segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Empresa quer Pistácio no Alentejo para "combater desertificação e criar riqueza"



 29 Janeiro 2016, sexta-feira 

A Fruystach, um novo projeto empresarial para a comercialização do pistácio, está a promover a implementação da cultura deste fruto no interior do Alentejo.

No mês de fevereiro, a Fruystach irá organizar sessões de divulgação deste negócio no Alentejo profundo. Os concelhos de Moura, dia 8, e de Barrancos, dia 9, foram escolhidos para começar a divulgar um investimento que "pretende travar a desertificação do interior do país, dinamizar a economia local e regional, e criar riqueza e emprego", adianta a empresa.
A ideia é privilegiar as zonas do interior de Portugal, mais deprimidas e onde o clima é mais adequado à cultura do pistácio (frio no Inverno e muito quente no Verão), para produzir e exportar este fruto, contribuindo para gerar mais riqueza na região. A Espaço Visual, empresa por trás do projeto Fruytstach, "é uma empresa que já potenciou outros negócios no país na área agrícola dos pequenos frutos – mirtilo, morango, framboesa, amora e kiwi -, e que aposta agora em toda faixa interior de Portugal, desde Bragança a Beja, para promover a produção em larga escala de pistácio".
José Martino, CEO da Espaço Visual, quer arrancar já com as primeiras plantações, com a perspetiva de chegar, em dois anos, "a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistente em Portugal".
Para este empresário, "trata-se de um negócio altamente rentável, que implica um baixo investimento e baixos custos de produção". Para o efeito foi constituída a primeira organização de produtores de pistácio, em Portugal, que, além da comercialização e distribuição, dará assistência técnica aos associados.
José Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União Europeia, onde "a procura supera em muito a oferta". Na perspetiva do CEO da Espaço Visual, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será necessário plantar mais 120 mil hectares.
Os frutos secos estão na moda, pelos benefícios para a saúde, pelo que José Martino defende que o pistácio é uma oportunidade única para dar dinâmica económica a regiões deprimidas.
Nas contas deste especialista, o pistácio pode gerar, em plena produção, um rendimento superior a 10 mil euros por hectare. Para José Martino, não há muitas atividades na agricultura que se aproximem desta cultura em regadio.

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