sábado, 6 de fevereiro de 2016

IFAP: VITIS –2015/2016 - ALTERAÇÃO DE CANDIDATURAS



Encontra-se disponível no portal do IFAP a funcionalidade para registo dos pedidos de alteração das candidaturas Selecionadas (aprovadas) da campanha de 2015/2016, podendo os beneficiários e entidades protocoladas proceder ao seu registo em O Meu Processo > Candidaturas > Regime de Apoio à Restruturação e Reconversão das Vinhas (VITIS)/Campanha 2015/2016 , à semelhança do que foi implementado para o registo das candidaturas.

Para registo dos pedidos de alteração as candidaturas têm que estar no estado Selecionada, sendo necessário criar uma nova versão da candidatura, com acesso através do botão Substituir.

Assim na sequência da realização dos investimentos ou da apresentação/submissão da declaração de plantação no SIVV, caso verifiquem que existem alterações relativamente ao que se encontra aprovado na candidatura VITIS 2015/2016, devem formalizar um pedido de alteração à candidatura, sendo que este deverá ser submetido antes da apresentação do pedido de pagamento, não podendo ser considerados aumentos de área nem montantes de ajuda aprovados.

Alerta-se, ainda, que o registo do pedido de pagamento só poderá ser efetuado depois do pedido de alteração se encontrar no estado Selecionada.

De forma a que não seja colocado em causa o cumprimento do prazo definido para a apresentação dos pedidos de pagamento/libertação de garantias e tendo em consideração o modelo de gestão de candidaturas implementado (registos on-line), foram fixadas datas limite para formalização dos pedidos de alteração, sendo para isso necessário ter em atenção a calendarização abaixo referida.

Em França, acabou-se o desperdício de comida nos supermercados


5/2/2016, 17:3817.265 PARTILHAS
Uma nova lei em França proíbe que os supermercados locais deitem fora a comida que não é vendida. A partir de agora, vão ser obrigados a doá-la a instituições de solidariedade e bancos alimentares.

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O maior grupo de supermercados francês, o Carrefour, apoiou a medida
SIA KAMBOU/AFP/Getty Images


Uma nova lei, aprovada de forma unânime pelo Senado francês, proíbe os supermercados de desperdiçarem a comida que não vendem, relata o The Guardian. A partir de agora, serão obrigados a doar a comida "de boa qualidade, que se esteja a aproximar do final do prazo de validade", a instituições de solidariedade e aos bancos alimentares de França, explica o jornal britânico.

A nova legislação obriga a que os supermercados com uma área superior a 400 metros quadrados assinem contratos com instituições de solidariedade. Caso não o façam, terão de pagar multas superiores a 75 mil euros, podendo mesmo os seus responsáveis ser punidos com uma pena de prisão, que pode ir até dois anos.

A decisão permitirá que o número de refeições a que os mais necessitados têm acesso aumente muito significativamente. O The Guardian afirma mesmo que as instituições de solidariedade poderão oferecer "milhões de refeições gratuitas" a mais aos mais desfavorecidos, face ao número de refeições que podiam oferecer até aqui.

O responsável pelos Bancos Alimentares de França, Jacques Bailet, afirmou que estas organizações poderão agora "aumentar a qualidade e diversidade da comida recebida e distribuída". "Em termos de equilíbrio nutricional, temos neste momento um défice de carne e falta de fruta e vegetais. Esta lei permitirá, se tudo correr bem, que consigamos obter uma quantidade maior destes produtos", explicou, em declarações citadas pelo The Guardian.

Estas instituições também passarão a ter maiores obrigações: para além de estarem obrigadas a recolher e armazenar a comida recebida, em condições devidas, terão também de a distribuir de forma "digna". Segundo o The Guardian, isto significa que a comida deverá ser distribuída num banco ou centro alimentar, em vez de ser oferecida na rua, onde o contacto com quem a recebe é menor.

O maior grupo de supermercados francês, o Carrefour, já apoiou a medida.

A decisão resulta de uma campanha popular feita por lojista e ativistas, e iniciada pelo conselheiro municipal da comuna de Courbevoie, Arash Derambarsh. Em declarações citadas pelo jornal britânico, Derambash confirma que "o próximo passo é pedir ao presidente François Hollande que pressione Jean-Claude Juncker, por forma a estender esta lei a toda a União Europeia. A batalha está apenas a começar. Agora temos de combater o desperdício de comida em restaurantes, padarias, cantinas escolares e cantinas de empresas".

«Afinal o que se passa com o PDR2020?», questiona a ANEFA



 05 Fevereiro 2016, sexta-feira  Agroflorestal
pdr2020
A Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) considera que, «quem esteve atento aos meios de comunicação social, nas passadas semanas, não pode deixar de ficar alarmado com o que se passa com o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020)».
Em comunicado a associação refere que «há medidas cuja legislação ainda não foi sequer promulgada, e contudo os atuais governantes são perentórios em afirmar que 95% da verba destinada ao investimento se encontra esgotada».
«Depois de se festejar o sucesso do PRODER e de se garantir que haveria uma fase de transição que evitaria pela primeira vez a existência de hiatos na passagem entre quadros comunitários somos surpreendidos com as notícias de que 95% da verba destinada aos investimentos se encontra comprometida. A confirmar-se tal situação só nos resta perguntar para onde foi o dinheiro destinado ao investimento? Achar-se-á que o setor agrícola e florestal já não necessita de mais incentivo ao investimento? Terá sido o dinheiro todo encaminhado para as medidas agroambientais? Será que alguém acredita que com essas medidas vamos promover o desenvolvimento dos sectores ou não houve coragem para colocar um limite ao montante destinado a essas medidas?», questiona a ANEFA.
A direção da ANEFA acrescenta que «o desenvolvimento faz-se a partir do investimento, da inovação que cria empregos e gera riqueza, não a partir de pagamentos compensatórios. Durante os próximos quatro anos o que irá acontecer às empresas agrícolas e florestais nacionais que irão deixar de ter acesso aos fundos de apoio ao investimento? Estará o nosso país preparado para assumir o encerramento de centenas de empresas e a destruição dos postos de trabalho respetivos associados ao sector agroflorestal? Julgar-se-á que somos autossustentáveis e que está na hora de exportarmos as empresas?».
Como se isso não bastasse, adianta a associação, «existem rumores de que a floresta portuguesa sofrerá fortes alterações, falando-se mesmo na proibição de plantação de eucalipto e no apoio direto a culturas destinadas a produção de biomassa, desde que a mesma seja cortada até aos cinco anos de idade. Preocupa-nos desde logo que se proíba a plantação da principal espécie nacional quando a industria que possuímos não é auto-suficiente, mas preocupa-nos mais que se apoie a cultura de biomassa quando existe excesso da mesma espalhada pelo nosso país, em montes, sem destino e não havendo dinheiro para apoiar o investimento ainda se deem ajudas diretas a culturas que não só não fazem falta para já, como ainda irão certamente ocupar solos agrícolas que poderiam ser aproveitados para outras culturas. Afinal há ou não há dinheiro para apoiar o setor agroflorestal?», conclui o comunicado. 

Trabalho na agricultura é aposta do governo para integrar refugiados



Ministro Eduardo Cabrita visitou agrupamento de escolas em Penela onde as crianças refugiadas estudam, desde a creche ao 7.º ano   |   FERNANDO FONTES / GLOBAL 

Desde o Alentejo a Trás-os-Montes, estão em marcha parcerias com autarcas e empresários para integrar famílias refugiadas

O governo português está apostado em integrar famílias de refugiados em diversas zonas do país, ao nível do trabalho sazonal, sobretudo na área da agricultura e do trabalho rural. No final de uma visita ao Centro de Acolhimento a Refugiados de Penela, ontem de manhã, onde há três meses vivem quatro famílias da Síria e do Sudão, o ministro adjunto, Eduardo Cabrita, anunciou a intenção de "substituir gradualmente essa sazonalidade pela inclusão e fixação de famílias nas zonas em que há carência de mão-de-obra, de baixa densidade populacional".

O governante revelou que está em marcha a equação de um conjunto de ações "com autarcas e empresários, para identificar zonas-piloto" onde será possível implementar os projetos. Odemira, no Sul, e vários municípios da zona Oeste, região Centro, beira interior e Trás-os-Montes, fazem parte das cerca de cem autarquias que se manifestaram disponíveis para receber refugiados. Já na campanha eleitoral, António Costa tinha dito que os refugiados podiam ser integrados em trabalhos rurais como a limpeza de matas para prevenir incêndios florestais.

"Portugal tem o compromisso de acolher 4700 a partir da Itália e da Grécia. A chegada depende do registo feito nesses países, mas deverão chegar alguns ainda em fevereiro", disse o ministro, quando questionado pelo DN a propósito do número de refugiados que Portugal se prepara para receber a breve prazo. A esse processo juntam-se outros de cooperação direta com as autoridades turcas.

Por outro lado, está já feito o levantamento ao nível das instituições de ensino superior, que vão permitir "passar de 150 para 2000 estudantes, com alojamento e aulas de português e inglês", garantiu o ministro. A ideia é estender o projeto às escolas profissionais, "o que permitirá acolher, numa primeira fase, perto de mil estudantes".

"É preciso dar sinais de que podemos ser um país solidário mesmo em tempo de dificuldades", sublinhou Eduardo Cabrita, à hora em que o primeiro-ministro, António Costa, almoçava com a chanceler Angela Merkel, e lhe manifestava a abertura de Portugal. "Para nós é a mesma Europa: a dos investimentos e da criação de emprego; do respeito dos compromissos na área do euro como é também esta Europa da solidariedade."

Depois da língua, o trabalho

Menos de três meses depois de terem aterrado em Penela, as quatro famílias da Síria e do Sudão já são encaradas pelas autoridades nacionais como um bom exemplo de integração. Na vila existe uma boa convivência entre costumes, as 12 crianças que frequentam o agrupamento de escolas progridem na aprendizagem da língua portuguesa e alguns adultos integram cursos intensivos na Universidade de Coimbra. Falta saber como e quando poderão dar o próximo passo, rumo à independência, quando terminar o período de dez meses que vai durar este projeto.

"O que nós esperamos é que nessa altura já tenham aprendido muito bem português, absorvido muito da nossa cultura e estejam fortemente motivados para trabalhar em Portugal", disse ao DN Jaime Ramos, presidente da Fundação de Miranda do Corvo, que tutela o projeto piloto, onde se incluem as quatro famílias, num total de 20 pessoas.

