sexta-feira, 22 de abril de 2016

Um dia para promover e valorizar a gastronomia nacional


Abr 19, 2016Destaque Home, Notícias0Like

A 29 de Maio assinala-se o primeiro Dia Nacional da Gastronomia (DNG). Nesta edição, Aveiro será a cidade onde decorrem a maioria das acções que visam a promoção e valorização da cultura gastronómica nacional. No entanto, todo o País é chamado a celebrar os produtos nacionais e as suas múltiplas formas de confecção.

A estação de comboios de Santa Apolónia, em Lisboa, foi o local escolhido, a 19 de Abril, para apresentação do programa desta efeméride, aprovada em Assembleia da República em Junho de 2015.  Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, alerta para a importância «económica» da gastronomia que é um atractivo turístico, mas também é potenciador dos produtos da agricultura e pescas.

cartaz gastronomia

Aveiro integra a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal. Pedro Machado, presidente desta instituição afiança que o DNG visa «valorizar os produtos regionais e as confrarias». O mesmo responsável diz ainda que este dia «é um hino a um elemento importante da cultura nacional» e destaca o carácter identitário que gastronomia tem nos territórios.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Ahresp) é outras das entidades parceiras neste evento. Jorge Loureiro, vice-presidente, comenta que o DNG é uma forma de «dar visibilidade à gastronomia» e àqueles que trabalham a mesma, quer as confrarias, quer cozinheiros profissionais que lançam novas tendências.

O programa do Dia Nacional da Gastronomia é vasto e faz-se com ementas especiais nos restaurantes, exposições, mostras gastronómicas, histórias em torno da comida, demonstrações de culinária ao vivo.

A revista Frutas, Legumes e Flores é parceira na "Exposição que se come e se bebe", uma mostra de alimentos que ao final do dia podem ser provados. De salientar ainda acções como a dos CTT – Correios de Portugal, que vai fazer um selo do Dia Nacional de Gastronomia com um carimbo da cidade de Aveiro.

diagastronomia_2

Raul Moreira, director de Filatelia dos CTT – Correios de Portugal, comenta desta forma a importância da gastronomia: «Temos 50 milhões de selos sobre gastronomia e doçaria portuguesas espalhados pelo Mundo». O responsável adianta em, em 2017, poderão fazer uma edição de selos de base de expedição – aqueles que se usam normalmente na correspondência – sobre a doçaria tradicional portuguesa.

O Dia Nacional da Gastronomia será assinalado no último domingo de cada mês de Maio.

Governo quer criar 80 cooperativas agrícolas por ano


O objetivo da medida é apoiar os jovens "a criar 80 cooperativas agrícolas ou a promover a criação de emprego em cooperativas já existentes"

O Governo quer criar 80 cooperativas agrícolas por ano para promover o emprego, prevendo abranger 2.750 jovens, segundo o Plano Nacional de Reformas hoje aprovado no Conselho de Ministros.

O objetivo da medida é apoiar os jovens "a criar 80 cooperativas agrícolas ou a promover a criação de emprego líquido em cooperativas já existentes".

O programa, com um custo estimado de 13,9 milhões de euros e financiado através do Portugal 2020, será avaliado pela Comissão Permanente da Concertação Social 18 meses após entrar em vigor.

Cooperativas agrícolas e artesanato para jovens desempregados

Programas para que jovens desempregados criem produtos artesanais ou que promovam cooperativas agrícolas são algumas das medidas previstas no Programa Nacional de Reformas, hoje aprovado em Conselho de Ministros.

O Programa Nacional de Reformas (PNR) apresenta quinze medidas para a requalificação dos portugueses, avaliadas em cerca de seis mil milhões de euros.

A pensar nos jovens que não estão a trabalhar nem a estudar, os NEET ("Not in Education, Employment, or Training"), o PNR apresenta várias medidas, entre as quais conseguir fazer uma "identificação precoce de 55 mil NEET", até 2020.

Além da sinalização destes jovens, o PNR prevê ainda o desenvolvimento de estágios profissionais, o apoio à sua contratação e o incentivo para que voltem a estudar. No total, estas iniciativas destinadas a 625 mil jovens NEET terão um custo de 995 milhões de euros. Sem custos previstos, uma vez que a ideia é potenciar os recursos já existentes, cerca de três mil desempregados poderão participar em um programa relacionado com a produção de produtos artesanais.

Desenvolver a criação de 80 cooperativas agrícolas por jovens desempregados/NEET, em projetos que pretendem envolver 2.780 jovens, são outras das medidas avaliadas em quase 14 milhões de euros, segundo o documento hoje divulgado. Com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) será ainda dada formação a 75 mil pessoas. Segundo o documento hoje divulgado, a formação dada pelo IEFP vai custar ao Estado cerca de seis milhões de euros, e destina-se a desempregados mas também a pessoas em atividade.

Outra medida, menos onerosa, prende-se com o aumento do número de pessoas com competências nas áreas das novas tecnologias: o PNR disponibiliza 55 milhões para formar 20 mil pessoas em competências digitais até 2020.

Sem custos previstos, o executivo tem por objetivo iniciar, dentro de dois meses, uma avaliação dos impactos das políticas ativas de emprego e concentrar num espaço único - que poderá ser físico ou virtual -- de todas as interações de desempregados nos processos de procura ativa de emprego, assim como dos empregadores nos processos de seleção e contratação de novos trabalhadores.

