sábado, 13 de fevereiro de 2016

Governo autoriza abate de mais de 14 mil árvores no Tua para obras da barragem


Lusa 11 Fev, 2016, 17:57 | Economia

O Governo autorizou o abate de mais de 14 mil árvores na zona do Tua para a segunda fase da construção da barragem nesta zona de Trás-os-Montes, invocando a utilidade pública da obra e impondo condicionantes.

O despacho conjunto dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e do Desenvolvimento Regional do publicado hoje em Diário da República e aprova, para a execução da segunda fase da obra do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua o abate de 1.484 sobreiros adultos e 643 jovens e 9.922 azinheiras adultas e 2026 jovens.

O despacho declara a "utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação das percelas de terreno necessárias à implementação da obra" e contempla o abate em 111 hectares de povoamentos e pequenos núcleos daquelas espécies, sendo que a autorização é condicionada.

A empresa concessionária da barragem, a EDP, fica obrigada ao cumprimento de medidas compensatórias como a arborização com novos sobreiros e azinheiras de 146 hectares.

A elétrica nacional deverá, de acordo ainda com as condições, comprometer-se a "estabelecer, para o efeito, contrato de comodato ou de natureza jurídica equivalente" com os afetados "existindo a concordância

dos representantes dos compartes eleitos e em funções nas áreas dos perímetros florestais".

O Governo justifica a autorização do abate de árvores, que já aconteceu também me fases anteriores da obra com o facto da localização da barragem ter sido a escolhida em sede de Avaliação de Impacte Ambiental e ter merecido Declaração de Impacte Ambiental Favorável Condicionada.

A barragem de Foz Tua começou a ser executada há cinco anos, em 2011, encontra-se em fase de conclusão entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real) e faz parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.

A empresa perspetiva que a albufeira comece a encher durante este ano de 2016.

Continente apresenta nova linha de comunicação de Frescos



"A NATUREZA TEM A NOSSA MARCA"

Com trinta anos de experiência no setor do retalho alimentar e uma forte ligação à produção nacional, o Continente apresenta hoje uma nova linha de comunicação de Frescos, assente na origem, autenticidade, sabor e qualidade dos produtos.

Sob o mote "A natureza tem a nossa marca", a nova campanha de promoção de frescos reflete a preocupação já histórica do Continente em disponibilizar produtos portugueses, de qualidade, ao melhor preço. Este novo conceito fica bem patente no filme publicitário e nas criatividades gráficas, que têm como personagens principais as melhores frutas, legumes, a carne e o peixe genuinamente frescos. No campo, na terra e no mar, os produtores de hoje compreendem e reinventam tradições, aliando-as à inovação, para oferecer produtos mais autênticos ao consumidor que, por sua vez, está a revolucionar os seus hábitos e estilo de vida, e exige produtos cada vez mais frescos e saudáveis.

O Continente integra esta revolução deste 1998, com o Clube de Produtores Continente. O objetivo é continuar a oferecer aos portugueses produtos frescos sustentáveis, saborosos, saudáveis, sem descurar o ambiente.

Por outro lado, esta nova linha de comunicação está alinhada com a promoção do combate ao desperdício alimentar, valorizando a autenticidade e qualidade dos produtos. Este esforço é reforçado através da doação contínua de excedentes alimentares a instituições em necessidade, próximas das lojas Continente e em todo o país.

De acordo com Paulo Veiga, Diretor de Marketing da Sonae MC, "O reforço na comunicação dos frescos, o coração das lojas Continente, demonstra o nosso compromisso em estimular e apoiar a nova geração de produtores, respondendo simultaneamente às necessidades de uma nova geração de clientes. É objetivo do Continente fortalecer o seu papel de elo de ligação entre o produtor e o consumidor final, dando a conhecer a origem, qualidade e autenticidade dos produtos, estimular estilos de vida saudáveis e promover a sustentabilidade ambiental e alimentar, junto dos portugueses."
 

Com assinatura da Fuel, a nova linha de comunicação vem reforçar o posicionamento do Continente, enquanto parceiro de confiança dos portugueses, reafirmando o seu compromisso no apoio à produção nacional e na oferta dos produtos mais frescos e saborosos, aos preços mais justos, quer para produtores, quer para consumidores.

Mercado de Agricultores da CAP regressa a Lisboa


 12 Fevereiro 2016, sexta-feira

O "CAP - Mercado de Agricultores", organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), na sequência de um protocolo com a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, já tem datas e local para as edições de 2016.
mercado cap
A próxima edição do evento tem data marcada para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, na Praça da Figueira, adianta a CAP, em comunicado. 
O Mercado acontecerá uma vez por mês, na Praça da Figueira, «não só por ser um dos principais pontos turísticos de maior tráfego na Baixa de Lisboa, mas também por ter sido aqui que, em 1855, foi construído o principal mercado coberto da cidade, entretanto demolido na década de 50 do século passado», esclarece a CAP. 
Para Luis Mira, secretário-geral da CAP, «é importante que os Mercados se realizem em espaços emblemáticos da capital com uma grande concentração de residentes e turistas, que consigam contar aos visitantes um pouco da história que guardam e que convivam em harmonia com uma imagem moderna e apelativa, consentânea com uma agricultura moderna, inovadora e focada no futuro». 
A primeira edição do "CAP - Mercado de Agricultores", inaugurada pelo Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, em dezembro de 2015, decorreu na Praça dos Restauradores, e contou com a participação de 30 empresas de todo o país. 
O objetivo da iniciativa passa por fazer chegar ao grande público «o melhor que a terra nos dá", contribuindo para a divulgação, estímulo e sustentabilidade de produções tradicionais que, muitas vezes, pela sua reduzida dimensão, têm dificuldade em penetrar no circuito comercial das grandes redes de distribuição».
O Mercado de Agricultores conta com o patrocínio do BPI e o apoio institucional da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. 
Agenda 2016 - CAP Mercado de Agricultores - Praça da Figueira

19, 20 e 21 de fevereiro de 2016
11, 12 e 13 de março de 2016
8, 9 e 10 de abril de 2016
6, 7 e 8 de maio de 2016
10, 11 e 12 de junho de 2016
8, 9 e 10 de julho de 2016
12, 13 e 14 de agosto de 2016
9, 10 e 11 de setembro de 2016
7, 8 e 9 de outubro de 2016
11, 12 e 13 de novembro de 2016
8, 9, 10 e 11 de dezembro de 2016

OGM’s: Governo garante que legislação será cumprida

 12 Fevereiro 2016, sexta-feira

O primeiro-ministro, António Costa, garante que a legislação comunitária relativa a Organismos Geneticamente Modificados (OGM's) será cumprida e lembrou que há um reforço de verbas para garantir a execução do programa comunitário, Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).
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Acrescentou ainda, que no Orçamento do Estado para 2016 foi feito um esforço acrescido de reforço de verbas do Ministério da Agricultura em 25 milhões de euros para assegurar a execução do PDR2020.
António Costa criticou ainda a «forma habilidosa» como anterior Governo PSD/CDS-PP concentrou em 2015 toda a execução que dispensava contrapartida nacional, o que aliviou a despesa do Orçamento desse ano, mas acabou por penalizar os Orçamentos dos anos seguintes, passando a despesa para outros.
O deputado do PAN, André Silva, na sua intervenção, acusou o anterior Governo de ter criado um buraco financeiro de 200 milhões de euros no Ministério da Agricultura e de ter omitido na portaria que regula o PDR2020 a proibição de apoios aos OGM's, particularmente o caso milho transgénico de regadio.
Considerou que desta forma se está a «financiar a empresa Monsanto», com os contribuintes a suportar a poderosa e perniciosa indústria mundial dos transgénicos, ao mesmo tempo que se prejudica os pequenos agricultores e todos os que pretendem fazer agricultura biológica.
Fonte: Lusa 

Revista de Vinhos distinguiu ‘Os Melhores do Ano 2015’ em cerimónia épica

Perante uma plateia de mais de 1000 pessoas
 


"Nos tempos mais recentes, qualquer balanço do ano no sector dos vinhos corre o risco de se tornar repetitivo. Em 2015, tal como em 2014, tivemos grandes vinhos e muito boa gente a cuidar deles. Foi mais um ano em que as exportações cresceram e novos actores surgiram na frente interna. Nunca é fácil chegar a um consenso sobre quem foi o melhor em cada uma das categorias, mas 2015 deu-nos ainda mais trabalho do que o habitual – há mesmo dois casos em que se determinou a atribuição do prémio "ex-aequo". Mas esta dificuldade na escolha é um bom problema. Porque resulta do nível muito elevado de competência e paixão existentes no nosso mundo do vinho. Para o ano há mais. E melhor, apostamos.", assim começam as páginas que a Revista de Vinhos dedicada aos seus prémios, 'Os Melhores do Ano 2015'.
 
Numa cerimónia épica, perante uma plateia de mais de mil pessoas, a Revista de Vinhos distinguiu ontem 'Os Melhores do Ano 2015', tendo escolhido Sangalhos, na região Centro, para receber o evento deste ano. O produtor bairradino Luís Pato foi agraciado com o prémio de carreira 'Senhor do Vinho', pela sua contribuição na divulgação e afirmação dos vinhos portugueses em todo o mundo e cuja influência no sector foi e continua a ser muito grande. Na 'Gastronomia', com o prémio que leva o nome do saudoso jornalista gastrónomo "David Lopes Ramos", foi distinguido Ljubomir Stanisic, um chefe que nasceu no Leste mas que, desdobrando-se em várias frentes, é um grande divulgador dos produtos e saberes portugueses, sempre com paixão e profundidade. Nota ainda para o facto de, nesta que foi a 19.ª edição, não terem sido dezanove mas 21 os 'Prémios Especiais', com duas das categorias a elegerem vencedores em ex-aequo: Casa Agrícola HMR (sigla de Herdade do Monte da Ribeira) e Quinta Vale D. Maria (da Lemos & Van Zeller) na categoria 'Produtor'; e Adega Mãe e Quinta do Gradil (da Parras Vinhos) como 'Empresa(s) do Ano'.
 
Os já conhecidos como "Óscares do Vinho" distinguiram a Caminhos Cruzados, do Dão, como 'Produtor Revelação'. Igualmente para esta região foram os prémios de melhor 'Organização Vitivinícola', com a Comissão Vitivinícola Regional do Dão a arrecadar este troféu, e melhor 'Campanha Publicitária', atribuída às "Histórias escritas com vinho", criadas pela agência A Transformadora para o produtor Casa da Passarella. Mais a Norte, no Douro, a Gran Cruz levou para casa (ou para a adega!) a estatueta de melhor 'Empresa (Vinhos Generosos)' e o prémio de 'Identidade e Carácter' foi atribuído à Niepoort Vinhos. No que toca à 'Adega Cooperativa', segundo a Revista de Vinhos a que mais se destacou em 2015 foi a da Vidigueira, Cuba e Alvito. Mas este não foi o único prémio por terras do "Cante Alentejano", isto porque é lá que está sediado o 'Melhor Enoturismo de 2015': a Adega Mayor, em Campo Maior, um destino imperdível para amantes de vinho aliado ao turismo. É caso para dizer que em Portugal se está a fazer um trabalho de excelência nos vinhos, de Norte a Sul do país.  
 
Tal como os 'Prémios de Excelência' atribuídos aos 30 melhores néctares nacionais, a revelação dos enólogos do ano é aguardada a cada edição com enorme expectativa e este ano não foi excepção. O facto de em 2015 ter confirmado ser um enólogo polivalente, extraindo qualidade com todos os tipos de uvas, valeu a Bernardo Cabral, enólogo na Companhia das Lezírias, e consultor em vários projectos como Pegos Claros e Bombeira do Guadiana, o título de melhor 'Enólogo'. Já as qualidades técnicas muito apuradas, uma boa memória olfativa e a experiencia no desenho de muitos vinhos excepcionais foram factores que levaram Álvaro van Zeller ao pódio para receber a estatueta prateada com o título 'Enólogo (Vinhos Generosos)'. Também para um grande senhor do mundo do vinho ou, sendo mais preciso, da viticultura, foi o prémio dessa mesma categoria. O eleito foi o "viticólogo" Nuno Magalhães, detentor de uma carreira única, na Universidade e no campo, que faz dele um verdadeiro "Senhor da Vinha".
 
No âmbito vínico, mas do ponto de vista dos estabelecimentos, destaque para a 'Garrafeira' Garage Wines, meca dos vinhos em Matosinhos e propriedade da entusiasta Ivone Ribeiro; para o 'Wine Bar' Grapes & Bite Winehouse, em pleno Bairro Alto lisboeta; e para a Quinta do Saloio, uma 'Loja Gourmet' que já leva quase meio século no Estoril, mas se mantém muito actual. No âmbito gastronómico foram dois os restaurantes distinguidos: O Paparico no Porto e o Dom Joaquim em Évora. Este último numa vertente de 'Cozinha Tradicional Portuguesa'.
 
Antes da entrega dos 'Prémios Especiais' foi tempo de revelar os vinhos que se destacaram ao longo do ano findo. As 183 referências com o título de 'Melhores de Portugal' foram desfilando na tela ao longo do bem servido jantar, seguindo-se a aclamação aos 30 "excelentes" néctares de 2015. Os produtores não saíram da Gala sem levar para casa os diplomas de 'Boa(s) Compra(s)', que este ano foram atribuídos a 765 vinhos de Portugal Continental e ilhas. Os números falam por si e foram significativamente superiores aos de 2014: 169 e 624.

 

Os 'Prémios de Excelência', os melhores entre os melhores, foram distribuídos por um só espumante, o 'Murganheira Távora-Varosa Chardonnay branco 2008'; três brancos, sendo dois deles de Alvarinho e o outro um Dão da Quinta da Pellada; 20 tintos, em que oito são do Douro e igualmente oito são alentejanos; três vinhos do Porto; dois Madeira; e um Moscatel de Setúbal. Os nomes dos produtores – e dos vinhos – são, na sua maioria, sonantes e repetentes nestas andanças. De colheitas bem distintas, os afamados 'Barca Velha' (2004), do Douro, e 'Pêra-Manca' (2011), do Alentejo, estão entre os vencedores. Destaque para o generoso 'Vasques de Carvalho Porto Tawny 40 anos', do produtor com o nome homónimo e que chegou ao mercado precisamente em 2015, embora de uma família com anos de história na produção de néctares do Douro e Porto.

 

Analisando os 'Melhores de Portugal', em que se distinguem os melhores dentro de cada região vinícola, temos o Alentejo à frente com 31 referências, colado ao Douro com 30 néctares eleitos. A Bairrada é a terceira região mais premiada nesta categoria se aos vinhos de consumo juntarmos os espumantes, que elevam de 16 para 26 os galardoados (e mais um, que embora sem DOC ou IGP é produzido pelo bairradino Campolargo). O ano transacto foi de "bons e novos ventos" para o Dão, região que vir nascer a sua Rota dos Vinhos; no contexto do acontecimento da Revista de Vinhos 18 foram aqueles que arrecadaram diplomas nesta categoria. Seguiu-se a região dos Vinhos Verdes com 15 premiados.

 

Revista de Vinhos 'Os Melhores do Ano 2015' :: Prémio de Excelência – Lista dos 30 Vinhos

 

Nome do Vinho
Nome do Produtor
Murganheira Távora-Varosa Espumante Chardonnay branco 2008
Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa
Anselmo Mendes Curtimenta Vinho Verde Alvarinho branco 2013
Anselmo Mendes Vinhos
Quinta de Soalheiro Vinho Verde Alvarinho Reserva branco 2014
Vinusoalleirus
Abandonado Douro tinto 2011
Alves de Sousa
Barca Velha Douro tinto 2004
Sogrape Vinhos
Chryseia Douro tinto 2013
Prats & Symington
Legado Douro tinto 2011
Sogrape Vinhos
Quinta do Crasto Vinha da Ponte Douro tinto 2012
Quinta do Crasto
Quinta do Noval Douro tinto 2012
Quinta do Noval
Quinta do Vale Meão Douro tinto 2013
F. Olazabal & Filhos
Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca Douro tinto 2013
Lemos & Van Zeller
Quinta da Alameda Dão Reserva Especial tinto 2012
Alameda de Santar
Quinta da Pellada Primus Dão branco 2013
Quinta da Pellada - Álvaro Castro
Luís Pato Vinha Pan Bairrada tinto 2011
Luís Pato
Quinta das Bágeiras Bairrada Garrafeira tinto 2010
Mário Sérgio Alves Nuno
Palácio da Bacalhôa Reg. Península de Setúbal tinto 2009
Bacalhôa Vinhos de Portugal
Cortes de Cima Reg. Alentejano Reserva tinto 2011
Cortes de Cima
Esporão Private Selection Alentejo Garrafeira tinto 2012
Esporão
J de José de Sousa Reg. Alentejano tinto 2011
José Maria da Fonseca Vinhos
Júlio B. Bastos Reg. Alentejano Alicante Bouschet tinto 2012
Júlio Bastos - Dona Maria
Marmelar Reg. Alentejano tinto 2012
Casa Agrícola HMR
Pêra-Manca Alentejo tinto 2011
Fundação Eugénio de Almeida
Scala Coeli Reg. Alentejano Petit Verdot Reserva tinto 2011
Fundação Eugénio de Almeida
Zambujeiro Reg. Alentejano tinto 2011
Quinta do Zambujeiro
Graham's Porto Colheita 1972
Symington Family Estates
Taylor's Very Old Porto Single Harvest 1966
Taylor Fladgate & Yeatman
Vasques de Carvalho Porto Tawny 40 anos
Vasques de Carvalho
Blandy's Madeira Frasqueira Verdelho 1973
Madeira Wine Company
Ribeiro Real Madeira Malvasia Lote 1 - 20 Anos
Vinhos Barbeito (Madeira)
Bacalhôa Setúbal Moscatel Roxo Superior 2002
Bacalhôa Vinhos de Portugal
 

 
Revista de Vinhos 'Os Melhores do Ano 2015' :: Prémios Especiais
 
Campanha Publicitária :: "Uma história escrita com vinho", criada pela agência A Transformadora para a Casa da Passarella
Restaurante (Cozinha Tradicional Portuguesa) :: Dom Joaquim (Évora)
Restaurante :: O Paparico (Porto)
Prémio de Gastronomia "David Lopes Ramos" :: Ljubomir Stanisic
Loja Gourmet :: Quinta do Saloio (Estoril)
Garrafeira :: Garage Wines (Matosinhos)
Wine Bar :: Grapes & Bites Winehouse (Lisboa)
Enoturismo :: Adega Mayor (Campo Maior)
Organização Vitivinícola :: Comissão Vitivinícola Regional do Dão
Viticultura :: Nuno Magalhães
Adega Cooperativa :: Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito (Alentejo)
Produtor Revelação do Ano :: Caminhos Cruzados (Dão)
Produtor (2) :: Casa Agrícola HMR e Quinta Vale D. Maria (Lemos & Van Zeller)
Empresa (Vinhos Generosos) :: Gran Cruz
Empresa (2) :: Adega Mãe e Quinta do Gradil (Parras Vinhos)
Identidade e Carácter :: Niepoort Vinhos
Enólogo Vinhos Generosos :: Álvaro van Zeller
Enólogo :: Bernardo Cabral
Senhor do Vinho :: Luís Pato

Novo regime de organizações de produtores passa a ter valores mínimos de comercialização

12-02-2016 
 

 
O novo regime das organizações de produtores agrícolas, cujo principal objectivo é a concentração da oferta, vai estabelecer valores mínimos para a produção comercializada, segundo uma portaria publicada no Diário da República.

O objectivo é consagrar «valores mais ambiciosos de modo a que as organizações da produção sejam estruturas consequentes na sustentabilidade das unidades produtivas dos seus associados», justifica o diploma.

Transitoriamente, será possível criar por um período máximo de três anos, agrupamentos de produtores com valores inferiores para que possam «adoptar as medidas e instrumentos necessários a garantir a sua evolução no sentido de se converterem em organizações de produtores».

Serão aplicados valores inferiores a determinados tipos de produção como a biológica, integrada, denominação de origem protegida (DOP), indicação geográfica protegida (IGP), especialidade tradicional garantida (ETG), produtos provenientes de sistemas de gestão florestal sustentável e produção animal em regime extensivo.

Se o número de produtores for «significativamente superior ao mínimo exigido» será introduzido um novo factor para majorar o valor da produção comercializada.

A legislação define números mínimos de produtores e valores mínimos para 16 categorias de produções vegetais, 11 sectores da produção animal, dois produtos florestais, bem como os valores que terão de ser observados pelos agrupamentos de produtores transitórios.

Os produtores podem vender 10 por cento do volume da sua produção directamente ao consumidor e comercializar, fora da organização de produtores, «produtos que, pelas suas características não sejam normalmente abrangidos pelas actividades comerciais da organização de produtores a que pertencem.

Outra das novidades do diploma é que o novo regime de reconhecimento das organizações de produtores passa a incluir os produtos da floresta e reforça o papel atribuído ao plano de normalização, tornando-o obrigatório para todos os setores ou produtos abrangidos.

A organização da produção é benéfica para os produtores, optimizando recursos para escoar a produção e assegurando a regularidade e qualidade do abastecimento, reforça a portaria.

O diploma salienta que a falta de dimensão económica das empresas agrícolas e florestais dificulta a redução de custos «designadamente por efeitos das economias de escala» e retira-lhes poder negocial na cadeia de valor «o que se tem reflectido no diferencial verificado entre a evolução dos preços dos bens adquiridos e vendidos».

Fonte: Lusa

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Lidl e Maçã de Alcobaça promovem alimentação saudável através de novos produtos



 11 Fevereiro 2016, quinta-feira  Hortofruticultura & Floricultura

Com o objetivo de incentivar o consumo de frutas junto das crianças e jovens, o Lidl e a Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça (APMA) acabam de lançar uma nova linha de produtos de Maçã de Alcobaça nas 241 lojas, espalhadas de norte a sul do país.
maca
Reforçando a sua missão na promoção de hábitos de vida saudável e enquadrada na política de responsabilidade social da empresa, o Lidl Portugal, em parceria com a Maçã de Alcobaça, lançam uma nova linha de Maçã de Alcobaça da gama infantil, numa nova embalagem mais atrativa, à venda em exclusivo no Lidl,que tem como objetivo «incentivar os mais novos para o consumo regular de maçã no âmbito de uma alimentação equilibrada e estilos de vida mais saudáveis», informa a APMA, em comunicado.
«Além dos conhecidos benefícios que o consumo regular de Maçã de Alcobaça trazem para a saúde, este é um fruto que, pela sua comodidade de consumo e pelo seu inigualável sabor, se destaca como uma opção saudável, que nutre e sacia em qualquer ocasião e a qualquer hora dodia, sendo também por isso uma excelente opção para os lanches escolares», acrescenta a associação.
Conscientes da importância de promover e incentivar hábitos alimentares saudáveis, nomeadamente junto da população mais jovem, esta iniciativa «reforça as evidências destacadas pelos profissionais de saúde de que uma maçã por dia pode contribuir para reduzir o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares, diminuir o risco de diabetes, prevenir vários cancros, melhorar a função digestiva e respiratória e reduzir o excesso de peso».
Recorde-se que, no âmbito da alimentação, desde 2011 que o Lidl tem promovido vários projetos de responsabilidade social sobre o tema "estilos de vida saudável" junto de mais de 37.000 alunos do primeiro ciclo.
Este ano letivo, em parceria com a Direção- Geral da Saúde e a Direção-Geral de Educação, o Lidl promoveu ações pedagógicas em 60 escolas do 1º Ciclo em todo o país, para incentivar o consumo de frutas e legumes com o "SuperGang dos Frescos".

Produção de soja na Argentina e Brasil multiplica por quatro em 20 anos

  11-02-2016 
 

 
Para a campanha de 2015/2016, a produção conjunta de soja na Argentina e Brasil poderá atingir 160 milhões de toneladas, segundo as últimas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Este valor é quatro vezes mais que o registado há 20 anos, quando a produção naqueles países foi de 40 milhões de toneladas. Este aumento deve-se, sobretudo, ao crescimento acelerado na superfície cultivada, que nestes vinte anos multiplicou por três, passando de 17 milhões de hectares (ha) para 53 milhões.

Para o efeito, também colaborou uma maior produção, o aumento dos rendimentos, embora mais moderado que o crescimento da superfície. Os rendimentos aumentaram em 30 por cento, dos 22.700 quilos por hectare para os 29.600 quilos.

Também as exportações de soja dos dois países dispararam nas últimas décadas, prevendo-se que na campanha 2015/2016 a Argentina exporte 11 milhões de toneladas, o que seria o terceiro volume exportado mais elevado da história e que suponha um aumento de 22 por cento frente às duas últimas décadas. Quanto ao Brasil, as previsões apontam para 57 milhões de toneladas, um aumento de seis milhões em relação à campanha anterior e 68 por cento mais alto das últimas 20 campanhas.

Fonte: Agrodigital

Fruit Logistica reúne mais de 70.000 visitantes em Berlim


Fev 11, 2016

Entre 3 e 5 de Fevereiro, Berlim foi a capital do sector hortofrutícola. A Messe Berlin recebeu mais de 70.000 visitantes de 130 países, um número «recorde», nas palavras de Christian Görke, director-geral do centro de exposições berlinense.

No total, o certame contou com 2.891 expositores de 84 países. A organização da Fruit Logistica reporta que 89% das empresas que se expuseram a si e aos seus produtos ficaram satisfeitas com a edição de 2016. Além disso, 45,7% dos expositores afirmou ter recebido encomendas e 91% antecipou resultados positivos na sequência da presença na feira.

Em relação à origem dos visitantes, cerca de dois terços reside em Estados-membros da União Europeia. Dos restantes, 9% era de outros países da Europa, 12% do continente americano, 8% de África e outros 8% da Ásia.

A maioria dos visitantes, diz a organização, era produtor de hortofrutícolas, importador e exportador e representant do comércio grossista e a retalho.

Portugal marcou presença com 52 empresas. A Portugal Fresh, Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, reuniu no seu espaço 30 empresas nacionais. Gonçalo Andrade, vice-presidente da associação, notou que as visitas do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, do secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Medeiros Vieira, e do primeiro-ministro, António Costa, mostram «que os políticos reconhecem o bom trabalho que está a ser feito pela associação e pela Fruit Logistica».

A Frutas, Legumes e Flores voltou a estar presente no evento, com um stand próprio. Saiba tudo sobre o certame na edição 161.

Empresa portuguesa lança aplicação gratuita para cultivar uma horta em casa


Empresa portuguesa lança aplicação gratuita para cultivar uma horta em casa 



Facilitar a experiência de um qualquer cidadão ter uma horta biológica em casa é o objectivo da aplicação que acaba de ser lançada pela Plantit. Esta nova ferramenta disponibiliza informação e dicas práticas sobre como cultivar alho francês, rúcula, coentros, salsa, morangos, entre muitas outras variedades de hortícolas e aromáticas, de forma a difundir as práticas da agricultura urbana em Portugal. A aplicação é gratuita e já está disponível para os sistemas operativos Android e iOS.
Tendo por base o método da agricultura biológica, esta aplicação ensina quando, como e onde semear, plantar, colher e regar cerca de 28 variedades de cultivos. A informação disponível, exposta de forma simples e de fácil compreensão a qualquer agricultor urbano, com ou sem experiência, tais como a exposição solar adequada, o tipo de solo, a estação do ano, como colher e em que pratos utilizar os produtos.
Nesta aplicação a Plantit ensina alguns truques para proceder à preparação de biofertilizantes, bem como métodos simples para controlo de pragas. A empresa prevê, num futuro próximo, aumentar a informação disponível referente a novas variedades e funcionalidades que promovam a interação com o utilizador.
A Plantit decidiu, assim, marcar o seu sexto aniversário com o lançamento de mais uma ferramenta na área da agricultura urbana. A Plantit foi a primeira empresa a difundir estas práticas em Portugal, tendo desenvolvido uma solução única e inovadora  – Kit Plantit – que permite a instalação rápida de uma horta ergonómica na varanda. Apresenta ainda outras soluções standards para pátios e jardins.
Actualmente, a empresa tem direcionado e especializado os seus serviços para a instalação e manutenção de hortas à medida do cliente. Apostou ainda, neste último ano, na dinamização de serviços pedagógicos, sobretudo a realização de workshops relacionados com estas temáticas. A Plantit procura também diferenciar-se no mercado e desenvolver soluções que facilitam a integração de uma horta em diversos ambientes como familiar, escolar, institucional e empresarial.
A aplicação foi desenvolvida pela Digital Species e pode ser descarregada em:

USDA aumenta previsões de existências mundiais de trigo

11-02-2016 
 

 
A informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima uma produção mundial de milho de 970,08 milhões de toneladas, superior aos 967,93 milhões da informação de Janeiro.

Em relação às existências finais foram calculadas em 208,94 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 208,25 milhões da informação de Janeiro. A subida da produção de milho deve-se ao aumento da colheita no Brasil em 2,50 milhões de toneladas e da Argentina em 1,40 milhões, o que contrastou com a estimativa de baixa da colheita na África do Sul de um milhão de toneladas.

Quanto ao trigo, a colheita mundial estima-se em 735,77 milhões de toneladas, levemente acima das 735,39 milhões de toneladas de Janeiro. Cresce a produção na Argentina em 0,5 milhões de toneladas e na Ucrânia em 0,2 milhões. Prevê-se um forte aumento das existências que podem passar de 232,04 a 238,87 milhões de toneladas. Este aumento seria fundamentalmente consequência do aumento das reservas na China que passariam de 87,30 a 93,60 milhões de toneladas, de acordo com a informação do mercado de León.

Fonte: Agrodigital

Comunicado conjunto CAP, CCP, CIP e CTP


QUINTA, 11 FEVEREIRO 2016 09:43
As confederações patronais, Confederação dos Agricultores de Portugal, CAP, Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CCP, Confederação Empresarial de Portugal, CIP e Confederação do Turismo Português, CTP, reuniram, ontem, com o Primeiro-ministro para debater as principais medidas constantes do Orçamento de Estado para 2016 e o seu impacto na economia portuguesa.

Nesta reunião, as 4 Confederações tiveram oportunidade de manifestar um conjunto de preocupações quer quanto aos pressupostos constantes do OE, quer quanto a um conjunto de medidas de natureza fiscal previstas para 2016.
 
Em concreto, a CAP, CCP, CIP e CTP alertaram para os riscos inerentes à execução orçamental, tanto no que diz respeito a eventuais desvios no cenário macroeconómico, como relativamente à capacidade de contenção da despesa. A materialização destes riscos afetaria negativamente a confiança dos investidores internos e externos, sobretudo num cenário de fortes reservas das instituições europeias relativamente ao Orçamento português.
Por outro lado, realçaram pela negativa o fraco contributo da redução do peso da despesa corrente primária no PIB para a consolidação orçamental (0,2 pontos percentuais para uma redução do défice de 0,9 pontos). O restante contributo vem dos juros da dívida pública (0,1 pontos), da redução do peso da despesa de capital (0,4 pontos) e do aumento do peso da receita total (0,2 pontos), traduzindo-se num forte aumento da carga fiscal. Apesar da redução da sobretaxa do IRS, mais uma vez a carga fiscal e parafiscal na economia aumenta, desta vez para 37% do PIB, atingindo um novo máximo histórico em Portugal.
 
A CAP, CCP, CIP e CTP defendem que o estímulo ao crescimento deve passar pela redução da carga fiscal, por medidas de fomento do investimento privado e pela retoma do investimento público estratégico para a competitividade.
 
As 4 Confederações Patronais não podem deixar de salientar que um dos principais obstáculos ao investimento é a falta de previsibilidade fiscal que, mais uma vez, se revela com este Orçamento.
Em matéria fiscal, a anunciada descida gradual da taxa do IRC é interrompida. O alargamento do prazo de reporte de prejuízos que havia sido fixado em 12 anos é reduzido para 5 anos. Tudo isto é gerador de incerteza no plano empresarial – este prazo já foi de 4, 5, 6 e 12 anos –, sabida que é a importância que, no panorama internacional, é dada a este fator nas decisões de localização do investimento. A questão da redução do prazo de reporte de prejuízos reflete-se também na alçada do IRS, afetando pela negativa as atividades profissionais e empresariais exercidas individualmente.
 
No domínio da participation exemption aumenta-se de 5% para 10% o limiar da percentagem de participação, reduzindo-se assim o âmbito de aplicação da medida de eliminação da dupla tributação.
Relativamente às medidas fiscais adicionais que constam do Orçamento do Estado para 2016, é claro, pela análise da decomposição da receita, que o seu aumento assenta essencialmente nos impostos sobre o consumo, com especial peso do imposto sobre produtos petrolíferos, secundado pelo imposto sobre o tabaco. Também o sector automóvel é fustigado com aumento quer em sede de ISV quer de IUC.
Em particular, o aumento do ISP em 6 cêntimos por litro vai implicar um forte impacto negativo para a economia em geral, incluindo as exportações, que não pode deixar de ser tida em consideração. Apesar de uma promessa de reavaliação em caso de subida do petróleo e de alguns benefícios fiscais para as empresas, o seu impacto não pode ser menosprezado.
 
Neste domínio, a CAP, CCP, CIP e CTP alertam para o facto de que a sustentação da receita neste tipo de impostos é sempre sensível, sobretudo por não haver garantias que o rendimento disponível seja suscetível de gerar o consumo necessário destes bens para se atingirem as almejadas metas.
É certo que na área da restauração e bebidas se verifica o acolhimento de parte das reivindicações do sector com o abaixamento da taxa do IVA de 23% para 13%, previsivelmente a partir de Julho do ano corrente. No entanto, mesmo essa opção é merecedora de alguma crítica, por ter subjacente a cisão de uma prestação de serviços que é unívoca – o serviço de refeição –, antecipando‑se, desde já, alguma polémica e conflitualidade que a sua aplicação prática irá gerar. Mais grave do que isso é uma autorização legislativa também na área do IVA, nos termos da qual se pretende limitar o prazo de dedução do imposto contido nas faturas dos fornecedores ao período em que se tenha verificado a sua receção com o limite do período imediatamente posterior.
 
As medidas que incidirão sobre o sector bancário, designadamente em matéria de imposto de selo, significarão igualmente um acréscimo de custos para as empresas, num cenário em que as empresas portuguesas têm custos de financiamento muito superiores aos seus concorrentes.
 
Em síntese, a CAP, CCP, CIP e CTP consideram que este Orçamento de Estado não favorece o investimento privado, imprescindível para o crescimento económico e para a diminuição do desemprego.

EUA aumenta importações de azeite de maior qualidade e a granel

11-02-2016 
 

 
O aumento das importações de azeite e de bagaço de azeite nos Estados Unidos multiplicou por 2,5 nas últimas décadas, passando de 125 mil toneladas em 1993/1994 a 311 mil toneladas em 2014/2015.

No entanto, enquanto em 1993/1994 os recipientes engarrafados representavam 88 por cento das importações de azeite, na campana de 2014/2015 representam 58,2 por cento. As importações de recipientes engarrafados perdem 29,8 pontos em vantagem dos recipientes a granel.

Sobre um total de 125 mil toneladas, 72 por cento dos azeites engarrafados eram provenientes de Itália, nove por cento de Espanha, três por cento da Grécia e 2,5 por cento da Turquia. Esta campanha, de 2014/2015, os Estados Unidos importaram mais 311 mil toneladas de azeite com uma mudança entre o granel e o engarrafado, segundo dados do Conselho Oleícola Internacional (COI).

O mercado dos engarrafados é liderado por Itália, enquanto a granel está dominado por Espanha. Durante a última campanha de 2014/215, cerca de 42 por cento do azeite importado pelos Estados Unidos chegava em contentores para granel, dos quais, 19 por cento procedentes de Espanha; seguida pela Tunísia, com 13 por cento; Marrocos com três por cento; Argentina, com dois por cento; Itália, 1,6 por cento; Chile, com1,5 por cento e o restante de outros países.

Por outro lado, constata-se uma mudança de tendência no consumidor norte-americano a partir de 2000/2001, relacionada com a qualidade. Em 1993/1994, o azeite virgem representava 32 por cento, enquanto esta campanha, 2014/2015, representa 67 por cento do total de importações.

Fonte: Agrodigital

Primeiro-ministro francês medeia conversações com distribuição


10-02-2016 
  
As relações comerciais na cadeia alimentar são um tema que preocupa muito a França. Tanto é assim, que até o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, envolveu-se pessoalmente.
 
Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro convocou a distribuição para tratar a negociação de preços com os seus fornecedores. A distribuição termina os contratos anuais com os fornecedores antes de 29 de Fevereiro, pelo que as mesmas estão num ponto alto.
 
Na reunião não esteve presente apenas a Federação francesa de empresas de distribuição, mas também gestores de grandes empresas do sector. Manual Valls pediu à distribuição que não baixe mais os preços nas suas negociações comerciais. O primeiro-ministro reiterou, no entanto, que a distribuição não era a culpada da crise mas fez uma chamada de responsabilidade.
 
Fonte: Agrodigital


Florestas: Governo quer recuperar 150 mil hectares de floresta em duas legislaturas

11-02-2016 
 

 
Realizou-se esta quarta-feira, dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional. Criado através do DL nº 29/2015, de 10 de fevereiro, o CNF deverá reunir anualmente.

Trata-se de um órgão de consulta na área das florestas que reúne todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal, do qual a CONFAGRI é membro.

Com o objectivo de cumprir a disposição legal que determina a reunião anual deste órgão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, decidiu reunir o Conselho Florestal Nacional (CFN) precisamente no primeiro aniversário do diploma legal que o instituiu, dando a este momento um caráter simbólico, adianta o gabinete do secretário de Estado, em comunicado.

Amândio Torres sublinha que «a prioridade que este Governo atribui à recuperação da Floresta», prioridade essa da qual se considera porta-voz, «levou ao estabelecimento do objectivo de recuperar 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de duas legislaturas».

O CFN funciona junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e «poderá vir a revelar-se como um instrumento fundamental no envolvimento dos diferentes agentes, serviços e organismos da administração pública, das estruturas de produtores da indústria e de outros agentes do sector, nomeadamente em matéria de defesa da floresta, de prevenção de incêndios, bem como da caça e da pesca nas águas interiores. Deverá igualmente funcionar como auxiliar na definição das políticas e estratégias nacionais para a floresta e para os recursos associados da caça e da pesca nas águas interiores», esclarece a tutela.

O ICNF, enquanto autoridade florestal nacional, tem por missão acompanhar e assegurar a execução das políticas das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados.

Além disso visa fomentar a competitividade das fileiras florestais e assegurar a prevenção estrutural no quadro do planeamento e da atuação concertados no domínio da defesa da floresta e dos recursos cinegéticos e aquícolas e outros diretamente associados às actividades silvícolas.

Fonte: AGRONEGOCIOS

Mestrado europeu em sanidade vegetal


Fev 11, 2016

Tem início em Setembro de 2016 o primeiro curso do mestrado europeu de sanidade vegetal "Planthealth – Plant health in sustainable cropping systems". O mestrado foi concebido por um consórcio de seis universidades europeias, de quatro países – Alemanha, Espanha, França, Itália – e terá como língua de base o inglês (com excepção das universidades de França, onde o idioma será o francês).

Este mestrado conta com financiamento do programa Erasmus+, dura dois anos e decorre em dois países diferentes, com pelo menos um ano em cada país. No primeiro ano, o programa contempla várias vertentes: agricultura sustentável, botânica, técnicas de biologia molecular, genética de populações, estatística, protecção de culturas, entre outras. O segundo ano estará dividido em dois semestres: no primeiro, os mestrandos irão poder efectuar a sua especialização na gestão integrada de pragas, doenças e ervas daninhas em diferentes agro-ecossistemas (culturas mediterrânicas, culturas de zonas temperadas ou culturas tropicais); o segundo será para realização da tese de mestrado. 

Mais informações aqui: http://www.planthealth.upv.es/

Agricultura nunca teve tão poucos trabalhadores


NUNO AGUIAR | naguiar@negocios.pt | 11 Fevereiro 2016, 00:01

Agricultura nunca teve tão poucos trabalhadoresMiguel Baltazar

Este título já foi feito antes, mas a verdade é que o sector primário volta a registar um mínimo histórico no que diz respeito ao número de empregados.

No quarto trimestre de 2015, trabalhavam na agricultura e pescas menos de 324 mil pessoas, o que representa uma quebra de 36% face ao valor mais elevado desta série de emprego do INE do segundo trimestre de 2012. São menos 183 mil trabalhadores

Portugal quer abrir mercados para vender mais frutas e legumes


04 DE FEVEREIRO DE 2016
O presidente da Portugal Fresh acredita que é possível aumentar a exportação de frutas e legumes portugueses, mas é preciso passar a barreira da burocracia. Até sexta-feira, 30 das maiores empresas nacionais participam na Fruit Logistica, a maior feira do setor em Berlim.


