que decorre da conjugação de diversos fatores negativos, dos quais se destacam o embargo russo às importações da Europa e as dificuldades nos mercados venezuelano e angolano.
Recorde-se que em meados de dezembro de 2015, o ministro da Agricultura criou um gabinete de crise para os setores do leite e da suinicultura para «encontrar um ponto de equilíbrio que se traduza num preço justo, tanto para os produtores, como para os consumidores». 

Agricultura biológica vai valer €58 mil milhões em 2020



 29 Dezembro 2015, terça-feira  Agricultura Biológica
biologico
Um recente estudo, publicado pela 'Research and Markets', indica que o mercado da agricultura biológica - nomeadamente frutas e legumes - deverá render, em 2020, cerca de 58 mil milhões de euros.
De acordo com o estudo, o crescimento médio anual rondará os 9,4%.
Há cada vez mais uma consciência generalizada por parte do consumidor dos países desenvolvidos acerca dos benefícios para a saúde gerados pelo consumo de produtos biológicos, lê-se no documento.  

Ministério da Agricultura regulariza pagamentos às OP's pecuárias


 30 Dezembro 2015, quarta-feira 

O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural deu já início à regularização de pagamentos no valor de 2,4 milhões de euros a 109 organizações de produtores pecuários (OPP), relativamente às ações desenvolvidas ao longo do ano 2015 no âmbito do controlo da sanidade animal.

Até à data, as OPP não tinham ainda recebido qualquer pagamento das ações do ano corrente, informa a tutela liderada por Capoulas Santos, em comunicado.

«O Ministro da Agricultura lamenta o atraso nestes pagamentos, que deviam ter sido efetuados há meses, afirmando ter conhecimento de que a falta de pagamento das verbas devidas pelo ministério ao longo de todo o ano colocou estas organizações em grande dificuldade para assegurar o exercício das funções de controlo sanitário do efetivo pecuário nacional, que – apesar das circunstâncias – tem sido garantido», lê-se na nota. 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

UE: organizações de produtores crescem 6%


Dez 30, 2015Notícias0Like
Entre 2008 e 2012, as organizações de produtores (OP) cresceram 6%, diz um relatório divulgado pelo Magrama – Ministério da Agricultura espanhol. O documento indica que, em 2008, existiam na União Europeia 1.549 organizações de produtores (OP), ao passo que, em 2012, eram 1.643. O grau de organização médio na UE cresceu dos 39% para os 46% neste período.

Segundo o Magrama, Espanha é o país com mais OP em toda a União Europeia, contabilizando-se 595. Juntas estas organizações representam 36% das OP da UE. Sucedem-lhe a Itália, com 280, e a França, com 251.

Em Portugal, contabilizaram-se, em 2012, 83 OP. O grau de organização ficou-se pelos 25%, muito longe, por exemplo, dos 94% alcançados pelas 17 organizações de produtores que operam na Bélgica.

A Finlândia, a Roménia, a Letónia, a Irlanda e a Bulgária têm menos de cinco. Ao passo que, em Malta, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Eslovénia não existem organizações de produtores.

No relatório, que se debruça em pormenor sobre as OP em Espanha, o Magrama nomeia frutas como a maçã, a pêra, os citrinos, os pêssegos e as nectarinas, e de hortícolas como o tomate fresco e de indústria e a alface, como os mais comercializados através destas estruturas no país.

Ministério da Agricultura começa a pagar às Organizações de Produtores Pecuários

30-12-2015 

 
O Ministério da Agricultura anunciou, em comunicado, que deu início à regularização dos pagamentos às Organizações de Produtores Pecuários no âmbito do controlo da saúde animal.

Segundo o comunicado, os pagamentos no valor de 2,4 milhões de euros vão ser feitos a 109 Organizações de Produtores Pecuários (OPP) e dizem respeito a acções desenvolvidas ao longo do ano de 2015.

O comunicado refere também que o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, «lamenta o atraso nos pagamentos, que deveriam ter sido efectuados há meses».

