sábado, 30 de janeiro de 2016

CAP leva produtores portugueses ao mercado russo


TERÇA, 26 JANEIRO 2016 10:02

A CAP promove a partir do próximo dia 4 de fevereiro, em São Petersburgo, Rússia, no hotel "Grand Hotel Emerald", um evento de promoção dos vinhos portugueses. A agenda do evento inclui uma Master Class e uma Prova de Vinhos das regiões vitivinícolas do Alentejo, Dão, Tejo, Douro, Lisboa, Península de Setúbal e Vinho Verde.

No evento participam 11 produtores nacionais: Adega de Favaios, Casa Santos Lima, Caves Santa Marta, Encostas de Alqueva, Parras Wines, Quinta da Lixa, Quinta da Raza, Quinta das Arcas, Real Companhia Velha, Viniverde e Wine & Soul. Será ainda promovido nesta cidade um jantar vínico, no restaurante '"Palkin", para convidados do mercado russo, nomeadamente importadores, distribuidores e imprensa especializada. A comitiva de empresas segue, depois para a cidade de Moscovo, onde a CAP promove uma participação na 23ª edição da Prodexpo.
 
O ministro português da agricultura, Capoulas Santos, marca presença nesta iniciativa, que se enquadra num projecto de Apoio à Promoção de Vinho em Mercados de Países Terceiros, promovido pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
 
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2012, a Rússia foi o 31º cliente de Portugal, mantendo a posição dos últimos 4 anos, com uma quota de 0,33% do total exportado, e o 20º fornecedor, com uma quota de 0,85% do total das nossas importações. A estrutura das exportações portuguesas para a Rússia é amplamente diversificada. Em 2012, os seis grupos de produtos mais representativos – madeira e cortiça, máquinas e aparelhos, calçado, produtos alimentares, produtos agrícolas, e minerais e minérios – foram responsáveis por 77,7% (72,5% em 2011) da totalidade das exportações portuguesas para o mercado.
 
Os produtos alimentares representaram 7% do total das exportações portuguesas para a Rússia, uma subida de 24% face ao ano anterior. O subgrupo que absorveu a maior fatia das exportações deste agregado foi o dos tomates preparados ou conservados, com 4%. Os produtos agrícolas posicionaram-se na quarta posição nas exportações de Portugal para a Rússia (4,7% do total em 2012). O subgrupo que absorveu a maior fatia das exportações deste agregado foi o das maçãs, peras e marmelos, frescos (1,6%).

Comissão Europeia traça perfil de jovens agricultores portugueses

Jan 29, 2016

Utilizam o modo de produção biológico (30,1%); têm, em média, 34.1 anos; e educação superior (71,2%).  Foi esta a conclusão a que a Direcção-geral de Agricultura da Comissão Europeia chegou em 2015, depois de entrevistar 75 jovens agricultores portugueses.

Sobre as questões que consideram mais problemáticos, a maioria das respostas estava de acordo com as dadas pelos outros jovens agricultores europeus. No entanto, os trabalhos sazonais, a mão-de-obra qualificada, o acesso aos seguros, a cursos e ao crédito são as preocupações mais prementes para os jovens nacionais.

Quando questionados sobre o acesso à informação a maioria referiu uma ampla mistura de fontes, das quais, as feiras, cursos agrícolas e redes sociais. A falta de tempo foi apontada como o principal obstáculo ao acesso à informação, seguida pelas dificuldades de custo e linguagem.

Em relação ao resto da União Europeia, 13,8% dos jovens agricultores dedica-se à agricultura biológica, têm, em média, 29.4 anos e 43,9% possui educação superior. No total, foram entrevistados 2.205 jovens agricultores europeus com menos de 40 anos.


OGM: Investigação alerta para impacto negativo sobre saúde de animais

27/01 11:35 CET 

Uma nova investigação sobre o impacto, a longo prazo, da ingestão de organismos geneticamente modificados (OGM) por animais, alerta, de forma preocupante, para a relação com um aumento do número de doenças desenvolvidas.

Gilles-Eric Séralini, coordenador do estudo, analisou 70 vacas ao longo de cinco anos, alimentadas, a determinada altura, com 40% de milho transgénico.

"As toxinas inseticidas são produzidas por um pouco mais de 15% de milho transgénico no mundo, que chamamos milho BT, como o milho autorizado para cultura em Espanha. Pode ser tóxico a longo prazo e criar problemas nos rins ou glândulas mamárias. Isto só pode ser observado se soubermos exatamente o que estamos a fazer, em que animais e a longo prazo", sublinhou Gilles-Eric Séralini, professor na Universidade de Caen.

A Europabio, Associação Europeia para as Bio-indústrias, considera que as conclusões desta investigação não têm valor científico. A organização assegura que não existe correlação entre as doenças dos animais e a comercialização de produtos que contêm organismos geneticamente modificados, como algumas rações.

Alcobaça recebe seminário sobre projeto de gestão da pera rocha



 29 Janeiro 2016, sexta-feira  

Irá ter lugar a 11 de fevereiro de 2016, pelas 14h00, no auditório da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, o seminário final do projeto "ProDer, GesRocha: Desenvolvimento e um modelo de gestão da cultura da pera rocha".
"Mobilização do solo para a instalação de pomar", "Simulador de carga para apoio à monda de frutos" e "Apresentação do GesRocha e modelo de produção de pera rocha" são os temas em debate.
No final realiza-se um workshop de demonstração são
A participação é gratuita sendo que as inscrições decorrem até 5 de fevereiro. 
VER PROGRAMA

Museu do Queijo vai nascer em Seia

 30 Janeiro 2016, sábado  Agropecuária

A cidade de Seia vai ter um museu dedicado ao queijo, que surge por iniciativa de um empresário local, que pretende contribuir para o aumento da oferta turística da região da Serra da Estrela.

O promotor do projeto, Ricardo Ramos, disse à agência Lusa que o Museu do Queijo de Seia envolve um investimento de cerca de 500 mil euros e deverá abrir este ano.
O museu abordará «diversas áreas» relacionadas com o queijo e com o território da Serra da Estrela, e será um «museu vivo», segundo o responsável.
Ricardo Ramos adiantou que o espaço museológico mostrará aspetos relacionados com o passado, mas também permitirá que os visitantes acompanhem «todo o ciclo relacionado com o queijo» na atualidade.
O novo espaço, que vai ocupar um piso do edifício do 'Mercado do Queijo', situado próximo do Museu do Pão, terá a designação de Museu do Queijo de Seia, mas também abordará outros aspetos da região da Serra da Estrela.
«Podemos encontrar áreas relacionadas com a fauna, com a flora, com a geografia, com as gentes, com a comunidade, com as tradições e, depois, temos como área principal a pastorícia e o queijo Serra da Estrela», adiantou.
Na vertente da pastorícia, disse que serão abordados aspetos como as fardas dos pastores, a transumância, as histórias, as lendas e os lugares.
O museu, com uma área total de 600 metros quadrados, terá uma exposição permanente sobre o queijo e a Serra da Estrela, uma sala para exposições temporárias, uma cozinha beirã e uma queijaria tradicional que estará aberta aos visitantes.
No futuro complexo estarão expostos utensílios relacionados com a produção do queijo e a pastorícia (trajes dos pastores, campainhas usadas pelas ovelhas, 'chavelhas' em madeira que identificavam o rebanho de cada proprietário, etc.).
A título de exemplo, Ricardo Ramos indicou que uma das paredes ficará decorada com os desenhos que eram próprios de cada pastor da região.
O museu também vai ter elementos multimédia que proporcionarão ao visitante um autêntico ambiente serrano.
«Vão existir sons dos pastores a assobiarem para o rebanho, o berrar das ovelhas, os cabritos a irem ao encontro das mães, o cão a ladrar, o chover, o nevar, os pássaros, a fauna, vai haver um contexto serra [da Estrela] a partir do momento em que entramos para o museu. E, a partir desse momento, vamos abordar várias temáticas dentro do museu, para além do queijo», disse à Lusa.
Ricardo Ramos diz que é sua intenção criar um «museu vivo» com possibilidade de as pessoas acompanharem, no terreno, as várias atividades pastoris e associadas ao queijo.
«Valorizar o produto, demonstrar como se faz, as particularidades, a origem, a confeção e as possibilidades de consumo do queijo» são ideias que estão na origem do projeto que vem juntar-se aos museus do Pão e do Brinquedo, que já estão em funcionamento na cidade de Seia. 

Família destruída em acidente com cavalos. Dono pode ser acusado de homicídio



ARQUIVO GLOBAL IMAGENS

Cavalos circulavam na estrada onde seguia Bruno Raimundo (27 anos), que morreu devido ao violento embate. A mãe está em estado crítico

Bruno Raimundo fez 27 anos dia 19 mas a festa de aniversário estava marcada para este sábado. Porém, familiares e amigos acordaram esta sexta-feira com uma trágica notícia, que dava conta da morte de Bruno, forcado dos Académicos de Elvas, na sequência de um choque frontal contra dois cavalos, quando se dirigia para o trabalho, com outras quatro pessoas no carro. A mãe, Aurelina Moriano Raimundo (que ainda luta pela vida, embora em estado muito crítico) e o pai, Jerónimo Raimundo, com ferimentos menos graves. Os animais, que ficaram mortos na estrada, não tinham chip, mas a GNR já identificou o proprietário. Reside em Campo Maior e pode vir a ser acusado de homicídio por negligência.

A GNR não tem dúvidas de que foi a presença dos cavalos na estrada que provocou o acidente ocorrido pelas 04:45, mas a investigação ainda está no terreno para tentar apurar porque é que os equídeos se encontravam na faixa de rodagem e como é que foram ali parar. Fonte policial contactada pelo DN admite que no caso de se provar que a culpa é do proprietário dos animais, poderá ser indiciado pelo crime de homicídio negligente.

Bruno Raimundo, o condutor, e os restantes passageiros, todos de Elvas, seguiam para Campo Maior -dirigiam-se para uma fábrica de borracha onde entrariam ao serviço no turno das 05:00.

A noite ainda estava cerrada e com algum nevoeiro, acabando Bruno por ser surpreendido pelos animais na Estrada Nacional 373, já próximo de Campo Maior, não conseguindo evitar o violento choque frontal. Segundo o comandante dos Bombeiros de Campo Maior, Miguel Carvalho, a viatura ligeira conduzida por Bruno ainda terá "embatido numa placa de sinalização na berma da estrada", mas não chegou a capotar. O comandante diz que os bombeiros encontraram um cenário de "grande violência", tendo havido necessidade de desencarcerar as vítimas

Bruno ainda seria transportado ao hospital de Elvas onde morreu minutos depois, enquanto a mãe, de 47 anos, foi transferida para o hospital de São José, em Lisboa, num helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), tendo sido internada no serviço de neurocríticos. O pai da vítima, de 47 anos, sofreu ferimentos ligeiros e foi transportado para o hospital de Elvas, assim como os outros dois sinistrados. Um de 32 anos, considerado ferido grave também seria transferido para o hospital de São José, e outro de 25, ferido ligeiro ainda em observação.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Criada cooperativa em Sever do Vouga para apoiar produtores de pequenos frutos

Janeiro 27
17:07
2016

Em Sever do Vouga um grupo de produtores de pequenos frutos criou uma cooperativa, de âmbito nacional, com vista a facilitar o escoamento da produção.

Sob a designação de "Bagas de Portugal, CRL", a cooperativa agrícola tem 40 sócios fundadores e além de pretender dar resposta à questão do escoamento do fruto, uma das razões principais que está na origem da cooperativa, esperam ainda encontrar soluções para outras áreas de interesse dos produtores, nomeadamente a conservação, armazenagem, transformação, promoção, produção e exportação dos pequenos frutos e derivados.

A "Bagas de Portugal" reúne produtores de amora, framboesa, physalis, groselha, baga de sabugueiro, medronho, mirtilo, arando-vermelho e goji, entre outros frutos.

A programação da produção e a adaptação desta cooperativa propõe actuar na promoção da concentração da oferta e a colocação no mercado da produção, no desenvolvimento e apoio à investigação, na promoção de práticas de cultivo e técnicas de produção e de gestão dos resíduos respeitadores do ambiente, e na organização de acções de formação.

Paulo Lúcio é o produtor designado para presidir à direcção da "Bagas de Portugal", que procura captar produtores de todo o país como associados, tendo o formulário de adesão disponível na sua página da internet em www.bagasdeportugal.pt.

LUSA

Governo da Madeira quer aumentar produção da anona em 50 por cento

27-01-2016 
 

 
O secretário regional da Agricultura da Madeira, Humberto Vasconcelos, anunciou que o arquipélago quer aumentar o cultivo da anona de sete para 35 hectares nos próximos cinco anos e aumentar em 50 por cento a sua produção.

Aproveitando o regime de incentivos do novo Programa de Desenvolvimento Rural para a Madeira (PRODERAM 2020), o Plano Estratégico para a Produção de Anona, apresentado no Funchal, visa também aumentar a sua exportação para o continente de 60 para 200 toneladas nos próximos 12 anos.

Pretende-se, assim, fazer crescer o rendimento dos agricultores de 18 mil para 20 mil euros/ano por hectare. O aumento da produção em 50 por cento, também nos próximos 12 anos, implica passar das actuais mil toneladas para 1.500.

«Queremos também criar organizações através do agrupamento de produtores para criar organizações que criem escala para, depois, podermos exportar e criar valor ao produto», acrescentou Humberto Vasconcelos.

«É preciso ver que a anona da Madeira tem um período, na altura em que é comercializada, de quase cinco meses de diferença da anona espanhola e isso é importante, porque há aqui um período em que a Espanha não produz anona e nós estamos com essa produção. É bom, porque o valor sobe substancialmente», recordou. Envolvendo algumas centenas de produtores, a anona é principalmente produzida nos concelhos de Santana, Machico e de Santa Cruz.

Fonte: Lusa

INE: Evolução da produção e dos preços na agricultura e pescas

27-01-2016 
  
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística, em 31 de Dezembro, apontam para uma superfície ocupada com cereais de Outono/Inverno próxima do resultado da campanha anterior.

Os trabalhos de preparação do solo e realização de sementeiras ocorreram sem constrangimentos, apresentando as searas, de um modo gera, bom aspecto vegetativa.

A produção de azeitona para azeite deverá fixar-se nas 526 toneladas, 20 por cento acima da observada em 2014. Prevê-se também uma melhoria das características orgalonépticas e de acidez dos azeites face à campanha anterior.

O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em Novembro de 2015 foi de 40.119 toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 11.0 por cento devido ao maior volume de abate em todas as espécies, com maior relevo nos suínos, com mais 9,4 por cento, bovinos, com mais 18,9 por cento e ovinos, com mais 18,6 por cento.

Em relação à produção de leite e produtos lácteos, a recolha de leite de vaca atingiu 144,5 mil toneladas, o que representa um aumento de 0,6 por cento. O volume total de produtos lácteos diminuiu 6,1 por cento, devido ao menos volume de leite para consumo e de nata também para consumo que reduziu igualmente a sua produção em 1,8 por cento, de acordo com o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas, de Janeiro de 2016, do Instituto Nacional de Estatística (INE).  

Anexo: INE - Boletim Mensal de Agricultura e Pescas Janeiro 2016 

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Eurodeputados defendem quota de importação de 70 mil toneladas de azeite da Tunísia sem tarifa

 27-01-2016 
 
A Comissão de Comércio do Parlamento Europeu aprovou a proposta de estabelecer uma quota de importação a taxa zero para o azeite proveniente da Tunísia

De forma a amortizar as queixas do sector olivícola comunitário perante esta medida, os eurodeputados propõem que após um ano seja avaliada a repercussão da mesma no sector da União Europeia, para manter ou alterar.

Esta é uma proposta que a Comissão Europeia apresentou em Setembro, como medida de urgência para ajudar a Tunísia a recuperar da situação critica que atravessa devido aos atentados terroristas. A quota com taxa zero seria de 35 mil toneladas por ano, durante dois anos. Esta seria adicionada à já existente de 56.700 toneladas de importação sem taxa sob o Acordo de Associação entre a União Europeia e a Tunísia.

Fonte: Agrodigital

CE suspende armazenamento privado de carne de porco

27-01-2016 
 

 
Segundo a Comissão Europeia, a situação do mercado da carne de porco e a utilização do regime de ajuda para o armazenamento, aconselha o seu encerramento.

A Comissão prevê apresentar o correspondente regulamento de encerramento ao Comité de Organização Comum de Mercados (OCM) para pronunciar-se sobre o mesmo. Assim, perante o risco da apresentação de um elevado número d solicitudes, decidiu suspender as mesmas a partir desta quarta-feira, dia 27 de Janeiro até quatro de Fevereiro de 2016.

Para além disso, a Comissão acordou rejeitar os pedidos apresentados a partir de 21 de Janeiro de 2016, já que a sua aprovação teria que ficar decidida durante o período de suspensão, segundo o Regulamento nº2016/85.