Governo quer lançar Programa Nacional de Regadios



GONÇALO VILLAVERDE / GLOBAL IMAGENS
PUB
A "primeira preocupação" é "encontrar os meios financeiros para continuar a pagar aos empreiteiros

O Governo pretende lançar um Programa Nacional de Regadios com cerca de 90 mil hectares, metade dos quais para a expansão do Alqueva, que poderá ser financiada pelo Plano Juncker, revelou hoje o ministro da Agricultura.

O Programa Nacional de Regadios, "que corresponde a cerca de 90 mil hectares em todo o país, metade dos quais no Alqueva", está integrado no Programa Nacional de Reformas, aprovado hoje em Conselho de Ministros, explicou Luís Capoulas Santos, aos jornalistas, em Beja, após ter participado na sessão de abertura da feira de agropecuária Ovibeja.

Segundo o ministro, uma das fontes de financiamento previstas para o programa é o Plano Juncker, o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, com o qual o Governo está, atualmente, "a negociar o financiamento de cerca de 200 milhões de euros" necessário para expandir a área de regadio do Alqueva em mais 45 mil hectares, além dos 120 mil inicialmente previstos no projeto e que deverão ficar concluídos na atual campanha de rega.

Na sua intervenção na sessão de abertura da Ovibeja, Luís Capoulas Santos disse que "já foram iniciados contactos no sentido de se poder eventualmente vir a garantir o financiamento" da expansão do Alqueva através do Plano Juncker.

"O problema", sublinhou, "é que empréstimo implica endividamento, aumento da dívida do Estado, o que, naturalmente, terá de ser assumido pelas Finanças".

No entanto, "estamos a tentar negociar um empréstimo em termos de prazo e de um período de carência, que permita algum alívio nas contas", afirmou o ministro, considerando "impensável" parar o projeto Alqueva, devido ao "sucesso que tem tido", "por falta de financiamento" e "por mais difíceis que sejam as condições financeiras do Estado português".

Ainda em relação ao Alqueva, a situação que o Governo PS encontrou "foi que a fonte de financiamento" do projeto terminou em 31 de dezembro de 2015 e ainda com obras em curso, que decorrerão até julho e agosto deste ano sem que para elas tivesse sido garantido qualquer financiamento".

Portanto, a "primeira preocupação" é "encontrar os meios financeiros para continuar a pagar aos empreiteiros, cujas obras foram adjudicadas, estavam em curso e se espera que sejam concluídas nos prazos", referiu, indicando que "a solução para esse financiamento está praticamente encontrada".

"Mas temos agora o problema de maior dimensão", ou seja, encontrar financiamento para expandir a área de regadio do Alqueva em mais 45 mil hectares, "o que implica um investimento adicional de cerca de 200 milhões de euros, para o qual não estava, nem está ainda garantido qualquer financiamento", disse.

Isto porque estão "totalmente comprometidos" cerca de 300 milhões de euros dos 350 milhões de euros para o regadio previstos no novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020, "onde inicialmente pensava que pudéssemos recorrer para concluir o Alqueva", explicou.

"Portanto, temos apenas no PDR cerca de 50 milhões de euros eventualmente disponíveis para uma necessidade de financiamento adicional de cerca de 200 milhões de euros", referiu.

Segundo Luís Capoulas Santos, o novo PDR "nasceu com alguns problemas" e o atual Governo, quando tomou posse, encontrou uma situação "de total bloqueio", que, atualmente, "está desbloqueada".

No âmbito do PDR, "estamos a aprovar cerca de 1.200 projetos por mês, dos 26.000 que entretanto se acumularam, o que quer dizer que teremos a situação normalizada daqui por um ano", disse.

Capoula inaugura a OVIBEJA



Numa sessão de abertura marcada por momentos de grande emotividade, o Ministro da Agricultura associou-se à homenagem que a ACOS prestou ao seu fundador, e fundador da Ovibeja, eng Castro e Brito, que faleceu há menos de um mês.

Capoulas Santos, que esteve presente em todas as edições da Ovibeja, sublinhou o caráter de Castro e Brito e lamentou o seu desaparecimento precoce, desejando agora "ao eng Rui Garrido, novo líder da ACOS, inspiração para continuar a obra".

O Ministro da Agricultura dedicou algumas palavras aos agricultores, afirmando: "sempre estive ao lado dos agricultores e da agricultura e assim continuarei a estar". O Ministro acrescentou: " há constrangimentos, estamos aqui para ajudar a ultrapassá-los" e deu como exemplo a situação do Plano de Desenvolvimento Rural, dizendo que "os bloqueios do PDR 2020 estão ultrapassados, estamos a contratar mil e 200 projetos por mês".

O titular da pasta da agricultura anunciou que "em maio apresentaremos reprogramação do PDR a Bruxelas".

Sobre o empreendimento do Alqueva, Capoulas Santos disse estar a procurar fontes de financiamento para o valor que ficou a descoberto a partir de 2015 e informou, a propósito do projecto de extensão do regadio, que "o PDR dispõe de uma ver a para financiar regadio, vamos tentar aproveitá-la para o Alqueva, em conjunto com outras soluções de financiamento que estamos a estudar".

O Ministro quis deixar uma "palavra de solidariedade com dois setores que estão a viver uma profunda crise (a suinicultura e a produção de leite) e congratulou-se "com aprovação, hoje mesmo, pelo Conselho de Ministros, das novas regras de rotulagem, uma iniciativa deste Governo que vai ao encontro de uma das principais reivindicações dos produtores de carne de porco e que, espero, possa ajudar os consumidores a identificarem melhor os nossos produtos e contribuírem para apoiar este setor, adquirindo carne de porco nacional".