«A falta de pagamento das verbas devidas pelo Ministério ao longo de todo o ano colocou estas organizações em grande dificuldade para assegurar o exercício das funções de controlo sanitário do efectivo pecuário nacional que, apesar das circunstâncias, tem sido garantido», referiu Capoulas Santos, citado no comunicado.

As OPP são organismos que executam os programas de erradicação e vigilância de doenças dos animais, incluindo na erradicação da brucelose, tuberculose e leucose enzoótica.

Fonte: Lusa

Agricultores pedem mais tempo para legalizar pecuárias e avisam que 30 mil podem fechar



A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) voltou hoje a exigir o prolongamento do prazo para a legalização de pecuárias, que termina na quinta-feira, alertando que cerca de 30.000 explorações, cerca de 30% do total, podem desaparecer.

Num comunicado divulgado hoje, a CNA afirma que a legalização ou licenciamento das explorações pecuárias «continua complicado, com milhares de Explorações ainda por licenciar quando o prazo (título de exploração/autorização provisórias) fecha a 31 deste mês de dezembro».
Portanto, afirma a confederação, «ou há uma larga prorrogação deste prazo, acompanhada com medidas de apoio, designadamente financeiro, aos pequenos e médios produtores pecuários, ou esses milhares (cerca de 30.000) de explorações pecuárias (30% do total) vão desaparecer».
Dinheiro Digital / Lusa

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Eliminados mais de 100 ninhos de vespa asiática ao longo do ano

29-12-2015 
 

 
A câmara da Trofa apontou que durante este ano eliminou mais de uma centena de ninhos de vespa asiática, tendo registado 100 por cento de aumento de casos face a 2014.

Em nota remetida às redações, a autarquia liderada por Sérgio Humberto dá conta de que teve de adquirir material especifico para a eliminação dos ninhos que foram eliminados em terrenos públicos e privados.

«Registou-se um aumento da detecção dos ninhos, nos últimos tempos, já que devido à queda da folha das árvores, os mesmos ficaram mais visíveis. Em relação ao ano passado registou-se um aumento de 100 por cento nos ninhos encontrados e destruídos», lê-se na nota.

A eliminação/destruição dos ninhos é realizada pelos funcionários do Serviço Municipal de Protecção Civil da Trofa, distrito do Porto, com recurso a equipamentos que incluem kits de protecção individual, gás, maçaricos e varas telescópicas que permitem destruir ninhos até uma altura de 15 metros.

Quando a capacidade das varas telescópicas se esgotada, a autarquia da Trofa recorre à colaboração dos Bombeiros Voluntários locais e ao seu veículo escada.

A 13 de Outubro, em entrevista à Lusa aquando da eliminação de um ninho de vespas asiáticas no centro do Porto, o presidente da Associação de Apicultores do Norte de Portugal referiu que o aparecimento frequente de ninhos de vespas asiáticas já levou os responsáveis da área a apelarem à investigação científica deste fenómeno que, acreditam, pode ter consequências negativas no ecossistema.

Esta espécie predadora de vespa foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir no final do seguinte.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