O caminho passa por abrir novos mercados fora da Europa. Para o presidente da Portugal Fresh, a associação que reúne os maiores produtores de frutas e legumes, o país pode exportar ainda mais mas é preciso explorar novos destinos. E, para isso, diz Manuel Évora, é preciso uma maior pressão das autoridades portuguesas para derrubar "barreiras burocráticas".

Aproveitar legumes feios dá prémio ao dono do Pingo Doce

 FOTO: LEONARDO NEGRÃO/GLOBALIMAGENS 

Paula Brito 11.02.2016 / 17:41 

Aproveitar legumes feios, os chamados de "vegetais não-normalizados", para fazer produtos próprios, tem sido a missão do Pingo Doce. 

Uma das ações que contou para o grupo Jerónimo Martins ter sido reconhecido com um prémio Ruban d'Honneur, na categoria de Award for Environmental and Corporate Sustainability, dos European Business Awards 2015/2016, que envolveram mais de 32 mil empresas de 33 países.

 Integrada no projeto "Combate ao Desperdício Alimentar em Todas as Frentes", em Portugal, a ação do aproveitamento dos vegetais não-normalizados, antes abandonados nos campos, levou o grupo a desenvolver um processo de compra aos fornecedores para a sua introdução nas receitas da área de negócio de Meal Solutions do Pingo Doce. 

Feitas as contas, foram incorporadas mais de 3.400 toneladas destes alimentos nos dois últimos anos. Só nas lojas cash-and-carry do Recheio, mas também na chamada 4.ª gama de vegetais previamente cortados e embalados para saladas e sopas da Marca Própria do Pingo Doce foram vendidas a preços mais baixos mais de 14.300 toneladas destes produtos. 

Paralelamente, o grupo promove uma política de doação a instituições de solidariedade social em Portugal de produtos alimentares que, "encontrando-se perto do fim da validade ou que não possam ser comercializados, cumprem todos os critérios de segurança alimentar", refere em comunicado.

 Mais, acrescenta a Jerónimo Martins, em 2014 e 2015 este apoio chegou a 600 instituições e representou cerca de 17.500 toneladas de géneros alimentares, o equivalente a mais de 29 milhões de euros. Agora, o grupo foi distinguido entre 678 empresas nacionais, por um painel de jurados constituído por líderes políticos, empresariais, académicos bem como por empreendedores, "num prémio que considera as operações de negócio num contexto social, cultural e económico", segundo sua definição. - 

Conselho Florestal Nacional reúne pela primeira vez

NOTA DE IMPRENSA

A reunião decorreu hoje, nas instalações do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, em Lisboa, precisamente no dia em que se completou um ano sobre a publicação do diploma que determinou a sua constituição, e contou com a participação de Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural.
Amândio Torres sublinhou "a importância do setor florestal no desenvolvimento económico do país", nomeadamente "na criação de emprego e no incremento das exportações, pelo que importa proceder a uma reforma estrutural do setor florestal e criar condições para fomentar uma gestão florestal profissional e sustentável, potenciando o aumento da produtividade e da rentabilidade dos seus ativos, com base num melhor ordenamento dos espaços florestais".
Neste encontro, o Secretário de Estado apresentou as principais linhas orientadoras do Programa do XXI Governo para o setor, tendo destacado, entre outras, as seguintes medidas:
 Apoiar o movimento associativo florestal e redinamizar as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF);
 Desenvolver outros modelos de exploração florestal, como as Sociedades de Gestão Florestal (SGF) e os Fundos de Investimento Imobiliários Florestais (FIIF);
 Melhorar a gestão florestal dos baldios com a adoção de modelos flexíveis, visando o incremento da participação dos compartes no respeito dos valores sociais, económicos e ambientais das Unidades de Baldio;
 Fazer das Matas Nacionais áreas de referência em matéria de gestão florestal;
 Aumentar a produção e a produtividade das fileiras florestais através do aumento das áreas de pinheiro bravo e do montado de sobro e de azinho, limitando a expansão da área do eucalipto, designadamente através da alteração do Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização;
 Rever e melhorar o Programa de Sapadores Florestais;
 Desenvolver as fileiras do setor florestal e aumentar a rentabilidade dos proprietários florestais;
 Estimular a certificação da gestão florestal sustentável e a criação de novas áreas de negócio no mercado florestal;
 Apoiar a investigação aplicada para o aumento da produtividade e de novos modelos de silvicultura;
O encontro contou com a presença da maioria das 44 entidades que compõem este Conselho.

Lisboa, 10.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

IVA sobre transporte, aluguer e manutenção de máquinas agrícolas mantém-se à taxa reduzida de 6%



O Ministério da Agricultura chama atenção da Comunicação Social para a circulação de um conjunto de informações falsas sobre a taxa de IVA que incide sobre a manutenção, transporte e serviço de aluguer de maquinaria agrícola, informações essas que dão conta de um aumento da taxa de IVA de 6% para 23%. Estas informações - que não constam da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2016 - têm vindo a provocar alarme entre os empresários agrícolas e a motivar uma série de comentários de personalidades ligadas ao setores que, induzidas em erro, se pronunciam sobre uma informação falsa.  Esta informação surge enquadrada num conjunto de notícias dedicadas ao Orçamento do Estado, sem que seja citada a sua fonte.
O Ministério da Agricultura esclarece que tais notícias não têm qualquer qualquer fundamento e lamenta a sua publicação.

O GABINETE DE IMPRENSA
DO MINISTRO DA AGRICULTURA

Preferir produtos portugueses

Publicado  no "Linhas  de Elvas" de 11 de Fevereiro de 2016


Miguel Mota

Preferir produtos portugueses foi um slogan durante algum tempo na outra ditadura. Por diversas razões, penso que devemos repetir esta frase, especialmente quando temos o país inundado por produtos estrangeiros.
Justifica-se a compra de produtos estrangeiros quando não existem portugueses ou são muito melhores ou mais baratos. Nalguns casos – e isto aplica-se aos produtos agrícolas – é um problema de comercialização. Não há meio de os agricultores perceberem que têm de ser eles a comandar a comercialização dos seus produtos, como faz qualquer fabricante de automóveis ou frigoríficos. Em vez disso, perguntam "Quanto é que me dão?"
A única forma que conheço de resolver esse problema é a associação em cooperativas, se possível de grandes dimensões. A realização que deve servir de modelo foi o Complexo Agro-Industrial do Cachão, que comercializava os produtos com o nome de "Nordeste" e que o 25 de Abril destruiu, existindo agora uma pequena amostra.
Portugal tem excelentes condições para a produção de uva de mesa e alguns raros produtores exportam quantidades apreciáveis. Mas a maioria das uvas que vemos nos supermercados são importadas.
Portugal tem uma grande variedade de queijos de boa qualidade. Mas também há vários estrangeiros. Os portugueses devem pensar que, quando compram um queijo estrangeiro, estão a pagar o ordenado dos trabalhadores do país de onde provém, aumentando o respectivo PIB. Se comprarem um queijo português, dão trabalho a portugueses e aumentam o nosso PIB. Aumentar o PIB é muito importante. Vários índices económicos e financeiros, como o défice ou a dívida, são expressos em percentagem do PIB. Aumentando o PIB, baixamos esses valores.
Estes e muitos outros casos, que se repetem milhares de vezes, fazem grande diferença na economia e nas finanças do país.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Plano de Ação da Rede Rural Nacional 2014-2020



Publicado em quarta, 10 fevereiro 2016 09:18
   

O Plano de Ação da Rede Rural Nacional (RRN), tal como previsto na Portaria n.º 212/2015, de 17 de julho, foi elaborado pela Estrutura Técnica da RRN e submetido ao Conselho de Coordenação da RRN para parecer vinculativo.

Após obtenção do parecer foi o Plano submetido às Autoridades de Gestão do PDR 2020, PRORURAL + e PRODERAM 2020, para homologação.


Fundo de carbono pode destinar até 4,5 milhões de euros para florestas reduzirem emissões

Fevereiro 10
14:27
2016

O Governo prevê, para 2016, a transferência de um montante até 4,5 milhões de euros do Fundo Português de Carbono, para sequestro de carbono e redução de emissões de gases com efeito de estufa, na agricultura e florestas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2016, hoje entregue pelo Governo à Assembleia da República, refere a transferência de receitas próprias do Fundo Português de Carbono, até ao limite de 4.500.000 euros, para aplicação no PDR 2020 (Plano de Desenvolvimento Rural), em projectos agrícolas e florestais que contribuam para o sequestro de carbono e redução de emissões de gases com efeito de estufa".

A redução de emissões de gases com efeito de estufa foi o principal objectivo da conferência para o Clima da ONU, que decorreu no início de Dezembro de 2015, em Paris, e conseguiu reunir o apoio de 196 países à volta da aposta, em políticas de baixo carbono a aplicar em vários sectores, como energia ou transportes.

Através da captação de carbono, as florestas desempenham um papel importante na redução dos gases com efeito de estufa na atmosfera, principais responsáveis pelas alterações climáticas, que tornam mais frequentes fenómenos extremos, como secas ou precipitação elevada, em curtos períodos de tempo, levando a inundações.

A proposta do governo é que a transferência de receitas do Fundo Português de Carbono será efectuada nos termos a definir por despacho dos membros do Governo, responsáveis pelas áreas das Finanças, Ambiente e Agricultura.

Fica também autorizada a transferência de receitas do Fundo Português de Carbono, até 500 mil euros, para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), visando a aplicação em actividades de cooperação na área das alterações climáticas com aqueles Estados, mediante um protocolo que será estabelecido entre a Agência Portuguesa do Ambiente e aquela entidade.

LUSA

Madalena do Pico vai candidatar-se a município do vinho em 2017


Fevereiro 10
14:30
2016

O concelho da Madalena do Pico, nos Açores, vai candidatar-se a "município do vinho" no ano de 2017, anunciou hoje o presidente da autarquia, José António Soares.

O anúncio foi feito no decurso de uma reunião entre a Câmara da Madalena e a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, realizada na ilha do Pico, no âmbito de uma visita que representantes daquela associação estão a efectuar ao arquipélago.

