terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Ministro da Agricultura defende que prejuízos dos suinicultores devem ser «suavizados

  04-01-2016 
 
 
O ministro da Agricultura reconheceu que os produtores nacionais de carne de porco estão a ser pagos a um preço inferior à média de referência e assinalou que é importante «suavizar o prejuízo» dos suinicultores.
 
«Temos uma pressão da oferta que tem vindo a pressionar os preços em baixa o que torna a vida muito difícil para os produtores», afirmou Capoulas Santos à saída de uma reunião, em Lisboa, que visou «aprofundar e fomentar o diálogo» entre as diversas partes envolvidas na cadeia de valor: produção, indústria e distribuição.
 
O mais importante no imediato, destacou o ministro, «é procurar que os preços permitam suavizar os prejuízos dos produtores», sendo necessário também «encontrar soluções de futuro com a abertura de novos mercados».
 
Uma das reivindicações da produção é precisamente que a carne seja adquirida de acordo com os preços de referência praticados na bolsa do porco para a Península Ibérica, a bolsa de Lérida.
 
«Os preços pagos aos produtores portugueses estão um pouco abaixo desse valor e é importante que esse nível de preços seja conseguido», admitiu o governante. O preço médio praticado na bolsa de Lérida anda na ordem dos 1,25 euros, mas em Portugal os produtores estão a receber apenas 1,05 euros por quilo de carne de porco.
 
Capoulas Santos considerou, no entanto, «que há uma grande vontade para encontrar soluções», mostrando confiança nas negociações bilaterais entre distribuição e indústria, que deverão continuar após a reunião desta segnda-feira.
 
O ministro relembrou ainda que o problema, que está a penalizar não só os produtores nacionais como também os europeus, em geral, tem a ver com o excesso de oferta, já que parte da produção que era canalizada para o exterior deixou de o ser, devido nomeadamente ao embargo russo e à crise económica em países como Angola ou a Venezuela.
 
Sobre os problemas de rotulagem que têm sido denunciados pelos produtores e que motivaram a intervenção das autoridades em algumas grandes superfícies, Capoulas Santos adiantou que «houve consenso» entre os agentes económicos que participaram na reunião de hoje, no sentido de dar mais visibilidade à identificação da origem da carne, «designadamente através da aposição da bandeira nacional» na carne embalada ou cortada em fresco.
 
Fonte: Lusa

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