sábado, 5 de março de 2016

Agricultura tem mais 115 milhões para gastar


ANA RUTE SILVA 01/03/2016 - 18:16 (actualizado às 18:55)

Capoulas Santos apresentou no Parlamento novas dotações para o sector no Orçamento do Estado que incluem transferência de verbas de outros organismos do ministério.

 Agricultura perde 77,5 milhões devido ao abrandamento do projecto Alqueva
O Ministério da Agricultura vai ter, em 2016, um pacote de 1182 milhões de euros para gastar, mais 115 milhões face a 2015. Capoulas Santos, ministro da Agricultura, levou novos mapas do Orçamento do Estado à Comissão de Finanças, onde está a ser ouvido nesta terça-feira, e justificou a rectificação nos números iniciais com o facto de terem sido calculados com base numa taxa de co-financiamento nacional do PDR2020 (quadro comunitário para a agricultura) de 20%, que é cinco pontos percentuais superior à que foi aprovada por Bruxelas na sequência de um pedido de reprogramação feito pela anterior tutela.

Capoulas Santos pediu à Comissão Europeia para repor a taxa de co-financimento de fundos públicos nos 15% e afectou outras verbas públicas ao PDR2020. Aos deputados justificou que os mapas distribuídos no OE "não espelham essa realidade", merecendo críticas da oposição por estar a divulgar novos números constantemente.

"Como é que o ministro quer que façamos uma análise correcta, quando todos os dias há números rectificativos?", lançou Nuno Serra, do PSD.

Os fundos adicionais do Estado que vão completar as verbas comunitárioa totalizam 18,5 milhões de euros e vêm, nomeadamente, das receitas obtidas com o aumento de dois cêntimos do imposto sobre o gasóleo agrícola. Esta medida gerará "uma receita de nove milhões de euros", disse o ministro da Agricultura. Do Fundo Português de Carbono vêm 4,5 milhões de euros, do Fundo Florestal Permanente, são três milhões euros, e do Instituto da Vinha e do Vinho, dois milhões.

"O valor da despesa pública será de 439,1 milhões de euros. A este valor de despesa pública acresce ainda o montante de 123,3 milhões de euros, decorrente da dotação adicional de 18,5 milhões de euros de recursos nacionais", esclarece o ministério, no documento entregue aos deputados.

"Temos verba suficiente para executar em 2016 a dotação anual do PDR que se aproxima dos 600 milhões de eros", disse Capoulas Santos, repetindo que será possível executar a 100% o PDR 2020 este ano.

O ministério tem uma dívida às seguradoras no âmbito do seguro de colheitas (SIPAC) de 20 milhões de euros e prevê "amortizar um quarto dessa dívida". Há ainda "compromissos relativamente a linhas de crédito do ano passado 1,8 milhões de euros por ano", adiantou Capoulas Santos.

Alqueva sem verba

Na audição parlamentar, o ministro da Agricultura falou sobre o Alqueva para dizer que não há verba para executar o projecto. Uma das hipóteses que está a estudar é recorrer ao Plano Juncker, o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos destinado ao investimento de projectos que não conseguem obter empréstimos junto da banca ou que não tenham acesso a fundos comunitários.

Capoulas Santos deixou críticas ao governo anterior por ter deixado uma "herança muito pesada", já que as verbas do PDR2020 são insuficientes para suportar o projecto. "O PDR tinha previsto para regadio 365 milhões de euros até 2020. Neste momento, estão comprometidos mais de 300 milhões, pelo que a margem de manobra face ao compromisso assumido é da ordem dos 55 milhões de euros, não é possível fazer mais nada", disse.

Exportações agrícolas crescem o dobro da economia em 2015


Publicado em: 02/03/2016 - 17:04:29

Exportações agrícolas cresceram 5% no último ano e o Governo acredita que é possível atingir o equilíbrio da balança agroalimentar dentro de cinco anos, disse o ministro da Agricultura
agricultura brasil
Luís Capoulas Santos, que falava aos jornalistas após uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa, assinalou "que tem havido um crescimento continuado" deste setor e que o produto agrícola tem crescido mais do que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB), permitindo traçar "objetivos ambiciosos para os próximos anos".
O Governo pretende, em concreto, duplicar as exportações no setor dos hortofrutícolas e equilibrar a balança comercial agrícola, em valor, num horizonte de cinco anos.
"Temos todos os instrumentos para isso", sublinhou o governante, acrescentando que o Orçamento do Estado para 2016 "permite prosseguir este caminho", através do financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).
Capoulas Santos afirmou que o equilíbrio da balança comercial se consegue através da diminuição de importações e do aumento de exportações e instou os empresários a diversificarem mercados.
O Governo, acrescentou, está a trabalhar na abertura de 23 novos mercados, a maior parte relativos a países extracomunitários, entre os quais o México, o Japão, Israel, Norte de África, África do Sul e EUA.
OJE

ASAE apreende vinho e mercadoria avaliados em mais de 90 mil euros


A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu mais de 75 mil litros de vinho e abriu dois processos-crime por fraude sobre mercadoria.
Em ações desencadeadas esta semana, a ASAE apreendeu mercadoria de valor superior a 90 mil euros.
Segundo um comunicado desta autoridade hoje divulgado, esta semana, a Unidade Regional do Sul da ASAE apreendeu 30 mil litros de vinho, tinto e branco.
"A ação decorreu em três operadores económicos, produtor, armazenista e embalador, nos distritos de Lisboa e Leiria, onde se verificou o enchimento de vinho de mistura da UE (União Europeia) em embalagens Bag in Box de capacidade de 5 l [litros], que estavam a ser introduzidos no circuito comercial, com a designação de 'Vinho de Portugal'. Foi ainda instaurado um processo de contraordenação por falta de identificação dos produtos vitivinícolas e deficiente rastreabilidade", lê-se no comunicado da ASAE.
Numa outra ação de fiscalização, levada a cabo também esta semana pela Unidade Regional do Centro, nos concelhos de Coimbra, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, e que teve como alvo três armazenistas de vinhos, a ASAE instaurou "três processos de contraordenação por irregularidades na rotulagem, designadamente por inexatidão de indicações legalmente obrigatórias e por falta de inscrição obrigatória para o exercício da atividade".
"Como resultado desta intervenção, foram apreendidos mais de 43.000 litros de vinho (branco, tinto e aromatizado), 1.093 litros de aguardente, 1.200 litros de vinho espumante, e ainda 5.200 rótulos", precisa o comunicado da ASAE.
Diário Digital com Lusa

Trás-os-Montes: produção de amêndoa com grandes perdas



 04 Março 2016, sexta-feira

Cerca de 90% da produção do amendoal tradicional e mais de metade do moderno, está perdida, na região transmontana. O sol de dezembro e o calor do início de janeiro fizeram «rebentar» a floração antes de tempo.
amendoeiras
Uma quebra que se deve ao tempo quente de dezembro e janeiro passados, que fez florir, mais cedo que o habitual, as amendoeiras. Depois vieram as geadas do início do ano e queimaram a floração. Em Moncorvo, o concelho do país onde se produz mais amêndoa, está instalado um sentimento de frustração junto dos produtores.
João Barros é produtor de amêndoa. «Como estamos a ver aqui neste amendoal tradicional, cerca de 90% não tem. Porquê? Porque já limpou a amendoeira e não tem qualquer tipo de amendruco e a flor ficou toda ressequida da geada».
As geadas que queimaram a quase totalidade da produção do amendoal tradicional. Bruno Cordeiro tem mais de dez hectares. Diz que a perda é muito significativa. «É muito significativa mesmo, para não dizer a quase totalidade, mas é superior a 90%».
Se no amendoal tradicional as quebras são enormes, o calor de inverno também já provocou danos em mais de metade do amendoal moderno, acrescenta José Menezes, produtor em Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. «E agora estes frios que se sentiram no mês de fevereiro afetaram e muito a produção da amêndoa. Neste caso estamos a falar no amendoal moderno à volta de 50 a 60% de quebra de produção».
É por tudo isto que o desalento já tomou conta dos produtores de amêndoa de Moncorvo.
Para minimizar perdas, as associações de produtores esperam dentro de dias poder fazer uma exposição ao ministro da Agricultura para que os agricultores transmontanos tenham acesso a ajudas compensatórias.
Fonte: TSF 


Fundos europeus deviam ser melhor aproveitados



 04 Março 2016, sexta-feira 

Quem o diz é o Tribunal de Contas Europeu num relatório publicado recentemente e em que considera que os fundos europeus podiam ser muito melhor aproveitados ao nível das infraestruturas agrícolas.
fundos europeus
Apesar de os recursos tem sido orientados para projetos agrícolas, tais como sistemas de condução de água para irrigação, caminhos rurais e outras infraestruturas, o documento põe em causa a sua aplicação, para que seja melhorada a relação investimento/resultado para o mundo rural.
Além disso, o Tribunal de Contas Europeu realça que as informações, para que se possa aferir do interesse para o mundo rural dos investimentos realizados, são consideradas insuficientes para uma análise concreta.
Assim, os países não têm justificado correctamente o uso destes fundos para a realização das infraestruturas agrícolas.
Esta auditoria, que produziu o relatório, foi realizada em Espanha, na Alemanha, em Itália, na Polónia e na Roménia.
Recorde-se que no último quadro comunitário de apoio 2007-2013, os países utilizaram 13 mil milhões de euros de verbas comunitárias para apoiar grandes projetos de infraestruturas rurais.
Fonte: Reuters 

Jerónimo Martins investe em exploração agropecuária



 03 Março 2016, quinta-feira  Agropecuária

O projeto de criação de gado Angus, em Barcelos, faz parte da estratégia de abastecimento agroalimentar do maior grupo de distribuição português. Em análise, segue-se a aquacultura.
agropecuaria
A companhia de distribuição Jerónimo Martins investiu cerca de um milhão de euros no projecto Best Farmers, a primeira exploração pecuária do grupo, de bovino Angus, anunciou esta quinta-feira, 3 de março a administração, em conferência de imprensa.
A exploração, que gere 1000 cabeças de gado bovino Angus para engorda e abastecimento da rede de 400 supermercados Pingo Doce e 40 «cash & carrys» Recheio, está integrada na subholding Jerónimo Martins Agroalimentar, adiantou Pedro Soares dos Santos, CEO e presidente do grupo.
É nesta divisão de negócio que o grupo espera agora licença ambiental para investir outros 25 milhões de euros na nova fábrica da marca Serraleite - cujos ativos passaram a integrar a holding em 2015 - e onde tem já «uma área identificada para aquacultura», sobre a qual prevê dar mais pormenores «em breve», disse.
Pedro Soares dos Santos falava na conferência de imprensa onde está a explicar os resultados de 2015, ano em que o grupo lucrou 333,3 milhões de euros, mais 10,5% do que no ano anterior.
Fonte: Negócios

Diminuição do número de abelhas e borboletas coloca agricultura mundial em risco



 29 Fevereiro 2016, segunda-feira 

O declínio da população de abelhas, borboletas e outros insetos, importantes para a polinização agrícola, que está a colocar em risco a agricultura mundial.
abelhas
O alerta foi feito pela ONU, depois da divulgação de um relatório sobre biodiversidade. O declínio dos insectos polinizadores não é um tema novo, mas este relatório vem dar-lhe mais força.
O trabalho realizado pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES, em inglês) chegou a esta conclusão no seu primeiro relatório, divulgado nesta segunda-feira, em Kuala Lumpur, e comentado pela ONU a 26 de fevereiro de 2016.
As populações de «abelhas e borboletas têm vindo a diminuir em abundância, ocorrência e diversidade, numa escala local e regional do Nordeste da Europa e América do Norte devido a vários fatores, muitos deles causados pelo homem, o que coloca em risco os meios de subsistência de milhares de pessoas», denuncia o relatório, que foi encomendado pela ONU, em 2012.
Na Europa, 9% das abelhas e borboletas estão ameaçadas de extinção e as suas colónias tiveram um declínio de 37%, no caso das abelhas, e de 31%, no caso das borboletas, de acordo com os dados disponíveis sobre esta espécie.
O relatório refere também que, em alguns locais da Europa, mais de 40% das espécies de abelhas podem estar ameaçadas.
Segundo a IPBES, o declínio da população destes polinizadores também foi detetado em outros pontos do planeta devido a várias causas, como pesticidas, poluição, espécies invasoras, perda de habitat ou alterações climáticas.
o entanto, a falta de dados oficiais na América Latina, na Ásia e em África fragiliza a análise deste estudo, em relação a estas espécies, uma vez que nestes continentes a informação é mais consistente no que toca a outros animais, como morcegos e pássaros.
O relatório alerta ainda para o facto de 5% a 8% da produção agrícola mundial, que gera entre 235 a 577 mil milhões de dólares (cerca de 213 a 523 mil milhões de euros), estarem diretamente dependentes da ação dos polinizadores nas colheitas de cereais e frutas.
Os alimentos «dependentes dos polinizadores abrangem frutas, vegetais, sementes e frutos secos, que fornecem grandes proporções de micronutrientes, vitaminas e minerais, essenciais à nossa dieta» comentou Simon Potts, vice-presidente do IPBES e professor da Universidade de Reading, Reino Unido.
De maneira geral, pelo menos três quartos das colheitas mundiais dependem de polinizadores para o crescimento e qualidade das plantas, indicam estes especialistas. O relatório salvaguarda, no entanto, culturas como o arroz, trigo e outros cereais, que não dependem da polinização.
Este relatório foi realizado por cerca de 80 cientistas de todo o mundo. O IPBES está encarregue de fazer relatórios sobre o declínio de espécies animais e vegetais, assim como sobre os seus ecossistemas, que constituem a biodiversidade mundial.
Fonte: Lusa 

Governo quer «voltar a apostar na floresta portuguesa»



 04 Março 2016, sexta-feira  Agroflorestal

Os grandes objetivos estão traçados. Três meses depois de ter entrado em funções como ministro da Agricultura, Capoulas Santos afirma que o Governo pretende, no essencial, «fomentar a produção nacional, a inovação, a melhoria da comercialização e a internacionalização».
floresta
No discurso de encerramento da cerimónia de entrega das distinções do Prémio Nacional de Agricultura, o governante afirmou: «vamos voltar a apostar na floresta portuguesa, que foi um dos parentes esquecidos nos últimos anos».
A ideia é «expandir a área de pinhal e, no eucalipto, aumentar a produtividade, travando a expansão», disse.
«O que tem acontecido até agora é que, quando o povoamento deixa de ser produtivo, abandona-se. O que pretendemos é que essa área seja replantada, em vez de avançar para novas áreas. Queremos e sabemos que é possível aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, travar a expansão do eucaliptal», afirmou.
Fonte: Negócios

Venda da Herdade da Comporta parada por falta de acordo quanto ao destino do dinheiro


por Ana Rita Costa- 29 Fevereiro, 2016

Os investidores norte-americanos que se mostraram interessados na compra da Herdade da Comporta em 2015, voltaram a fazer uma oferta para ficarem com a empresa agrícola seis meses depois de terem desistido devido ao arresto de bens do antigo Grupo Espírito Santo (GES). Contudo, de acordo com o Jornal de Negócios, a operação de compra está parada porque a Justiça e a Rioforte não se entendem quanto ao destino do dinheiro encaixado com a alienação da empresa.

O jornal já havia noticiado há cerca de duas semanas que Asher Edelman e David Storper estão interessados na empresa que gere a atividade agrícola da propriedade, tendo-se mostrado disponíveis para adquirirem o fundo que gere o projeto turístico e imobiliário.

Para além, disso, recentemente também já tinha sido avançado que o Ministério Público autorizou o relançamento da venda da Comporta desde que haja um concurso aberto a vários interessados, que a operação seja feita pelo maior valor possível e que a receita da alienação fique sob a tutela do Estado.

Mas parece que é este último ponto que está a criar desacordo entre Rioforte e a Justiça portuguesa. De acordo com o Jornal de Negócios, a isso soma-se o facto de o Tribunal Central de Investigação Criminal (TCIC) ainda não ter dado luz verde "à exigência da Rioforte para que os custos relacionados com a alienação sejam deduzidos ao valor da venda".

O TCIC quer que o valor da alienação seja depositado numa conta do Tribunal, mas a Rioforte defende que o valor deve ficar numa conta bancária da holding que ficará bloqueada devido ao arresto de bens da holding do Grupo Espírito Santo (GES), que foi declarada insolvente pelo Tribunal do Luxemburgo em julho de 2015.

Ministro da Agricultura cria teto máximo e mínimo nos apoios aos agricultores


por Ana Rita Costa- 29 Fevereiro, 2016

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, anunciou na passada semana que irá fixar um mínimo de 500 euros nas ajudas diretas aos pequenos agricultores e um máximo de 300 mil euros nas ajudas para os maiores agricultores.

De acordo com o Diário de Notícias, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), o valor das ajudas dos fundos comunitários deverá aumentar em cerca de 20 pontos percentuais ainda este ano. "Conseguimos estabelecer [junto da Comissão Europeia], pela primeira vez, um pagamento mínimo", revelou Capoulas Santos.

O pagamento único aos agricultores é calculado com base nas dimensões das propriedades agrícolas. "Enquanto antes, havia agricultores que recebiam 70, 80, 90, 100, 120 euros (…), a partir de agora nenhum agricultor […], recebe menos de 500 euros", acrescentou o ministro.

Contudo, de acordo com Capoulas Santos, este ano, o valor poderá ainda vir a aumentar em cerca de 20%, passando de um mínimo de 500 euros para 600 euros. Para além disso, também o valor pago por hectare irá sofrer alterações de forma a que os proprietários recebam mais por cada um dos primeiros cinco hectares e menos por cada hectare, à medida que a dimensão da propriedade aumenta. Assim, haverá um aumento de 50% por hectare nos primeiros cinco, que até agora não atingia os 200 euros.

Segundo Capoulas Santos, a partir dos 5 hectares o valor pago baixa de forma progressiva e o apoio global terá um limite máximo de 300 mil euros, de forma a beneficiar os pequenos agricultores nacionais, uma vez que no resto da Europa não há limites fixados nos apoios aos agricultores.

AJAP promove sessão de esclarecimento sobre a Bolsa de Terras


por Ana Rita Costa- 29 Fevereiro, 2016

Baldios geram polémica no Banco de terras

A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) vai promover no próximo dia 4 de março, no Auditório da Biblioteca Municipal de Cuba, no Alentejo, uma sessão de esclarecimento sobre a Bolsa Nacional de Terras e as Ajudas ao Rendimento 2016.

O evento contará com a participação de João Manuel Casaca Português, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, Nuno Russo, Coordenador da Bolsa Nacional de Terras, Nelson Figueira Técnico da AJAP, Valentina Castilho, Técnica da AJAP e Firmino Cordeiro, Diretor Geral da AJAP.

Em discussão estarão os temas 'Bolsa Nacional de Terras', 'Ajudas Diretas' e 'Desenvolvimento Rural'.

Portugal Fresh quer dobrar exportações até 2020


por Isabel Martins- 29 Fevereiro, 2016

As exportações de frutas e legumes nacionais continuam a crescer a bom ritmo mas é preciso abrir portas para novos países e reforçar a aposta no mercado interno, onde o decréscimo de consumo é uma realidade preocupante. A mensagem é de Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, que reuniu a imprensa para revelar a estratégia desta associação para 2016 e os planos ambiciosos para conquistar mercados e públicos mais jovens.

O objetivo está traçado: dobrar as exportações até 2020 atingindo os 2.000 milhões de toneladas, uma meta que não parece impossível: "Já fechámos 2015 com 1,2 mil milhões, por isso acredito que vamos chegar lá", revela Manuel Évora.

Com a entrada em produção das novas plantações, apoiadas pelos projetos do PDR, a produção de pera Rocha vai duplicar de 200.000 toneladas para as 400.000 a curto prazo. Um facto que pressiona os produtores a encontrar canais alternativos de escoamento num momento em que o Brasil, um dos mercados externos mais dinâmicos, sofre uma séria crise económica e que o embargo russo tarda em ser levantado. Razões mais do que suficientes para a Portugal Fresh traçar um plano de ação: alargar a presença em feiras internacionais, com presença numa feira no Cairo (Egipto) Hong Kong e Dubai e missões empresariais à China e Japão. Geografias da América latina são também estratégicas: "Países que não são produtores, como o México, com 122 milhões de habitantes, dos quais 22 milhões na capital, com uma distribuição muito moderna, e a Colômbia, com 48 milhões de habitantes, um mercado em crescimento e onde o retalhista português Jerónimo Martins instalado e será nosso parceiro", explica Manuel Évora.

Na Europa, a Alemanha é apontada como um destino com grande potencial de crescimento. As exportações portuguesas representam apenas 0,23% naquele mercado, mas cresceram 150% de 2014 para 2015. Recentes ações, como a parceria com a cadeia alemã Lidl, estão a permitir alargar a presença neste mercado.

Em Portugal, a grande preocupação é inverter o decréscimo do consumo de frutas e legumes e por isso a população mais jovem será a prioridade das ações promocionais desta organização.

Ranking da FranceAgrimer dos países mais competitivos na exportação de trigo

 24-02-2016 

 
A FranceAgrimer elaborou um estudo para analisar quais são os países mais competitivos na exportação de trigo, o qual examina 60 indicadores reagrupados em torno de seis eixos.

Cada eixo representa um dos aspectos da competitividade, como o potencial de produção, factores agroclimáticos, conquista de mercado, pasta de mercado, organização do sector e macro-economia.

Todos estes aspectos foram pontuando nos 12 países analisados, nomeadamente, da União Europeia, a Alemanha, Reino Unido, França, Bulgária, Roménia e fora do bloco europeu a Argentina, Ucrânia, Rússia, Cazaquistão e Austrália.

O ranking de competitividade é liderado pelos Estados Unidos, que beneficia de uma regulamentação e factores macro-económicos favoráveis, apesar da superfície destinada ao trigo ter reduzido nos últimos 10 anos. Contra si tem um clima desfavorável e pouca diversificação.

Em segundo lugar está o Canadá, que beneficia pela qualidade do seu trigo e da diversidade de compradores, apesar do pouco apoio que recebe a produção e também um clima desfavorável.

Na terceira posição do ranking situa-se a Austrália com um clima favorável e um potencial importante de produção, seguida pela Alemanha e em quinto a França.

Fonte: Agrodigital

sexta-feira, 4 de março de 2016

Aumento do gasóleo verde dá 9 milhões à agricultura e 1 milhão às pescas


01 DE MARÇO DE 2016

Capoulas Santos estima que o aumento de três cêntimos no combustível possa gerar uma receita de dez milhões de euros. O ministro da Agricultura garante ainda mais apoios aos pequenos agricultores. Luz verde de Bruxelas pode desbloquear apoios nacionais para suinicultores e produtores de leite.

"Dos dez milhões de euros que se estima que esse acréscimo de três por cento lhes [aos beneficiários de gasóleo verde] proporciona, nove milhões virão para a agricultura e um milhão para a pesca, portanto, nem a a agricultura vai financiar a pesca nem a pesca vai financiar a agricultura", disse Capoulas Santos no parlamento.

Os números foram adiantados esta tarde por Capoulas Santos, durante a audição conjunta das comissões de Orçamento do Estado e Finanças e de Agricultura e Mar, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2016, com o ministro da Agricultura a sublinhar que o aumento do Imposto sobre Produtos Petrolíferos significou, para os agricultores, um esforço que representa "metade" daquele que foi o esforço feito pelos restantes cidadãos.

"O gasóleo agrícola subiu seis cêntimos para a generalidade dos cidadãos e subiu apenas três cêntimos para a agricultura", salientou.