GABINETE DE IMPRENSA
MINISTRO DA AGRICULTURA, FLORESTAS E DESENVOLVIMENTO RURAL

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Ovibeja homenageia Castro e Brito


QUARTA, 20 ABRIL 2016 15:31

A 33ª Ovibeja abre portas ao público na quinta-feira, 21 de abril, a partir das 11:00 horas. A sessão de abertura está agendada para as 16:00 horas, na presença do Ministro da Agricultura, Capoulas Santos. Esta edição da Ovibeja é marcada pela ausência física do seu mentor, Manuel de Castro e Brito, falecido recentemente, que vai ser evocado em dois momentos. O primeiro decorre durante a sessão inaugural, no Auditório do NERBE. O segundo momento de homenagem, a que se associa o Presidente da República, acontece no sábado, dia 23 de abril, numa acção a decorrer na Alameda Principal da Ovibeja.

Com mais de mil expositores, a 33ª Ovibeja mobiliza os mais diversos setores de actividade, com destaque para a nova realidade do mundo agrícola. "Terra Fértil" – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness" é um dos temas principais que envolve apresentação, demonstração e colóquios sobre temáticas da ordem do dia. As raízes da terra e o engenho das gentes também vão estar em destaque no Pavilhão do Cante e Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais. Os produtos agro-alimentares, as provas e demonstrações com animais, os equipamentos e maquinaria agrícola de última geração, os restaurantes de raças certificadas, as inúmeras tasquinhas de comes e bebes são mais alguns dos muitos ingredientes de uma feira que é feita pelos seus participantes e visitantes.

Presidente da República no “Redescobrir a Terra”


QUARTA, 20 ABRIL 2016 16:09

O Presidente da República visitou no dia 18 de abril a Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, no âmbito "Redescobrir a Terra" – uma iniciativa promovida pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e pelo Fórum Estudante, e desenvolvida em parceria com instituições de ensino no território nacional. O programa tem como objetivo central sensibilizar os jovens, prioritariamente entre os 6 e os 18 anos, para a importância estratégica da agricultura, do mundo rural, do ambiente e do desenvolvimento sustentável, para que, enquanto cidadãos, desenvolvam uma consciência cívica sobre a relevância destes setores e venham a apoiá-los ao longo da sua vida. Pretende-se também capacitar os jovens para que possam optar por carreiras profissionais na área da agricultura, fornecendo-lhes informação adequada sobre as potencialidades do setor, as necessidades de mão-de-obra e as caraterísticas da oferta formativa, promovendo deste forma o seu espírito empreendedor.

ACOS tem novo presidente



 19 Abril 2016, terça-feira  AgropecuáriaAgricultura

Rui Garrido é o novo presidente da associação promotora da Ovibeja, a ACOS - Agricultores do Sul.

O engenheiro agrónomo Rui Garrido foi eleito esta semana presidente da ACOS, sucedendo no cargo a Manuel Castro e Brito, que morreu recentemente.
«É um desafio suceder a Manuel Castro e Brito, que tinha uma personalidade muito forte e vincada e uma dedicação excecional à ACOS e aos seus projetos», como a Ovibeja, declarou Rui Garrido, de 61 anos, que era vice-presidente da anterior direção da associação.
Rui Garrido, que é sócio-gerente de uma empresa da área de consultoria, gestão e investimento agrícola e florestal com sede em Beja, foi eleito na assembleia-geral da ACOS, que decorreu esta segunda-feiraa e a três dias do início da edição deste ano da Ovibeja, a realizar entre quinta-feira e dia 25 deste mês.
Segundo o novo presidente da ACOS, Manuel Castro e Brito, que morreu no passado dia 29 de março, em casa, na aldeia de Baleizão, no concelho de Beja, vítima de doença súbita, vai ser homenageado duas vezes na edição deste ano da Ovibeja.
A primeira homenagem vai decorrer na sessão de abertura do certame de agropecuária, marcada para quinta-feira, às 16h00, com a presença do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.
A segunda homenagem, numa cerimónia aberta aos visitantes da feira, vai decorrer no sábado, às 15h00, e contar com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Natural de Baleizão, onde nasceu, a 25 de setembro de 1950, Manuel Castro e Brito era agricultor e presidente da ACOS e da comissão organizadora da Ovibeja desde 1989 e da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo desde 2004.
Em 2005, durante a sessão de inauguração da Ovibeja, Manuel Castro e Brito foi condecorado pelo então presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de comendador da Ordem de Mérito Agrícola, Comercial e Industrial na Classe de Mérito Agrícola.
Em 2003, Manuel Castro e Brito foi condecorado pela Assembleia Municipal de Beja com a Medalha de Mérito Municipal (Grau Prata). 
Fonte: Lusa 

"Desafios da Agricultura e PDR2020" em debate na Ovibeja 2016



 19 Abril 2016, terça-feira  Política AgrícolaAgricultura

"Desafios da Agricultura e PDR2020". Assim se designa o colóquio que irá ter lugar, a 22 de abril de 2016, às 14h30, no auditório do Nerbe, na 33.ª edição da Ovibeja, que terá lugar de 21 a 25 de abril em Beja.
pdr2020
O seminário, promovido pela ACOS – Associação de Agricultores do Sul, conta com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, e com outros oradores, a saber: Luís Souto Barreiros, presidente do conselho directivo do IFAP, Eduardo Dinis, diretor do GPP e Gabriela Freitas, gestora da Autoridade de Gestão do PDR2020.
Organizada pela ACOS, a Ovibeja realiza-se de 21 a 25 de abril de 2016, no Parque de Feiras e Exposições de Beja. Tem como tema na edição de 2016 "Terra Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agribusiness", uma mostra de inovação agrícola e de agronegócios que reafirma o potencial agrícola da região e do país.
De acordo com dados da organização, o evento conta com mais de 1000 expositores dos mais diversos setores de atividade.
Irão decorrer inúmeros debates em torno da agricultura, projetos de investigação e empreendedorismo agrícola.

Suinicultores protestam em Rio Maior contra crise no setor

Abril 20
10:04
2016

Mais de uma centena de suinicultores concentraram-se, na zona da Benedita, Alcobaça, num plenário em protesto contra a situação do sector e decidiram rumar a Rio Maior para uma arruada.

João Correia, porta-voz dos manifestantes, diz que querem chamar a atenção para o que consideram um abuso das empresas distribuidoras, que continuam a colocar no mercado produto não português.

Considera que em causa está a dificuldade em escoar a carne de suíno, quando Portugal se mantém como um país importador, tratando-se de um logro em torno da marca Portugal.

De acordo com este empresário, o sector registou, nos últimos quatro meses, uma quebra de 30%, o que leva a temer o fecho de muitas empresas.

O sector é responsável por 200 mil empregos e o suinicultor estima que, a manter-se esta situação, 50 mil pessoas corram risco de desemprego.

Neste protesto um dos manifestantes ficou ferido, devido a confrontos com a GNR, mas não pensam desistir. O tratamento que tiveram pelas forças da ordem só vem dar ênfase para que as pessoas se manifestem, acrescentou João Correia.

LUSA

Festa do Alvarinho de Melgaço envolve universidades para melhorar produtos endógenos


Abril 20
10:04
2016

Melhorar a qualidade do vinho Alvarinho e dos enchidos e do fumeiro de Melgaço é o objectivo da Câmara Municipal que, este ano, decidiu envolver na festa dedicada àqueles produtos endógenos vários estabelecimentos de ensino superior do país.

O Presidente da Câmara Municipal, Manuel Batista, acredita que este território tem necessidade do acréscimo de conhecimento que as universidades e institutos politécnicos do país podem trazer para ajudar a apurar a qualidade dos nossos produtos.

Manoel Batista adiantou que após a cerimónia solene de abertura do certame, dia 22 de Abril, às 18:00, presidida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, irá decorrer, na Câmara Municipal, uma reunião de trabalho, presidida pelo governante e com os responsáveis daqueles estabelecimentos de ensino superior, onde serão apresentados projectos inovadores ligados ao território, quer no que diz respeito ao Alvarinho quer ao fumeiro.

Este ano, com uma imagem renovada, a festa do Alvarinho e do Fumeiro vai contar um total de 72 expositores, distribuídos por uma área coberta, 31 dos quais de Alvarinho, da Sub-região de Monção e Melgaço, 18 de fumeiro e produtos locais, 16 de artesanato, instituições e associações, e ainda com oito tasquinhas.

A Festa do Alvarinho e do Fumeiro, organizada pela Câmara de Melgaço desde 1995.

LUSA

Diploma sobre rotulagem obrigatória da carne de porco será aprovado na quinta-feira


Abril 20
10:03
2016

O Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, revelou que o diploma sobre a rotulagem obrigatória da carne de porco será aprovado em Conselho de Ministros, nesta quinta-feira, e vai aplicar-se também à carne de ovino, caprino e aves.

O Ministro da tutela, explicou que o diploma que será aprovado na quinta-feira, obriga a que o nome do país de origem seja escrito por extenso, para que os consumidores fiquem mais bem informados sobre a origem dos produtos que consomem. Também será obrigatória para carnes de outros países, cujo nome também terá de ser escrito por extenso.

Capoulas Santos acrescentou, que também já apelou à indústria de lacticínios para que, nos pacotes de leite, queijo e manteiga, seja claramente posta a identificação nacional, eventualmente até a bandeira nacional, uma ideia que o Ministro reforçou.

O Ministro reafirmou também que vai ser atribuído aos agricultores um prémio por cada vaca, estimando que poderá haver, para esse efeito, uma verba superior a oito milhões de euros, que poderá traduzir-se num apoio médio de 40 euros por vaca.

LUSA

Resineiros regressam às florestas



 20 Abril 2016, quarta-feira  Agroflorestal

O setor da resinagem em Portugal, depois das fulgentes décadas de 60, 70 e 80, e posterior declínio, parece voltar a despertar interesse e já há resineiros nas florestas.
resina
Ainda são em pequeno número os que retomam a atividade, mas nas Terras do Demo já há pinheiros sangrados e uma certeza: a exploração da floresta é de novo rentável e já compensa mais plantar pinheiros, do que eucaliptos.
Tempos houve em que todos os pinheiros com porte suficiente para poderem ser sangrados, eram visitados pelos resineiros. Lata às costas, ferro e espátula na mão e toca a sangrar.
«Com o ferro dá-se um corte no pinheiro e coloca-se o caneco para aparar a resina», explica Gilberto Ramos, presidente dos Baldios terras de Aquilino. O púcaro leva três meses a encher, sendo que cada pinheiro dará entre 2 a quatro quilos de resina.
Nestes baldios são explorados 500 hectares de floresta entre Vila Nova de Paiva e Moimenta da Beira. O dirigente associativo garante que «o regresso dos resineiros já permite manter viva a floresta». Feitas as contas, diz, «já não compensa plantar eucaliptos».
O interesse nesta matéria-prima, da qual Portugal foi já o segundo maior exportador do mundo, está a levar os resineiros de volta aos pinhais. Dados do sector apontam para que a atividade cresça 10% ao ano. Longe das 140.000 toneladas em 1984, mas com o declínio quebrado a produção atinge hoje entre 6 a 8 mil toneladas ano.
A resinagem pode ocupar um operador florestal entre seis a nove meses por cada 30 hectares de floresta. Pedro Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Soutosa acredita que «a atividade pode ainda ajudar à fixação de pessoas nas terras do interior».
Depois de sangrado o pinheiro continua a crescer e a produzir resina. Cheio, cada púcaro é comprado a 40 cêntimos e depois é usado na medicina, farmacêutica, cosmética, borrachas e até na indústria alimentar.
Fonte: TSF

OGM’s: em 2015 registou-se uma redução de 1% nas superfícies mundiais



 20 Abril 2016, quarta-feira  Cerealicultura

Pela primeira vez, desde há vários anos, a área mundial cultivada com sementes OGM diminuiu 1%, sobretudo, devido à redução nos Estados Unidos.
ogm
Esta diminuição é, no entanto, justificada com a baixa do preço mundial dos cereais e oleaginosas.
Em 2015, foram semeados 179,7 milhões de hectares de culturas OGM, contra os 181,5 milhões em 2014. As maiores reduções deram-se na cultura do milho (-4%) e do algodão (-5%).
Em 2013 e 2014, o aumento das áreas já tinha registado um pequeno crescimento de 3%, longe dos 8% registados em 2011 e os 6% de 2012.
Neste momento, 87% da área semeada situa-se no Continente Americano, sendo que os Estados Unidos são os recordistas, com 70,9 milhões de hectares, o que representa uma diminuição em relação a 2014, onde o valor foi de 73,1 milhões de hectares.
Em segundo lugar vem o Brasil, com 44,2 milhões de hectares (+2% que em 2014) e a Argentina com 24,5 milhões de hectares (+2% que em 2014). Estes três países representam mais de 75% das áreas totais a nível mundial. Segue-se a índia com 11,6 milhões de hectares de algodão, o Canadá 11 milhões, a China 3,7 milhões e o Paraguai 3,6 milhões. Na União Europeia registou-se uma forte baixa (-18%), sendo que a Espanha continua no primeiro lugar com 107.749 hectares.
A soja representa 50% das sementeiras OGM, seguida do milho com 30%, o algodão 13%.
Fonte: Agroinfo

Évora acolhe workshop sobre “Viticultura Inteligente”



 15 Abril 2016, sexta-feira  Viticultura

Irá decorrer no dia 29 de abril, em Évora, um workshop sobre "Viticultura Inteligente", cujo programa contempla várias palestras no âmbito da Viticultura de Precisão e uma demonstração de campo de um robô para estimativa e mapeamento da produção de uva: projeto europeu VINBOT (Autonomous cloud-computing vineyard robot to optimise yield management and wine quality), em que participam três parceiros portugueses: o ISA, a Agriciência e a Cooperativa Agrícola da Granja.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas aqui.http://viticultura.agriciencia.com/index.php/inscricoes


A Revista AGROTEC e Agrobótica são media partners do evento.

Fonte: Revista AGROTEC 

Mesa Redonda “A agricultura vista pela sociedade”



UMA PARCERIA QUE CRIA VALOR NA NOVA REALIDADE AGRÍCOLA DO SUL DO PAÍS

 
Nos últimos anos assistimos a um crescimento da notoriedade do setor agrícola nacional. A proliferação de notícias e de programas sobre o setor contribuiu para que a agricultura tenha hoje uma imagem mais "cool", mais moderna e, sobretudo, mais qualificada. Os agricultores passaram a ser vistos com outros olhos e têm hoje uma imagem renovada junto da sociedade. Mas, será mesmo assim? Será esta alteração estrutural ou apenas conjuntural?

A CONSULAI (www.consulai.com) e O TREVO (www.otrevo.pt), que são duas, das maiores e mais prestigiadas, empresas de consultoria do setor, e que recentemente estabeleceram uma parceria de abordagem ao mercado do sul do país, consideram que este é um tema muito interessante e que vale a pena ser explorado. Nesse sentido, e aproveitando a realização da OVIBEJA, desafiámos a organização para promovermos uma mesa redonda dedicada ao tema "A agricultura vista pela sociedade", que passou a integrar o programa oficial da feira.

 
Mesa Redonda "A agricultura vista pela sociedade"

22 de abril | 18h00 | Espaço TerraFértil


João Duque
Manuel Carvalho
José Limão
Paulo Barriga
 

No final da mesa redonda, existirá um momento de networking no stand da CONSULAI|TREVO no Pavilhão Terra Fértil, com degustação de produtos regionais.

 
Tel.: +351 284 098 214

Tel.: +351 284 325 962
 

CNA: HABILITAR OS APLICADORES DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS


Continuam por habilitar muitos milhares de aplicadores de produtos fitofarmacêuticos – agricultores, operários agrícolas, trabalhadores de autarquias, trabalhadores de empresas de jardinagem e outros.
Durante perto de dez anos, os sucessivos Governos não deram a atenção necessária à formação que a Directiva Comunitária obriga e chegou-se ao final do prazo com um número de pessoas, que ao certo não se sabe, mas que todos admitem rondar ou mesmo ultrapassar os 200 mil.
Tal situação, para a qual a CNA vinha alertando e que chegou mesmo a discutir com a anterior ministra, a quem apresentou propostas, chegou ao final do prazo sem qualquer perspectiva de solução, agravada pelo facto de, entretanto, ter acabado a formação profissional financiada pelo QREN e até agora ainda não terem sequer aberto as candidaturas a formação no âmbito do Portugal 2020, o que obriga os aplicadores a suportar custos que anteriormente eram financiados.
Desde o primeiro momento que a CNA apresentou ao actual ministro o problema que impediria milhares de agricultores de, também por este motivo, poder continuar a sua actividade e congratulamo-nos pelo facto da solução encontrada ter por base a proposta que a CNA apresentou.
Consideramos igualmente importante que também, a partir de outra proposta da CNA, tenha agora sido uniformizado o custo do Cartão de Aplicador, que para a maior parte dos agricultores e a maior parte do país, é também uma redução do custo para cerca de um terço do que até agora tinham que pagar às Direcções Regionais de Agricultura.
São passos importantes e necessários, mas ainda insuficientes para permitir a habilitação de largas dezenas de milhares de agricultores e outros profissionais até ao prazo estabelecido de 31 de Maio próximo.
A CNA considera que, mantendo padrões de qualidade, o processo para certificação de formadores, dossiers de acção e formandos, pode e deve ser desburocratizado e simplificado, para o que repetidamente deu contributos, de modo a que nenhum agricultor deixe de poder receber a formação necessária.
O país e a nossa soberania alimentar, precisam da Agricultura Familiar!
20.Abril.2016
A Direcção da CNA

Convite - Workshops de Ruminantes - FIAPE 2016


Convite

O Hospital Veterinário Muralha de Évora vem por este meio convidar V/ Exa.  a estar presente nos Workshops de Reprodução e Podologia em Ruminantes que irão decorrer no dia 28 de Abril'16, integrados no certame Agro-Pecuário da FIAPE.

O Hospital Veterinário Muralha de Évora irá marcar presença nos Worshops com dois interessantes temas:

Regra dos 18 meses em Bovinos – Problema ou oportunidade?!
Principais patologias podais e prevenção.
  
 
Inscrições

Para inscrição nos Workshops basta fazê-lo através do contacto:

- 964 845 590 (Drª. Ana Cid - Responsável pela pecuária na FIAP)


quarta-feira, 20 de abril de 2016

A UE lança prémio "Farming by Satellite" 2016


TERÇA, 19 ABRIL 2016 15:32

Os estudantes e jovens agricultores na Europa e em África são convidados a participar num importante concurso sobre a utilização de tecnologias de satélite na agricultura para melhorar a eficiência e reduzir o impacto ambiental.

O prémio "Farming by Satellite", no valor de 13 mil euros, é uma iniciativa da European GNSS Agency, a agência europeia responsável pelas atividades ligadas aos satélites europeus, e da Agência Europeia do Ambiente. Conta com o patrocínio da CLAAS, um dos principais fabricantes de equipamento agrícola, e da Bayer CropScience, empresa especializada em produtos fitossanitários. O concurso foi realizado pela primeira vez em 2012 e novamente em 2014, atraindo o interesse de 29 países desta última vez. Conta com um prémio especial para apresentações orientadas para as necessidades dos agricultores e produtores em África.
 
O objetivo do concurso é promover a utilização de satélites no âmbito de práticas agrícolas inovadoras, que ajudem a reduzir o impacto ambiental e aumentem os benefícios para os consumidores finais. Indivíduos ou equipas de universidades ou organizações comerciais podem apresentar novas ideias e soluções tecnológicas ou estudos de casos de ensaios, em especial aqueles que se baseiem no Serviço Europeu Complementar de Navegação Geostacionária (EGNOS, European Geostationary Navigation Overlay Service), no futuro sistema GALILEO e nos serviços COPERNICUS (o Programa Europeu de Observação da Terra).
 
Entre os finalistas anteriores contavam-se jovens da República Checa, Alemanha, Quénia, Roménia, Ruanda, Portugal, África do Sul, Espanha e Reino Unido, com temas desde plataformas de dados online georreferenciados, tecnologias de enxame, robots de cultivo de sementes de precisão, colheita seletiva de azeitonas até utilização de drones para sistemas de aviso prévio de escassez alimentar e ferramentas de apoio à decisão em África.
 
Gian-Gherardo Calini, Diretor de Desenvolvimento do Mercado da European GNSS Agency, afirma: "Queremos que os jovens pensem ativamente em soluções imaginativas que recorram a tecnologias de satélite "gratuitas" para ajudar agricultores de todo o mundo." Para informações detalhadas sobre o concurso, visitar www.farmingbysatellite.eu. Os interessados devem inscrever-se antes de 30 de outubro de 2016 e fornecer um resumo de 200 palavras sobre a sua ideia. O envio final, que deve ter entre 2500 e 10 000 palavras, tem de ser recebido até 15 de dezembro de 2016. 

Produtores contra plantação ilegal de eucaliptos em zonas de intervenção

Abril 19
09:33
2016

A Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) insurgiu-se contra o aumento de plantações ilegais de eucalipto em zonas de intervenção florestal (ZIF), sobretudo no centro do país, que violará os planos de gestão florestal dessas áreas.

Segundo o Presidente da FNAPF, Vasco Campos, na prática, o que está a acontecer é que os planos de gestão das ZIF estão a ser ignorados nos processos de análise e aprovação de novas plantações e rearborizações.

Acrescentou que já pediu a intervenção do Ministério da Agricultura e Florestas, exigindo que as entidades gestoras de ZIF passem a ter acesso ao sistema de informação do Regime Jurídico das Ações de Arborizações e Rearborizações (RJAAR).

Diz, também, que neste momento, as associadas da federação gestoras de ZIF não sabem o que se está a passar nos territórios sob a sua gestão e, mais grave, os planos de gestão florestal das ZIF estão pura e simplesmente a ser ignorados na apreciação dos processos de novas plantações, o que põe em causa todo o sistema.

O presidente da FNAPF rejeita a forma desordenada e descontrolada como as novas plantações de eucalipto estão a surgir, em áreas onde as suas associadas têm projectos de intervenção florestal.

O Estado tem estado a falhar redondamente na fiscalização destes processos, o que, na opinião de Vasco Campos, poderá ter reflexos a curto prazo na eficácia do funcionamento das ZIF, enquanto peça fundamental de uma política florestal assente em projectos de defesa da floresta contra incêndios e no controlo de pragas e doenças.

LUSA

Formação da Academia do Centro de Frutologia Compal já arrancou


por Ana Rita Costa- 19 Abril, 2016

A Academia do Centro de Frutologia Compal reuniu esta semana pela primeira vez os seus 12 novos formandos para o arranque da formação da 4ª edição da iniciativa.

"Com a constante preocupação de manter a Academia como uma formação de referência a nível nacional, este ano o programa vê aumentar o número de horas de formação e inclui sessões no terreno em novas frutas, como a Framboesa e a Romã", explicam os responsáveis pelo projeto.

As sessões vão percorrer o país num total de 65 horas de formação, até ao próximo mês de julho, e incluirão a abordagem de temas como fruticultura, inovação e criação de negócios, gestão agrícola, associativismo, marketing, tecnologia e sustentabilidade. A aposta na formação inclui ainda visitas a explorações agrícolas de referência como a Frutus, a Quinta d'Alens, a Fruteco e a fábrica Compal, assim como sessões no terreno com Organizações de Produtores, como a Associação de Fruticultores de Armamar (AFA), a Associação dos Produtores Agrícolas da Sobrena (APAS), a Cooperativa Agrícola de Citricultores do Algarve (CACIAL), a Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval (COOPVAL) e a Madre Fruta.

Terminado o período de formação, os empreendedores frutícolas submetem os seus projetos de negócio à avaliação do júri e os três melhores receberão uma bolsa de 20 euros cada.

Companhia das Lezírias regista os “melhores resultados de sempre”


por Ana Rita Costa- 19 Abril, 2016

A Companhia das Lezírias, empresa agropecuária detida pelo Estado, registou no ano passado lucros de 1,32 milhões de euros, um incremento de 29,4% face a 2014. Numa nota enviada às redações, a companhia caracteriza 2015 como o "melhor ano de resultados operacionais".

Em 2015, as vendas da Companhia das Lezírias cresceram 6,8% face à previsão orçamental, um aumento impulsionado pela venda de azeite e vinhos, produtos florestais, bovinos de carne, milho e pelas receitas dos serviços de turismo e visitação, que cresceram 30% face a 2014.

Para além disso, os resultados revelam que o número de visitantes cresceu 20%, atingindo os 13 mil, 7 700 dos quais visitaram o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves, localizado na Lezíria Sul, em plena Reserva Natural do Estuário do Tejo.

António Pimentel Saraiva, Presidente do Conselho de Administração da Companhia das Lezírias, refere que "satisfaz-nos o conjunto de resultados apresentados tendo em conta que as perspetivas para 2015, embora desafiantes, apontavam para vendas 8% inferiores a 2014, sendo a principal razão dessa previsão a menor mancha de área a descortiçar. Mas as maiores produtividades das culturas do milho, olival e vinha associadas às vendas de azeite e vinhos, e um melhor desempenho da área florestal, permitiram compensar dificuldades que se anteviam."

Em 2015, de acordo com António Pimentel Saraiva, "continuou-se a alargar a base de distribuição dos nossos produtos (carne, vinhos e azeite) com um crescente reconhecimento da sua qualidade e imagem e vimos ser renovado o certificado de gestão florestal sustentável (FSC) da nossa floresta."

De resto, "a atualização e renegociação dos contratos de arrendamento continuam a constituir uma base sólida para os resultados" da Companhia das Lezírias, que arrenda já cerca de 5 860 hectares dos seus 18 mil hectares de extensão totais.

"O ano de 2015 não só regista os melhores resultados de sempre, como consolida uma tendência de fortalecimento dos resultados de algumas atividades atenuando a oscilação de cada exercício associada à tiragem de cortiça e outros produtos florestais", conclui.

Portugal produz 55% da carne de porco que consome

Na Bolsa do Porco acerta-se o preço à porta fechada
ANA RUTE SILVA 17/04/2016 - 08:02
Numa altura em que os produtores não conseguem vender os animais a preços que cubram os custos, aumenta a pressão sobre o preço que é decidido todas as semanas pela Bolsa do Porco, no Montijo.

DR

Todas as quintas-feiras às 19 horas há encontro marcado. Repete-se todas as semanas ao lado da praça de touros do Montijo, no Parque Industrial da cidade, num edifício branco e cor-de-rosa. Lá dentro, no rés-do-chão, ainda há vestígios de uma dependência do Banco Espírito Santo decorada com a antiga imagem, de letras douradas sobre um fundo verde-escuro.