Gigante mundial de frutos vermelhos investe até 3ME na expansão da produção em Portugal


LUSA7 de Fevereiro de 2015, às 09:18

Berlim, 07 fev (Lusa)- A americana Driscoll's, líder mundial da produção de frutos vermelhos, anunciou um investimento de até 3 milhões de euros no aumento da área de produção em Portugal, e admite vir a liderar os mercados da Europa, Médio Oriente e África.
Gigante mundial de frutos vermelhos investe até 3ME na expansão da produção em Portugal
A empresa, que está há sete anos em Portugal, onde detém uma participação na Lusomorango, tem "perspetivas de aumento da área de produção na ordem dos 50 a 60 hectares para os próximos anos", afirmou aos jornalistas Arnoldo Heeren, diretor da empresa em Portugal, durante a maior feira de frutas e legumes, que terminou sexta-feira em Berlim, Alemanha.

O investimento estimado, que segundo a empresa pode situar-se entre 1,5 e 3 milhões de euros, vai permitir duplicar a área de cultivo dos mirtilos, tornando Portugal no maior produtor para os mercados da Europa, Médio Oriente e África.

Nas framboesas, Portugal é já hoje o maior produtor da Europa.

Através da Lusomorango, em Odemira, a gigante americana tem em Portugal 400 hectares de produção, repartidos por várias quintas de 44 produtores, sobretudo no Alentejo, zona centro e Algarve.

Nos últimos dez anos, investiu cerca de 17 milhões de euros no país.

"A Driscool's, que é uma empresa da Califórnia que vai na quinta geração de gestão familiar, sempre procurou o clima ideal para produzir fora da Europa e sempre foi esta busca do clima ideal que norteou as expansões. No final dos anos 90, encontrou na Zambujeira do Mar e na costa alentejana o clima mais parecido do mundo com o da Califórnia, o clima ideal para produzir frutos vermelhos", explicou Nuno Simões, diretor da empresa para a Península Ibérica e Marrocos.

A primeira produção de frutos vermelhos em Portugal aconteceu em 2007, ano em que faturou dois a três milhões de euros, e passados sete anos, em 2014, atingiu os 35 milhões, contribuindo para a criação de 4500 postos de trabalho.

"Estamos num mercado que tem tido um potencial de crescimento muito grande, porque os frutos vermelhos estão na moda e têm benefícios elevados para a saúde. Costumamos dizer que somos a guloseima saudável e as pessoas estão a aceitar muito bem", justificou.

A Driscool's é o maior produtor mundial de morangos, framboesas, amoras e mirtilos, com um volume de negócios de três mil milhões de euros.

FYC// ATR

Lusa/Fim

Este ano celebramos o grão, o feijão e... o tremoço


ALEXANDRA PRADO COELHO 05/02/2016 - 08:41
As Nações Unidas querem pôr o mundo a comer mais leguminosas e escolheram 2016 para passar essa mensagem. Pouco consumidos no Ocidente, feijão, grão, ervilhas, lentilhas são uma alternativa às proteínas da carne e lacticínios. A indústria alimentar já está a aproveitá-los.

 
Há milhares de anos que as leguminosas fazem parte da alimentação humana MIGUEL MADEIRA
 
Gelados feitos com lentilhas ou leite de amêndoa com proteína de ervilha? Sim, já existem, e, se lermos com atenção os rótulos dos alimentos de produção industrial, vamos provavelmente encontrar proteína, fibra ou amido de ervilha ou outras leguminosas incorporado em muito mais produtos do que imaginamos.

"As leguminosas são muito boas para nós, têm muita proteína, muita fibra, baixo teor de gordura, são ricas em micronutrientes [nomeadamente potássio e ferro], ajudam a controlar doenças cardiovasculares, diabetes, cancro e obesidade. Por isso há lugar para um aumento do consumo no mundo", diz a canadiana Joyce Boye, especialista em ciências alimentares e investigadora no Centre of Agriculture and Agri-Food Canada, que esteve em Portugal a convite da embaixada do seu país.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estabeleceu 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas e o Canadá é o maior exportador mundial destes alimentos – apesar de não ser um grande consumidor. O trabalho de Joyce Boye passa precisamente por criar condições para que o consumo de leguminosas – do grão ao feijão, das lentilhas às favas ou às ervilhas – se torne mais fácil.

"Na forma tradicional de cozinhar leguminosas, elas devem ser demolhadas durante algumas horas e isso torna-se difícil para o ritmo de vida actual", explica a investigadora. "O que é positivo hoje é que já não temos apenas os grãos, temos as farinhas de leguminosa e, além disso, separamos as várias partes, o que torna mais fácil usá-las numa série de produtos e reduz os tempos de preparação." A indústria alimentar já percebeu este potencial e "está a ser inovadora e criativa na busca de novas formas de desenvolver produtos". É aí que aparecem, por exemplo, os gelados de lentilhas que, garante Boye, são óptimos.

Se na Índia, na China ou na América do Sul não é preciso ensinar ninguém a usar lentilhas ou grão, na América do Norte as leguminosas nunca tiveram um lugar destacado na alimentação. Por isso, Boye lembra princípios básicos, como o de que elas "não podem ser comidas cruas", até porque "cozinhá-las aumenta as suas qualidades nutricionais". Ao serem cozinhadas "aumentam o amido de resistência, que assim se comporta mais como uma fibra", o que tem um efeito probiótico positivo para as "bactérias boas" dos intestinos.

E não existe o risco de começar a haver um excesso de proteína de leguminosa "escondida" nos alimentos industriais, como acontece com a soja, que há uma década era apresentada como a grande proteína alternativa à carne? Se, somado às leguminosas que comemos em grão, ingerimos proteína ou fibra das mesmas em vários produtos sem termos totalmente noção disso, não haverá um desequilíbrio?

Joyce Boye acredita que não. "As empresas têm de fazer diferentes variedades para que as pessoas possam ter várias escolhas. Mas como existem muitas leguminosas, isso não é um problema." "[Além disso,] uma das coisas que promovemos é a diversidade no prato e as leguminosas podem ser conjugadas com cereais, por exemplo [, para funcionarem como alternativa à carne]", sublinha.

Há milhares de anos, desde as antigas sociedades egípcia e grega, que as leguminosas fazem parte da alimentação humana. Mas nas últimas décadas parecem ter entrado num lento esquecimento, ao mesmo tempo que a popularidade de outros alimentos não pára de aumentar. "O consumo de leguminosas tem sofrido um lento mas persistente declínio tanto nos países desenvolvidos como nos países em vias de desenvolvimento", avisam as Nações Unidas. "Pelo contrário, o consumo de lacticínios e carne tem vindo a crescer e prevê-se que continue a aumentar consideravelmente. Não se prevêem grandes alterações no consumo per capita de leguminosas, com a média mundial a manter-se à volta dos 7kg por pessoa por ano."

Estas escolhas alimentares reflectem-se, obviamente, na produção: o milho, o trigo, o arroz e a soja (que também é uma leguminosa, mas, tal como o amendoim, pertence ao grupo das oleaginosas e não dos grãos) cresceram muito nos últimos 50 anos. Estas estrelas da chamada "revolução verde" conheceram aumentos de produtividade entre os 200% e os 800%, enquanto as leguminosas tiveram uma expansão de apenas 59%.

No entanto, o Canadá tem vindo a apostar nelas nos últimos 20 anos. "São óptimas como culturas de rotação", explica Joyce Boye. "Fizemos investigação para perceber quais as melhores variedades e a produção foi aumentando para dar resposta às regiões do mundo onde há muito consumo, mas a produção é insuficiente."

A explicação para o declínio das leguminosas, segundo as Nações Unidas, está no facto de quando um país se torna mais rico a tendência ser para substituir as proteínas vegetais pelas animais – é o que já está a acontecer na China. Mas há outro fenómeno paralelo a este: em alguns países a população está a crescer a um ritmo superior ao da produção, o que significa que, mesmo com mais gente a comer carne, já não produzem suficientes leguminosas e são obrigados a importar – daí que o comércio se mantenha saudável. A ONU cita o caso da Índia, que é ao mesmo tempo o maior produtor e o maior importador de leguminosas e que está a sofrer um aumento de preços devido às más colheitas deste ano.

A maionese e o Taroço 
Em Portugal, apesar da popularidade de pratos como a feijoada, o feijão frade com atum ou o bacalhau com grão, não se comem leguminosas em quantidade suficiente – dados de 2013 indicam que cada português come em média três quilos de feijão por ano e pouco menos de um quilo de grão. Aquelas deveriam representar 4% do total de alimentos ingeridos e, na realidade, representam apenas 0,6%, muito abaixo do recomendado. Quanto à produção, é de 24 mil toneladas por ano, o que corresponde a 0,04 do total mundial.

Nunca será pela quantidade que Portugal poderá competir, mas há muito trabalho a fazer na identificação e estudo das variedades tradicionais, diz Carlota Vaz Pato, responsável pelo projecto nacional para o estudo do feijão, financiado pela Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia e baptizado como Begeca – Exploiting Bean Genetics for Food Quality and Attractiveness Innovation.

"A cultura do feijão existe em Portugal há muitos séculos e por todo o país. Como é uma produção de pequenos agricultores, isso deu origem a grande diversidade de variedades que não estão a ser bem exploradas para o desenvolvimento de novas", explica a investigadora portuguesa. "No entanto, os agricultores mantêm-nas na sua produção, para autoconsumo, pelas características de qualidade muito particulares."

O que o Begeca pretende é caracterizar a qualidade nutricional de cada uma, assim como as qualidades de utilização e transformação. "Temos um estudo genético que nos vai permitir criar novas variedades, idealmente mais produtivas e mais resistentes, e que mantenham a qualidade das tradicionais", afirma Carlota Vaz Pato. "Só podemos ganhar esta corrida com uma aposta na qualidade, ajudando assim a encontrar um maior equilíbrio entre a produção local e a importação, da qual somos hoje muito dependentes."

Começam já a surgir no mercado alguns produtos inovadores, integrando uma das leguminosas mais populares em Portugal, o tremoço, e que geralmente é comida apenas como snack. A Maçarico lançou uma maionese de tremoço em 2003 e em 2009 relançou-a "com nova formulação e melhorias significativas", esclareceu a empresa, sublinhando que é um produto destinado sobretudo ao mercado externo.