Desde a abertura do armazenamento privado e até 20 de Janeiro forma solicitadas 89.841 toneladas no conjunto da União Europeia. A Alemanha está na cabeça da lista, com 26.137 toneladas; seguida pela Espanha com 19.3030, Dinamarca com 11.676, Holanda com 10.779, Polónia com 5.928, Itália com 5.758, França com 2.344, Irlanda com 1.392, Áustria com 1.180, Bélgica com 1.095 e Roménia com 1.000 toneladas.

Em relação ao tempo de duração, a opção de três meses é a mais solicitada com 67 por cento do total, seguida da de cinco meses, com 25 por cento.

Fonte: Agrodigital

Primeiro-ministro participa na assinatura de contratos de desenvolvimento local

27-01-2016 

 
O primeiro-ministro e dois dos seus ministros deslocam-se a Ponte de Sor para participar na assinatura de 54 projectos de desenvolvimento local que correspondem a um financiamento de 242,2 milhões de euros pelos programas operacionais.

António Costa vai participar, juntamente com os ministros do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, na sessão de assinatura dos contratos de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) com os Grupos de Acção Local.

Durante a sessão, que contará também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, vão ser assinados simbolicamente dois contratos, um relativo ao projecto MONTE - Desenvolvimento Alentejo Central, que conta com um financiamento de 9,2 milhões de euros, o outro relativo ao projeto ADRAT - Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega, com um financiamento de 5,8 milhões de euros.

Os restantes 52 contratos serão previamente assinados entre as autoridades de gestão dos programas operacionais financiadores e os Grupos de Acção Local, numa sessão que contará com a presença dos secretários de Estado do Desenvolvimento e Coesão e do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

O Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) é um programa para a utilização dos fundos do Portugal 2020 em projectos locais, de natureza comunitária, envolvendo entidades públicas e privadas, com o objectivo de dar respostas aos problemas de pobreza e exclusão social em territórios desfavorecidos, economicamente fragilizados ou de baixa densidade populacional e localizados em áreas rurais urbanas ou costeiras. A diversificação e revitalização da economia local e a criação de emprego são outros dos objectivos do programa.

A sua operacionalização passa pela constituição de grupos de acção local (GAL) e pela identificação de estratégias de desenvolvimento local (EDL) que permitam a contratualização de projectos concretos. No Portugal 2020 está prevista a disponibilização de 439 milhões de euros de fundos europeus para apoio aos DLBC.

Entretanto, foram já aprovados 92 GAL com um apoio contratado de 310 milhões de euros de fundos, valor distribuído por projectos relacionados com pequenos investimentos em explorações agrícolas, diversificação de actividades de exploração agrícola, promoção de produtos locais, renovação de aldeias locais e pequenos mercados locais.~

Fonte: Lusa

Portugal já não é rei das vendas a Angola com a China a liderar

26-01-2016 
 
As compras de Angola a Portugal caíram para metade entre Julho e Setembro, face a 2014, com a China a subir ao lugar de primeira origem das importações angolanas, enquanto a França foi quem mais adquiriu petróleo angolano.

Segundo a análise do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola ao comércio externo no terceiro trimestre de 2015, consultado hoje pela agência Lusa, Portugal foi ultrapassado pela China no primeiro lugar nas importações angolanas, com um valor global de 89.819 milhões de kwanzas (446 milhões de euros).

Trata-se de uma quebra de 38,8 por cento nas vendas chinesas a Angola, face ao mesmo período de 2014 e um aumento de 56,2 por cento em relação aos três meses anteriores.

Já Portugal vendeu a Angola bens e serviços no valor de 77.792 milhões de kwanzas (463 milhões de euros), um ligeiro aumento (15,7) face ao período entre Abril e Junho, mas uma quebra de 54,6 por cento comparando com as vendas do mesmo período de 2014.

A China tem chegou a uma quota de 18,5 por cento do total das importações angolanas, enquanto Portugal desceu para 16%, seguido dos Estados Unidos da América (9,3%), que vendeu neste trimestre, a Angola, 45.278 milhões de kwanzas (269 milhões de euros).

No sentido inverso, Portugal comprou 37.302 milhões de kwanzas (222 milhões de euros) de produtos a Angola (petróleo), um aumento homólogo de 1,8 por cento, descendo para o oitavo posto nos destinos das exportações angolanas.

A tabela passou a ser liderada pela França, que se tornou sem qualquer explicação por parte do INE para este resultado, no principal destino do petróleo exportado por Angola, destronando a China.

No terceiro trimestre de 2015, a França comprou 678.458 milhões de kwanzas (quatro mil milhões de euros) a Angola (essencialmente petróleo), um aumento homólogo de 780%, fazendo elevar a uma quota de 40,8 por cento das vendas angolanas.

A China, após vários anos na liderança, figurou no segundo lugar, tendo comprado 414.372 milhões de kwanzas (2,4 mil milhões de euros), sensivelmente metade face às compras um ano antes, passando a ter uma quota de 24,9 por cento.

Igualmente reflectindo essencialmente compras de petróleo, a Índia passou para terceiro lugar das exportações angolanas (quota de 5,2 por cento), tendo comprado 87.115 milhões de kwanzas (519 milhões de euros) entre Julho e Setembro, um aumento de 3,1 por cento no volume total face ao mesmo período de 2014.

Fonte: Diáriodigital, Lusa

Segundo o USDA a agricultura europeia será a mais prejudicada com o TTIP

26-01-2016 
 

 
A União de Uniões de Agricultores e Pecuários, à vista das informações avançadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, reafirma a sua rejeição ao acordo Transatlântico do Comércio e Investimento em processo de negociação entre os Estados Undos e a União Europeia.

A União, após analisar as informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), constata que sem efeitos sensíveis para o Produto Interno Bruto (PIB) das regiões, o aumento dos intercâmbios bilaterais comerciais agrícolas, em grande medida desde os Estados Unidos para a União Europeia (UE), traduzia-se em cortes dos preços agrícolas nos mercados europeus e desigualdades nas reduções das produções.

O USDA avaliou os efeitos que o acordo Transatlântico do Comércio e Investimento (TTIP, sigla em inglês) teria nas exportações agrícolas dos Estados Unidos e na UE em diferentes cenários em função do nível de desmantelamento das barreiras tarifárias.

Tendo em conta a informação, na pior das situações, ou seja, com o menor nível de desmantelamento, os resultados do estudo sugerem que o comércio agrícola bilateral entre os Estados Unidos e a UE irá expandir em cerca de 6.300 milhões de dólares como consequência do TTIP. Esta ampliação corresponderia na sua maior parte aos Estados Unidos, que veria melhoradas as suas exportações agrícolas com destino para a UE em 5.500 milhões de dólares anuais, com um aumento de cerca de 40 por cento. Neste mesmo contexto, a UE colocaria nos mercados norte-americanos cerca de mais 800 milhões de dólares em mercadorias agrícolas, o que representava um aumento de quatro por cento.

Em qualquer dos cenários estudados tendo em função do nível de desmantelamento de barreiras, os benefícios em relação a aumentos das exportações são sempre maiores para os Estados Unidos que para a UE e em proporções consideráveis.

Os sectores da carne de bovino e de porco em vendas dos Estados Unidos para a União Europeia seriam os que mais cresceriam em valor económico. Em sentido contrário e em função destes cenários, os sectores europeus mais beneficiados pelo TTIP em aumentos de exportações para os Estados Unidos, seriam as frutas e hortícolas, queijo e bebidas.

A União de Uniões destaca que, no entanto e em todo o caso, esse eventual beneficio não seria para os agricultores e pecuários, já que a informação revela que na UE este crescimento das relações comerciais agrícolas teria como consequência uma redução generalizada dos preços agrícolas, maior ou menor em função do cenários escolhidos e efeitos distintos sobre a produção. Assim, os preços agrícolas nos mercados dos Estados Unidos não se ressentiam da mesma forma.

Por último, o estudo fornece também as variações do PIB nas duas regiões derivadas da aplicação das regras acordadas no TTIP. Neste caso, o acordo repercutia num aumento do PIB nos Estados Unidos de entre 0,1 e 0,3 por cento e na União Europeia também abaixo dos 0,3 por cento.

A União das Uniões de Agricultores e Pecuários levanta esta questão e insta todos os dirigentes políticos a rejeitarem um acordo que não oferece benefícios significativos para todos os cidadãos da UE e que, apesar de ainda sem conclusões, colocaria em sério risco o modelo de agricultura europeu, para o colocar na mão dos grandes operadores comerciais aos que se proporcionavam maiores instrumentos de especulação na alimentação.