PDR2020: um ano depois



 29 Dezembro 2015, terça-feira  Política AgrícolaAgricultura
pdr2020
Em novembro de 2015, a Autoridade de Gestão do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), celebrou o seu primeiro ano de vida.
«Em apenas 12 meses, atingimos resultados notáveis: conseguimos executar o PRODER a 100% no final do primeiro semestre de 2015 e simultaneamente, implementar, operacionalizar e iniciar a análise de candidaturas PDR2020. No início de novembro de 2015, temos 60% do novo programa operacionalizado», considerava Patrícia Cotrim, gestora do PDR2020, em artigo publicado na página do programa.
No mesmo artigo, a responsável refere que «iniciámos a operacionalização do PDR2020 em novembro de 2014, antes mesmo da sua aprovação pela Comissão Europeia em dezembro de 2014, e já disponibilizámos ao setor as medidas com maior impacto, nomeadamente, o apoio ao investimento na agricultura e na transformação e comercialização de produtos agrícolas, o apoio à instalação de jovens agricultores (fomos o primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a disponibilizar a medida de apoio aos jovens agricultores), as medidas agroambientais, as medidas de apoio às zonas desfavorecidas, as medidas florestais e abordagem LEADER, com o reconhecimento dos Grupos de Ação Local (GAL)».
A estimativa é que o PDR2020 «atingirá uma execução de 15% até ao final do ano», salientava Patrícia Cotrim, acrescentando que «é inédito em Portugal encerrar um programa a 100% (PRODER) no primeiro ano de um novo programa, executando simultaneamente mais 15% deste».
«O regime de transição entre períodos de financiamento, negociado pelo Governo português com a Comissão Europeia, foi essencial para que não houvesse hiatos de investimento e, consequentemente, para que o excelente ritmo de investimentos a que temos vindo a assistir nos últimos anos, por parte do sector agroalimentar e florestal, não abrandasse», lê-se no artigo.
Patrícia Cotrim realçava que, início de novembo, o PDR2020 contava já «com uma taxa de execução de 9%, com mais de 337 milhões de euros de despesa pública pagos aos agricultores. Este desempenho é facilmente constatado nos dados de execução que apresentamos no rodapé desta página, preparada para que possa acompanhar periodicamente e de forma clara e transparente, o percurso do PDR2020».
Mas o balanço do PDR2020 «não se faz somente em números. Faz-se, acima de tudo, de pessoas. Quem investe, quem produz, quem demonstrou resiliência, mantendo e aumentando o esforço de investimento na agricultura. Estão já 4.500 milhões de euros de investimento/custo candidatados, dos quais 2.000 milhões de euros estão aprovados», afirmava a gestora do PDR.
E concluía, dizendo que 2015 «foi um ano de enormes desafios, muito trabalho, e expressivos resultados que constituem para nós um acréscimo de responsabilidade e um estímulo para continuar a trabalhar para a concretização dos objetivos do programa, contribuindo para que o tecido empresarial agrícola ganhe sustentabilidade, competitividade, dinamismo e atratividade, e a agricultura portuguesa se robusteça com mecanismos sólidos e permanentes que lhe permitam fazer face a um mercado global cada vez mais exigente».
Recorde-se que já no início de dezembro de 2015, Patrícia Cotrim informou que o PDR2020, comparando com outros, estava com um ritmo elevado de operacionalização.
Na altura, a responsável revelou que 60% do programa estava operacionalizado. 

Califórnia: mais de 50 milhões de árvores ameaçadas pela seca



 29 Dezembro 2015, terça-feira  Agroflorestal
Um estudo publicado esta semana indica que até 58 milhões de árvores de grande porte na Califórnia, EUA, estão sob ameaça devido à seca que atinge o estado norte-americano desde 2011.
Mesmo que o fenómeno climático El Niño provoque mais precipitação, as florestas da Califórnia podem sofrer uma mudança irreversível.
Além da falta de água, as elevadas temperaturas e um inseto destrutivo também aumentam o risco, refere o estudo publicado na Proceedings da Academia Nacional de Ciências.
Fonte: Lusa 