"A ideia de preparar um molho a partir do tremoço, matéria-prima que a Maçarico tinha muito disponível, foi uma ambição bem sucedida", explica Fátima Filipe, responsável pela gestão de qualidade da Maçarico. "Na receita regular de uma maionese tradicional conseguimos substituir a proteína do ovo pela do tremoço." O resultado é uma "maionese alternativa, com um teor de gordura muito mais baixo do que outras, sem colesterol e de origem totalmente vegetal", além de permitir contornar "os problemas de segurança alimentar associados à utilização de ovo".

Por seu lado, um grupo de jovens empreendedores criou há um ano uma marca que baptizou como Taroço e que se propõe fazer produtos à base de tremoço "sem recurso a corantes ou conservantes", tendo para já lançado três patés feitos com tremoço, um clássico, outro com cebola e um terceiro com pimento verde. A ideia, diz Pedro Baptista, um dos sócios, é vir a criar uma linha de diferentes produtos à base de tremoço, que já estão em estudo.

"Como o tremoço é muito rico em proteína e fibra, não é fácil fazer a moagem e a quebra de ligações para se conseguir a textura pretendida, mas temos uma parceria com uma fábrica que nos permite fazer os testes necessários", explica. Quanto ao sabor, nos patés apenas o clássico sabe a tremoço. O produto pode ser usado como uma base mais neutra trabalhada com outros ingrediente e especiarias para criar os sabores que se pretendam.

Os criadores do Taroço queriam uma alternativa saudável e vegetal e, ao mesmo tempo, um produto que os consumidores identificassem com Portugal, país onde, segundo Pedro Baptista, já se produziu muito mais esta leguminosa do que se produz hoje. E esperam, claro, que a sua marca venha ajudar a revitalizar a produção nacional de tremoço.

Grupo Portucel Soporcel muda de nome para The Navigator Company

LUSA | 05 Fevereiro 2016, 22:05

Grupo Portucel Soporcel muda de nome para The Navigator CompanyPedro Elias/Negócios

O Grupo Portucel/Soporcel vai mudar de nome para The Navigator Company, uma alteração que se tornará efectiva a partir das 00:00 de sábado, disseram à Lusa fontes da empresa.
O Grupo Portucel/Soporcel anunciou esta sexta-feira a mudança de nome, num encontro de quadros da empresa, no qual esteve presente o seu líder, Pedro Queiroz Pereira (na foto).
 
Na quinta-feira, a Portucel apresentou os resultados do ano passado, tendo divulgado um lucro de 196,4 milhões de euros em 2015, o que representa um crescimento de 8,2% face ao alcançado no ano precedente.
 
Numa comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Portucel destacou a evolução do volume de negócios em 2015, que cresceu 5,6%, para 1,6 mil milhões de euros, com uma "evolução favorável do preço da pasta de papel".
 
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os 390 milhões de euros, aumentando 18,7%, referiu a empresa, sublinhando a "melhoria na margem EBITDA/Vendas para 24%".
 
O grupo aproveitou para anunciar o avanço do seu "plano de desenvolvimento estratégico", com o "arranque da nova capacidade de pasta em Cacia, permitindo um aumento de produção anual de 20%", a "conclusão e arranque da segunda máquina de produção de 'tissue' [papel para lenços, guardanapos, papel higiénico, etc.) em Vila Velha de Ródão", o "início da construção da fábrica de 'pellets' nos EUA" e a "construção e início de produção do Viveiro de Luá, na Zambézia, permitindo entrar na fase de plantação de floresta em larga escala".
 
Na comunicação ao mercado, a Portucel apontou ainda a "reestruturação da dívida, com melhoria de condições e extensão de maturidades" e a "manutenção do rácio de endividamento Net Debt/Ebitda em níveis prudentes e abaixo da média do sector".
 
Quanto ao quarto trimestre de 2015, o grupo Portucel declara ter registado um "novo recorde" no volume de vendas, de 425 toneladas. 

Ministério da Agricultura abre mercado da Colômbia à exportação de pera rocha


Portugal e a Colômbia assinaram hoje o acordo bilateral que vai permitir a exportação de pera nacional a partir da próxima campanha de produção, que terá início ainda no corrente ano.
As negociações entre a Autoridade Fitossanitária Nacional, DGAV, e a Autoridade Fitossanitária da Colômbia, Instituto Colombiano Agropecuario (ICA), para o estabelecimento dos requisitos fitossanitários para a exportação de pera portuguesa para a Colômbia, foram concluídas com sucesso, abrindo desta forma mais um mercado externo aos produtores nacionais.
Para o Ministro da Agricultura, "este é o resultado de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no sentido de continuar a promover a internacionalização do setor hortofrutícola, um setor que", segundo o Ministro, "atingiu o nível da excelência, ganhou dimensão e apresenta-se nos mercados internacionais em condições de competitividade extraordinárias".
Capoulas Santos, que regressou ontem de Berlim, onde visitou a Fruit Logistica, afirma que "a representação dos produtores nacionais, integrados na Portugal Fresh, é bem o espelho dessa competitividade", considerando "notável o salto que foi dado ao nível da inovação, do marketing e da capacidade de resposta dos produtores às exigências qualitativas, mas também quantitativas, dos grandes clientes internacionais.
Antecipando este acordo, decorreu no mês de janeiro o pré-registo das Centrais Fruteiras e dos produtores que tenham interesse neste mercado. Foram recebidos pedidos de registo de 15 centrais fruteiras e de cerca de 1000 unidades de produção de pera Rocha.
A DGAV e as Direções Regionais de Agricultura e Pescas vão agora implementar o "Plano de Trabalho para a Exportação de Pera", para o sucesso do qual a participação ativa das organizações de produtores será determinante.

Lisboa, 05.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Mais uma grande vitória da grande distribuição


Fevereiro 04
13:30
2016

Apesar da grande contestação da produção sobre as práticas comercias desleais da grande distribuição, com a exigência de medidas europeias de controlo, Bruxelas não vai fazer nada.

Segundo um relatório da Comissão Europeia, publicado em 29 de Janeiro, os esforços desenvolvidos pelo sector agro-alimentar e pelos governos dos diferentes países são suficientes para controlar as práticas desleais da grande distribuição.

Segundo este relatório, não é necessário qualquer tipo de legislação europeia que harmonize as práticas comerciais da grande distribuição.

Este relatório vem contra a posição do Comissário Phil Hogan, que tem vindo a apoiar as reivindicações da produção, defendendo medidas que possam fazer aumentar o peso negocial da produção junto da grande distribuição.

Também o trabalho da task force, que foi criada em Janeiro para analisar a correlação de forças na cadeia alimentar e as práticas comerciais desleais da grande distribuição, está totalmente comprometido, pois já se vê que a Comissão não quer tomar qualquer medida.

A Comissão quer entrar num processo de simplificação de medidas, pelo que, qualquer sugestão para legislação sobre o controlo e equilíbrio dentro da cadeia alimentar, vai ser muito mal recebida.

Uma prova disso é quando países como a França lançam iniciativas para tentar equilibrar as forças ao longo da cadeia alimentar, sofre logo a abertura de um inquérito por parte da Comissão.

Mais uma vez se faz sentir em Bruxelas o poder da grande distribuição e a opressão sobre os produtores é cada vez maior.


Agroglobal- o maior congresso agrícola da Europa a céu aberto


Lisboa, 05 de Fevereiro de 2016

Inovação, tecnologia e conhecimento são os ingredientes que atraem milhares de
visitantes à Agroglobal- Feira das Grandes Culturas, desde a sua primeira edição. O
mundo agrícola reúne-se de novo em Valada do Ribatejo, de 7 a 9 de Setembro, para
conhecer o que de mais moderno se pratica na agricultura portuguesa.

A Agroglobal é a maior feira agrícola do país e uma das maiores da Europa neste
modelo dinâmico, reunindo cerca de 250 empresas expositoras e demonstrações
em contexto real da mais avançada tecnologia ao serviço do setor agrícola. O papel
da Agricultura na economia portuguesa é debatido num ciclo de colóquios, ao longo
dos três dias da feira.

A agricultura portuguesa vive um momento muito positivo, com investimento e novos
projetos a nascer pelo país, dinamismo este que se reflete na 5ª edição da Agroblobal, uma feira a céu aberto, em plena lezíria do Tejo, uma das regiões agrícolas mais dinâmicas do país.

Durante três dias, a Agroglobal é destino obrigatório de todos os agentes envolvidos na
agricultura portuguesa, de decisores políticos, analistas e interessados no setor primário.
Esta feira bienal tem vindo a afirmar-se, desde 2009, como certame profissionalizado, de
dimensão tecnológica e científica à escala real, onde se exibe e partilha o que de mais
moderno se pratica e utiliza na agricultura portuguesa.

«O slogan da AgroGlobal "nós semeamos" reflete o modelo de produção em que acreditamos, e que serve de base a um setor competitivo, com capacidade de resistir mesmo em situações adversas», afirma Joaquim Pedro Torres, organizador da Agroglobal, e agricultor de referência na cultura do milho, explicando que o número de expositores continua a crescer a cada edição, «um sinal muito importante de coesão da fileira e aspeto decisivo para viabilizar e potenciar alguns sistemas produtivos».

As novidades da 5ª Agroglobal

Fruto da adesão das empresas expositoras, o espaço para stands foi alargado e
reconfigurado de modo a reduzir a densidade de "construção", para que os horizontes
visuais se alarguem e a sensação de campo esteja sempre presente.

Outras novidades desta edição são: a instalação de uma área de amendoal, acompanhando a tendência de plantação de pomares de frutos secos no Alentejo; o aumento significativo da área de tomate para indústria, para dar dimensão à cultura estrela do Ribatejo; o maior protagonismo dado à cultura do girassol, em linha com o aumento real da área semeada no Alentejo, e a reintrodução da cultura da beterraba. Tal como nas edições anteriores, o milho, a batata, o olival, as forragens e a floresta continuarão a marcar presença nos campos da Agroglobal, reafirmando o potencial destas culturas.

Estão também previstos mais ensaios no campo – fertilização, sementes, agroquímicos,
rega –; o aumento das áreas de trabalho de máquinas, pistas para as diversas marcas de
tratores e alfaias, zonas específicas para pulverização em pomares, vinha e culturas anuais.