Fonte: Agrodigital

‘Wine bar’ da Casa Ermelinda Freitas abre no Chiado


por Ana Rita Costa- 27 Janeiro, 2016

Abriu esta semana no Chiado, em Lisboa, o restaurante 'Wine not?', uma aposta da Casa Ermelinda Freitas, produtora de vinhos da região de Palmela, que passa a ser a marca oficial do WineBar e da WineShop da empresa.

O espaço contará com um serviço de restaurante e bar que oferece aos visitantes a possibilidade de consumirem a gama de vinhos da Casa Ermelinda Freitas a copo, assim como vários petiscos e tapas.

Numa nota enviada às redações, os responsáveis pelo projeto explicam que "entre as variadas opções gastronómicas, encontram-se as tábuas de queijos e embutidos de porco preto, os croquetes caseiros de novilho e também será possível provar algumas iguarias provenientes da região da Casa Ermelinda Freitas, como os Queijos e as Tortas de Azeitão."

ECPA diz que ciência deve “apoiar inovação”


por Ana Rita Costa- 27 Janeiro, 2016


A ECPA – European Crop Protection Association defendeu esta semana que a ciência deve "apoiar, não prejudicar, a inovação". Num evento sob o mote 'Agricultura Inovadora: Desafios e Soluções para a Produção Alimentar Sustentável e Competitiva', Jean-Charles Bocquet, diretor geral da ECPA, sublinhou que a ciência deve ter um papel mais forte das decisões da União Europeia.

De acordo com a Anipla, Bocquet referiu que "temos que travar a tendência de basear as decisões em termos políticos e voltarmo-nos para a ciência. Isto requer uma chamada de atenção envolvendo agricultores, a cadeia agroalimentar e os formuladores de políticas."

Sobre os desafios que a produção de alimentos enfrenta, o diretor geral da ECPA referiu que existe uma perceção negativa em relação à indústria fitofarmacêutica e diz que "é hora de fechar a lacuna existente entre a perceção pública e a realidade do que fazemos para proteger a saúde, a água, a biodiversidade e os produtos de boa qualidade. E o mais importante, produzir alimentos seguros."

Vincent Gros, vice-presidente sénior da BASF, corroborou esta ideia e diz que "os produtos fitofarmacêuticos são, na verdade, fundamentais para produzir mais e melhor, de forma sustentável."

De acordo com uma nota enviada às redações pela Anipla, as inovações na indústria fitofarmacêutica "desempenham um papel vital na disponibilidade de uma alimentação segura, sustentável e acessível para os 500 milhões de cidadãos. Colocar a ciência e a transferência do conhecimento na base da formulação de políticas na Europa permite verdadeiramente perceber os benefícios da inovação."

Urina de vaca é mais eficaz que pesticidas

   
SOL SOL | 26/01/2016 12:37 937 Visitas   

Urina de vaca é mais eficaz que pesticidas 

Tem efeito inseticida e não coloca em risco a saúde do consumidor

Numa era em que o bio, o ecológico e o natural falam mais alto, pensar em fruta e legumes com pesticidas parece coisa de outros tempos. E desengane-se quem pense que são essenciais para criar um terreno fértil ou, pelo menos, há já quem apresente soluções mais próximas do que é natural. Foi o caso de um grupo de investigadores da Universidade de Vila Real que descobriu que a urina de gado pode ser um dos melhores fertilizantes de solos agrícolas, até porque "é rico em nutrientes e tem um efeito inseticida e fungicida", explicam em comunicado.

Os investigadores vão mais longe e garantem que a utilização deste fertilizante orgânico tem "resultados superiores" aos fertilizantes comerciais, enumerando algumas das vantagens: é rico em nutrientes essenciais às plantas, não revela fitotoxicidade (quando utilizado em dosagens corretas), tem baixo custo de aquisição e efeito rápido, além de ser inseticida e fungicida, constituindo-se assim como uma alternativa aos fitofármacos.

Para o estudo, os investigadores criaram três ensaios em que se testaram oito tratamentos em tabuleiros individuais, um dos quais utilizando apenas água, outro fertilizante químico comercial e nos restantes concentrações distintas de urina de vaca em água. "Estes ensaios, acompanhados ao longo de 27 dias, permitiram concluir que as elevadas concentrações de urina de vaca produzem um efeito inibidor, não permitindo uma boa taxa de germinação da semente. Contudo, a utilização da mesma matéria-prima com baixas concentrações permitiu fertilizar o material vegetal com resultados superiores ao fertilizante comercial", determinou o estudo.

Alterações climáticas: "Um tema da maior importância"


Capoulas Santos

O Ministro Capoulas Santos destacou hoje o papel da agricultura no debate sobre alterações climáticas, considerando que "a agricultura é dos setores mais dependentes do clima, até porque a produção agrícola depende em grande parte deste fator". Por essa razão, "este tipo de iniciativas reveste-se da maior importância, uma vez que traz a informação para o campo de produção, para a atividade económica concreta, ajudando os agricultores e os técnicos a perceber não só o que podem fazer para preparar mecanismos de adaptação a uma nova realidade, mas também o que podem fazer no sentido de minimizar o impacto ambiental da atividade agrícola".
O Ministro chamou a atenção para "o interesse crescente que toda esta questão tem vindo a despertar e a que a Política Agrícola tem vindo a procurar dar resposta no âmbito da PAC, quer através da afetação de 30% dos pagamentos do 1º pilar, quer através da implementação de um vasto conjunto de medidas com impacto ambiental, contidas no 2º pilar da PAC, por via do PDR 2020".

O Ministro manifestou a disponibilidade do Ministério da Agricultura para colaborar com as Organizações de Produtores e apelou à sua mobilização para "um combate que é de todos" e que tem como objetivo a "mitigação das alterações climáticas, dos seus impactos na agricultura e nas condições de vida dos agricultores".

Esta iniciativa da CAP reuniu hoje, em Lisboa, um vasto número de técnicos e dirigentes ligados ao setor agrícola.

Lisboa, 26.01.2016

FONTE: O GABINETE DE IMPRENSA


Agro-ambientais são um «compromisso indiscutível» para o Ministério da Agricultura


Jan 27, 2016

Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, sublinhou que as medidas agro-ambientais já aprovadas por um período de cinco anos constituem um «compromisso indiscutível». As declarações surgiram na sequência «de informação de que haveria intenção do Ministério da Agricultura de não pagar ou reduzir pagamentos para estas medidas», afirmou o ministro.

O seminário sobre "Alterações Climáticas e Agricultura", organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a 26 de Janeiro, foi o palco das afirmações de Capoulas Santos, que aproveitou a presença de vários elementos do sector para esclarecer a questão.

O ministro da Agricultura explicou que estas medidas ultrapassaram a dotação prevista em quase 300 milhões de euros, pelo que existem duas soluções: «ou se encontra mais dinheiro ou se reduzem outras medidas». «A solução que encontrei foi a de uma intenção de aumentar em 200 milhões de euros» a dotação para as medidas agro-ambientais.

Por enquanto, «estou a trabalhar para que as expectativas  que foram criadas aos agricultores, no sentido de que haveria esse acréscimo ao orçamento, sejam respeitadas», declarou Capoulas Santos.

Sobre o elevado número de candidaturas nos investimentos agrícolas,  o ministro da Agricultura esclareceu que, a cada concurso, «os agricultores responsáveis pelos projectos que ficarem de fora serão informados e poderão candidatar-se ao concurso seguinte».

Além disso, o Ministério «está a negociar com a banca uma forma de, quando alguém tem um projecto aprovado, existir a possibilidade da banca avançar com aquele montante dando como garantia a aprovação do projecto. Isto permitir-nos-ia continuar a aprovar em contínuo».

Há uma geologia do vinho? Sim, diz Galopim de Carvalho



GERARDO SANTOS / GLOBAL IMAGENS

Na galeria Tintos e Tintas, em Lisboa, o fim de tarde foi à volta das rochas e da sua influência nos vinhos

A lógica é imbatível: sem rochas não haveria solo, sem solo não poderiam existir vinhas e sem estas, claro, não haveria vinho. Portanto, a culpa é das rochas. Risos na sala. Galopim de Carvalho, com o seu bom humor de sempre, atacou o tema, a geologia do vinho, de sorriso largo no rosto. Foi ontem, ao fim da tarde, na galeria Tintos e Tintas, em Lisboa. Falou-se de tintos, de brancos, de terrenos e de microclimas e de como tudo isto se conjuga às vezes na perfeição absoluta dentro de um copo.

Para o geólogo, professor, e antigo diretor de Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, a geologia é uma espécie de segunda pele. O vinho, confessa, nem tanto. "Não percebo nada de vinhos, lá em casa quem escolhe, e percebe, é a minha mulher". Mas aprecia, isso sim. "Dantes gostava de beber uns brancos fresquinhos, mas era mais pela frescura, hoje bebo sobretudo tinto, até com marisco". Mais risos.