Pão aumenta em 2016



 28 Dezembro 2015, segunda-feira

Depois de aumentos moderados, os preços vão subir mais em 2016.
A conta não é certa e depende sempre do local e tipo de produto, mas tendo em conta as expectativas dos empresários da panificação, no próximo ano cada carcaça deverá custar mais cerca de meio cêntimo.
José Francisco Silva, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), avançou que o preço do pão terá «pequenos ajustamentos de dois a três por cento em 2016».
As empresas do setor fazem esta atualização tendo em conta os custos agravados da energia e a acualização do salário mínimo para os 530 euros já a partir de janeiro.
«O pão é talvez, dentro do cabaz dos portugueses, o produto mais barato», sublinhou o responsável.
O ano foi difícil para os produtores do leite e para a indústria dos laticínios e 2016 não deverá ser muito diferente.
O embargo da Rússia aos produtos europeus, leite incluído, e a quebra de procura por parte da China provocaram uma descida do preço pago aos produtores, num cenário de aumento de produção.
Nas prateleiras dos supermercados o preço do leite também caiu e está «mais barato do que um café», nota Paulo Costa Leite, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios.
«Tendo em conta os últimos dados estatísticos e da produção do leite, não há condições objetivas hoje para prever que os preços do leite e dos produtos lácteos possam ter um incremento. No queijo estamos a falar de preços de há 20 anos…», lamenta Paulo Costa Leite, lembrando que além do aumento da produção e da dificuldade em vender na Rússia ou China, há uma quebra generalizada no consumo destes produtos, sobretudo, de leite.
A descida do IVA na restauração de 23 para 13% está nos planos do governo socialista mas o setor já veio avisar que isso não será sinónimo de redução de preços.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal garante que, nos últimos anos, os empresários não aumentaram os preços e assumiram o agravamento do imposto.
O relatório do grupo de trabalho criado pelo Governo de Passos Coelho para estudar a fiscalidade no setor referia em 2013 que o aumento do IVA foi repercutido «parcialmente» nos preços, que, em 2012, aumentaram em média cinco por cento. Neste cenário, diz o documento, as empresas estiveram sob «uma pressão adicional, em paralelo com a contração verificada no consumo».
A esperada folga que será permitida pela redução do IVA será usada, por exemplo, na contratação de mais trabalhadores.
A fatura mensal das famílias portuguesas que ainda estão no mercado regulado de eletricidade vai subir em média 1,18 euros a partir de janeiro.
Fonte: Público

Cultura do Tomate em destaque na AGROTEC nº 17



 29 Dezembro 2015, terça-feira  Agricultura

AGROTEC 17
Sofisticação na Cultura do Tomate

A AGROTEC nº 17 abre da melhor forma: com uma reportagem à UTAD, uma instituição de referência no Ensino Superior português, e que cada vez mais se distingue no desenvolvimento e inovação nas Ciências Agrárias. Porém, a capa vai para a cultura do Tomate. As estratégias sustentáveis no combate à tuta absoluta é um dos destaques, mas não o único: também está presente a Italagro (Grupo HIT), empresa da Castanheira do Ribatejo, freguesia de Vila Franca de Xira, e um dos maiores transformadores de tomate em Portugal.
Ainda dentro da hortofruticultura, destaque também para os artigos "Cultivar Espargos em Portugal", Porta-Enxertos na Pereira, "Fruteiras Nativas de Moçambique" e para o FreshnessLab - unidade especializada na criação e transferência de conhecimento para as cadeias de valor de frutas e hortaliças do Instituto Superior de Agronomia – através da entrevista ao seu Coordenador, Domingos Almeida.
Nos Cuidados Veterinários, a "Biografia do Bem-Estar Animal", de George Stilwell, está em evidência. A Zootecnia, Nutrição Vegetal, Viticultura, Maquinaria Agrícola e Agronegócio são as restantes secções que compõem esta edição da AGROTEC.

Pequenos Frutos nº 13
Morangos Propagados em Vaso

Na Pequenos Frutos, o morango é um dos frutos em evidência: "Morangos Propagados em Vaso", "Conservação de Morangos com Utilização de Óleos Essenciais" e uma entrevista a dois irmãos jovens agricultores, que se lançaram recentemente no mercado, com a produção de morango (e mirtilo). Ainda nas entrevistas, está presente o kiwi arguta (baby kiwi), com a entrevista aos mais antigos produtores deste fruto em Portugal.
"Drosophila Suzukii em Portugal: importância e perspetivas de controlo em pequenos frutos" e "Novos desafios em mirtilo" são outros temas em foco na Pequenos Frutos nº 13, para além do já habitual B.I.

Agrobótica nº 6
Vinhos que Pensam: gestão nutricional da vinha

Nesta edição da Agrobótica, destaque para a terceira e última parte do fantástico projeto "Vinhos que Pensam", nesta última parte abordando a Gestão Nutricional da Vinha através de sensores multiespectrais ativos.
Neste número, a entrevista recai na Barloworld STET e Caterpillar, duas marcas de referência mundial no setor Agroflorestal. "Sistemas de Monitorização", Fertirrega e automação de um sistema de irrigação agrícola, ou os prémios AgriTechnica, são alguns dos destaques.
Para fazer a assinatura anual da AGROTEC ou renovar a assinatura, clique aqui.