A colheita e subsequente reinstalação das culturas, mostrará a sequência de operações
culturais possíveis e aconselháveis para cada situação.
«A evolução dos fatores de produção, equipamento e conhecimento é decisiva para não
perdermos a batalha da competitividade. Toda e qualquer inovação não nos pode passar ao lado. O aperfeiçoamento das tecnologias e equipamentos de produção, com vista ao aumento do rigor na utilização dos fatores de produção, permite melhorar a eficiência das operações culturais e o conhecimento dos campos, otimizar a utilização da água, dos fertilizantes e das sementes. Na Agroglobal queremos partilhar com país o melhor que se faz na nossa agricultura», remata Joaquim Pedro Torres.

Agroglobal solidária

Sendo 2016 o Ano Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar, a Agroglobal vai
acolher no seu recinto uma ação "Restolho". Este Programa, criado em 2012, é uma
parceria entre o grupo Agrotejo/Agromais, a Federação Portuguesa dos Bancos
Alimentares e a Entrajuda, onde se tenta fazer a ponte entre os produtos hortícolas que
ficam nos campos, resultado de especificações de mercado, pequenos defeitos ou até
mesmo fraca valorização comercial, e as instituições que recorrem aos bancos alimentares,através de colheitas efetuadas por voluntários que se deslocam ao campo. Neste caso os voluntários serão oriundos das várias empresas expositoras na Agroglobal.

Comunicado: comunicland

Produtos a 33 cêntimos levam supermercado low cost a fechar portas


     
SOL SOL | 05/02/2016 12:31 21085 Visitas   

Produtos a 33 cêntimos levam supermercado low cost a fechar portas


A easyFoodstore, supermercado "low cost" da companhia aérea easyJet, que abriu portas em Londres na terça-feira, teve de fechar portas dois dias depois por se terem esgotado todos os produtos à venda.

O supermercado volta a abrir esta sexta-feira e vai manter o preço: 33 cêntimos por produto.

Stelios Haji-Ioannou, fundador da easyJet, lançou este supermercado – desde 2013 que projectava esta ideia – sob o lema "Não são marcas caras. Apenas alimentos a um preço justo", com o intuito de dar uma oportunidade a que todos possam comer por um valor acessível.

No entanto, não imaginava que o sucesso fosse tão arrebatador como demonstrou ser. "Pensámos que teríamos inventário suficiente para duas semanas, mas foi-se tudo num dia e meio", comentou um porta-voz da retalhista, citado pelo jornal The Guardian.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Publicada recomendação ao Governo para alterar as regras para o reconhecimento das organizações de produtores



02-02-2016

Foi hoje publicada a Resolução da Assembleia da República n.º 19/2016 que recomenda ao Governo que altere as regras para o reconhecimento das organizações de produtores, de acordo com critérios regionais e/ou dos diferentes sistemas culturais de modo a permitir a integração de todos os produtores, nomeadamente os associados das pequenas cooperativas leiteiras, detentores de explorações agrícolas familiares tradicionais e policulturais, produtores de produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP), Denominação de Origem Protegida (DOP), Produção em Modo de Produção Biológico (MPB) e nichos de mercado, tais como as culturas mais recentes de pequenos frutos, cogumelos e plantas aromáticas e medicinais.

Para aceder à Resolução da Assembleia da República n.º 19/2016: https://dre.pt/application/conteudo/73399493

Homem morre em acidente com máquina agrícola


Vítima estava a trabalhar na herdade onde ocorreu o acidente. Um homem de 64 anos morreu esta segunda-feira na sequência de um acidente de trabalho com uma máquina agrícola, na zona de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, distrito de Beja, disse à Lusa fonte da GNR. 

A mesma fonte indicou que o homem estava a trabalhar com a máquina na herdade onde ocorreu o acidente, tendo o óbito sido declarado no local. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está a investigar as circunstâncias em que ocorreu o acidente de trabalho. 

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, o alerta foi dado às 18h54, tendo sido mobilizadas para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), de Beja, e a GNR. 

Também esta segunda-feira na vila de Redondo, no distrito de Évora, dois homens ficaram feridos com gravidade, após terem caído de um telhado, num acidente de trabalho, segundo fonte da GNR. 
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora indicou que um dos homens foi transportado de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o outro seguiu de ambulância para o hospital de Évora. 

O alerta para este acidente foi dado às 17h22, de acordo com o CDOS, indicando ainda que os feridos têm 30 e 43 anos e que a ACT foi informada da ocorrência. Foram mobilizados para o local, para além do helicóptero, operacionais e veículos dos Bombeiros Voluntários de Redondo, a VMER de Évora e a GNR.

Mais uma grande vitória da grande distribuição

Fevereiro 04
13:30
2016

Apesar da grande contestação da produção sobre as práticas comercias desleais da grande distribuição, com a exigência de medidas europeias de controlo, Bruxelas não vai fazer nada.

Segundo um relatório da Comissão Europeia, publicado em 29 de Janeiro, os esforços desenvolvidos pelo sector agro-alimentar e pelos governos dos diferentes países são suficientes para controlar as práticas desleais da grande distribuição.

Segundo este relatório, não é necessário qualquer tipo de legislação europeia que harmonize as práticas comerciais da grande distribuição.

Este relatório vem contra a posição do Comissário Phil Hogan, que tem vindo a apoiar as reivindicações da produção, defendendo medidas que possam fazer aumentar o peso negocial da produção junto da grande distribuição.

Também o trabalho da task force, que foi criada em Janeiro para analisar a correlação de forças na cadeia alimentar e as práticas comerciais desleais da grande distribuição, está totalmente comprometido, pois já se vê que a Comissão não quer tomar qualquer medida.

A Comissão quer entrar num processo de simplificação de medidas, pelo que, qualquer sugestão para legislação sobre o controlo e equilíbrio dentro da cadeia alimentar, vai ser muito mal recebida.

Uma prova disso é quando países como a França lançam iniciativas para tentar equilibrar as forças ao longo da cadeia alimentar, sofre logo a abertura de um inquérito por parte da Comissão.

Mais uma vez se faz sentir em Bruxelas o poder da grande distribuição e a opressão sobre os produtores é cada vez maior.


Governo francês continua a injectar dinheiro na agricultura


Fevereiro 04
13:26
2016

Depois de ter anunciado um fundo de 700 milhões de euros de apoio ao sector agrícola na semana passada, esta semana mais 125 milhões de euros se vão juntar a este bolo.

Apesar de todos estes montantes, parece que a situação não tem tendência a melhorar para o lado dos agricultores franceses.

Esta crise é justificada, não só por motivos estruturais internos, como também pela conjuntura mundial, pelo que são apontados alguns pontos responsáveis pela situação:

1 – Mercado mundial;

Cada vez mais o preço do leite dos cereais e da carne dependem da evolução do mercado mundial.

Este mercado foi dominado, no ano de 2015, por dois factores muito negativos, o embargo russo e o facto de a China ter reduzido as suas importações de leite. O caso do leite foi agravado pelo fim das quotas em Março.

2 - Dumping na UE;

Os agricultores franceses acusam os seus colegas alemães e espanhóis de praticarem dumping salarial, sobretudo nos matadouros alemães, que utilizam mão-de-obra de Leste. Entre 2010 e 2014, os abates de porcos aumentaram 40% na Alemanha e diminuíram 12% em França.

3 – Redução do consumo da carne. Segundo dados fornecidos pelo FranceAgrimer em 2011, o consumo de carne em França era de 66 kg por habitante, ou seja, menos 7% que em 1998;

4 – A baixa inflação;

A guerra entre os grandes distribuidores veio implicar uma estagnação e mesmo uma baixa de preços em muitos produtos alimentares.

5 – Uma estrutura desadaptada;

As explorações francesas foram dimensionadas para produzirem em massa grandes quantidades para um mercado sem fronteiras. Hoje pretende-se evoluir, no sentido de produzir para um mercado de proximidade, dando preferência à qualidade e não à quantidade.

Apesar de todas as dúvidas aumenta o consumo de glifosato


Fevereiro 04
13:20
2016

Segundo um estudo recentemente publicado, a expansão no mundo das culturas OGM's tem levado a um aumento exponencial do uso do herbicida glifosato.

Desde que foi apresentado como produto comercial com a marca Roundup Ready, em 1996, o seu consumo foi multiplicado por quinze vezes até 2014.

Segundo este estudo, em 2014 foram aplicados 747.000 toneladas de glifosato em 1400 milhões de hectares. Em termos globais, significa que, em média, em todo o planeta foi usado 0,53 kg de glifosato por hectare.

Um dado importante é que 70% do glifosato foi aplicado nos últimos dez anos.

Este aumento do uso do herbicida acontece numa altura em que existe uma forte corrente contra o seu uso na cultura do trigo panificável, em que muito se especula sobre o risco cancerígeno associado a este produto.

Estes dados mostram, no entanto, que este produto continua a ser o preferido pelos agricultores, devido à sua relação preço-eficácia no combate às ervas daninhas.

Casa Ferreirinha e Sandeman distinguidas pela sustentabilidade


por Ana Rita Costa- 4 Fevereiro, 2016


O Botanical Research Institute of Texas (BRIT), dos EUA, distinguiu as práticas de duas marcas da Sogrape Vinhos, a Casa Ferreirinha e a Sandeman, com o galardão "2016 International Award of Excellence in Sustainable Winegrowing". De acordo com a Sogrape, o prémio "visa enaltecer os produtores vitivinícolas mais empenhados em assegurar o desenvolvimento dos seus negócios através da adoção de práticas de excelência de sustentabilidade nas áreas ambiental, económica e social."

As duas marcas receberam medalhas de ouro que premeiam práticas agrícolas que pretendem minimizar impactos negativos na atmosfera, na água e nas áreas onde se inserem as suas vinhas.

 "Trata-se de um prémio especialmente importante, pois vem distinguir a reforçada aposta que a Sogrape Vinhos tem realizado no aprofundamento da sustentabilidade dos seus negócios", sublinha George Sandeman, recordando "o esforço que a empresa desenvolve na concretização das mais inovadoras práticas de viticultura amigas do ambiente (viticultura sustentável) e nos projetos de interação com a comunidade".

Segundo a Sogrape, "o júri valorizou aspetos tão diversificados como a participação empenhada da Casa Ferreirinha e da Sandeman em projetos como a PORVID, associação que procura proteger e recuperar castas autóctones em perigo de extinção, defendendo assim um património genético natural, único e ancestral, ou como o programa de comunicação europeu 'Wine in Moderation', apelando a um consumo moderado e responsável de bebidas alcoólicas."

