segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

OE2016: É «inaceitável» o aumento do IVA em serviços da agricultura, diz CAP



O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) mostrou-se dececionado com o aumento de impostos previstos na proposta de Orçamento do Estado e considera «inaceitável» o aumento do IVA de 6% para 23% em serviços da agricultura.


   
"Obviamente que estou dececionado em relação ao aumento de impostos e parece-me que não era o caminho desejável nem o desejado", disse João Machado à Lusa, comentando a proposta de Orçamento do Estado para 2016, hoje entregue na Assembleia da República.
João Machado sublinhou, contudo, que "ainda está a decifrar" o documento e remeteu para segunda-feira um comentário mais aprofundado sobre o assunto, já que ainda falta saber e analisar a parte que mais interessa à CAP e que "é o Orçamento do Ministério da Agricultura".
"Francamente ainda não sei qual é a totalidade do aumento de impostos, ainda estamos a ver qual é o conjunto dos aumentos de impostos que há. Mas já vi que no IVA há vários serviços da agricultura que aumentam de 6% para 23%, o que é inaceitável, tenho de escalpelizar a questão do IVA em detalhe", sublinhou.
João Machado reforçou que "há um aumento muito significativo de impostos e que vai ser penalizador para a economia portuguesa" e disse que é necessário perceber se vai haver financiamento para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e para o investimento.
A despesa do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural atinge, em 2016, os 949 milhões de euros, menos 77,5 milhões de euros do que em 2015, refletindo o decréscimo dos projetos em curso no Alqueva.
A proposta do OE2016 hoje entregue na Assembleia da República aponta para uma diminuição de 7,5% da despesa total consolidada face à execução provisória de 2015, justificada essencialmente com o decréscimo de 56,3% no subsetor das Entidades Públicas Reclassificadas (111 milhões de euros).
Dinheiro Digital com Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário