03.02.2016 às 23h020
TIAGO MIRANDA
A Herdade pretende aumentar a produção para oito milhões de toneladas ao longo dos próximos dois anos. A estratégia da empresa passa ainda pela descoberta de novos mercados e novos parceiros
Lusa
A Herdade Vale da Rosa, que produz uvas sem grainha, vai começar a exportar para o Brasil em julho e pretende aumentar a produção de seis para oito mil toneladas nos próximos dois anos, segundo um responsável da empresa.
Ricardo Costa, o responsável de comunicação da empresa de Ferreira do Alentejo, disse que os constrangimentos burocráticos que inibiam a exportação de uvas para o Brasil foram desbloqueados há cerca de um mês e que a Vale da Rosa já obteve a autorização necessária para a exportação.
"[O Brasil] é o principal importador de pera rocha e estou convencido que pode vir a ser um grande apreciador das uvas Vale da Rosa", afirmou, destacando que o país sul-americano pode "ser uma oportunidade gigante para os produtos portugueses" e que a Vale da Rosa encontrou "os parceiros certos".
O facto de o proprietário do Vale da Rosa ter vivido 22 anos no Brasil e ter também produzido uvas naquele país contribuiu para gerar "alguns conhecimentos" e Ricardo Costa adiantou que já existem três potenciais clientes: a Walmart, a Hortifruti, uma rede de supermercados brasileiros, e a Salute.
"Queremos começar já na campanha de 2016, que vai ter início em junho, e estamos convencidos que em julho podemos começar a exportar", continuou o mesmo responsável, acrescentando que estão "a trabalhar para obter todas as autorizações e certificações necessárias.
A estratégia da empresa passa ainda por um "aumento significativo" da área de produção, que conta atualmente com 250 hectares, e pela descoberta de novos mercados e novos parceiros.
A Herdade Vale da Rosa produz anualmente seis mil toneladas de uvas sem grainha, das quais 35% destinam-se à exportação, com destaque para o mercado europeu (Inglaterra, Bélgica e Holanda), além de China e Angola.
Em 2105 a empresa faturou cerca de 11 milhões de euros e Ricardo Costa mostrou-se convicto de que o crescimento "será uma realidade" quando as vinhas entrarem em plena produção.
"Estamos convencidos que, dentro de dois anos, produziremos oito mil toneladas", adiantou.
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