Cereja do Fundão faz parceria com a Compal


por Ana Rita Costa- 4 Fevereiro, 2016

A Compal acaba de lançar uma edição limitada, o Compal Clássico Cereja do Fundão, uma proposta que é fruto de uma parceria com a Câmara Municipal do Fundão.

Numa nota enviada às redações, os responsáveis pelo novo néctar explicam que este "foi produzido a partir da polpa das cerejas descaroçadas, e por isso tem um aroma muito próximo do fruto, um sabor mais natural e uma doçura muito equilibrada, que só as melhores Cerejas do Fundão podem dar."

A Câmara Municipal do Fundão tem vindo a apostar numa estratégia de parcerias com várias marcas de forma a promover os produtos da região. "Esta é mais uma parceria que se insere na estratégia de apoio, desenvolvimento e promoção dos produtos da nossa região. Consideramos que a parceria com uma das marcas mais conceituadas a nível nacional, na área dos néctares de fruta, é um enorme reconhecimento do enorme valor da Cereja do Fundão. Este novo néctar permite saborear este fruto fora do seu período habitual de consumo, de uma forma fresca e natural", refere Paulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão.

João Nuno Pinto, Diretor Marketing PT+ES da Sumol+Compal, sublinha que "esta parceria demonstra, mais uma vez, a continuidade na aposta levada a cabo pela Compal nas frutas portuguesas de maior qualidade e em estabelecer ligações com entidades, como a Câmara Municipal do Fundão, que promovam o desenvolvimento de produtos da região de elevado valor, como é o caso da tão famosa Cereja do Fundão".

O novo Compal Clássico Cereja do Fundão já está disponível nos habituais canais de distribuição nos formatos garrafa de vidro 200 ml e Tetra Pak 1L.

Uvas sem grainha do Vale da Rosa chegam ao Brasil em julho



03.02.2016 às 23h020
 
TIAGO MIRANDA
A Herdade pretende aumentar a produção para oito milhões de toneladas ao longo dos próximos dois anos. A estratégia da empresa passa ainda pela descoberta de novos mercados e novos parceiros

Lusa

A Herdade Vale da Rosa, que produz uvas sem grainha, vai começar a exportar para o Brasil em julho e pretende aumentar a produção de seis para oito mil toneladas nos próximos dois anos, segundo um responsável da empresa.

Ricardo Costa, o responsável de comunicação da empresa de Ferreira do Alentejo, disse que os constrangimentos burocráticos que inibiam a exportação de uvas para o Brasil foram desbloqueados há cerca de um mês e que a Vale da Rosa já obteve a autorização necessária para a exportação.

"[O Brasil] é o principal importador de pera rocha e estou convencido que pode vir a ser um grande apreciador das uvas Vale da Rosa", afirmou, destacando que o país sul-americano pode "ser uma oportunidade gigante para os produtos portugueses" e que a Vale da Rosa encontrou "os parceiros certos".

O facto de o proprietário do Vale da Rosa ter vivido 22 anos no Brasil e ter também produzido uvas naquele país contribuiu para gerar "alguns conhecimentos" e Ricardo Costa adiantou que já existem três potenciais clientes: a Walmart, a Hortifruti, uma rede de supermercados brasileiros, e a Salute.

"Queremos começar já na campanha de 2016, que vai ter início em junho, e estamos convencidos que em julho podemos começar a exportar", continuou o mesmo responsável, acrescentando que estão "a trabalhar para obter todas as autorizações e certificações necessárias.

A estratégia da empresa passa ainda por um "aumento significativo" da área de produção, que conta atualmente com 250 hectares, e pela descoberta de novos mercados e novos parceiros.

A Herdade Vale da Rosa produz anualmente seis mil toneladas de uvas sem grainha, das quais 35% destinam-se à exportação, com destaque para o mercado europeu (Inglaterra, Bélgica e Holanda), além de China e Angola.

Em 2105 a empresa faturou cerca de 11 milhões de euros e Ricardo Costa mostrou-se convicto de que o crescimento "será uma realidade" quando as vinhas entrarem em plena produção.

"Estamos convencidos que, dentro de dois anos, produziremos oito mil toneladas", adiantou.

ChemChina oferece 43.000 milhões de dólares pela Syngenta


03/02 14:25 CET

Será o maior negócio da China no estrangeiro. A empresa estatal chinesa de produtos químicos, ChemChina chegou a acordo para comprar a agroquímica helvética Syngenta por 43 mil milhões de dólares, cerca de 39,4 mil milhões de euros.

Se receber luz verde das autoridades regulatórias, em especial nos Estados Unidos, onde a Syngenta realiza grande parte das vendas, o negócio deverá ser finalizado até ao final do ano.

Para além de pesticidas, a Syngenta é especialista em sementes e produtos transgénicos.

A compra insere-se na estratégia de Pequim para garantir a segurança alimentar dos seus cerca de 1300 milhões de habitantes. A agricultura chinesa é pouco eficaz e com esta aquisição a ChemChina irá impor-se como um dos maiores produtores mundiais de pesticidas e produtos agroquímicos.

Ministro da Agricultura “esperançoso” que terá dinheiro para executar verbas comunitárias

ANA RUTE SILVA (Berlim) 03/02/2016 - 16:45

Capoulas Santos espera ter no Orçamento do Estado dotações para alavancar cerca de 600 milhões de euros de fundos comunitários este ano.

 
Capoulas Santos, ministro da Agricultura MIGUEL MANSO

 Buraco orçamental de 300 milhões dificulta obtenção de mais verbas para o leite
 CNA teme redução de apoios aos agricultores
 Novos fundos para a agricultura têm 15 candidaturas formalizadas
 Verba do PDR 2020 reforçada em 200 milhões
Capoulas Santos admite: "Não têm sido semanas fáceis as que o Governo tem vindo a viver no que diz respeito à construção do orçamento". Em Berlim, de visita à Fruit Logistica, a maior feira de frutas e legumes da Europa, o ministro da Agricultura afirmou que, em cima da mesa, está "um conjunto de objectivos que, para alguns, são inconciliáveis".

"Mas todos temos vindo a trabalhar, com solidariedade entre todos e uma clara definição de prioridades", disse.

Enquanto não sai fumo branco de Bruxelas, Capoulas Santos diz estar "esperançoso" que terá, no orçamento da Agricultura, "os recursos financeiros que permitam executar plenamente o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e os fundos comunitários".

"Só conhecerei as verbas definitivas quando o OE for aprovado, mas espero ter as dotações nacionais necessárias para alavancar cerca de 600 milhões de euros de fundos comunitários, que corresponderão à execução a 100% do PDR em 2016. É esse o meu compromisso", afirmou aos jornalistas.

Capoulas Santos prometeu ainda que irá cumprir "todos os compromissos anteriores", incluindo as medidas agro-ambientais "que foram aprovadas exorbitando o orçamento que existia".

"Temos um grande número de candidaturas que, se forem todas aprovadas, comprometem uma parte substancial das dotações do programa, mas revela grande interesse [dos produtores]", acrescentou.

A jornalista viajou a convite da Portugal Fresh

Ministério da Agricultura negocia com 23 países exportação de produtos agrícolas

ANA RUTE SILVA (Berlim) 03/02/2016 - 19:28

Abertura de novos mercados é essencial para aumentar as vendas no estrangeiro de frutas e legumes e escoar produção nacional, sobretudo, de pêra-rocha.

 
A pêra-rocha é a fruta mais exportada por Portugal PÚBLICO

O Ministério da Agricultura está a negociar com um total de 23 países a abertura do mercado a produtos agrícolas nacionais. As exportações de frutas e legumes ultrapassaram os mil milhões de euros no ano passado, mais 13% face a 2014, mas para dar resposta ao aumento da produção falta chegar a geografias que, até agora, estão vedadas aos agricultores nacionais.

A pêra-rocha, a fruta mais exportada por Portugal, está à venda na Europa e no Brasil mas tarda em chegar ao México e à Colômbia. Também na China não é possível vender este produto. Capoulas Santos, ministro da Agricultura, garantiu nesta quarta-feira que o ministério "tem dossiês abertos com 23 países" e está a fazer esforços para desbloquear os processos fitossanitários, essenciais para abrir portas às exportações.

"Não posso dizer quantos mercados irão abrir [este ano]. Quando há um procedimento, o calendário não é determinado por nós, mas pela outra parte", disse, acrescentando que a autorização passa por visitas e vistorias às explorações. "É por isso que a via diplomática e do ponto de vista político [é importante] para que possam ser acelerados. É esse trabalho que estamos a fazer", disse aos jornalistas, durante uma visita à Fruit Logisttica, feira em Berlim onde compradores e vendedores de frutas e legumes de todo o mundo fazem negócio.

As relações diplomáticas com o México estão, por estes dias, ensobradas com o revés nas concessões da Carris e da Metro de Lisboa, entregues por concurso à mexicana ADO, e que o Governo anulou. Mas Capoulas Santos acredita que as "excelentes relações que o México tem entre Portugal e a União Europeia não permitirão o uso de retaliações sobre matérias que nada têm a ver uma com a outra". "É uma relação adulta e amistosa", sublinhou.

Contudo, entre os produtores de fruta ouvidos pelo PÚBLICO há receios de que, no caso do México, os atrasos na abertura do mercado se possam acentuar e "prejudicar" as negociações em curso. Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, a organização de produtores e empresa que promove a internacionalização dos produtos nacionais (frutas, flores e legumes), sublinha que o México tem um potencial "muito importante, com 20 milhões de habitantes" e que "as autoridades mexicanas já estiveram em Portugal", dando, para já, sinais positivos de abertura às importações de Portugal.

"A nível internacional o que nos preocupa é a abertura de novos mercados. A Europa está com o consumo estagnado, precisamos de olhar para as nossas frutas e diversificar. Só no caso da pêra-rocha, que produzimos 200 mil toneladas por ano, poderemos chegar às 350 a 400 mil toneladas com os novos projectos financiados pelo Proder", disse, referindo-se ao anterior quadro comunitário de apoio. Com este aumento de produção são precisos novos mercados para vender.

Manuel Évora destaca a Colômbia como outro alvo das exportações nacionais de fruta. A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, tem já mais de 100 supermercados Ara naquele país e falta apenas o dossiê fitossanitário para abrir caminho à produção nacional. Outro país desejado pelos produtores é a China. "Os pomares estão instalados, a produção por hectare é cada vez maior e o ritmo de plantação e produção pode ser ainda maior. Temos de encontrar clientes e abordar mercados de forma conjunta", defendeu.

O presidente da Portugal Fresh destaca como exemplo de cooperação entre empresas e produtores a venda para as lojas do Lild na Alemanha de pêra-rocha, framboesa, couve e batata. Este negócio permitiu tornar a Alemanha no quinto principal destino nas vendas internacionais deste sector, quando em 2014 era o décimo.

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Pequenos agricultores podem pedir reembolso do IVA até ao final do mês


Fevereiro 03
12:43
2016

Segundo o portal das Finanças, os pequenos produtores agrícolas, que facturam até 10.000 euros por ano, podem pedir o reembolso do IVA, relativo aos bens e serviços vendidos no semestre anterior, até ao fim de Fevereiro.

Esta compensação devia ser solicitada à Autoridade Tributária até 20 de Julho e 20 de Janeiro de cada ano, por via electrónica ou presencialmente junto de um Serviço de Finanças, através de um pedido no qual conste o valor das transmissões de bens e prestações de serviços realizadas no semestre anterior e os números de identificação fiscal dos respectivos compradores.

No entanto, uma vez que o modelo de pedido de compensação prevê um pré-preenchimento que não se mostra compatível com o prazo fixado para a comunicação dos elementos das facturas, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais decidiu que os agricultores podem fazer o pedido respeitante ao segundo semestre de 2015 até ao final de Fevereiro.

Esta compensação destina-se a atenuar o impacto do IVA suportado nas aquisições de bens e serviços necessários à actividade do produtor agrícola que se encontre isento do imposto, as quais não conferem o direito à dedução.

LUSA

Agroexpo: organização faz balanço «satisfatório»


Fev 01, 2016

O comité organizador da Agroexpo e a Feval – o centro de exposições da Extremadura – destacam «o aumento do número de expositores, bem como a sua qualidade». Nesta edição do certame realizada entre 27 e 30 de Janeiro, em Dom Benito, Espanha, estiveram presentes 230 empresas, o que representa um aumento de 9% em relação à edição anterior.

O número de expositores e visitantes vindos de Portugal também subiu. Manuel Gómez Parejo, director-geral da Feval, sublinha que, «por isso, se vão aumentar os esforços para continuar com a tendência».

No total, foram contabilizados 30.514 visitantes. O que correspondeu a um aumento da afluência em relação ao público em geral e aos profissionais.

O "Espaço Drone" chamou a atenção dos visitantes, que aproveitaram para conhecer alguns dos drones «mais avançados do mercado» e a sua aplicação na agricultura.

Armazenamento de água sobe em quase todas as barragens nacionais


por Ana Rita Costa- 2 Fevereiro, 2016

A quantidade de água armazenada nas barragens nacionais subiu em janeiro deste ano em 11 bacias hidrográficas, descendo apenas em uma. De acordo com o boletim de armazenamento de albufeiras do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), no último dia de janeiro registou-se um aumento do volume armazenado.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 22 apresentaram disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e nove têm disponibilidades inferiores a 40%, conta o SNIRH.

A informação registada no boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH em dezembro mostrava que os níveis mais elevados de armazenamento de água ocorreram nas bacias do Cávado (80,7%), Guadiana (74,3%), Mira (73,2%), Mondego (72,8%) e Barlavento (71,1%).

Os armazenamentos de janeiro de 2016, por sua vez, apresentaram-se inferiores às médias dos valores do mesmo mês nos períodos de 1990/91 a 2014/15, exceto para as bacias do Lima, Cávado/Ribeiras Costeiras, Ave, Douro e Tejo.

Israel e Angola colaboram na aplicação de técnicas agrícolas no deserto

Agricultura
por Ana Rita Costa- 2 Fevereiro, 2016

Israel vai colaborar com Angola, partilhando a sua experiência de agricultura no deserto com o uso de tecnologias em sistemas de irrigação. De acordo com o Jornal de Angola, a notícia foi avançada por Raphael Singer, embaixador de Israel, durante uma visita ao Namibe.

Segundo o diplomata, "Israel tem grande interesse em investir nos setores da agricultura e das águas e no combate à diversificação no Namibe." Como explica o Jornal de Angola, para o embaixador de Israel, estas são áreas importantes "para possíveis interesses de cooperação e desenvolvimento".

 "O projeto de diversificação, que já conta com a tecnologia israelita, é bastante ambicioso, pois podemos compartilhar as nossas experiências já que temos um deserto idêntico ao do Namibe, com terras bastante férteis para a prática da agricultura, onde estamos a utilizar várias tecnologias no sistema de irrigação que deve servir de modelo ou experiência para esta cidade", referiu Raphael Singer.

DGAV ordena retirada de 29 toneladas de queijo da Beira Baixa contaminado


por Ana Rita Costa- 3 Fevereiro, 2016

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ordenou a retirada do mercado e enviou para destruição cerca de 29 toneladas de queijo produzido na Cooperativa de Produtores de Queijo da Beira Baixa, de Idanha-a-Nova, devido à presença da bactéria Listeria monocytogenes.

Numa nota enviada às redações, o DGAV explica que no âmbito de uma inspeção a géneros alimentícios "foi detetada a presença da bactéria Listeria monocytogenes" em queijos produzidos pela cooperativa.

"A colheita teve lugar no dia 16 de dezembro de 2015 e incidiu sobre dois lotes de queijos devidamente identificados. Os resultados foram conhecidos a 30 de dezembro, tendo as autoridades da DGAV ordenado a retirada imediata daqueles lotes de queijos do mercado e a apreensão do restante produto proveniente dos mesmos lotes, que se encontrava ainda no estabelecimento", conta o organismo.

"Foi igualmente efetuada uma nova amostragem, incidindo sobre todos os lotes de produtos armazenados no estabelecimento (52) da qual resultaram 39 amostras positivas à presença de Listeria monocytogenes", acrescenta.

Conta ainda a DGAV que, "face à gravidade da situação encontrada", foi ordenada a suspensão da atividade e a retirada do mercado de todos os produtos provenientes do estabelecimento.

Copa-Cogeca aponta necessidade de regulamentar a cadeia agro-alimentar


Fev 02, 2016Notícias0Like
A organização que representa os agricultores e as cooperativas agrícolas europeias (Copa-Cogeca) lamenta, num comunicado enviado às redacções, que «a Comissão Europeia não tenha proposto legislação para combater as práticas comerciais injustas [UTP, na sigla inglesa]». As declarações surgem na sequência da publicação de um relatório sobre as práticas injustas na cadeia agro-alimentar europeia, assinado pela Comissão.

Apesar de não propor legislação nova, a Comissão Europeia sublinha que, no que respeita às medidas voluntárias para regular as UTP, «ainda há espaço para melhorar». Nomeadamente, ao nível da Iniciativa para a Cadeia de Abastecimento (SCI, na sigla inglesa), de modo a aumentar a sua «credibilidade e eficácia». A Copa-Cogeca considera estas sugestões «bem-vindas».

«Tendo em conta os desenvolvimentos positivos em algumas partes da cadeia agro-alimentar e dado que diferentes abordagens podem resolver as UTP de forma eficaz, a Comissão não vê benefícios na harmonização de medidas regulamentares ao nível da União Europeia», lê-se no relatório.

Pekka Pesonen, secretário-geral da Copa-Cogeca, sublinha que a organização «não pode subscrever voluntariamente a SCI porque esta não aborda suficientemente as queixas anónimas; nem oferece sanções suficientes para más práticas; nem tem um mecanismo de aplicação independente adequado».

A SCI foi criada em 2013 para promover as boas práticas ao longo da cadeia de abastecimento do sector agro-alimentar. Actualmente, fazem parte da SCI 1.202 empresas. O sector agrícola é o menos representado, com apenas 4% de empresas da área associadas à iniciativa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Laranjas do Algarve fora do calibre fazem sucesso no estrangeiro


IDÁLIO REVEZ 01/02/2016 - 07:52

Tangerinas e clementinas miúdas não há quem as queira – quem fica a ganhar é o Banco Alimentar, que já recebeu 40 toneladas. E comprar laranjas à beira da EN 125 revela-se um perigo por causa dos produtos fitossanitários. A apanha de Inverno decorre nos pomares algarvios.

 
Da Cooperativa de Citricultores do Algarve saem 120 toneladas de citrinos por dia, das quais cerca de 35% para exportação MIGUEL MADEIRA

 Vendas para a Alemanha em alta
Como é que se distingue a laranja do Algarve das espanholas da Andaluzia? À primeira vista, lavadas e engraxadas, todas parecem iguais, saídas da mesma "fábrica". A diferença está na diversidade de sabores e tamanhos. Nos campos algarvios, a apanha de Inverno vai a meio. Colhe-se fruta com menos açúcar do que Verão, mas também com menos produtos fitossanitários. O problema é escoar os exemplares miudinhos, que muitas vezes são até mais doces do que os de maior calibre. Mas se os nacionais são esquisitos, os estrangeiros recebem-nas de cestos abertos. É porque há outros factores mais importantes do que a aparência.

Por causa desta rejeição, a Cooperativa de Citricultores do Algarve (Cacial) já ofereceu 40 toneladas de clementinas ao Banco Alimentar. "Preferimos dar do que mandar para a indústria por um preço que não dá para pagar sequer a apanha", diz o presidente da Cacial, Martins Oliveira, acrescentando que o mercado externo está a ser "muito interessante" para variedades e tamanhos que, em Portugal, têm pouca aceitação.

Cada país com os seus hábitos, embora o poder de compra também não seja indiferente às escolhas dos consumidores. A Suíça, por exemplo, prefere a laranja "gordinha", a atirar para um tamanho acima da média. Já os italianos, antes de meterem o dente na fruta, querem ter a certeza de que é mesmo fresca, o calibre não é a primeira preocupação: "Exigem que a laranja [grande ou pequena] lá chegue com folha." Martins Oliveira explica a exigência: "A folha murcha é sinal de que fruta foi apanhada há mais de três dias, não tem a frescura da fruta acabada de colher." Por isso, o bom preço só é conseguido com uma eficaz rede de distribuição. E, nesse aspecto, adianta o director-geral da Cacial, Horácio Ferreira, "os espanhóis têm vantagem, porque estão mais próximos dos mercados centrais da Europa". Mas, quando chega à qualidade, sublinha, "o Algarve bate a concorrência".