Esta edição estará à venda, em banca, por todo o país. Para mais informações acerca dos pontos de venda mais próximos da sua área de residência, envie um email para redacao@agrotec.pt.

Parlamento Europeu defende cultivo seletivo de plantas



 28 Dezembro 2015, segunda-feira

Os produtos obtidos a partir de processos essencialmente biológicos, como plantas e sementes, devem ser excluídos da patenteabilidade, defendeu na semana passada o Parlamento Europeu (PE), manifestando a sua preocupação com uma decisão do Instituto Europeu de Patentes (IEP) que prevê a possibilidade de patentear características vegetais.
Os eurodeputados alertam que esta decisão pode ter efeitos nocivos para a produção global de alimentos e para a segurança alimentar, pedindo por isso à Comissão que clarifique urgentemente as regras europeias aplicáveis e que comunique essa clarificação ao IEP.
«A decisão do IEP compromete a capacidade de inovação do setor de cultivo seletivo para desenvolver novas variedades e constitui uma ameaça para a produção global de alimentos e para a segurança alimentar. Tal terá um impacto negativo na competitividade europeia e pode conduzir ao surgimento de monopólios no mercado alimentar, ao diminuir a diversidade dos produtos oferecidos aos consumidores», alertam as comissões parlamentares da Agricultura e dos Assuntos Jurídicos.
Numa resolução aprovada em plenário, o Parlamento Europeu recorda que o cultivo seletivo de plantas «é um processo inovador praticado por agricultores e comunidades agrícolas desde os primórdios da agricultura, sendo as variedades não protegidas por patente e os métodos de reprodução importantes para a diversidade genética. O cruzamento é um dos processos essencialmente biológicos utilizados pelos agricultores».
«O acesso ao material vegetal biológico abrangendo caraterísticas vegetais é absolutamente necessário para estimular a inovação e o desenvolvimento de novas variedades, a fim de garantir a segurança alimentar a nível mundial, combater as alterações climáticas e evitar o surgimento de monopólios no setor da criação, e, ao mesmo tempo, proporcionar mais oportunidades às PME», reitera a resolução, aprovada por 413 votos a favor, 86 contra e 28 abstenções.

O PE defende que os produtos obtidos a partir de processos essencialmente biológicos, tais como plantas, sementes, características autóctones e genes, devem, por isso, ser excluídos da patenteabilidade.

Os eurodeputados apelam à Comissão que clarifique urgentemente as regras europeias em vigor, especialmente a diretiva relativa à proteção jurídica das invenções biotecnológicas, e que comunique essa clarificação ao IEP, para assegurar a clareza jurídica sobre a proibição da patenteabilidade dos produtos obtidos a partir de processos essencialmente biológicos.
O Parlamento Europeu quer também que a UE e os Estados-membros garantam o acesso e a utilização do material obtido a partir de processos essencialmente biológicos de melhoramento vegetal.

Recorde-se que uma decisão de 25 de março de 2015 da Grande Câmara de Recurso do IEP nos processos G2/12 (sobre o tomate) e G2/13 (sobre os brócolos) prevê a possibilidade de patentear características vegetais, incluindo quando estas sejam desenvolvidas ou possam ser obtidas através de técnicas de reprodução essencialmente biológicas.
Esta decisão implica uma interpretação restritiva da Convenção sobre a Patente Europeia, permitindo amplas possibilidades para a concessão de patentes relativas a variedades vegetais, o que contraria diretamente a exceção de obtentor, dizem os eurodeputados.
Uma clarificação da diretiva relativa à proteção jurídica das invenções biotecnológicas terá um efeito imediato na prática do IEP. 

Agricultor deixa morrer à fome mais de 100 animais

DELFIM MACHADO | Hoje às 01:08

Uma exploração agropecuária com cerca de 100 bois, vacas e vitelos está a preocupar a população de Serzedelo, na Póvoa de Lanhoso, devido ao problema de saúde pública e atrocidades cometidas sobre os animais, que estão a morrer à fome.
 

O dono do gado é José Vieira, que diz estar a ser perseguido pelo Ministério da Agricultura e garante que não tem dinheiro para alimentar os bichos.

Uma visita à exploração permite perceber que as pastagens estão sem alimento, não há feno ou serragem, os animais têm os ossos à mostra e o cheiro apenas é suportável de máscara, em algumas zonas. Na semana passada, José Vieira ainda tinha na garagem os ossos de dois vitelos de dois e sete meses. Ambos morreram à fome. "Ou o Ministério me dá uma ajuda urgente ou então vão acabar por morrer todos", explica o próprio, enquanto abre o celeiro onde uma vaca deitada já só mexe os olhos. "Já não dura dois dias, vai morrer porque não comeu", admite o dono.

Suinicultores protestam junto a supermercados do Grande Porto


27/12/2015, 15:18

Dezenas de suinicultores concentram-se hoje junto a grandes superfícies, no Porto, para chamar a atenção dos consumidores para o baixo preço pago aos produtores e a falta de rotulagem na carne.

Dezenas de suinicultores concentram-se hoje à tarde junto a grandes superfícies do Grande Porto para chamar a atenção dos consumidores para o baixo preço pago aos produtores e a falta de rotulagem na carne.

Os produtores de suínos — do Norte, Centro e Sul do país — vão juntar-se pelas 15:00 (hora de Lisboa) na área de serviço de Antuã (na Autoestrada 1 — A1), onde vão decidir os hipermercados que irão 'visitar'.

"Nesta ação, um dos objetivos é dar informação [à opinião pública] e alertar para a prática de terrorismo comercial que tem vindo acontecer por parte da grande distribuição relativamente aos produtores" de carne de suíno, disse João Correia, um dos promotores da iniciativa, à Lusa.

A ação de hoje no Norte do país – que se segue a outras que têm acontecido desde o início do mês — tem na origem o baixo preço pago pela grande distribuição aos produtores, que se queixam de os custos de produção ascenderem atualmente a 1,50 euros por quilo de carne enquanto esse mesmo quilo é vendido a um euro nos hipermercados.

Além disso, os produtores falam do incumprimento da lei da rotulagem, que entrou em vigor em abril, para identificar a carne de porco.

"Pela lei, tem de vir identificado 'criado em', 'abatido em' e 'desmanchado em' e muitos não o fazem", disse João Correia, acrescentando que há queixas na ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica mas sem qualquer efeito.

"Desde que a 05 de dezembro começamos estas ações, o grupo Auchan e Lidl já cumprem a rotulagem. O Continente começou na semana passada a fazer alguma coisa, o Pingo Doce nada", referiu.

Os produtores de suínos dizem que a crise que afeta o setor é de tal forma dramática que há o risco de fechar 40% da produção nacional dentro de dois meses, colocando em causa 200 mil postos de trabalho diretos.

Estão registados em Portugal cerca de quatro mil suinicultores industriais, havendo no total quase 14 mil explorações.

Portugal produz cerca de 55% da carne de porco que consome.

Novos apoios de Bruxelas para produtores açorianos entram em vigor

28/12/2015, 16:05

A Secretaria Regional da Agricultura dos Açores publicou a portaria que estabelece a aplicação das medidas a favor das produções animais e vegetais na região ao abrigo da nova legislação do programa POSEI.

A Secretaria Regional da Agricultura dos Açores publicou, no Jornal Oficial, a portaria que estabelece a aplicação das medidas a favor das produções animais e vegetais na região ao abrigo da nova legislação do programa POSEI.

As novas dotações do POSEI, programa específico de apoio às regiões ultraperiféricas (RUP) como os Açores, que visa fazer face, entre outras medidas, aos condicionalismos da produção nas ilhas, foram aprovadas pela Comissão Europeia este mês, na sequência da alteração apresentada pelo Governo dos Açores, em setembro.

O programa contempla prémios às produções animais, à vaca aleitante, ao abate de bovinos, aos produtores de ovinos e caprinos e à vaca leiteira, bem como medidas para produções vegetais, de culturas arvenses e tradicionais.

De acordo com a portaria do executivo açoriano, está prevista ainda ajuda à manutenção da vinha orientada para a produção de vinhos com denominação de origem e com indicação geográfica, bem como para os produtores de ananás, de produtos hortofrutícolas, flores de corte, plantas ornamentais, tabaco e banana.