Durante a audição, o ministro da Agricultura garantiu ainda mais apoios para os pequenos agricultores e a pequena agricultura.

"Os 75 mil agricultores que estão no regime da pequena agricultura irão este ano ser aumentados em 20 por cento, para além de ter passado a haver um pagamento mínimo. Antes havia agricultores que recebiam menos de 600 euros, agora nenhum receberá menos do que 600 euros", disse.

Perante os deputados, Capoulas Santos admitiu ainda que, depois da reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia, no próximo dia 14, poderá haver medidas de apoio por parte do governo português, para combater a crise que afeta os setores do leite e da suinicultura.

"Temos que mobilizar soluções europeias e também nacionais. Estou convencido que logo depois do dia 14 de março, depois de sabermos com o que é que podemos contar de Bruxelas, estaremos também em condições de avançar com algumas medidas nacionais de apoio", adiantou o ministro.

No parlamento, Capoulas Santos deu ainda conta de que, em comparação como Orçamento do Estado anterior, para 2016, a agricultura conta com mais 115 milhões de euros.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Montemor-o-Novo: Agricultura de conservação premiada a nível europeu


Quarta, 02 Março 2016 13:22
agricultura2As práticas de agricultura de conservação aplicadas numa herdade de Montemor-o-Novo foram distinguidas com o Prémio de Gestão da Terra e do Solo pela Organização Europeia de Proprietários.
A candidatura foi apresentada pela empresa Portalimpex, de Nuno Marques, em parceria com o professor da Universidade de Évora Mário de Carvalho.
"Começámos, em 1987, como aluno [de Mário de Carvalho] e, depois, como estagiário, a traçar o percurso da agricultura de conservação na nossa exploração. Esta candidatura resume todos estes 30 anos e apresentada os resultados na atualidade", disse Nuno Marques.
O agricultor, que chegou a colaborar com a DianaFM no programa Barómetro Regional, explicou que o conceito de agricultura de conservação assenta em três vertentes: "sementeira direta sem mobilização do solo, rotação de culturas e a adição de matéria orgânica ao solo".
O prémio tem um valor de cinco mil euros.
A cerimónia de entrega do prémio realiza-se no dia 22 deste mês, em Bruxelas, na Bélgica.

Orçamento “maquiavélico” da Agricultura permite executar o PDR


ISABEL AVEIRO | ia@negocios.pt | 01 Março 2016, 17:20


Orçamento "maquiavélico" da Agricultura permite executar o PDRMiguel Baltazar/Negócios

Capoulas Santos anunciou esta terça-feira que haverá verbas nacionais para acompanhar o apoio comunitário. O OE é "maquiavélico" para o sector, acusa contudo o PSD.

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, que pela segunda vez tem a tutela do sector, garantiu esta terça-feira, 1 de Março, na Assembleia da República, que haverá verbas públicas nacionais para a acompanhar os incentivos comunitários em 2016 relativos ao apoio ao investimento.

Capoulas Santos, presente na tarde desta terça-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, para debater com os deputados a proposta de Orçamento do Estado de 2016, revisitou os mapas da proposta entregue pelo governo socialista.

Houve "alterações significativas" aos mapas iniciais - cujas alterações desde ontem os deputados da comissão têm disponíveis, disse - "felizmente positivas". Assim, anunciou, "em 2015, o ministério dispôs 1.067 milhões de dotação inicial", sendo de "1.182 milhões de euros" a dotação inicial deste ano.

"São mais 115 milhões de euros" e são, frisou, verbas suficientes à dotação nacional obrigatória (15%) para executar o Plano de DesenvolvimentoRural (PDR2020), em 2016, que é de 600 milhões de euros. O PDR 2020, recorde-se, é o programa financiado por verbas de Bruxelas para executar a Política Agrícola Comum (PAC) na vertente de apoio ao investimento. A sete anos, Portugal irá beneficiar de 4.000 milhões de euros, mas para isso tem uma percentagem de verbas nacionais a ser usada para completar o financiamento vindo de Bruxelas.

Ainda assim, o socialista Luís Capoulas Santos não se esquivou de, logo na primeira ronda de perguntas, ouvir as críticas do social-democrata Nuno Serra. O deputado qualificou, no caso da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Florestas, a proposta socialista de OE para 2016 um "conjunto de malefícios para a Agricultura". Este "é um orçamento maquiavélico" com "políticas maliciosas" para o sector, frisou, criticando desde logo a revisão dos números do OE 2016 apresentados por Capoulas Santos.

Mais verbas para a pequena agricultura

Em resposta à oposição, na primeira ronda de uma tarde que poderá ser longa – até porque a audição de Capoulas Santos começou uma hora e meia mais tarde, por a audição do ministro do Ambiente se ter alongado – o titular da Agricultura anunciou já novos reforços financeiros.

"Já nesta campanha, iremos aumentar em 20%" as ajudas mínimas "aos pequenos agricultores" de "500 para 600 milhões", uma medida que poderá beneficiar cerca de 25 mil agricultores.

Já o apoio ao investimento à designada "pequena agricultura" passará "de 20 para 40 mil euros"– "só para os pequenos agricultores". As regras vão ser alteradas para que a agricultura de média e grande dimensão não possa vir a beneficiar deste "envelope" em específico, disse.

A agricultura, senhor primeiro-ministro


29.02.2016JOSÉ MARTINO*

Exmo sr. primeiro ministro, dr. António Costa, Na reta final da campanha presidencial, um candidato foi interpelado por um cidadão, que lhe perguntou: "O que vai fazer pela agricultura?". Fiquei perplexo com o embaraço do candidato. Meteu os pés pelas mãos, não soube articular uma ideia precisa, mesmo sendo uma eurodeputada que devia saber de cor e salteado os apoios comunitários (PDR 2020) para a agricultura.

Aproveito a mesma pergunta para a dirigir a si, que tem o efetivo poder de determinar o rumo da nossa economia: "O que vai fazer pela agricultura?". A escolha de Capoulas dos Santos para liderar a pasta parece-me acertada.

É um político com provas dadas, que conhece bem o setor. Mas os primeiros sinais fazem temer o pior. A agricultura foi, nos últimos anos, um dos pilares da nossa depauperada economia, verdadeiro amortecedor social. Este setor não deve ser transformado em arma de arremesso da luta partidária. Os empresários agrícolas assumiram compromissos, investiram em inovação e modernização, criaram esperança para o desenvolvimento do interior, criaram valor acrescentado e potenciaram as exportações em novos mercados.

Novas fileiras apareceram com grande dinamismo, como os pequenos frutos e os frutos secos. A agricultura deixou de ser o parente pobre da economia nacional para ser uma estrela de primeira grandeza. Não podemos regredir. A agricultura vai representar mais de 2 mil milhões de euros em exportações em 2020.

Por isso lhe lanço este apelo, senhor primeiro-ministro: Não permita que a ditadura das Finanças imponha as suas regras em prejuízo da economia real. A agricultura tem de ser uma prioridade política. Mande colocar no OE 2016 os mais de euro200 milhões que são precisos para aprovar e pagar atempadamente as ajudas públicas. Em Espanha, está a investir-se como nunca no setor agrícola e agroindustrial.

Não podemos ficar para trás. Não pode haver dinheiro para a economia financeira, virtual e especulativa, e não existir para a economia real, que cria emprego e coesão social. Estou certo de que a sua governação não desiludirá os agentes agrícolas.* 

EMPRESÁRIO E CONSULTOR AGRÍCOLA



Candidaturas ao Pedido Único já abriram


por Ana Rita Costa- 1 Março, 2016

Pequenos agricultores podem ficar isentos de IRS e Segurança Social

O IFAP anunciou esta segunda-feira (29 de fevereiro) a abertura das candidaturas ao Pedido Único de 2016. O prazo termina a 16 de maio e as candidaturas devem ser submetidas através do site do IFAP, na área reservada para o efeito.

De acordo com o IFAP, é importante que as candidaturas sejam realizadas "atempadamente", de forma a evitar "os congestionamentos de final de prazo e eventuais penalizações por entrega tardia."

Capoulas Santos, ministro da Agricultura, anunciou no final da passada semana que este ano serão fixados um valor mínimo de 500 euros nas ajudas diretas aos pequenos agricultores e uma quantia máxima de 300 mil euros nas ajudas para os maiores agricultores.

O pagamento único será calculado com base nas dimensões das propriedades agrícolas, com o valor pago por hectare a poder vir a sofrer algumas alterações de forma a que os proprietários recebam mais por cada um dos primeiros cinco hectares e menos por cada hectare, à medida que a dimensão da propriedade aumenta.

Para mais informações acerca do Pedido Único de 2016 contacte o IFAP através do email ifap@ifap.pt ou através do telefone 217 513 999.

Compras do Continente aos produtores nacionais já representam 217 M€


por Ana Rita Costa- 1 Março, 2016

As compras do Continente aos membros do Clube de Produtores Continente já equivalem a 136 mil toneladas anuais, cerca de 217 milhões de euros. Precisamente para continuar a apoiar a produção nacional, a insígnia lançou agora prémios que irão distinguir a excelência, a inovação e a qualidade no setor agroalimentar português.

Batizada de 'Prémios Clube de Produtores Continente', a iniciativa irá abranger produtos e ideias de produtores nacionais e jovens universitários, assim como os produtores associados ao clube.

"O Continente quer ter um papel-chave no desenvolvimento e sustentabilidade da produção Nacional. Com estes prémios vamos fomentar o conhecimento, a inovação e a criação de valor no mercado", afirma Eunice Silva, Administradora da Sonae MC. "O apoio à produção nacional é fundamental para conseguirmos ter nas nossas lojas frescos de elevada qualidade e a preços competitivos para os nossos clientes."

Os prémios serão divididos em três categorias: Prémio Inovação, Prémio Excelência e Prémio Ideias Férteis.

O Prémio Inovação é dirigido a todos os produtores nacionais na área dos frescos (frutas, carnes, charcutaria, peixaria e padaria/pastelaria) e pretende reconhecer as boas práticas ao nível da inovação e da sustentabilidade do setor. O Prémio Excelência pretende reconhecer e divulgar os produtores de excelência que fazem parte do Clube de Produtores Continente, contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura de mérito e excelência entre os associados. O Prémio Ideias Férteis, por sua vez, é dirigido a alunos finalistas ou recém-mestres que frequentem as universidades portuguesas e tem como objetivo fomentar a ligação entre o Clube de Produtores Continente e as universidades portuguesas.

No que diz respeito ao Prémio Inovação, o vencedor terá a oportunidade de escoar o seu produto vencedor durante um ano nas lojas Continente, receberá um certificado do Prémio Inovação e a atribuição de um Selo. O Prémio Ideias Férteis, por sua vez, será entregue a três pessoas diferentes que integrarão um programa de estágio com a duração de 9 meses, dividido pela Sonae (seis meses) e por um dos produtores membro do Clube de Produtores Continente (três meses).

O Júri será presidido pelo Continente e terá como membros algumas entidades representativas do setor económico e agroalimentar nacional: APED- Associação Portuguesa de Empresas e Distribuição, APN- Associação Portuguesa dos Nutricionistas, CAP- Confederação dos Agricultores de Portugal, CPC- Clube de Produtores Continente, DECO- Associação Portuguesa do Consumidor, FIPA- Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, IAPMEI- Agência para a Competitividade e Inovação, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, a Portugal Fresh, a Portugal Foods e a QUERCUS- Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Para concorrer, os interessados devem enviar as suas candidaturas para o endereço clubedeprodutores@sonaemc.com até ao dia 30 de abril. Os vencedores serão conhecidos no Encontro Anual do Clube de Produtores Continente, que se realiza na Feira Nacional da Agricultura, em junho, em Santarém.

Governo trabalha para abrir 23 novos mercados à agricultura portuguesa


O Governo está a trabalhar na abertura de 23 novos mercados para produtos agrícolas portugueses, entre os quais o México, o Japão, Israel, África do Sul e Estados Unidos, afirmou o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, durante uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas, em Lisboa.
O Ministro referiu que, em muitos países, «fruto da situação económica, são erguidas barreiras artificiais que visam impedir a saída de divisas», enquanto noutros, «que tinham crescimentos notáveis», a elevada dependência do petróleo criou dificuldades, pelo que «os empresários não devem estar dependentes de um ou dois mercados que, de um momento para o outro, podem conhecer problemas».
Capoulas Santos referiu também que as exportações agrícolas cresceram 5% no último ano, acrescentando que o Governo acredita que é possível atingir o equilíbrio da balança agroalimentar através da equivalência dos valores dos produtos agrícolas exportados e importados dentro de cinco anos. Pretende-se, nomeadamente, duplicar as exportações no setor dos hortofrutícolas.
«Tem havido um crescimento continuado» das exportações agrícolas e o produto agrícola tem crescido mais do que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB), permitindo traçar «objetivos ambiciosos para os próximos anos», disse o Ministro. «Temos todos os instrumentos para isso», sublinhou Capoulas Santos, acrescentando que o Orçamento do Estado para 2016 «permite prosseguir este caminho», através do financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).

02.03.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Ministério da Agricultura reafirma confiança nos sistemas de certificação e controlo dos produtos DOP

O Ministério da Agricultura lamenta que os deputados do CDS/PP tenham veiculado, através de uma pergunta ao Governo divulgada na comunicação social (e que inexplicavelmente foi retirada…), a ideia de que há falta de fiscalização na produção de produtos certificados, nomeadamente no caso do Queijo da Serra, colocando em causa a autenticidade dos produtos.

Face às circunstâncias, o Ministério da Agricultura esclarece que:
Ao longo dos últimos meses houve um reforço das ações de controlo sobre as Queijarias que produzem Queijo da Serra Certificado, ações conduzidas pela entidade de controlo competente. As ações de fiscalização levadas a cabo (em média, em 2015, cada queijaria foi alvo de 3 inspeções) incidem sobre todo o processo, e permitem rastrear o leite desde o rebanho até ao queijo, com cruzamento de informação a vários níveis, a fim de garantir a autenticidade do produto. Os animais que integram os rebanhos de onde é proveniente o leite utilizado na produção de queijos certificados são obrigatoriamente inscritos nos Livros Genealógicos das Raças Autorizadas.
Em 2016 há registo de 27 queijarias aderentes à certificação de Queijo da Serra, um número que tem vindo a aumentar todos os anos. Destas, apenas uma recebe leite de Espanha e, por esse facto, já este ano foi alvo de 2 inspeções. A última dessas inspeções teve lugar esta semana, tendo sido registada a total conformidade da produção com os requisitos exigidos, estando assegurada a total separação de matérias-primas e de produtos delas resultantes.

01.03.2016
O GABINETE DE IMPRENSA

Primeiro Ministro inaugura Museu do Vinho Verde a 4 de Março em Ponte de Lima


 
No próximo dia 4 de Março, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e o Município de Ponte de Lima inauguram o Museu do Vinho Verde, contando com a presença do Primeiro-Ministro António Costa numa cerimónia integrada no programa oficial das comemorações da entrega da Carta de Foral pela Rainha D. Teresa a Ponte de Lima, em 1125. 
 
O Museu do Vinho Verde resulta de uma candidatura conjunta entre a CVRVV e Câmara Municipal de Ponte de Lima no âmbito do programa ON designado MINHO IN II. Localizado num edifício emblemático em pleno Centro Histórico de Ponte de Lima, o projecto destina-se a promover a Rota dos Vinhos Verdes e respectivos aderentes, reforçando o posicionamento do Minho como destino de referência no enoturismo a nível nacional e internacional. Tendo como mote a cultura da vinha e do vinho e o Património regional, o Museu representa a diversidade e identidade das nove sub-Regiões que integram a Região Demarcada dos Vinhos Verdes.
 
Para o Presidente da CVRVV, "a criação do Museu do Vinho Verde é a consagração do Vale do Lima no papel de impulsionador da Região. Paralelamente, a sua localização na Vila de Ponte de Lima é uma mais-valia para a Região, pelo legado de grandes tradições ligadas à viticultura e à cultura e pelo excelente trabalho de captação turística que tem sido desenvolvido nos últimos anos".
 
"A CVRVV encara este projecto como uma oportunidade para desenvolver mais acções de formação no âmbito da Academia do Vinho Verde, a par de um investimento em investigação museográfica, assumindo-se como ferramenta estratégica na promoção do Vinho Verde", refere Manuel Pinheiro.


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

“Fruta portuguesa” em destaque na 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Ribatejo, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém



by João Baptista on 25 de Fevereiro de 2016 in Últimas
A 53.ª Feira Nacional de Agricultura / 63.ª Feira do Ribatejo, decorre de 04 a 12 de Junho, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém e terá a "Fruta Portuguesa" como tema em destaque.

Este ano a Feira volta a inovar apostando no conforto de expositores e visitantes. O objetivo é concentrar mais as pessoas possibilitando melhores negócios às empresas que actuam neste ramo.

Ao longo de nove dias o sector agrícola vai estar representado em todas as suas vertentes. A zona de maquinaria agrícola será um espaço privilegiado de promoção e de demonstração deste mercado, mas outras áreas representadas na feira como os equipamentos, as associações e cooperativas agrícolas, o artesanato, a venda comercial diversa ou a já  tradicional zona gastronómica permitirão agradar aos vários tipos de público que visita a Feira.

Os melhores produtos agro-alimentares estarão em destaque no Salão Prazer de Provar, iniciativa que voltará a privilegiar acções dirigidas a produtores, consumidores e profissionais com relevo para a área dedicada aos vencedores dos Concursos Nacionais de produtos portugueses.

Os seminários e colóquios que decorrem nos dias úteis constituirão um importante polo de debate e discussão dos principais temas agrícolas e serão, decerto, motivo de atracção para grande número de profissionais.

Paralelamente, decorrerá a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, promovida pelo Nersant, e a Lusoflora de Verão – Exposição e Venda de Flores e Plantas de Portugal, organizada pela APPPFN.

A 53.ª Feira Nacional de Agricultura/ 63.ª Feira do Ribatejo, apresenta-se, assim, como um espaço privilegiado de contactos e negócios, além de ser uma oportunidade para as empresas promoverem os seus produtos ou os seus serviços.

Nos últimos dois anos, pelo menos uma pêra-rocha chegou a cada lar na Alemanha


ANA RUTE SILVA 25/02/2016 - 15:00

Parceria entre a Lidl e 15 organizações de produtores aumentou a exportação da fruta produzida na região do Oeste.

 
Na campanha de 2014/2015 foram vendidas 54 milhões de unidades de pêra- rocha PAULO RICCA
 
Em dois anos, cada lar na Alemanha recebeu, em média, uma pêra-rocha produzida no Oeste. As contas feitas pela Lidl e pela Portugal Fresh, que promove a internacionalização da fruta portuguesa, baseiam-se no volume de exportação conseguido na campanha de 2014 e 2015, de 54 milhões de unidades, ou 7,5 mil toneladas, um valor recorde para aquele mercado.

Os resultados da parceria entre a cadeia de supermercados e 15 organizações de produtores (com mil agricultores no total) foram apresentados nesta quinta-feira, mas os números oficiais do INE já davam conta do aumento da exportação de fruta portuguesa para a Alemanha: as vendas mais do que duplicaram em 2015 e os alemães passaram de décimo para quinto principal comprador de frutas e legumes portugueses.

"No caso da pêra-rocha, o nosso produto chegou e conquistou os consumidores alemães, permitindo duplicar as quantidades exportadas face à primeira campanha. Agora é essencial consolidarmos esta preferência pelo produto nacional", disse em comunicado Pedro Monteiro, director-geral de compras da Lidl Portugal. À margem da inauguração de uma nova loja, em Sacavém, Capoulas Santos, ministro da Agricultura, sublinhou, por seu lado, o contributo deste produto "para a sustentabilidade do sector hortofrutícola nacional e para o crescimento das exportações no agro-alimentar".

Para Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, a parceria com a cadeia alemã não só levou a "resultados recorde no mercado internacional", como é uma "porta de entrada para os produtos portugueses em 27 mercados". Nos últimos dois anos, o Lidl Portugal exportou cerca de 12 mil toneladas de pêra-rocha para cinco destinos, incluindo Espanha, França, Inglaterra e Irlanda.

"Outras frutas como a melancia, o melão branco, as framboesas e as amoras estão também a ganhar cada vez mais peso na balança de exportações da rede de supermercados e o sector dos vinhos está também em crescimento: o Lidl Portugal prevê exportar este ano cerca de oito milhões de garrafas de vinho português para 14 mercados, correspondendo a mais do dobro dos resultados obtidos em 2015", refere a empresa.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Secretário de Estado reconhece que setor do leite atravessa «tempestade perfeita»



 28 Fevereiro 2016, domingo  Agropecuária

O secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, disse a 26 de fevereiro que o setor do leite em Portugal «está a passar por uma tempestade perfeita», devido a uma crise que reconhece ser «difícil de resolver».
pecuaria
«O setor do leite, juntamente com o setor da carne suína, atravessa neste momento um momento difícil, não só em Portugal, como em todos os países da União Europeia», disse o secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira.
«Estamos perante uma 'tempestade perfeita' devido ao desajustamento entre a oferta e a procura, que provoca uma difícil crise para resolver», completou. 
O governante marcou presença em Vila do Conde no Seminário 'Novos desafios para a produção de leite', promovido pela APROLEP - Associação dos Produtores de Leite de Portugal e pela AJADP - Associação de Jovens Agricultores do Distrito do Porto, mostrando-se cauteloso quanto a soluções imediatas. 
Luís Vieira apontou «o fim das quotas leiteiras, o embargo russo, o abrandamento do desenvolvimento da China e de mercados emergentes como Angola e Venezuela, além da redução do consumo interno do leite, em contraponto com um aumento de produção», como principais fatores para as dificuldades dos produtores do setor. 
Apesar de reconhecer que não há «uma varinha mágica para resolver de imediato estas situações» o Secretário de Estado garantiu que Ministério da Agricultura está a trabalhar na União Europeia para encontrar soluções.
«Tal como outros Estados-membros, já enviamos sugestões para a Comissão Europeia, que serão debatidas num próximo Conselho de Ministros Europeus no próximo mês de março», divulgou. 
Enquanto as dificuldades dos produtores de leite estão ser resolvidas nas esferas europeias, Luís Vieira garantiu que o Governo está também a desenvolver estratégias internas, nomeadamente na promoção do produto a nível interno. 
«Vamos avançar com uma medida na rotulagem, onde temos um projeto para colocar um logótipo com origem do produto portuguesa, de modo a que os consumidores saibam que estão a comprar um produto de qualidade e possam ser solidários com os agricultores nacionais», partilhou o Secretário de Estado. 
Além desta estratégia de promoção, Luís Silva garantiu que tem sensibilizado as grandes cadeias de distribuição para terem «bom senso» na fixação dos preços na venda de leite.
«É necessário que as nossas grandes cadeias de distribuição tenham em consideração que não é por apresentarem preços muito baixos que se ganha eficiência», começou por dizer. 
«Com preços muito baixos perde toda gente. Se o distribuidor tiver um preço mais alto, certamente vai ganhar mais, assim como os produtores e os transformadores. Em períodos críticos como este é preciso equilíbrio e bom senso», afirmou Luís Vieira. 
Já Carlos Neves, da Associação dos Produtores de Leite de Portugal, lembrou que os preços pagos ao setor «têm caído a pique», lembrando que «os custos de produção estão abaixo dos custos de venda».
«A média nacional paga aos produtores é de 28 cêntimos por litro de leite, mas os custos de produção rondam os 34 cêntimos. É fácil perceber que o cenário atual é insustentável», desabafou o dirigente. 
Carlos Neves deixou ainda um apelo ao Governo para que além de soluções de fundo, sejam trabalhadas linhas de ação imediatas para salvar o setor. «Vivemos num estado de emergência e nesta altura, tal como num acidente ou num incêndio, é preciso salvar os vivos e procurar soluções, para depois, com o seu tempo, resolver os problemas que causaram isso», apelou.
Fonte: Lusa

Copa e Cogeca publicam novo pacote de medidas para resolver crise do sector agrícola da UE

 26-02-2016 
 
 
O Copa e a Cogeca publicaram um pacote de medidas para ajudar a resolver a crise e instam a União Europeia a avançar com acções para o mesmo objectivo.
 