Na opinião de José António Soares, esta candidatura permitirá ajudar a promover o concelho da Madalena, nomeadamente no segmento do enoturismo, considerando, por isso, proveitosa esta parceria com a Associação de Municípios Portugueses do Vinho, acrescentando que o concelho da Madalena (onde está situada a Paisagem da Cultura da Vinha, classificada pela UNESCO como património mundial) vai concorrer contra outros concelhos do país.

Nos Açores, a cultura do vinho tem maior expressão no concelho da Madalena, ilha do Pico, e na zona dos Biscoitos, na ilha Terceira.

 

LUSA 

UE amplia zona livre de tuberculose bovina

 10-02-2016 
 

 
Itália e Reino Unido apresentaram à Comissão Europeia documentação que demonstra o cumprimento, em várias regiões, das condições para serem reconhecidas oficialmente indemnes de tuberculose bovina.

Em consequência, no caso de Itália, toda a região de Ligúria, as províncias de Pesaro-Urbino e Ancona da região das Marcas e toda a de Piamonte serão consideradas oficialmente indemnes de tuberculose em relação aos bovinos.

No caso do Reino Unido, essa consideração foi ampliada à Ilha de Man. No Reino Unido apenas a Escócia e agora a ilha de Man têm esta classificação.

Fonte: Agrodigital

Portugal foi o 7º país da UE com maior "fatia" de renováveis em 2014

10-02-2016 
  
Portugal foi o sétimo Estado-membro da União Europeia com uma maior proporção de consumo de energia a partir de fontes renováveis, ao atingir o valor de 27 por cento, muito acima da média comunitária, de 16 por cento, revela o Eurostat.
 
De acordo com os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), desde 2004, primeiro ano para o qual há dados disponíveis, a proporção das fontes renováveis no consumo final bruto de energia subiu consideravelmente em todos os Estados-membros, sendo a média europeia há 12 anos de 8,5 por cento, quase metade da actual, surgindo destacada no topo da lista a Suécia, com mais de metade da energia consumida proveniente de renováveis, de 52,6 por cento.
 
Portugal também tem registado um crescente recurso a fontes de energias renováveis, que evoluiu de 19,2 em 2004 para 27,0 por cento em 2014.
 
Fonte: Diáriodigital; Lusa

Florestas: Governo quer recuperar 150 mil hectares de floresta em duas legislaturas



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira  

Realizou-se esta quarta-feira, dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional (CNF).
Criado através do DL nº 29/2015, de 10 de fevereiro, o CNF deverá reunir anualmente.
Trata-se de um órgão de consulta na área das florestas que reúne todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal.
Com o objetivo de cumprir a disposição legal que determina a reunião anual deste órgão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, decidiu reunir o CFN precisamente no primeiro aniversário do diploma legal que o instituiu, dando a este momento um caráter simbólico, adianta o gabinete do secretário de Estado, em comunicado.
Amândio Torres sublinha que «a prioridade que este Governo atribui à recuperação da Floresta», prioridade essa da qual se considera porta-voz, «levou ao estabelecimento do objetivo de recuperar 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de duas legislaturas».
O CFN funciona junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e «poderá vir a revelar-se como um instrumento fundamental no envolvimento dos diferentes agentes, serviços e organismos da administração pública, das estruturas de produtores da indústria e de outros agentes do setor, nomeadamente em matéria de defesa da floresta, de prevenção de incêndios, bem como da caça e da pesca nas águas interiores. Deverá igualmente funcionar como auxiliar na definição das políticas e estratégias nacionais para a floresta e para os recursos associados da caça e da pesca nas águas interiores», esclarece a tutela.
O ICNF, enquanto autoridade florestal nacional, tem por missão acompanhar e assegurar a execução das políticas das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados.
Além disso visa fomentar a competitividade das fileiras florestais e assegurar a prevenção estrutural no quadro do planeamento e da atuação concertados no domínio da defesa da floresta e dos recursos cinegéticos e aquícolas e outros diretamente associados às atividades silvícolas.

Oeiras recebe V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira  Pequenos Frutos

O auditório do INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária é palco, nos dias 14 e 15 de outubro de 2016, do V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos.

O Portal Agronegócios e a Revista AGROTEC são media partners do evento organizado, em conjunto pelo INIAV, a Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).
Em comunicado, a organização salienta que este colóquio tem como tema central "A Melhoria da Produção visando a Integração nos Mercados".
Irá desenrolar-se em torno dos temas "Produção de pequenos frutos em solo, substrato e hidroponia", "Sanidade vegetal", "Qualidade e pós-colheita", "Contributo dos pequenos frutos para a saúde humana" e "Organização da produção e Comercialização".
O objetivo passa por «centrar a discussão nos avanços técnicos e científicos que se têm verificado no setor e dá-los a conhecer a todos os que se dedicam a este ramo da horto-fruticultura, nomeadamente aos produtores, técnicos e consultores da fileira. Será o espaço de eleição para os investigadores, professores e empresas apresentarem os resultados do seu trabalho de uma forma interativa com amplo espaço de discussão e partilha».
Em simultâneo decorrerá uma apresentação de produtos sobre o tema "Inovação na transformação de pequenos frutos", em parceria com a AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial.
A organização sustenta ainda que o setor dos pequenos frutos «encontra-se com uma dinâmica extremamente forte ao nível da produção, exportação e transformação, sendo uma das áreas da hortofruticultura que mais contribui para as exportações portuguesas».
«A fileira cresceu fortemente em área, mas baseada num elevado número de produtores, facto que obriga a um enorme esforço na disseminação das melhores práticas agrícolas e na sua organização. Em 2000, o INIAV e a APH decidiram que era importante a realização de um evento técnico-científico que desse a conhecer os trabalhos de todos os intervenientes neste setor surgindo, assim, a realização do I Colóquio Nacional da Produção de Morango e Outros Pequenos Frutos que vai agora completar a sua quinta edição», acrescentam os promotores.
Na sequência dos eventos anteriores iremos realizar nos dias 14 e 15 de outubro o V Colóquio Nacional da Produção de Pequenos Frutos, uma organização conjunta do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.), a Associação Portuguesa de Horticultura (APH) e o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN).  

Milho transgénico é seguro para alimentação, garante UE



 10 Fevereiro 2016, quarta-feira 

O milho transgénico é seguro para a alimentação humana.
milho
Esta é a conclusão de um estudo de longo prazo conduzido pelo projeto GRACE (Avaliação de Risco de Transgénicos e Comunicação das Evidências, na sigla em inglês), com financiamento da União Europeia (UE).
Neste estudo, os cientistas alimentaram ratos em dois grupos de análise, um pelo período de 90 dias e outro durante um ano. Foi utilizada a variedade de milho MON 810 – que já é permitida em diversos países, entre eles Estados Unidos, Argentina, China, Brasil e na Europa.
Os resultados indicam que não há evidência de que o milho geneticamente modificado cause qualquer efeito adverso.
O estudo do Projeto Grace comprovou ainda conclusões de estudos anteriores indicando que as plantas transgénicas Bt (Bacillus thuringiensis) são inofensivas contra organismos não alvo, como insetos polinizadores e microrganismos do solo. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Évora recebe 10.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo



 08 Fevereiro 2016, segunda-feira  Viticultura
De três em três anos tem lugar em Évora um Simpósio Internacional de Vitivinicultura, organizado por diversas instituições (oficiais e privadas), ligadas à investigação e à produção vinícola.
vinhos
A 10ª edição deste evento realiza-se entre 4 e 6 de maio de 2016.
Os principais objetivos do Simpósio, adiantam os promotores, passam pela «atualização dos conhecimentos técnicos na área da vitivinicultura, enologia e marketing; apresentação de trabalhos científicos de investigação e desenvolvimento do setor vinícola; aproximação de técnicos e profissionais do setor de várias regiões vitícolas do mundo; contribuir para a divulgação e troca de conhecimentos para os agentes do setor».
Durante o evento irão ainda decorrer reuniões técnicas de trabalho para discussão dos temas fundamentais da vitivinicultura atual bem como irão ter lugar apresentação de práticas de sustentabilidade na área da vitivinicultura.
A iniciativa é organizada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). 

Associações criam rede de pesquisa europeia para os hortícolas


Fev 05, 2016

Foi criada, a 1 de Fevereiro, uma rede de âmbito europeu para agregar os centros de investigação e universidades que se dedicam à pesquisa no sector hortícola.

A Euvrin é o resultado de uma iniciativa conjunta entre a assembleia que representa as regiões europeias produtoras de frutas e hortícolas (Areflh), a associação que representa empresas e organizações que actuam no mercado hortofrutícola europeu (Freshfel) e a associação que reúne vários centros de pesquisa na região da Flandres (Agrolink).

Os objectivos do primeiro encontro, que reuniu 80 representantes de vários centros de pesquisa europeus, em Bruxelas, foram: «permitir que os investigadores sobre hortícolas se conhecessem melhor e desenvolvessem parcerias»; «definir tópicos de pesquisa e organizar grupos de trabalho»; e «valorizar o sector hortícola europeu e realçar a necessidade de investigação».

Durante o evento, foram organizados cinco grupos de trabalho que, no futuro, se focarão na investigação de diferentes temáticas: a produção integrada para os hortícolas, a fertilização, os recursos genéticos e a reprodução, as estufas e o material vegetal e o valor ao longo da cadeia alimentar.

Até ao momento, fazem parte deste consórcio 50 centros de 16 Estados-membros da União Europeia (UE). Os responsáveis pelo projecto sublinham que está aberto aos centros dos 28 países que integram a UE.

Já existe, desde 1993, uma rede semelhante à Euvrin, que se dedica à investigação no sector frutícola, a Eufrin. O objectivo é agregá-las e criar uma plataforma europeia para a investigação e inovação para as frutas e legumes.


 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Coco “genuíno” vence prémio de inovação da Fruit Logistica


Fev 08, 2016Notícias0Like
Um coco biológico, servido cru e com palhinha para que se possa beber a água no seu interior, foi o vencedor do Prémio Inovação da Fruit Logistica 2016. O produto já pode ser encontrado à venda em alguns países na Europa, inclusive Portugal, e nos Emirados Árabes Unidos.

O fruto, da variedade Nam Hom, é importado da Tailândia para Espanha, onde é processado pela Genuine Coconut, empresa responsável pelo produto. O director de vendas, Carlos Amoros, avança que a empresa produz 40.000 unidades por semana e «espera poder triplicar essa quantidade» nos próximos anos.