"Laranja mecânica"
Desta cooperativa, criada há mais de 50 anos, estão a sair 120 toneladas de citrinos por dia, das quais cerca de 35% se destinam à exportação para países como a Suíça, Itália, França, entre outros. A sede da Cacial, à entrada de Faro, vista de fora aparenta ser apenas um conjunto de armazéns. Porém, lá dentro, tudo funciona como uma linha de montagem de uma "fábrica", onde a fruta é separada, lavada, encerada e embalada. Os antigos métodos manuais de selecção e tratamento deram lugar à "laranja mecânica", inserida em caixas à medida da vontade do cliente, por ordem do computador.

A dificuldade em escoar a fruta miúda é, antes de mais, económica. Segundo Martins Oliveira, as clementinas são pagas pela indústria a um cêntimo/quilo, quando a apanha custa nove cêntimos. "Preferimos oferecer ao banco alimentar – vamos entregar 40 toneladas. O ano passado demos 160 toneladas." Mas a laranja com um calibre acima da média também não é bem aceite pelo mercado nacional, ao contrário que se passa noutros países, com maior poder de compra. "Com três laranjas das que vão para a Suíça faz-se um quilo, que custa três euros ao consumidor", explica.

Os citrinos do Algarve beneficiam de uma fama que vem de longe, sublinhada recentemente pelo selo Indicação Geográfica Protegida (IGP). Porém, à "boleia" da IGP, há quem troque as voltas às normas legais. Alguns produtores, denuncia a cooperativa, vendem laranjas à margem das regras impostas pela segurança alimentar. "Já estive sujeito a termo de identidade e residência", diz Martins Oliveira, referindo-se a um caso em que foi constituído arguido, na qualidade de presidente do conselho de administração da Cacial, porque alegadamente a sua empresa teria vendido laranjas nas quais foram aplicados produtos fitossanitários proibidos. Umas amostras recolhidas num supermercado em Coimbra, recorda, detectaram laranjas impróprias para consumo, porque lhes tinha sido aplicado um produto químico, retirado do mercado havia mais de um ano. "Provou-se que não saiu daqui [Cacial] essa fruta", sublinha. O código de barras inscrito nas caixas foi a ferramenta que o ajudou a ser ilibado da acusação. Esse código é uma vantagem: "Permite saber donde veio a fruta, qual o pomar que a produziu, o dia em que foi colhida e até que produtos fitossanitários lhe foram aplicados."

Mas há um outro mercado não regulado feito à beira da Estrada Nacional (EN 125), onde nem todos os vendedores são produtores: "Costumo dizer aos meus amigos: 'Depois de Abril, não comprem laranjas na EN 125'", conta Martins Oliveira. E justifica-se: "Quando chega o calor, aumenta a intensidade na aplicação dos produtos de combate à mosca e são conhecidos casos em que não são respeitados os intervalos de segurança." Quando é violada essa regra, adverte, "podem surgir problemas de saúde pública". Por causa de situações semelhantes, acrescenta, "as autoridades espanholas acabaram com os vendedores de morangos junto à estrada do lá do rio Guadiana". Horácio Ferreira concretiza as suspeitas: "Com frequência temos sócios a queixarem-se de que lhes roubam fruta que não está em condições para consumo." E que acaba no mercado.

José Martins, um agricultor de 77 anos, vende directamente o que produz numa banca na EN 125, em Patã, perto de Boliqueime. "Quem pára para comprar conhece-me de há muitos anos", diz. No espaço de cerca de 200 metros encontram-se mais quatro comerciantes de laranja. "Há quem esteja aqui a vender, mas não se sabe donde vêm as laranjas", enfatiza, defendendo que "devia haver mais controlo por parte das autoridades". O preço varia entre os dois e os três euros, para um saco de três quilos. "Se não tivesse nascido dentro da agricultura, tinha já abandonado as terras", observa. Cultiva um pomar com três hectares – uma dimensão reduzida para competir no preço. "Menos de cinco hectares é só para perder dinheiro", diz Martins Oliveira, lembrando que o negócio tem de ganhar escala.

Ainda em Patã, com uma banca improvisada, Liubov (ucraniana, há um ano e nove meses em Portugal) anuncia, num cartaz de papelão, "laranja do Algarve" a preço de combate – seis quilos, quatro euros. "Trabalhei nas limpezas, fiquei desempregada, agora pagam-me 15 euros por dia para vender laranjas." Sobre a qualidade diz: "Sim, são boas, muito boas –quer provar?"

À falta de melhor para atestar a qualidade, o administrador da Cacial deixa um conselho que o seu avô defendia quando apanhava figos: "Se tiverem bicho, vivo, podes comer, é porque é bom."

Praga assusta produtores de citrinos no Algarve
Os citricultores algarvios entraram em estado de alerta com um nova doença "trioza" – uma praga que ataca os pomares, podendo levar ao seu extermínio. No passado mês de Dezembro foi detectada uma planta infectada na zona de Silves. A análise efectuada pelo Ministério da Agricultura deu "positiva" e, a seguir, como medida preventiva, todas as árvores existentes na propriedade, com cerca de 1,5 hectares, foram arrancadas e queimadas. Aparentemente, o problema ficou circunscrito. Na semana passada, a Universidade do Algarve, Ualg, convidou Joseph Bové – um cientista na área – para dar uma conferência sobre a trajectória desta doença, conhecida na China há mais de um século, mas também com forte incidência no Brasil e Califórnia (EUA). "Falso alarme, provavelmente", concluiu o investigador da Universidade de Bordéus, adiantando, porém, que o mosquito que propaga a doença foi detectado na Galiza e no Norte de Portugal (junto ao rio Minho).

Quando há uma coisa destas, afirmou ao PÚBLICO o professor da Ualg Amílcar Duarte, "é melhor tocar o alarme e ser falso do que não tocar o alarme e ser verdadeiro". Salvaguardando que não vê razão para alarmismos, considera, no entanto, que o assunto "merece toda a atenção, do ponto de vista técnico", para que a bactéria (HLB) não se propague, colocando em causa um das principais sectores da agricultura regional. Nesse sentido, recomenda "especial atenção na compra de plantas", lembrando que só devem ser adquiridas em viveiros certificados.

Comissão Europeia promove o “Smart Farming” para controlo das alterações climatéricas

Fevereiro 01
14:32
2016

Face ao crescente consumo de produtos alimentares e à necessidade imperiosa de redução das emissões de gases a efeito de estufa, a Comissão está a investir fortemente na inovação tecnológica, para chegar a estes dois objectivos.

Com o programa "Horizonte 2020″, a Comissão, com um orçamento de 3,6 mil milhões de euros, para o período de 2014-2020, praticamente duplicou os montantes do último quadro comunitário.

A agricultura inteligente ligada a problemas climatéricos é o ponto mais importante, sendo esperados 3000 projectos para serem financiados por este fundo.

Cerca de 64 milhões de euros serão destinados ao desenvolvimento da agricultura de precisão e cerca de 30 milhões irão para o programa Things Large Scale Pilot, ou Smart Farming and Food Security.

Um dos instrumentos tecnológicos que mais tem evoluído nos últimos tempos são os drones para a agricultura.

Actualmente conseguem transmitir informação sobre o estado das culturas, que permite controlar eficientemente as regas e as adubações, conseguindo maiores produções com menos custos, não só efectivos, como também ambientais.

A tecnologia já evoluiu tanto, que permite detectar variações anormais de temperatura numa exploração pecuária em extensivo e, assim, dar indicações muito importantes.

Em resumo, a Comissão aposta muito forte no desenvolvimento tecnológico, para dar sustentabilidade à agricultura.

Mercado de futuros do açúcar pode chegar no outono de 2016



 02 Fevereiro 2016, terça-feira 

O Euronext, já responsável pelo mercado de futuros do trigo e do milho, poderá lançar, no outono, o mercado de futuros do açúcar, tentando adaptar desta forma o mercado à situação do fim de quotas de produção, que acontecerá em 2017.
Falta só a autorização do regulador, para que o açúcar possa começar a ser cotado no MATIF (Mercado Internacional de Futuros de França).
Com o fim das quotas de produção, os produtores de beterraba podem aumentar livremente as suas produções e passam a ter mais um instrumento de mercado para as poderem vender na bolsa.
Propõe-se, assim, que os produtores de açúcar se juntem aos produtores de trigo e milho e tenham uma maior transparência em termos de preços.
De referir que depois do Brasil e da Índia, a União Europeia é o terceiro produtor mundial de açúcar, sendo que a França é o maior produtor europeu, com 5,35 milhões de toneladas, dos quais 2,3 milhões são destinados à exportação.
Fonte: Agroinfo

Serpa debate “Pastagens, forragens e raças autóctones”



 01 Fevereiro 2016, segunda-feira

"Pastagens, Forragens e Raças Autóctones - Estratégias de Valorização Económica na Margem Esquerda do Guadiana". Assim se designa o tema central da edição de 2016 da XXXVII reunião de primavera promovida pela Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (SPPF).
pastagens
O evento, que decorre entre 29 e 30 de abril de 2016, em Serpa, conta ainda com a colaboração da Câmara Municipal de Serpa, da Escola Superior Agrária de Beja, da Organização de Produtores Pecuários de Serpa, da Associação dos Agricultores do Concelho de Serpa, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa e da Associação de Beneficiários do Ardila e Enxoé.
Saiba mais sobre o evento aqui e na página do Facebook da Sociedade. 

Produtores nacionais de pequenos frutos criam cooperativa


por Ana Rita Costa- 28 Janeiro, 2016

Um grupo de produtores de pequenos frutos decidiu unir-se para fundar a 'Bagas de Portugal, C.R.L.', uma cooperativa agrícola de responsabilidade limitada que tem como missão dar resposta a várias necessidades identificadas no desenvolvimento da atividade, nomeadamente ao nível da comercialização dos frutos. Os órgãos sociais da cooperativa já foram formados e estão agora em funções, com o produtor Paulo Lúcio como Presidente da Direção.

Com cerca de 40 sócios fundadores, a Bagas de Portugal nasce com sede em Sever do Vouga, mas pretende abranger todo o território nacional. Numa nota enviada às redações pela Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, é referido que a associação quer "dar resposta à questão do escoamento do fruto, sem dúvida uma das razões principais que esteve na origem do nascimento desta cooperativa." Para além disso, a organização pretende encontrar soluções para outras áreas de interesse dos produtores, nomeadamente a conservação, armazenagem, transformação, promoção, produção, importação, exportação e qualidade do fruto e seus derivados, em especial dos pequenos frutos, como por exemplo a amora, framboesa, physalis, groselha, baga de sabugueiro, medronho, mirtilo, arando-vermelho, goji, entre outros."