No caso específico da lavoura, o montante do prémio à vaca aleitante é de 300 euros por animal elegível, enquanto os bovinos abatidos com mais de 30 dias e menos de oito meses geram um apoio de 75 euros. Os bovinos abatidos a partir dos oito meses de idade geram 105 euros.

É ainda atribuído, ao abrigo da portaria, um suplemento ao prémio no montante de 180 euros para os bovinos machos abatidos com idade igual ou superior a 7 meses e inferior a 12.

Os bovinos que sejam certificados no matadouro como carne dos Açores – Indicação Geográfica Protegida (IGP) ou Modo de Produção Biológico recebem, para além dos montantes previstos nos números anteriores, um suplemento de 40 euros por animal.

Ainda ao abrigo da nova versão do POSEI, o montante do prémio base é de 190 euros por vaca leiteira, enquanto a ajuda ao escoamento de jovens bovinos dos Açores estabelece um montante base de 40 euros por animal expedido.

Em relação ao prémio aos produtores de ovinos e caprinos, os montantes do prémio são de 40 euros por ovelha de carne, 35 euros por ovelha de leite e 35 euros por cabra, de acordo com o Jornal Oficial.

De acordo com a portaria, o montante de apoio para a manutenção de vinha é fixado em 1.400 euros por hectare de superfície elegível para a produção de vinhos com denominação de origem e em 1.050 euros por hectare de superfície elegível para a produção de vinhos com indicação geográfica.

Os produtores de ananás dos Açores beneficiarão do montante da ajuda de 6,53 euros por metro quadrado de superfície elegível em produção sob área coberta.

O Governo dos Açores, através do seu gabinete de imprensa, destaca nesta nova versão do POSEI a alteração do valor unitário do prémio à vaca leiteira, que passa a ser de 190 euros por vaca em todas as ilhas dos Açores, referindo que esta medida vai beneficiar mais de 80% dos produtores de leite do arquipélago.

De acordo com o executivo açoriano, pretende-se minimizar as dificuldades com que se confronta atualmente o setor do leite, derivadas do cenário internacional.

IFAP: PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE CANDIDATURAS AO REGIME DE APOIO À REESTRUTURAÇÃO E RECONVERSÃO DA VINHA (VITIS), CAMPANHA 2016-2017




Informa-se que a data limite para receção de candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão da Vinha (VITIS) foi prorrogada até ao dia 8 de janeiro de 2016, devendo as mesmas ser submetidas online na Área Reservada do Portal do IFAP, em O Meu Processo > Candidaturas > VITIS > Entregar/Alterar/Consultar.

Os viticultores que pretendam candidatar-se devem, desde já, proceder à sua inscrição como beneficiários IFAP, para obtenção de NIFAP, ou à atualização dos seus dados (como indicação do NIB e/ou endereço eletrónico) e à inscrição ou atualização dos dados da sua exploração no Sistema de Identificação Parcelar (SIP) do IFAP.

Para mais informações poderá consultar a Portaria n.º 357/2013 e o Aviso de Prorrogação do Prazo.

domingo, 27 de dezembro de 2015

IFAP: QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DA APP IFAP MOBILE


A App IFAP Mobile é um dos canais de comunicação mais recentes do IFAP, que aposta na relação entre o Instituto e os seus beneficiários.

O IFAP tem vindo a trabalhar no sentido da informação disponibilizada por esta via seja feita de uma forma acessível e útil para todos. No entanto, este esforço de melhoria contínua é ineficaz se os resultados das suas ações não puderem ser avaliados, nomeadamente através do feedback dos seus utilizadores.

Assim, com o objetivo de avaliar o nível de satisfação dos utilizadores da App IFAP Mobile e a qualidade da informação prestada, vimos solicitar a sua participação no nosso questionário de satisfação, que estará disponível para resposta online até 22 de janeiro de 2016.

Colabore connosco, preenchendo o Questionário de Satisfação da App IFAP Mobile: http://www.esurveyspro.com/Survey.aspx?id=293d5173-03a2-4baf-88c3-0cc194105599

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