A geologia, então. Há muito que se pode dizer da sua relação com os vinhos. Por exemplo, da variedade das rochas e das subtilezas que os seus diferentes elementos químicos imprimem ao produto final. As rochas são muito variadas e, independentemente de todos os outros fatores em jogo, como o clima, os microclimas, as horas de sol, a proximidade do mar, a altitude da vinha, a humidade ou a falta dela, etc., etc.,um xisto ou um calcário, um terreno arenoso ou um chão de granito definem a natureza do solo e têm uma influência própria em cada tinto, em cada branco, e também nos vinhos generosos a que dão origem.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

GNR faz maior apreensão de tabaco na Europa

27 DE JANEIRO DE 2016

A GNR apreendeu 182 toneladas de folhas de tabaco que permitiriam produzir 364 milhões de cigarros para venda na internet, com fuga aos impostos superior a 30 milhões de euros.

Fábrica de tabaco nos Açores (foto de arquivo)

As folhas de tabaco e tabaco moído foram apreendidas ontem numa operação que envolveu 41 mandados de busca em operadores económicos do Grande Porto, Lisboa, região Centro e Alentejo.

Foram fiscalizados operadores do Porto, Vila Nova de Gaia, Fundão, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Ponte de Sor, por suspeita dos crimes de introdução fraudulenta no consumo de tabaco.

Para além das folhas de tabaco, a GNR apreendeu também 4.800 maços de cigarros sem estampilha fiscal, várias centenas de milhares de tubos (filtros e papel de fumar prontos a serem preenchidos com tabaco) e 611.526 euros em dinheiro.

Outros objetos apreendidos foram três armas ilegais, balanças de precisão, vários acessórios industriais de trituração, documentos e dispositivos informáticos de armazenamento que acompanhavam o desenvolvimento do contrabando de tabaco.

O tenente-coronel Paulo Messias, da GNR, disse à agência Lusa que a apreensão é considerada, até à data, a maior realizada na Europa, constituindo uma fuga ao pagamento de impostos num valor superior a 30 milhões de euros.

Segundo a GNR, 12 pessoas e seis empresas foram constituídas arguidas.

A GNR refere que "a atividade económica paralela e ilícita era desenvolvida por operadores nacionais e espanhóis, que se dedicavam à produção da planta de tabaco e ao seu processamento".

Esta estrutura, que estava dispersa em todo o país, "garantia a introdução no consumo através da venda pela internet e de entregas diretas ao domicílio dos seus clientes a fim de evitar o pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC)".

A operação envolveu a Unidade de Ação Fiscal da GNR e a Autoridade Tributária e Aduaneira, sob a coordenação do Departamento Central de Investigação e Acão Penal (DCIAP).

Participaram na apreensão 114 militares da GNR e 24 inspetores da AT.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Agricultores obrigados a ter formação para usarem pesticidas

José Sérgio
MARTA CERQUEIRA
26/01/2016 08:22

Os agricultores têm até maio para reunir competências para o uso de fitofármacos. As coimas para quem não o fizer podem chegar aos 10 mil euros

A partir de maio, os agricultores sem formação sobre o modo de aplicar produtos fitofarmacêuticos - vulgo pesticidas - vão estar proibidos de os comprar e utilizar em plantações agrícolas.

A lei foi transposta de uma diretiva comunitária de 2013 e devia ter entrado em vigor em novembro, mas o governo suspendeu por seis meses a sua aplicação, dando assim mais tempo aos agricultores. Dados do Ministério da Agricultura enviados ao i, relativos a novembro, dão conta que dos cerca de 240 mil agricultores registados em Portugal, apenas 85 mil estavam habilitados para a aplicação de fitofármacos. Esta foi, aliás, uma das primeiras medidas do novo ministro, Capoulas Santos que, quando assumiu a pasta da Agricultura, anunciou a necessidade de "encontrar uma solução" que permitisse aos agricultores continuar a exercer a sua atividade sem limitações.

Nesse sentido, foi publicado um decreto-lei no dia 30 de dezembro que entrou em vigor no dia seguinte, e que permite que os agricultores possam continuar a adquirir e a aplicar produtos fitofarmacêuticos até maio, desde que estejam inscritos numa ação de formação no Ministério da Agricultura, nas organizações de agricultores ou em entidades privadas. Durante a formação, o agricultor aprende qual o melhor produto a usar para determinada doença, a interpretar os rótulos, a preparar as caldas, qual a melhor forma de eliminar as embalagens vazias e os cuidados a ter para minimizar os danos para o ambiente, explica o Ministério do Ambiente.

Embora a expectativa inicial apontasse para que os cursos fossem totalmente pagos com dinheiro vindo dos quadros comunitários, a verdade é que, segundo o que o ministério confirmou ao i, são os agricultores que têm pago a formação por inteiro, que pode custar entre 10 e 150 euros de acordo com a quantidade de horas da ação. A Confederação de Agricultores Portugueses (CAP), também em declarações ao i, aponta esta regra como explicação para que tantos agricultores tenham adiado o início da formação. "Mas, pelo menos, a formação foi simplificada", admite João Machado, presidente do organismo. Atualmente, os agricultores ficam sujeitos a uma formação ligeira para com ela poderem obter um cartão que lhes permite comprar e utilizar os pesticidas, na condição de nos dois anos seguintes virem a complementar o que aprenderam com mais um módulo de formação.

Apesar de admitir os benefícios de ter agricultores com esta formação extra, o presidente da CAP lamenta que se fale de regras impostas "por quem trabalha num gabinete em Bruxelas, longe da realidade". João Machado acredita que existem países com piores níveis de formação que Portugal, mas salienta que estamos longe de realidades como a de França, o país com maior nível de agricultura profissional.

 

 

Coimas Para garantir que apenas os agricultores com formação apliquem fitofármacos nas plantações, a prática vai ser controlada pelos serviços das direções regionais de Agricultura e Pescas, mas também pela GNR, PSP e ASAE, "dado que se trata de um controlo integrado e que abrange os estabelecimentos de venda destes produtos", explica o ministério.

Para os agricultores que recebem ajudas comunitárias, o controlo vai ser reforçado e, no caso de incumprimento, a redução dos montantes das ajudas é consequência imediata. Para todos os outros, as coimas podem ir de 500 a 10 mil euros, no caso de pessoa singular, e de 750 a 44 500 euros, no caso de pessoa coletiva. Segundo o ministério, a reincidência e a gravidade do incumprimento são fatores essenciais para ver crescer o valor da multa. De acordo com a lei, entre outras contraordenações, dá direito a coima a venda de fitofármacos a menores de idade ou por quem não seja técnico responsável e a aplicação dos mesmos por quem não tem formação ou não cumpra os requisitos de segurança.

Capoulas Santos restringe parte de investimento agrícola a “pequenos produtores”


22 de Janeiro de 2016 por Ana Catarina Monteiro

O ministro da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, falou sobre as medidas do novo Governo para o setor agroalimentar, na Exposição de Produtores Nacionais organizada pelo Intermarché em Santarém, no último dia 20 de janeiro.

Na próxima semana, o Governo vai selecionar os "1 700 projetos agrícolas" a serem financiados em 2016 no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020. Capoulas Santos deu conta de que este ano, o Estado tem que "abrir os cordões à bolsa", contribuindo com uma "participação 15% em cada um dos investimentos, uma vez que o anterior Governo esgotou o número limitado de apoios 100% saídos dos fundos da Comunidade Europeia".

"Em Portugal, cada ajuda pode ir até aos dez milhões de euros. Em Espanha, vai até 500 euros", sublinha o ministro, indicando ainda de que é necessário "reduzir o número de projetos agrícolas beneficiados", de forma a prestar uma ajuda mais eficiente. "Quanto maior for o número de projetos apoiados, menor será a parcela destinada a cada um e menor é a probabilidade de sucesso. Não vale a pena apresentarmos um grande número de novos negócios, se depois não tiverem força para se manterem".

Uma das prioridades defendidas pelo novo executivo passa pela criação de regras que garantam a continuação dos projetos, assim como fomentar o apoio à "pequena agricultura", restringindo "20% do investimento para os pequenos produtores".