Segundo os seus estatutos, "a Bagas de Portugal também se irá dedicar à prestação de serviços necessários ao desenvolvimento da atividade dos seus cooperadores; à programação da produção e a adaptação desta à procura; à promoção da concentração da oferta e a colocação no mercado da produção dos cooperadores; ao desenvolvimento e apoio à investigação; à promoção de práticas de cultivo e técnicas de produção e de gestão dos resíduos respeitadores do ambiente; e à organização de ações de formação, workshops, seminários, conferências e outros eventos formativos."

A Bagas de Portugal está presente online em www.bagasdeportugal.pt/, onde é possível pedir para aderir à cooperativa.

Vidigueira acolhe Feira do Vinho


 03 Fevereiro 2016, quarta-feira  Viticultura

A segunda "Vidigueira Branco - Feira do Vinho e do Cante" vai decorrer entre 24 e 27 de março de 2016 para promover os vinhos da subregião vitivinícola de Vidigueira, o azeite, o cante alentejano e a gastronomia tradicional.
vinhos
Segundo divulgou a Câmara de Vidigueira, promotora da feira, que vai decorrer no parque multiusos da vila alentejana, o evento pretende «contribuir para fortalecer a atratividade turística do concelho e promover a excelência produtiva e divulgar os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, em especial os brancos e a casta Antão Vaz».
A feira, que vai incluir exposição e comércio de produtos agroalimentares, ateliers de pão, demonstrações de cozinha, provas de vinho, espetáculos musicais e animação, também pretende «dignificar» o cante alentejano como «factor de promoção da cultura alentejana» e «promover as tradições da gastronomia mediterrânica».
«A excelência dos produtos do concelho e o potencial de afirmação e de reconhecimento que os setores do vinho e do azeite já alcançaram pode ser estendido a outros domínios produtivos», como o pão, e, por isso, a feira, além da Rota do Azeite e do Vinho, vai incluir o Festival Gastronómico de Migas e uma Mostra de Pão e Doçaria Tradicional, refere o município.
Fonte: Lusa 



Concursos Nacionais no CNEMA em fevereiro


 
O CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, volta a colocar em destaque os produtos portugueses ao promover várias iniciativas como o 3º Concurso Nacional de Chocolates Tradicionais (18 fevereiro), o Concurso Nacional de Pão, Broas e Empadas Tradicionais Portugueses (18 fevereiro), o Concurso Nacional de Folares e Bôlas Tradicionais Portugueses (19 fevereiro), o 5º Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa (25 fevereiro) e o 5º Concurso Nacional de Doçaria Tradicional Portuguesa (26 fevereiro).
 
Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica/oriGIn Portugal, têm como objetivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores.
 
Com a realização destas atividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses.
 
As competições decorrem no âmbito da 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Ribatejo e de outras ações como os Concursos Nacionais de Queijos, de Enchidos, Ensacados e Presuntos, de Carnes Qualificadas, de Mel, de Azeites, de Conservas de Pescado, de Licores, de Azeitonas de Conserva, de Ervas Aromáticas e de Sal, de Vinagres e do Salão Prazer de Provar.

fonte: CNEMA

Dormir no Douro, dentro do pipo


01 DE FEVEREIRO DE 2016
Daqui por poucas semanas vai ser possível dormir dentro de um pipo de vinho. O conceito está a ser construído na margem esquerda do Douro, na Quinta da Pacheca.


A Quinta, que já tem um hotel de inspiração vínica, quer "inovar e proporcionar novas experiencias para contrariar a muita oferta que existe". E dormir num pipo, diz Paulo Pereira, o empresário português radicado em França que há dez anos comprou esta quinta situada no concelho de Lamego, "será uma oferta diferente".

Amadeu Araújo na Quinta da Pacheca

Dormir na pipa
Quinta da Pacheca
Henrique Pinto, o arquiteto que congeminou a ideia diz que "a dormida será segura e proporcionará outros sonhos, em contacto com as texturas e os aromas vínicos".

A Quinta da Pacheca recuperou os velhos barris do vinho do Porto, que foram requalificados e acrescentados. As aduelas foram alargadas e transformadas em modernos bungalows que vão proporcionar, a partir de fevereiro, a experiencia de dormir, literalmente, dentro da barrica.


Badajoz/Elvas: I Congresso Ibérico de Olivicultura chega em abril de 2016



 14 Dezembro 2015, segunda-feira 

Entre 13 e 15 de abril de 2016, decorre em Elvas e Badajoz, o I Congresso Ibérico de Olivicultura, evento que irá debater o olival, o azeite e a azeitona de mesa.
Como fomentar a competitividade do setor mas também promover o intercâmbio de conhecimento são os principais objetivos do Congresso.
O evento contará com sessões científicas onde serão abordadas propostas inovadoras no campo da produção, do processamento, dos subprodutos e do marketing e qualidade.
Esta primeira edição é organizada pela Associação Portuguesa de Horticultura e pela Sociedad Española de Ciencias Hortícolas (SECH). 


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A água é um bem precioso que a Associação de Beneficiários do Roxo vai gerir com mais eficiência



28.01.2016 às 12h360
 
António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários do Roxo, tem em mãos um projeto que obedece aos mais elevados padrões tecnológicos e trará modernização para a região

MARCOS BORGA

No quarto de 20 casos portugueses que estão a beneficiar dos fundos comunitários do programa 2020, perceba como a modernização do Perímetro de Rega do Roxo, junto ao Alqueva, pode fazer a diferença. Siga nas próximas semanas o projeto do Expresso e do BCP Capital

MIGUEL ÂNGELO PINTO

O Alqueva pode ser o empreendimento hidrográfico mais conhecido do país, mas ali perto já antes se faziam contas à necessidade de uma gestão e aproveitamento eficaz dos recursos disponíveis. Em 1968 nascia o Aproveitamento Hidrográfico do Roxo, que permitiu o estabelecimento de uma área de regadio com 5041 hectares para ver vídeo), que seria aumentada para os 8400 hectares com a ligação, então sim, ao sistema do Alqueva.

Servindo os concelhos de Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Santiago do Cacém, esta área regista cerca de 422 proprietários e 791 prédios. Para assegurar uma melhor gestão deste sistema, foi criada a Associação de Beneficiários do Roxo, que lidera o processo de modernização do Perímetro de Rega do Roxo, um projeto que obedece ao mais elevados padrões tecnológicos, que conduzirão a uma das mais elevadas eficiências na distribuição de água para a agricultura.

€50 milhões 
Valor dos projetos candidatados a financiamento pela associação ao programa PDR 2020
De acordo com António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários do Roxo, "os investimentos que conduzem a esta situação têm vindo a ser efetuados no âmbito dos anteriores quadros comunitários, continuando no atual, onde um total de 50 milhões de euros já foram candidatados para financiamento", frisando que o foco está na recuperação e modernização do Aproveitamento Hidroagrícola do Roxo: "No sentido de aumentarmos a eficiência na distribuição da água e no consumo desta pelos agricultores, permitindo explorações mais sustentáveis e competitivas".



Em termos de produções agrícolas, o perímetro do Roxo passou de um núcleo de culturas tradicionais de regadio (como o milho, o tomate e o arroz), para um novo leque onde predomina o olival e o amendoal, assim como novas culturas de exploração intensiva, como a romã, figo, papoila, brócolos e abóboras. Esta diversificação visa o aumento da rentabilidade do setor agrícola de regadio, tendo-se fomentado a criação, e participação, na empresa Campos do Roxo, que se dedica à organização do setor produtivo.

Está previsto para a região, entre outras obras, a construção da mini-hídrica da Barragem do Roxo e a central fotovoltaica de apoio à estação elevatória de Montes Velhos
Está previsto para a região, entre outras obras, a construção da mini-hídrica da Barragem do Roxo e a central fotovoltaica de apoio à estação elevatória de Montes Velhos
MARCOS BORGA
Este esforço de inovação e modernização levou a que fosse apresentado um conjunto de intervenções, candidatas a financiamento do programa PDR2020. A modernização do Canal Condutor Geral do Roxo (obra orçada em 3,2 milhões de euros), dos blocos de rega da Barrada, Monte Novo e Vale do Zebro (41 milhões de euros, faseada em duas partes, com uma primeira etapa com um valor de candidatura de 27 milhões de euros) e o Sistema Integrado de Gestão da Distribuição de Água de Rega (230 mil euros), constituem assim o eixo fundamental dos financiamentos candidatados.

António Parreira lembra que, paralelamente aos projetos apresentados ao programa PDR 2020, têm "em carteira um conjunto de obras que visam essencialmente reduzir os custos energéticos na atividade de distribuição de água, procurando a diversificação de receitas". Insere-se aqui a construção da mini-hídrica da Barragem do Roxo, a central fotovoltaica de apoio à estação elevatória de Montes Velhos, o Parque Natureza do Roxo e a criação de um serviço de apoio ao regante. Tudo para promover um aumento da eficiência da utilização da água de rega.

Até 26 de fevereiro, o Expresso e o BCP Capital vão contar histórias de 20 empresas que já ganharam os fundos do Portugal 2020 e têm projetos para inovar e internacionalizar. E cinco guias práticos, às sextas, caso deseje candidatar-se aos fundos.



Estudo científico revela que a cortiça retém carbono absorvido na atmosfera


Estudo científico revela que a cortiça retém carbono absorvido na atmosfera

Um estudo hoje divulgado pela Universidade de Aveiro conclui que por cada tonelada de cortiça produzida, o montado sequestra mais de 73 toneladas de dióxido de carbono.
O estudo coordenado pela Universidade de Aveiro (UA), o primeiro no país a quantificar a pegada de carbono do setor da cortiça, confirma os poderes ecológicos do sobreiro e do ecossistema que o envolve.
A capacidade da própria cortiça de reter o carbono absorvido durante o crescimento do sobreiro, permite que constitua um reservatório de carbono ao longo do seu ciclo de vida, garantindo que por cada tonelada de cortiça duas de dióxido de carbono sejam sequestradas da atmosfera.
Diário Digital / Lusa