Em conferência de imprensa, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, alertou para o facto de a «situação estar a piorar diariamente, os agricultores e suas cooperativas enfrentam graves problemas de liquidez e até podem ter que abandonar o sector». Os agricultores foram gravemente afectados pela perda do principal mercado de exportação, a Rússia, avaliado em 5.100 milhões de euros, por motivos de política internacional.
 
Os preços das matérias-primas dispararam, em particular dos fertilizantes e o afundamento dos preços do petróleo também incidiram para uma baixa no preço das matérias-primas, mas sem afectar o valor dos fertilizantes.
 
Pesonen assinala que a situação é insustentável. O pacote de 500 milhões de euros liberados pela União Europeia (UE) em finais de Setembro não foi em nada suficiente para fazer frente à crítica situação dos mercados e, o que é pior, apenas foi paga 25 por cento da ajuda. A não ser que a UE tome medidas já, serão atingidos níveis sem precedentes que vão deixar numa situação muito grave a economia rural e que vão impedir a UE alimentar a futura população em crescimento.
 
«No mesmo dia em que os Estados-membros apresentam as suas listas de medidas que serão alvo de debate no próximo mês de Março, a Comissão Europeia (CE), o Copa e a Cogeca publicaram um pacote de medidas que acabam de apresentar à Comissão para melhorar esta dramática situação», salientou o responsável.
 
Destacando algumas da medidas chave, insistiu em que se «deve conseguir a reabertura do mercado russo, devem agilizar-se as negociações com o Japão, reforçar as medidas de promoção e utilizar os seguros de créditos de exportação. Também devem ser reforçadas as medidas de promoção e utilizar os seguros de créditos de exportação. Também devem ser potenciadas as medidas encaminhadas para gerir melhor o mercado, entre elas, um aumento temporário do preço de intervenção do leite e a extensão da ajuda ao armazenamento privado par aa carne de porco e os lacticínios».
 
Pekka Pesonen prossegue, referindo que também devem ser revistas as ferramentas de mercado para o sector das frutas e hortícolas, combater as praticas comerciais desleais ao longo da cadeia alimentar para que os agricultores consigam melhores preços pelos seus produtos e não sejam esmagados pela distribuição. O preço das matérias-primas podem baixar suprimindo as taxas de importação, em particular para os fertilizantes e são necessárias mais bonificações para empréstimos/dividas para investimentos por parte do Banco Europeu de Investimento, ajudas do Estado, assim como o ajuste do tecto de ajuda de mínimos Por outro lado, os Estados-membros também devem utilizar em pleno as ferramentas que colocam à sua disposição a política de Desenvolvimento Rural e os regimes nacionais para ajudar os agricultores a melhor gerirem o risco, concluiu Pesonen.
 
Fonte: Copa-Cogeca

Pouco endurecimento dos cereais de Inverno na UE faz temer pelos efeitos de possíveis geadas

26-02-2016 
 
 
Na maior parte das regiões do Oeste e Centro da Europa, o estado de endurecimento dos cereais de Inverno não melhorou e permanece abaixo do habitual, devido à persistência de temperaturas acima da média nesta época do ano.
 
Segundo a última informação MARS sobre o estado das colheitas realizado pela Comissão, o endurecimento é um processo biológico dos cereais de Inverno, que transforma o amido celular em glicose, aumentando a tolerância das plantas às baixas temperaturas.
 
Na Alemanha, centro da Ucrânia e sul da Rússia aumentou o endurecimento na segunda quinzena de Janeiro, enquanto na Europa Central e Oeste da Ucrânia começou um processo de endurecimento no início de Fevereiro, devido às boas temperaturas Ou seja, praticamente não alcançou o endurecimento nos cereais do sul e oeste da Europa, Alemanha, Roménia, sul da Polónia e oeste da Ucrânia.
 
A ausência de endurecimento provoca vulnerabilidade dos cereais ao Inverno rigoroso, no entanto não se prevê qualquer alteração desde a informação MARS e muito menos em Fevereiro.
 
Fonte: Agrodigital

Propostas do COPA-COGECA

Fevereiro 25
13:45
2016

Ao mesmo tempo que os Estados Membros vão apresentar propostas para resolução da crise que atravessa o sector agrícola, para que sejam discutidas no Conselho de Ministros de 14 de Março, o COPA-COGECA prepara um conjunto de ideias e quer ser ouvido nesta discussão.

Assim, um dos maiores problemas é a falta de tesouraria das explorações agrícolas, pelo que são pedidos mecanismos de reestruturação dos créditos e ajudas de Estado, com o aumento do montante do Minimis.

Para controlar a produção, defende um congelamento da produção pecuária, ao abrigo do artigo 222 da Organização Comum de Mercado Única.

Também é solicitado um aumento temporário do preço de intervenção do leite, bem como a manutenção das ajudas à stockagem privada. Os preços de retirada de frutas e legumes também devem ser corrigidos.

O ponto mais consensual ao nível das organizações europeias agrícolas é, no entanto, a instalação de um sistema de créditos à exportação, que venham permitir desenvolver as exportações para certos países. Não está, também, excluído o pedido de redução das taxas de importação de alguns factores de produção, como os adubos.

Imagem - eurasiatx.com

Canadá autoriza cultivo por doentes. Portugueses querem discutir tratamento


Tribunal canadiano decidiu dar aos doentes direito de plantar. Em Portugal médicos e doentes defendem discussão sobre tratamento

Seis meses. É este o prazo que o governo do Canadá tem para decidir se quer recorrer da decisão do juiz federal Michael Phelan, que considerou que atual lei da canábis medicinal limita o tratamento dos doentes e que estes têm o direito de plantar marijuana para este fim. Em Portugal pouco ou nada se tem ouvido falar desta possibilidade. Mas médicos e associações de doentes defendem que esta é uma discussão que deve ser feita e alguns consideram que esta é a hora.

No Canadá, a canábis medicinal já é possível. Mas uma alteração legislativa em 2013 limitou a compra de marijuana medicinal a vendedores autorizados pelo governo. Quatro residentes em British Columbia consideraram que a imposição limitava o acesso ao tratamento e o tribunal federal concordou. O juiz considerou que os doentes provaram que é possível produzir com segurança e sem riscos para a saúde pública. A decisão está suspensa por seis meses para que o governo possa fazer nova legislação sobre a matéria. Até lá, o juiz federal fez uma injunção permitindo que os doentes que já tinham autorização para plantar antes da mudança da lei, em 2013, o voltassem a fazer. Cerca de 28 mil pessoas têm licença. A ministra da saúde canadiana, Jane Philpott, diz que ainda é cedo para dizer se vão ou não recorrer da decisão.

A hora da discussão

Em Portugal, antes de discutir se os doentes podem plantar ou não a canábis que usam, é preciso debater o uso para tratar doenças como cancro, esclerose múltipla ou sida. E esta discussão, dizem médicos e associações de doentes, deve ser feita. "A canábis está exacerbada com a conotação de consumo de droga. Mas uma coisa já ninguém tem dúvidas: a canábis tem um impacto importante sobre a dor. No caso da esclerose também sobre os espasmos. São efeitos colaterais da doença que têm forte impacto na qualidade de vida das pessoas", diz Susana Protásio, da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla.