Capoulas Santos aplaude o trabalho desenvolvido no seguimento da PARCA (Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar) e diz que vai dar continuidade ao que já foi feito. Entre os seus objetivos está também a manutenção do ritmo de crescimento do setor agroalimentar "dois pontos percentuais acima do da economia geral", dos compromissos de "duplicar as exportações de frutas e legumes" e de "equilibrar a balança comercial agrícola nos próximos cinco anos".visita

Quanto ao Gabinete de Crise criado no final do ano passado para acompanhar os setores do Leite e da Suinicultura, com o objetivo de "aproximar os agentes da fala" e resolver as dificuldades que estes produtores enfrentam, destaca que as "grandes superfícies têm demonstrado abertura". Em reuniões com a Comissão Europeia na semana passada, o responsável anunciou que a comunidade aumentou a Ajuda à Armazenagem Privada em "25%", por períodos que podem "ter a duração de um ano".

A Comissão está ainda a "agir no sentido de abrir os mercados no México e na Colômbia" aos produtores europeus, tentando desta forma contornar o embargo "político e sanitário" russo e requilibrar o mercado europeu. "Estamos a proceder de forma a que os produtos portugueses sejam incluídos nestas aberturas de mercado".

Por fim, o ministro deu conta da sua preocupação com a área florestal e com a "expansão descontrolada" dos eucaliptos. Portugal é o "único país da Europa que perdeu hectares de floresta nos últimos 15 anos". Capoulas Santos defende que se tem que aumentar as espécies, como o "eucalipto ou o pinho", sendo que a plantação do primeiro deve ser "controlada e planeada no sentido de gerar produtividade".

Revogação da liberalização do eucalipto? Sejamos sérios…

FRANCISCO GOMES DA SILVA 26/01/2016 - 01:00

Fico preocupado quando a Floresta é vista (e usada) como uma moeda de troca política. Não lhe faltava mesmo mais nada!


O Governo prepara-se para revogar o Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização, lamentavelmente designada por alguns por "lei da liberalização dos eucaliptos" (Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19 de julho). Isso mesmo se torna evidente em notícias recentes: "Capoulas Santos ultima revogação da liberalização dos eucaliptos" (Jornal de Negócios, 19/01/2016), "Governo trava expansão da área de eucalipto" (Expresso, 22/01/2016). Em resumo, e a fazer fé nas noticias, o vai revogar (não é alterar, nem melhorar) um decreto-lei com cerca de dois anos de vigência, que regulamenta os procedimentos necessários à (re)florestação no nosso país. Fá-lo como cedência política aos Verdes (ao PEV, presumo), sob o pretexto de que a plantação de eucaliptos foi liberalizada o que, presumo, está a ser nefasto para o país.

Será que esta decisão foi tomada após uma análise cuidada dos efeitos da legislação em questão? Foi comparado o ritmo de crescimento da área de eucalipto (e de outras espécies), durante este período, com o ocorrido em "períodos pré-liberalização"? Averiguou-se se este novo regime foi ou não eficaz na não-autorização de determinadas plantações por força do cumprimento da restante legislação sobre a floresta, que este regime, não só mantém, como obriga a verificar? Comparou-se essa capacidade de fazer cumprir a restante lei com a que se verificava no "período pré-liberal"? É de esperar que sim, até porque, graças a este diploma, a informação para tal necessária existe, está disponível e é pública.

Não sei se, no Ministério de Agricultura, essas contas foram feitas. Mas depois do que tenho lido e ouvido, tenho as maiores dúvidas.

Sejamos sérios! O Decreto-lei em questão nunca liberalizou coisa nenhuma. Redefiniu e simplificou procedimentos, desburocratizou, criou rastreabilidade, retirou custos associados à floresta, garantiu a possibilidade de controlo e fiscalização. É graças a ele que podemos saber, hoje como em qualquer momento, qual a área que foi ou não (re)arborizada, com que espécies e em que locais. Em suma, podemos, graças a esta maldita e liberalizadora lei, avaliar em cada momento as dinâmicas principais da nossa floresta, coisa que, até então, não era possível fazer de forma direta, mas apenas por comparação de inventários (de cinco em cinco ou de dez em dez anos).

E o que nos dizem os dados [1] sobre este período de vigência do RJAAR, por comparação com os períodos anteriores [2]? Surpresa: o acréscimo médio de área de eucalipto em 21 meses de aplicação da nova regulamentação (dados disponíveis de outubro 2013 a junho 2015) é a mais reduzida dos últimos 20 anos! O aumento líquido de área de eucalipto (novas áreas expurgadas de áreas que foram rearborizadas com outras espécies) foi, nesta "era da eucaliptização desenfreada", de 2.900 ha/ano (0,31% ao ano), enquanto na "era do pseudo-controlo" esse aumento foi de 6.850 ha/ano (0,92%/ano) entre 1995 e 2005, de 5.200 ha/ano (0,66%/ano) entre 2005-2010 e de 6.300 ha/ano (0,83%/ano) quando olhamos para o período entre 1995 e 2010. A restante área plantada com eucaliptos neste período (9.322 ha) foi substituir povoamentos que já eram de eucalipto, visando a melhoria das suas condições ecológicas e o consequente aumento da sua produtividade.

Dos 5.109,4 hectares de nova área de eucaliptos plantados ao longo desta "era liberal", apenas 841,8 ha foram plantados em áreas que reuniam condições para avançar com base apenas numa comunicação prévia ao ICNF (mas com a obrigação de cumprimento de todos os requisitos legais). Os restantes 4.267,6 ha exigiram autorização expressa dos serviços florestais o que significa que teriam sido plantados mesmo sob a anterior legislação.

Percebem a lógica da liberalização? Quando a lei liberaliza, planta-se menos. Quando a lei proíbe e controla, planta-se mais. Os proprietários florestais portugueses, especialmente os "eucaliptizadores" (oh, raça maldita!), são mesmo do contra.

Se apresento estes dados (que, repito, são públicos) não é para dizer que o Decreto-lei em causa é perfeito. Acho até que seria muito positivo o governo, em vez de pré-anunciar a sua revogação, promover um debate sério sobre ele, para ver o que é possível melhorar. Faço-o apenas para evidenciar que, como sempre defendi, ele nada liberalizou.

E já agora: qual terá sido a área que, graças ao RJAAR, não foi plantada com eucaliptos, por indeferimento dos pedidos de autorização? Esta informação não aparece disponível na página do ICNF, mas foram certamente umas largas centenas de hectares. Atrevo-me a dizer que esses pedidos, agora indeferidos, teriam já avançado à luz da legislação e das práticas anteriores. E quantos processos de contraordenação foram levantados no âmbito da aplicação desta nova regulamentação por incumprimento da legislação florestal? Nada mais, nada menos do que 814 (mais de 1,3 por dia!). Sem o RJAAR, nada se saberia. Sem o RJAAR, tudo se plantaria (como se plantou). Esse sim, foi um período em que a (re)florestação foi regulada por pequenos (às vezes muito grandes) poderes e interesses locais, em que o custo de instalar um povoamento florestal se media em tempo de espera (longos meses) e em euros de taxas a pagar.

Não tenho, nem nunca tive, nenhum interesse particular no eucalipto. Mas custa-me que um titular do governo do meu País, que pessoalmente respeito, se prepare para tomar uma decisão destas com base em sound bytes facilmente desmentíveis pelos factos. Ou então que a tome "porque sim", porque há um preço a pagar. Fico preocupado quando a Floresta é vista (e usada) como uma moeda de troca política. Não lhe faltava mesmo mais nada!

[1] Dados retirados da Nota Informativa do ICNF, de Julho de 2015, sobre a aplicação do DL em questão http://www.icnf.pt/portal/florestas/arboriz/resource/docs/not-info/Nota-Informativa-Julho-2015.pdf

[2] Dados dos Inventários Florestais Nacionais 4 (1995), 5 (2005) e 6 (2010)

Agrónomo e professor universitário, ex-Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural

Exportação de toiros aumenta 62%


Janeiro 25
17:06
2016

Segundo a PRÓTOIRO, Federação Portuguesa de Tauromaquia, a exportação de toiros de Portugal para Espanha e França rendeu 1,2 milhões de euros em 2015, o que representa uma subida de 62%, face a 2014.

A PRÓTOIRO acrescenta, em comunicado, que este crescimento foi também acompanhado por um progresso na própria economia da tauromaquia. Num ano em que foram lidados mais de 1600 toiros, a economia directa ligada à sua venda ascende aos 3,2 milhões de euros, acrescendo ainda o valor das exportações, o que produziu um volume global de negócios que ascendeu aos 4,4 milhões de euros.

Segundo a Federação, existem actualmente 102 ganadarias no país, as maiores das quais com capacidade para 800 reses bravas, em que o valor médio, por toiro, ronda os dois mil euros.

Plano de Gestão Hidrográfica do Tejo e Oeste em debate


Jan 25, 2016

No próximo dia 2 de Fevereiro, pelas 14h30, o auditório da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) será o palco da discussão do Plano de Gestão da Região Hidrográfica (PGRH) do Tejo e Oeste.