O responsável pela comercialização do produto explica que «esta é uma nova categoria e que os consumidores estão a descobrir água de coco como se estivessem numa praia na Tailândia». O preço, justifica, é «mais elevado porque o processo é muito dispendioso».

Foram os cerca de 65.000 visitantes da Fruit Logistica que escolheram o vencedor. Os mini-tomates da Northern Greens e os pimentos listados da Enjoya ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Estas uvas têm marca registada


ANA RUTE SILVA 08/02/2016 - 09:08

Ricardo Costa tem o discurso preparado. As uvas do Vale da Rosa são bem conhecidas dos portugueses e a herdade de Ferreira do Alentejo onde são produzidas já recebeu inúmeras visitas de políticos. É um caso de sucesso na produção agrícola mas, mais do que isso, uma marca registada. "Oferecemos qualidade, consistência, sabor único. Tornamos o produto desejado, com uma roupagem. Somos uma empresa agrícola mas mais do que isso somos um importante dinamizador da economia local. Com 250 hectares damos emprego a 400 pessoas por mês, e no maior pico, este ano, tivemos 900 a trabalhar nas estufas", conta.

Quase ninguém compra fruta pela marca, ou pelo produtor, mas as uvas do Vale da Rosa souberam posicionar-se no mercado e usar habilmente as técnicas de venda habitualmente associadas aos produtos de grande consumo para ficar na mente do consumidor. A produção anual ronda as seis mil toneladas, 35% exportadas para a Europa, Angola e China. O Brasil será o mercado a estrear em 2016, depois de desbloqueados os obstáculos fitossanitários. "Para exportamos a nossa visão, temos de estar na moda, ter as melhores práticas agro-ambientais e de responsabilidade social. O cliente brasileiro quer conhecer as nossas uvas, faz autorias exigentes", continua Ricardo Costa. "Vendemos marca e lutamos muito para manter viva", acrescenta.

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Agricultores concorrentes criam empresas comuns para exportar mais


ANA RUTE SILVA 08/02/2016 - 08:01
Negociação conjunta garante chegar aos maiores clientes mundiais. Vendas para dentro da Europa de frutas e legumes aumentaram 16% o ano passado. Produtores querem diversificar mercados.

 
A parceria entre 15 organizações de produtores tornou a Alemanha o 5.º maior cliente português de fruta JOANA FREITAS
 
São concorrentes em Portugal, mas fora das fronteiras desenham estratégias e partilham custos. Com as exportações de fruta, legumes e flores a ultrapassarem os mil milhões de euros até Outubro de 2015, a produção a aumentar e uma profissionalização cada vez maior, os produtores criam empresas comuns para entrar mais depressa em novos países.

 
É na pêra rocha que a estratégia parece estar a ser mais seguida, mas nos camiões que transportam a fruta fora de portas também vão, por exemplo, maçãs ou ameixas portuguesas. Nos frutos vermelhos há casos de entrada de capital estrangeiro nas organizações em troca de um acesso mais fácil aos maiores clientes mundiais.

Armando Torres Paulo, administrador da TriPortugal, destaca o caso da pêra-rocha que, diz, é "sinónimo" de Portugal no estrangeiro. "Não é fácil introduzir um produto novo mas depois de lá estarmos conseguimos atrair o consumidor. A pêra não é bonita, mas é resistente, é crunch [crocante], tem capacidade para resistir e isso é essencial: os donos da loja querem produtos que fiquem em bom estado o maior tempo possível. Esta pêra tem este trunfo. E permite chegar a países distantes", conta.

A TriPortugal é um ACE (Agrupamento Complementar de Empresas) que, ao juntar três sociedades, se tornou no maior exportador português de pêra rocha, com vendas no exterior que oscilam entre as 15 e as 25 mil toneladas por ano. Formada pela Frutus, OMelro.OP e O Melro tem à frente uma nova geração de agricultores que seguem as pisadas dos pais. Em 2010, quando foi criada, tinha oito clientes estrangeiros. Agora tem 22. "Todos trabalham e guerreiam pelos melhores clientes no mercado interno, mas lá fora decidimos ir juntos. Abrir mercados é essencial. O primeiro ano é difícil, nos dois a três anos seguintes conseguimos fazer dinheiro, depois surge a concorrência e os preços baixam. Tudo depende do serviço", diz Armando Torres Paulo, sentado numa mesa do stand da TriPortugal na Fruit Logistica, a maior feira empresarial das frutas e legumes que, na semana passada, decorreu em Berlim.

A empresa traz todo o potencial da pêra-rocha à Alemanha e, nos dias da feira, tem um cozinheiro particular que confecciona pratos com a fruta rainha das exportações nacionais. Reino Unido, Alemanha e Brasil são os maiores compradores, mas a TriPortugal está em geografias pouco comuns, como Gana, Nigéria, Singapura ou Hong Kong. "Vimos à feira para estar com clientes com quem fazemos negócio há muitos anos, trazemos um chef que prepara três pratos com pêra-rocha e os clientes, em vez de estarem connosco apenas 15 minutos, ficam 45", conta Armando Torres Paulo.

Alemanha é o quinto maior cliente
Cada empresa tem os seus próprios pomares e centrais fruteiras, mas partilha a equipa técnica e comercial. Cerca de 10% da produção que vendem é comprada a outros produtores para responder aos pedidos que, diz o responsável, não têm faltado. "Tem havido procura."

Foi uma "fusão" semelhante que permitiu, no ano passado, que 15 organizações de produtores vendessem em conjunto para a Lidl alemã. Só este negócio – e uma participação forte na última edição da Fruit Logistica – tornou a Alemanha no quinto maior cliente português de fruta, quando em 2014 era o décimo. A expectativa é aumentar as quantidades de fruta vendidas à cadeia de supermercados, não só na Alemanha, mas noutros países europeus onde está presente. E replicar o modelo de negociação conjunta noutras empresas de grande distribuição.

Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, a associação que promove a internacionalização do sector das frutas e legumes, adiantou ao PÚBLICO que estão em curso conversações com o Intermarché para vender produtos nacionais na Polónia, Bélgica e França. A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, com forte presença na Polónia e, mais recentemente, na Colômbia, também está na mira dos agricultores para poderem expandir mercado.

"O que interessa é que as empresas deixem de ter vergonha de se associarem e de negociarem lado a lado. Sozinhas não têm condições para vender a clientes de grande dimensão", defende Manuel Évora.

Em Berlim, cerca de 30 empresas e organizações de produtores estiveram na Fruit Logistica, instalada no gigante parque de exposições da capital alemã. O mundo todo cabe neste evento, onde há frutos com nomes impronunciáveis e países que mostram o seu domínio na produção mundial em extensos metros quadrados. Os líderes internacionais como a Dole ou a Chiquita, que levam bananas aos quatro cantos do planeta, impõem-se com estrondo, comparado com o espaço ocupado pela Portugal Fresh e as empresas portuguesas.

Sérgio Pereira, da Cooperfrutas, conversa com uma chinesa que saiu do seu stand instalado mesmo em frente para pegar numa pêra-rocha com ar curioso. A Jinxiang County Huaguang também vende pêras, mas da variedade nashi, cuja casca lisa e amarelo-claro contrasta com a aspereza da fruta portuguesa. É exportada da China para a Europa e fácil de encontrar em qualquer supermercado de Berlim. "Estão à venda em todas as superfícies também em Portugal. Nós é que ainda não podemos vender a nossa pêra na China", diz o representante da organização de produtores (OP) de Alcobaça, com 100 associados.

As exportações de alimentos estão sujeitas a autorizações complexas fora da Europa e, com a China, o processo tem sido demorado. Capoulas Santos, ministro da Agricultura, disse em Berlim, durante uma visita ao evento, que há dossiês abertos com 23 países diferentes, mas não especificou se, entre eles, está a pujante economia chinesa, a dar cada vez mais cartas na produção agrícola. Enquanto as autorizações sanitárias não saem, os produtores nacionais apontam baterias para a Europa. Até Outubro de 2015 as vendas para os países da UE aumentaram 16%, enquanto as exportações para fora do espaço comunitário cresceram apenas 1%.

A Cooperfrutas foi uma das organizações de produtores que negociou em conjunto com os seus concorrentes nacionais a venda de fruta à Lidl alemã. Teve bom retorno da experiência. "Esperamos aumentar as vendas este ano", diz Sérgio Pereira.

Na última campanha agrícola esta OP produziu cinco mil toneladas de pêra-rocha, 60% para exportação. E quatro mil toneladas de maçã, 30% vendida no estrangeiro. "A fruta é um bem perecível e a exportação é uma oportunidade", remata.

Fernanda Machado, presidente do conselho de administração da Bfruit, percebeu cedo que a união de esforços era a única saída para os pequenos produtores de frutos vermelhos. Criada em finais de 2013 por quatro agricultores do Norte, a empresa alargou o seu capital social a 110 produtores e espera, o mais breve possível, ser reconhecida como OP. "Percebemos que devíamos aproveitar sinergias. A produção de frutos vermelhos só se consegue fazer durante 12 meses por ano no Sul do país e, por isso, alargámos o nosso âmbito a essa região. O Norte é mais forte em mirtilos", conta.

Com 90 hectares de framboesa e 85 de mirtilo, a Bfruit assinou recentemente um acordo com a Multiberries que a vai ajudar a dar o salto. Esta empresa resulta de uma joint venture entre a belga Special Fruit e Gijs Hoogendoorn, sócio da First Fruit, uma das mais reconhecidas da fileira. "A Multiberries passou a integrar o capital da Bfruit que, agora, tem cinco accionistas, cada um com 15,5% de capital. O restante é detido pelos pequenos produtores", conta Fernanda Machado.

A parceria poderá fazer da Bfruit uma das maiores OP de pequenos frutos em Portugal, não só em número de produtores, como também na capacidade de pesquisa de variedades, comercialização e marketing. Até 2018, a intenção é aumentar os 90 hectares destinados à framboesa para 250 hectares. "Criamos mais escala, conseguimos produzir mais volume, entrar em novos mercados e reduzir custos. Só com uma parceria deste género conseguiríamos", continua Fernanda Machado, sublinhando que há muitos produtores de pequenos frutos mal preparados e sem estratégia comercial.

A concentração de esforços na agricultura teve retorno nos números das exportações nacionais. No caso dos frutos vermelhos, Portugal já é "um país de excelência" e só para a Alemanha passou de dez milhões de euros de vendas de framboesas para 30 milhões de euros, destaca Manuel Évora. Olhando para os valores globais das frutas, legumes e flores, o crescimento das vendas internacionais cifrou-se em 13% para 1008 milhões de euros até Outubro de 2015, num ritmo de crescimento muito superior ao do conjunto das exportações de bens do país (progrediram 4% no mesmo período).