A responsável recorda que a canábis não está legalizada em Portugal, mas o seu uso é descriminalizado. O risco é ser adquirida num circuito sem regras. Por isso defende: "Em termos médicos devíamos ter o maior número de oportunidades disponíveis para reduzir quadros clínicos tão impactantes na vida das pessoas. Mas tem de ser controlo médico. A oportunidade para o discutir é esta, que o governo mudou e é possível de coisas que antes eram tabu", salienta.

"Preocupo-me e valorizo a qualidade de vida, a dignidade da pessoa que sofre e se podermos minimizar esse sofrimento através do uso controlado e vigiado da canábis enquanto medicamento, julgo que faz todo o sentido iniciar essa discussão", afirma Maria Eugénia Saraiva, presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida. Para isso, defende que o ponto de partida deveria ser "um estudo aferido a Portugal", com a participação de "profissionais de saúde, associações e doentes de forma a perceber se as pessoas conhecem as diferenças do uso medicinal, vantagens e desvantagens e após análise dos indicadores, ter então uma discussão participada e informada".

O oncologista Jorge Espírito Santo também defende que "vale a pena discutir os efeitos positivos da canábis" e que esta "deve ser uma discussão técnica e cientifica e era com começasse a ser feita". Mas afastada da "conotação com a toxicodependência, que conduz os doentes a sofrimento desnecessário por uma atitude injustificada". E lembrou que o mesmo se discutiu em relação à morfina. Helena Gervásio, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos, não vê "uma necessidade absoluta na discussão, porque temos medicamentos de qualidade que aliviam a dor", mas não afasta a necessidade de se falar do tema. "Olhando para o que se passa noutros países, devemos olhar para a possibilidade. E nessa lógica talvez faça sentido fazer o debate", adianta a médica.

Governo inglês já prepara plano para a agricultura para um eventual Brexit

Fevereiro 25
13:42
2016

Começam a ser conhecidos os primeiros detalhes do plano de emergência inglês para a agricultura, caso se registe um abandono da União Europeia (Brexit).

Como se sabe, o Reino Unido vai ter um referendo no próximo dia 23 de Junho, que decidirá a sua permanência na União Europeia, sendo que uma saída implicará grandes e profundas mudanças no sector agrícola.

O principal problema põe-se ao nível dos pagamentos directos, que serão suspensos, pelo que está a ser preparado um regime similar, suportado pelo Orçamento de Estado e com um mecanismo de candidatura mais facilitado.

Pretende-se, com este sistema, evitar que os produtores percam os apoios este ano. Provavelmente, as tradicionais ajudas do segundo pilar (investimento) serão anuladas, mas podem vir a ser introduzidos mecanismos de suporte de preços de mercado, que poderão passar por um esquema de seguros.

Tudo o que diz respeito a medidas de condicionalidade serão definitivamente abandonadas.

Também está previsto o abandono de muitas legislações europeias, de modo a tornar mais competitiva a agricultura inglesa.


Setor da amêndoa pede mais medidas para dinamizar cultura



 27 Fevereiro 2016, sábado  Pequenos FrutosAgricultura

O presidente da Coamêndoa - Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija, Paulo Petiz, defende a aplicação de várias medidas para a dinamização do setor.
amendoa

«Dever-se-ia promover uma agricultura económica social e ambientalmente sustentável. Nesse sentido é absolutamente essencial continuar a apoiar a promoção de produção nos modos de produção integrada e de produção biológica. Preocupa-nos o disposto na Portaria nº 25/2015, de 9 de fevereiro, que não prevê a possibilidade de transição de compromissos assumidos no âmbito da operação 7.2.1 - Produção Integrada para a Operação 7.1.1 - Conversão para Agricultura Biológica, do PDR 2020. Pensamos que a não permissão da transição de compromisso entre as referidas operações é um erro crasso. Preocupa-nos, que a referida transição não seja uma situação pontual, mas, que seja uma situação estrutural e se caso se confirme esta última hipótese, o sector da amêndoa no distrito da Guarda, perderá de forma lamentável toda a sua competitividade», afirmou.
O responsável também defende «apoios específicos do Ministério da Agricultura para apoiar os viveiristas a multiplicar as variedades nacionais de amendoeiras».
«Deveriam criar-se medidas para acabar com os intermediários que não asseguram a comercialização de produtos com qualidade e que operam à margem do sistema fiscal. Dever-se-ia estabelecer um equilíbrio entre os produtores e os grandes grupos de distribuição e procurar formas de compensar de forma mais justa o agricultor. Por fim, os procedimentos administrativos na elaboração de projetos ou nas candidaturas anuais deveriam ser simplificados, deveria ainda haver mais estabilidade legislativa para que os agricultores pudessem saber com o que contar no futuro e não viverem constantemente sobressaltados com alterações legislativas», defende.
Em relação ao futuro, o dirigente indica ainda que «felizmente vão-se abrindo novos mercados que associam a amêndoa a um produto de qualidade, socialmente e ambientalmente sustentável e saudável. Se se conseguir manter a boa imagem que a amêndoa tem conseguido junto dos consumidores o futuro do setor estará garantido. Se conseguíssemos promover e executar as ideias aqui referidas, o futuro da amêndoa seria bem risonho».
Fonte: Jornal A Guarda

Ministro da Agricultura impõe limite de apoios




Ajudas comunitárias vão favorecer agricultores com menos hectares.

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, assegurou esta sexta-feira, o apoio mínimo de 500 euros aos pequenos agricultores e um teto máximo de 300 mil euros de ajudas para os maiores agricultores.

No âmbito da Política Agrícola, o valor de ajudas dos fundos comunitários deverá aumentar 20% ainda este ano. "Conseguimos estabelecer [junto da Comissão Europeia], pela primeira vez, um pagamento mínimo", garantiu o ministro.

No âmbito da Politica Agrícola Comum, o pagamento único aos agricultores é calculado tendo por base as dimensões das propriedades agrícolas, de modo a que o valor mínimo a receber seja de 500 euros.

"Enquanto antes, havia agricultores que recebiam 70, 80, 90, 100, 120 euros (...), a partir de agora nenhum agricultor [...], recebe menos de 500 euros", explicitou Capoulas Santos. Além disso, o ministro confirmou que existe a hipótese de ainda este ano se aumentar esse valor em 20%, ou seja, "passar esse pagamento mínimo de 500 para 600 euros", mas a medida ainda carece de autorização pela Comissão Europeia.

No entanto, esses 20% apenas serão atribuídos aos agricultores que receberem menos apoios, numa tentativa de distribuir as verbas comunitárias de forma a "tirar de um lado e pôr noutro".

Por outro lado, o valor pago por cada hectare vai ser alterado, para que os proprietários recebem mais por cada um dos primeiros cinco hectares e menos por cada hectare, à medida que a dimensão da propriedade aumenta. Assim, haverá um aumento de 50% por hectare nos primeiros cinco, que até agora não atingia os 200 euros.

O governante acrescentou ainda que, a partir dos 5 hectares o valor pago baixa de forma progressiva e o apoio global terá um limite máximo de 300 mil euros, recordando que na Europa não há tetos fixados para apoio aos agricultores, mas passará a haver em Portugal, em beneficio dos pequenos agricultores.

No entanto, esta medida apenas poderá entrar em vigor na próxima campanha, uma vez que terá de ser comunicada à Comissão Europeia até 01 de agosto" e posteriormente receber autorização desse órgão.

Vinho da Água. Reserva de 30 mil garrafas sai do Alqueva em Abril


Produtor vitivinícola do Alentejo, registou um aumento de 20% nas vendas, face a 2014, dos vinhos topo de gama. Agora aposta no Vinho de Água.

Dia 16 de abril de 2016 a adega da Ervideira apresenta ao mundo a sua mais recente inovação: o Vinho da Água. A festa vai acontecer na Amieira Marinha, "quando se retirarem as 30 mil garrafas de dentro de água, no Alqueva, onde estiveram submersas meses. Nessa altura vamos explicar todo este processo inovador do Alentejo", disse Duarte Leal da Costa, diretor executivo da Ervideira, adega sedeada em Évora.