O evento, direccionado ao sector agrícola, tem como objectivo debater aspectos como a «taxa de recursos hídricos, o licenciamento das captações, a irregularidade dos caudais dos rios ou a compatibilização entre os diferentes usos [da água]» no quadro do PGRH, que estará em vigor entre 2016 e 2021.

Durante a sessão, os presentes terão a possibilidade de conhecer a proposta para o PGRH mencionado. Além disso, o evento contará com a presença de Gabriela Moniz, directora da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo e Oeste, e com as intervenções de Mário Antunes, da Agrotejo, e de José Nuncio, da Fenareg, sobre o regadio privado e público, respectivamente.

Estarão também presentes «os representantes das ARH do Alentejo e do Centro, uma vez que os PGRH destas regiões hidrográficas têm muito em comum», diz a organização em comunicado.

A participação na sessão de trabalho é gratuita, mas está sujeita a inscrição.

Projectos para proibir ou regular OGM’s chumbados no Parlamento

Janeiro 25
17:11
2016

O PS votou, ao lado do PSD e CDS-PP, projectos de lei do BE, PCP, PEV e PAN para proibir ou regular o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM's), levando ao chumbo destas iniciativas legislativas.

Todos os projectos de lei foram rejeitados com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP, a abstenção da deputada socialista Inês de Medeiros, e os votos favoráveis dos restantes partidos que tinham iniciativas.

O projecto de lei do PEV impedia o cultivo e a libertação deliberada no ambiente de OGM, o do BE proibia o cultivo, importação e comercialização daqueles organismos vegetais, o do PAN proibia a produção e o cultivo comercial e do PCP regulava o cultivo de variedades agrícolas geneticamente modificadas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Desbloqueados os apoios ao investimento nas explorações agrícolas no âmbito do PDR 2020

Gabinete do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural

NOTA DE IMPRENSA

O Ministro da Agricultura marcou presença esta tarde na primeira assinatura on-line no âmbito das medidas de apoio ao investimento, do PDR 2020. Capoulas Santos visitou a exploração agrícola Quinta da Mó, onde dois jovens agricultores vão produzir figos, essencialmente para exportação, próximo de Sesimbra, e assistiu à assinatura on-line do termo de aceitação do financiamento.
"Este é um procedimento totalmente inovador" congratulou-se o Ministro da Agricultura, explicando que "a desmaterialização dos processos evita que se percam dias e dias, nalguns casos semanas, a recolher assinaturas. Agora é só um ou dois "clicks" e o processo fica todo regularizado". E de facto bastou um portátil com ligação à internet para que os jovens agricultores recebessem um email a indicar a password que lhes permitiria, minutos depois, assinar o termo de aceitação on-line.

"A Quinta da Mó representa todo um novo paradigma, toda uma nova realidade que a agricultura portuguesa tem pela frente", disse o Ministro. E acrescentou: "é um projeto inovador, bem pensado do ponto de vista do segmento de mercado em que quer marcar posição, que cria emprego e que tem um forte potencial de crescimento, atendendo a que está essencialmente vocacionado para a exportação". Para Capoulas Santos, "tudo isto são mais-valias e projetos que vale a pena apoiar".

A Quinta da Mó é um dos 105 projetos cujo financiamento fica, a partir de hoje, desbloqueado, representando um investimento total de mais de 20 milhões de euros. Para o Ministro hoje foi um dia simbólico para a agricultura portuguesa, uma vez que foram finalmente desbloqueados os apoios ao investimento para candidaturas que foram apresentadas ainda em 2014.
Lisboa, 25.01.2016

O GABINETE DE IMPRENSA

Nos EUA há uma doença incurável que está a matar as laranjas



 25 Janeiro 2016, segunda-feira  

Desde 2012 que os Estados Unidos da América (EUA) enfrentam uma doença que está a afetar os laranjais.
Designada por doença huanglongbing (HLB), causada pelas bactérias Candidatus Liberibacter spp, Candidatus Liberibacter africanus, CandidatusLiberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, trata-se de uma doença considerada fatal e com poucas probabilidades de tratamento.
De acordo com o National Agricultural Statistics Service, a doença já atingiu um terço das laranjas produzidas nos EUA desde 2012, metade destas no Estado da Florida.
A doença afeta não apenas o fruto como toda a árvore e foi descoberta em 1998.
Até ao momento a única solução capaz de combater esta praga passa por manter os laranjais em quarentena, como acontece na Florida e Geórgia desde 2008.

Europol apreende 190 toneladas de produtos fitofarmacêuticos ilegais



 25 Janeiro 2016, segunda-feira  

Ao todo foram 350 as inspeções efetuadas pela Europol recentemente em contentores dos principais aeroportos e portos de sete países europeus.
A informação, enviada às redações pela Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) dá conta de que as autoridades da Bélgica, França, Alemanha, Itália, Eslovénia, Espanha e Holanda apreenderam 190 toneladas de produtos fitofarmacêuticos ilegais ou contrafeitos.
O mesmo comunicado informa que foram ainda detetados 100 casos de infrações, o que levou ao início de outras investigações pelas autoridades europeias.
A operação, designada por "Silver Axe" centrou-se na venda e colocação no mercado (importação) de produtos fitofarmacêuticos falsificados ou não homologados, incluiu infrações de direitos de propriedade intelectual, como marcas, patentes e direitos autorais, bem como o comércio ilegal de produtos fitofarmacêuticos.

Publicado novo guia europeu de boas práticas para o transporte de gado suíno

25-01-2016 
 

 
O novo manual da União Europeia para avaliar a aptidão dos suínos para o seu transporte é o resultado do trabalho de i anos de diversas organizações de defesa animal, agrícolas, pecuárias e de transporte.

O guia foi criado para aconselhar e proporcionar um fácil entendimento aos profissionais que intervêm no movimento deste tipo de gado, com o objectivo de complementar a legislação em vigor da União Europeia (UE).

As directrizes recolhidas na mesma são muito gráficas, utilizando fotografias, desenhos e textos simples de forma a ajudar todos os operadores a decidir sobre a adequação dos porcos destinados ao transporte. Embora não chegue a representar a situação real do continente, proporciona uma lista completa das situações que podem surgir e as condições às quais pode expor-se um animal classificado como apto para o transporte.

O seu principal objectivo é assegurar um alto nível de bem-estar dos animais durante a viagem., mas também ser uma ferramenta para proteger a saúde e segurança de qualquer pessoa envolvida no processo. O transporte de exemplares aptos não causa apenas sofrimentos aos animais mas também poderá dar lugar a sanções, perdas de subvenções e a retirada de autorização do transportador ou condutor.

«Enquanto o papel da legislação europeia é essencial no estabelecimento de normas harmonizadas para proteger o bem-estar dos animais, as directrizes deste tipo que explicam como se devem obter estas nomas na prática são cruciais», declarou o italiano Andrea Gavinelli, chefe da Unidade de Protecção dos Animais da Direcção dos Animais da Direcção Geral de Saúde e Consumo da Comissão Europeia.

