sexta-feira, 22 de abril de 2016

Governo quer criar 80 cooperativas agrícolas por ano


O objetivo da medida é apoiar os jovens "a criar 80 cooperativas agrícolas ou a promover a criação de emprego em cooperativas já existentes"

O Governo quer criar 80 cooperativas agrícolas por ano para promover o emprego, prevendo abranger 2.750 jovens, segundo o Plano Nacional de Reformas hoje aprovado no Conselho de Ministros.

O objetivo da medida é apoiar os jovens "a criar 80 cooperativas agrícolas ou a promover a criação de emprego líquido em cooperativas já existentes".

O programa, com um custo estimado de 13,9 milhões de euros e financiado através do Portugal 2020, será avaliado pela Comissão Permanente da Concertação Social 18 meses após entrar em vigor.

Cooperativas agrícolas e artesanato para jovens desempregados

Programas para que jovens desempregados criem produtos artesanais ou que promovam cooperativas agrícolas são algumas das medidas previstas no Programa Nacional de Reformas, hoje aprovado em Conselho de Ministros.

O Programa Nacional de Reformas (PNR) apresenta quinze medidas para a requalificação dos portugueses, avaliadas em cerca de seis mil milhões de euros.

A pensar nos jovens que não estão a trabalhar nem a estudar, os NEET ("Not in Education, Employment, or Training"), o PNR apresenta várias medidas, entre as quais conseguir fazer uma "identificação precoce de 55 mil NEET", até 2020.

Além da sinalização destes jovens, o PNR prevê ainda o desenvolvimento de estágios profissionais, o apoio à sua contratação e o incentivo para que voltem a estudar. No total, estas iniciativas destinadas a 625 mil jovens NEET terão um custo de 995 milhões de euros. Sem custos previstos, uma vez que a ideia é potenciar os recursos já existentes, cerca de três mil desempregados poderão participar em um programa relacionado com a produção de produtos artesanais.

Desenvolver a criação de 80 cooperativas agrícolas por jovens desempregados/NEET, em projetos que pretendem envolver 2.780 jovens, são outras das medidas avaliadas em quase 14 milhões de euros, segundo o documento hoje divulgado. Com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) será ainda dada formação a 75 mil pessoas. Segundo o documento hoje divulgado, a formação dada pelo IEFP vai custar ao Estado cerca de seis milhões de euros, e destina-se a desempregados mas também a pessoas em atividade.

Outra medida, menos onerosa, prende-se com o aumento do número de pessoas com competências nas áreas das novas tecnologias: o PNR disponibiliza 55 milhões para formar 20 mil pessoas em competências digitais até 2020.

Sem custos previstos, o executivo tem por objetivo iniciar, dentro de dois meses, uma avaliação dos impactos das políticas ativas de emprego e concentrar num espaço único - que poderá ser físico ou virtual -- de todas as interações de desempregados nos processos de procura ativa de emprego, assim como dos empregadores nos processos de seleção e contratação de novos trabalhadores.

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