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, tem como objectivo "duplicar as exportações" do agro-alimentar em quatro anos e está já a "delinear uma estratégia" para o conseguir. "As condições estão criadas, há dinamismo no sector e uma progressiva capacidade de auto-organização, que era essencialmente o que nos faltava. Felizmente há alguns apoios no quadro do PDR2020 [fundos comunitários] que iremos procurar potenciar ao máximo. Mas o que é mais importante são os produtores e as suas organizações", sublinhou em Berlim.

Num jantar com produtores, deixou a fasquia alta: "Queremos crescer a um ritmo duas vezes superior ao que a economia cresce", "aumentar o peso nas exportações nacionais" e, em cinco anos, "equilibrar em valor o saldo da balança comercial agrícola".

O PÚBLICO viajou a convite da Portugal Fresh

Municípios do Pinhal Interior unem-se na valorização do medronho



 08 Fevereiro 2016, segunda-feira  Hortofruticultura & Floricultura

As câmaras municipais de Proença-a-Nova, Pampilhosa da Serra, Vila de Rei e Fundão assinaram recentemente um protocolo com a Cooperativa Portuguesa de Medronho (CPM) onde se definem linhas de orientação que têm como objectivo «valorizar um importante recurso do Pinhal Interior e divulgá-lo com uma possível e importante fonte de rendimento para os proprietários de terrenos».
medronho
No evento de assinatura do protocolo, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Paulo Catarino, considera que estão criadas as condições para o medronho ser um dos produtos endógenos que mais pode contribuir para o desenvolvimento do território.
«O medronho tem tido a infelicidade de ser uma espécie autóctone nacional pois teria sido valorizado há muito mais tempo se fosse de outro país. Antes, com exceção dos locais onde se faz aguardente de medronho, olhava-se para o medronheiro quase como mais uma espécie de mato», disse.
Na perspetiva do edil, vários fatores têm contribuído para uma inversão deste cenário, com destaque para a investigação que se faz nas instituições do Ensino Superior, a sensibilização promovida pelas autarquias e também a criação da Cooperativa Portuguesa de Medronho: «com a chegada da iniciativa privada de uma forma organizada, julgo que as oportunidades serão cada vez maiores e, no futuro, teremos mais uma forma de criar riqueza – e emprego – na nossa região», adiantou João Paulo Catarino.
José Brito, presidente do município de Pampilhosa da Serra, destaca a importância do protocolo como forma de valorizar um recurso «do qual não temos tirado o devido proveito» e espera que o caminho que se está a fazer proporcione, «acima de tudo, motivação para que consigamos criar dimensão e ter oferta ao nível de comercialização: temos que ter produto em escala e quantidade».
Sinal da importância do medronho para o concelho de Vila de Rei, Ricardo Aires, presidente da edilidade, recordou o projeto de construção de uma destilaria precisamente para dar condições para a exploração do medronho, tornando-o financeiramente atrativo.
E destacou o trabalho de sensibilização que está a ser feito junto dos deputados da Assembleia da República para que se aplique uma taxa reduzida de imposto especial sobre o consumo à aguardente e aos licores produzidos com álcool feito com medronho, e sejam tomadas medidas para a defesa da plantação de medronheiros. A ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto foi outra das entidades que assinou o protocolo.
Paulo Fernandes, responsável pela ADXTUR e presidente do município do Fundão, destacou a importância desta parceria até porque o território das aldeias do xisto é o mesmo em que o medronho tem condições ímpares para o seu desenvolvimento, além de que já é uma marca consolidada.
Desta forma, o medronho e os seus produtos derivados serão parte integrante da comunicação e imagem das Aldeias do Xisto, transmitindo simultaneamente a confiança a possíveis produtores de que vale a pena investir no medronho.
Carlos Fonseca, presidente da Cooperativa Portuguesa do Medronho, revelou que o presente protocolo – assinado com quatro municípios – será estendido a outras autarquias de norte a sul do país considerando que «os municípios são os gestores do território» e a primeira linha de contacto com os munícipes sendo que é fundamental a passagem da informação – dos centros de investigação e das componentes técnicas – para quem pretende investir neste produto.
«Acreditamos que o medronho pode contribuir para a valorização deste território e, como tal, estas parcerias são para nós fundamentais e estamos completamente disponíveis para ajudar os municípios numa perspetiva de apresentar alternativas» à tradicional ocupação da floresta com pinhal e eucaliptos.


Até porque o medronho tem muitas utilizações para além da mais comum: «hoje em dia sabemos que a valorização deste fruto é feita essencialmente através da aguardente e há aqui campo para explorar no sentido de darmos valor acrescentado a esta espécie que deve ser vista no seu todo: para além do fruto temos a folha, a flor e a raiz».
Carlos Fonseca adiantou ainda que no próximo dia 26 de março será criado o Conselho Consultivo da CPM que reúne as oito instituições de Ensino Superior com trabalho feito na área do medronheiro.
A Cooperativa Portuguesa do Medronho, com sede em Proença-a-Nova, foi criada há um ano e meio e representa atualmente 55 cooperantes a nível nacional. 

Esclarecimento sobre a proposta de OE/2016 relativamente às dotações para o Ministério da Agricultura


NOTA DE IMPRENSA

Alguns Órgãos de Comunicação Social têm vindo a anunciar, erradamente, que o orçamento do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural sofre uma redução de 77,5 milhões de Euros relativamente a 2015. Sobre essa matéria, o Gabinete do Ministro esclarece o seguinte:
Na realidade verifica-se a situação oposta, uma vez que o orçamento do Ministério da Agricultura beneficia, face a 2015, de um acréscimo de 25,5 milhões de Euros, o que representa um aumento de 2,5%.
A Proposta de Lei do OE/16 autoriza o reforço das dotações indicadas nos mapas anexos ao Orçamento no montante de 15,5 milhões de Euros (art. 106º e pontos 24 e 42 do Mapa de Transferências Alterações Orçamentais), o qual permitirá mobilizar mais 88 milhões de Euros do FEADER, pelo que a despesa consolidada irá ascender a 1052,5 milhões de Euros, valor que compara com 1026,5 milhões de Euros em 2015.
Recorde-se que, em 2016, as dotações referentes à Agricultura e ao Mar encontram-se repartidas por dois ministérios, enquanto em 2015 estavam concentradas num único.
Lisboa, 08.02.2016

O GABINETE DE IMPRENSA

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural promove a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional

NOTA DE IMPRENSA

Realiza-se na próxima quarta-feira, dia 10 de fevereiro, a primeira reunião do Conselho Florestal Nacional (CNF). Criado através do DL nº 29/2015, de 10 de fevereiro, o CNF deverá reunir anualmente. Trata-se de um órgão de consulta na área das florestas que reúne todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal.
Com o objetivo de cumprir a disposição legal que determina a reunião anual deste órgão, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural decidiu reunir o CFN precisamente no 1º aniversário do diploma legal que o instituiu, dando a este momento um caráter simbólico.
Amândio Torres sublinha que "a prioridade que este Governo atribui à recuperação da Floresta", prioridade essa da qual se considera porta-voz, "levou ao estabelecimento do objetivo de recuperar 150 mil hectares de floresta nacional no espaço de duas legislaturas".
O CFN funciona junto do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.) e poderá vir a revelar-se como um instrumento fundamental no envolvimento dos diferentes agentes, serviços e organismos da administração pública, das estruturas de produtores da indústria e de outros agentes do sector, nomeadamente em matéria de defesa da floresta, de prevenção de incêndios, bem como da caça e da pesca nas águas interiores. Deverá igualmente funcionar como auxiliar na definição das políticas e estratégias nacionais para a floresta e para os recursos associados da caça e da pesca nas águas interiores.
O ICNF, I. P., enquanto autoridade florestal nacional tem por missão acompanhar e assegurar a execução das políticas das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural, promovendo o desenvolvimento sustentável dos espaços florestais e dos recursos associados; bem como fomentar a competitividade das fileiras florestais e assegurar a prevenção estrutural no quadro do planeamento e da atuação concertados no domínio da defesa da floresta e dos recursos cinegéticos e aquícolas e outros diretamente associados às atividades silvícolas.
A reunião terá lugar nas instalações do Ministério da Agricultura (Salão Polivalente), a partir das 10:00H, em Lisboa.

08.02.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Agricultura com menos 77,5 milhões para gastar


A despesa do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural atinge, em 2016, os 949 milhões de euros, menos 77,5 milhões de euros do que em 2014, refletindo o decréscimo dos projetos em curso no Alqueva.

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ECONOMIA MINISTÉRIO
17:49 - 05/02/16
POR LUSA
   
A proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) hoje entregue na Assembleia da República aponta para uma diminuição de 7,5% da despesa total consolidada face à execução provisória de 2015, justificada essencialmente com o decréscimo de 56,3% no subsetor das Entidades Públicas Reclassificadas (111 milhões de euros).

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A EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestrutura do Alqueva) é a entidade que mais contribui para este efeito devido à diminuição do financiamento comunitário e das despesas, já que os 120 mil hectares previstos no sistema global de rega do projeto estão praticamente concluídos.

As medidas relacionadas com a Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça, Pesca -- Agricultura e Pecuária representam cerca de dois terços da despesa consolidada (755,9 milhões de euros).

A proposta do OE especifica que "os projetos associados à agricultura e pecuária integram-se na estratégia nacional para o desenvolvimento rural (...) com o objetivo de aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal, promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais, bem como revitalizar económica e socialmente as zonas rurais".

A despesa atribuída ao subsetor Estado (379,4 milhões de euros) representa um aumento de 5% face ao ano anterior, com cobertura nas receitas consignadas respeitantes à cobrança do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), que passam a ser reconhecidas diretamente no Orçamento do Fundo Florestal Permanente.

O subsetor dos Serviços e Fundos Autónomos apresenta um aumento de 2,9% (712,8 milhões de euros) decorrente do aumento das transferências para a Direção Geral de Veterinária, que vai ter mais verbas para a recolha e transporte de animais mortos nas explorações (SIRCA), e das transferências para o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, para fazer face a despesas com a realização de análises no âmbito da segurança alimentar.