Fonte: Agrodigital

Bananas correm risco de extinção


Bananas correm risco de extinção



A banana é a fruta mais popular do mundo. E além dos seus predicados gastronómicos, já foi usada tanto para designar governos corruptos em países tropicais - as Repúblicas das Bananas - quanto para sinalizar algum comportamento estranho - no inglês «going bananas». Também se tem mostrado útil para atletas, como repositora de nutrientes. Quem é que não se lembra do tenista Gustavo Kuerten a comer bananas no intervalo dos jogos?
Actualmente, mais de 100 milhões de bananas são consumidas anualmente no planeta. Mas agora o mundo enfrenta uma nova ameaça que pode provocar, segundo especialistas, a extinção da variedade mais comum da banana, a Cavendish. E talvez da fruta em todas as suas espécies.
Tal possibilidade tem a ver com uma propriedade rural no condado de Derbyshire, Inglaterra. Ali, há 180 anos, foi desenvolvida a variação da fruta que se tornaria a mais consumida no mundo.
O jardineiro da propriedade de Chatsworth, Joseph Paxton, recebeu, em 1830, um cacho de bananas importadas das Ilhas Maurício. Paxton havia visto bananas num papel de parede de um dos 175 quartos da propriedade. Na esperança de cultivar o fruto, o jardineiro plantou o que seria a primeira bananeira daquela propriedade.
«Paxton esteve sempre atento a novas plantas exóticas e era bem relacionado, o que lhe permitiu saber que bananas haviam chegado à Inglaterra», comenta o actual jardineiro-chefe da propriedade, Steve Porter.
Em Novembro de 1835 a bananeira de Paxton finalmente deu frutos. Mais de 100, o que rendeu ao jardineiro a medalha durante a exposição da Sociedade Horticultural britânica.
A banana acabou por ser baptizada pelos empregados da propriedade de Cavendishii, já que Cavendish era o nome de família dos donos do local, a duquesa e o duque de Devonshire.
«Naquela época, era muito interessante para uma família inglesa plantar bananas e servir a fruta aos seus visitantes», diz Porter. «E ainda é», comenta.
Missionários acabaram por levar as bananas Cavendish para o Pacífico e Ilhas Canárias. Com a epidemia da Doença do Panamá, que dizimou as plantações de outros tipos de bananas a partir de 1950, mas não afectou a Cavendish, esta variação da fruta passou a ser a preferida de agricultores mundo afora.
A Cavendish era imune ao fungo assassino. E acabou por ser o tipo-exportação. A fruta rendeu, em 2014, 11 mil milhões de dólares em exportações da fruta, sendo o Equador o principal vendedor. O Brasil é o sexto maior produtor, com mais de sete milhões de toneladas produzidas, mas consome quase toda a banana que produz.
O problema é que, enquanto produtores aperfeiçoavam a banana Cavendish, encontrada em supermercados do Ocidente quase sempre com o mesmo tamanho e sem manchas, o fungo da Doença do Panamá também evoluiu. E, agora, ameaça seriamente as Cavendish.
O novo fungo é ainda mais poderoso do que o que atacou o tipo mais popular de banana antes dos anos 1950, a Gros Michel, e agora afecta plantações em diversos lugares no mundo. Mais de 10 mil hectares de plantações foram destruídos.
Como todas as Cavendish produzidas actualmente são clones daquela plantada pelo jardineiro Joseph Paxton há quase dois séculos, se uma for atingida, as demais também serão.
O fungo foi redescoberto em 1992, no Panamá, e detectado desde então na China, Indonésia, Malásia e Filipinas. E, de acordo com a Panama Disease.org, - entidade formada por cientistas holandeses para alertar sobre o perigo da doença - afetará logo, e em larga escala, plantações da América do Sul e África.
«O problema é que não temos outra variação da banana que seja imune à doença e que possa substituir a Cavendish», diz Gert Kema, especialista e produção da planta na Wageningen University and Research Centre, na Holanda, e um dos membros do Panama Didease.org.
Pesquisadores trabalham com duas linhas de acção para salvar a banana. Primeiro, conter o avanço da doença através de campanhas. Mas é mais fácil falar do que fazer, alerta Alistair Smith, coordenador internacional da organização Banana Link, que reúne cooperativas de agricultores ao redor do mundo.
«É mais ou menos possível conter (o fungo) com medidas severas, mas isso não significa que a doença não será transmitida», diz.
«Temos tecnologias mais avançadas agora do que tínhamos quando perdemos a Gros Michel», complementa Kema. «Podemos detectar e rastrear o fungo muito melhor do que antes, mas o problema persiste, pelo facto de que a Cavendish é muito vulnerável à doença.»

I Encontro Técnico Cientifico de Nutrição de Bovinos


A Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AEMV-UTAD) está a organizar o "Encontro Técnico-Científico de Nutrição de Bovinos".

O evento realizar-se-á nos dias 12 e 13 de Fevereiro e abordará as duas vertentes da bovinicultura, carne e leite. O "Encontro Técnico-Científico de Nutrição de Bovinos" reunirá Engenheiros Zootécnicos, Agrónomos, Médicos Veterinário, Investigadores, Técnicos da produção, Empresários agrícolas, técnicos de empresas farmacêuticas, alimentos compostos, representantes governamentais, nacionais e internacionais. Bem como estudantes das áreas anteriormente referidas.

O evento contará com a presença de oradores, internacionais e nacionais, como Dr. Marc Piera (centro veterinário de Tona, Barcelona), Dr. Luis Figueiredo dos SVA (Serviços Veterinários Associados), Dr. José Caiado (José Caiado Dairy Consulting), Eng. Elisabete Carneiro (InVivo nsa), Eng. Luis Queirós (lallemand), Eng. José Paulo Lobo, entre outros Serão abordadas as demais vertentes da nutrição como, controlo e qualidade de alimentos compostos, qualidade de forragens (relacionada com o valor nutritivo, conservação e estabilidade aeróbica), distúrbios metabólicos de origem nutricional, alimentação em bovinos leiteiros, gestão e otimização de explorações leiteiras, uso de aditivos alternativos em bovinos leiteiros, alimentação em vitelos, optimização e gestão nutricional em bovinos de carne entre outros temas.
 
- Preço para profissionais: 55€
- Preço para estudantes: 45€.
Se aproveitar a nossa campanha de divulgação, qualquer interessado poderá beneficiar do preço de estudante.
Para isso basta colocar o CÓDIGO PROMOCIONAL: "R3" no respetivo campo do formulário de inscrição.
 
Todas as demais atualizações acerca do Programa, Jantar, Apoios, Oradores, etc podem ser consultadas no blogue (http://nutricaodebovinosaemvutad.blogspot.pt/).
 
Concurso de Pósters: A inscrição pode ser feita até dia 27 de Janeiro e podem consultar o regulamento aqui: http://nutricaodebovinosaemvutad.blogspot.pt/p/concurso-de-posters.html.


Investimento agrícola desbloqueado


Teresa Costa 25.01.2016 / 00:10 

Há 105 projetos de investimento, de 20 milhões de euros, que já podem ser contratualizados

 A contratação do primeiro projeto de investimento agrícola deverá ocorrer esta segunda-feira, em Sesimbra, marcando assim o desbloqueio dos apoios previstos no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020) nesta componente. O arranque da nova fase das ajudas agrícolas ficará assinalado com a primeira contratação online para um projeto de investimento, na Quinta da Mó, com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos. O procedimento que vai ser feito hoje é idêntico ao que os titulares dos primeiros 105 projetos de investimentos agrícolas já aprovados, no valor total de 20 milhões de euros (8,356 milhões de euros de despesa pública), terão de efetuar para aceder às ajudas públicas. Os agricultores contemplados vão receber uma mensagem do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), através de um SMS, a indicar que se encontram disponíveis no site os termos de aceitação da candidatura. O visado só tem de fazer a assinatura eletrónica para receber o apoio. A região com mais projetos é o Alentejo, com 44 candidaturas aprovadas, para um montante global de investimento elegível de 8,990 milhões de euros (5,6 milhões de euros de despesa pública). 

O Norte está no fim da tabela, com apenas sete candidaturas, num investimento de 399,6 mil euros. O vinho, apesar de ser o setor com mais projetos aprovados (21), não é o que tem o maior investimento. O segmento que mais vai investir é o dos frutos de casca rija/secos: são apenas seis projetos, mas com 2,861 milhões de investimento. Em segundo lugar, em valor, surgem as hortícolas, com dez projetos e 2,807 milhões de investimento. - 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Copa-Cogeca aplaude medidas de simplificação da PAC



 24 Janeiro 2016, domingo  Política AgrícolaHortofruticultura & Floricultura

O Copa-Cogeca, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, recebeu favoravelmente o novo pacote de medidas para simplificar a Política Agrícola Comum (PAC) anunciadas na semana passada pelo comissário de Agricultura, Phil Hogan.
PAC
O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, deixou claro que acolhe favoravelmente estas medidas já que o excesso de papéis e de burocracia atrasa a inovação e a eficiência.
A principal prioridade é conseguir uma verdadeira simplificação PAC para facilitar a vida aos agricultores, em particular, com as complicadas medidas do "greening".
«Estas medidas se simplificação, que têm vindo a solicitar, constituem um passo adiante e reduzem a carga excessiva e dispendiosa para os agricultores», disse o responsável, em comunicado.
Pesonen afirmou que «neste novo quadro, os controlos preliminares preventivos vão permitir aos agricultores corrigir os seus pedidos de ajuda sem terem que pagar uma penalização. O tão burocrático sistema de penalizações administrativas dos pagamentos diretos será substituído igualmente por uma abordagem simples de penalização. Por últimos, será também introduzido um sistema de "cartão amarelo" para as primeiras infrações. Nos casos com uma sobre declaração menor, abaixo dos 10% de uma determinada zona, a penalização administrativa será reduzida para metade. Regista-se o nome dos agricultores que recebam "cartão amarelo" e estes serão objeto de um controlo no local no ano seguinte».
Pekka Pesonen concluiu que a organização pede ao comissário Hogan para prosseguir com o processo de simplificação de forma que os agricultores possam manter o seu trabalho e produzir alimentos de qualidade para alimentar a crescente população.