Sobe-se a escadaria e entra-se no território da Bolsa do Porco – Associação, legalmente constituída há 22 anos. Não há ecrãs com cotações sempre a passar, apenas secretárias de madeira escura e salas de reuniões onde se juntam os representantes dos produtores de porcos, comerciantes e industriais do sector, desde os matadouros às fábricas que produzem enchidos. Não há compra e venda de acções, não há índices, nem empresas cotadas. Nesta bolsa discute-se o preço de referência do quilo do porco (morto) para a semana seguinte.

O valor que sai todas as semanas é seguido de perto pelos suinicultores que, por estes dias, se debatem com dificuldades em vender os animais a um preço capaz de suportar todos os custos. O embargo russo aos produtos alimentares produzidos na União Europeia, uma retaliação de Moscovo às sanções impostas pela UE na sequência da operação militar na Crimeia, já se arrasta há quase dois anos. E Portugal, que não exportava carne de porco para a Rússia e nem sequer produz o suficiente para se abastecer (cobre apenas 55% das suas necessidades) sofreu indirectamente com o excesso de produtos no mercado europeu. A concorrência dos grandes produtores, como Espanha, está a ser difícil de ultrapassar. E os consumidores tardam em preferir carne portuguesa quando vão às compras.

Nas paredes da Bolsa do Porco há fotografias antigas, de grupos de homens sentados à volta de uma mesa. A placa que assinala a data de inauguração, a 30 de Janeiro de 1992, tem gravado o nome de Arlindo Cunha, ministro da Agricultura de Cavaco Silva (e actual presidente da comissão vitivinícola da Região do Dão) que em 1993 decidiu fechar as importações de suínos da UE, justificada na altura por uma "medida de controlo sanitário", como citava o Expresso. Bruxelas tinha também proibido as exportações de porcos portugueses devido à peste suína. Nessa altura, como agora, os preços eram um problema. Tal como a capacidade dos produtores de concorrer no mercado externo.

Mas a história da Bolsa começou na rua. "As pessoas juntavam-se no Montijo informalmente e faziam uma espécie de bolsa. Na prática eram vendas. Os produtores iam vender os seus porcos a intermediários que definiam ali mesmo o preço e o principal era o José Inácio", conta Nuno Correia, presidente da Associação da Bolsa do Porco. Era o preço de rua, passado de boca em boca, que guiava a decisões de compra e venda.

A entrada de Portugal na União Europeia trouxe novas exigências: era preciso ter um valor de referência mais real, que indicasse a evolução do mercado. "Começou então a falar-se na possibilidade de criar uma bolsa, à semelhança do que se fazia noutros países da Europa, como Espanha. Esta não é uma bolsa de transacções. É uma bolsa de preço indicativo dos animais", sustenta.

As associações que representavam o sector foram chamadas a participar e começaram a trabalhar em conjunto com o Ministério da Agricultura, que destacou um técnico e um administrativo para assegurar o funcionamento do novo organismo (recursos que, mais tarde, deixaram de existir). Na lista de fundadores estão a Associação Livre de Suinicultores (ALIS) e a Associação Portuguesa de Suinicultura (APS) – entretanto fundidas na ALISP, Associação Livre de Suinicultores Portugueses -, a Associação Nacional de Comerciantes de Suínos (ACS), a Associação Portuguesa dos Industriais de Carne (APIC) e a Associação dos Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior (APARRM). Todas se mantêm como membros da mesa de cotações.

Cada associação designa um representante. "Normalmente tenta-se que tenham representatividade no mercado pela sua dimensão ou, não tendo, que sejam respeitados pela sua experiência e conhecimento", detalha Nuno Correia, dando como exemplo António Gameiro, que produz carne com a sua própria marca, a Ti António.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Barragens vazias já obrigam a abastecimentos com auto-tanques no Alentejo

CARLOS DIAS 11/04/2016 - 22:05

Alqueva tem reservas que asseguram o abastecimento das culturas regadas. Mesmo assim a Fenareg avisa: "Mais de 40 mil hectares poderão não ter água" na campanha de rega de 2016.

 
ENRIC VIVES-RUBIO

A escassez de água volta a marcar presença na realidade baixo alentejana. Nesta altura do ano, as reservas de água tanto de superfície como nos aquíferos subterrâneos já se revelam escassas, o que faz temer por piores consequências no próximo Verão. A Federação Nacional de Regantes (Fenareg) já alertou para "a falta de água e para as consequências na campanha de rega deste ano", lembrando que "pelo segundo ano consecutivo a precipitação foi inferior ao normal."

Os casos mais preocupantes estão assinalados no Alentejo, salienta a Fenareg, referindo que as barragens da bacia do Sado registam, neste momento, apenas 30% de água na sua capacidade de armazenamento. Os dados das Associações de Regantes e do Sistema Nacional dos Recursos Hídricos destacam as limitações hídricas nas albufeiras de Vale do Gaio (58,9%), Lucefecit (58,6), Alvito (57,7%), Fonte Serne (50%) e Divor (50%). Com situação ainda mais preocupante estão Vigia (40%), Monte da Rocha (33.5%), Odivelas (32.8%), Pego do Altar (38.7%) e Roxo (28.8%). A albufeira do Alqueva apresenta 78% da sua capacidade máxima (3.127 milhões de metros cúbicos)

Pelo segundo ano consecutivo, a precipitação foi inferior ao normal e sete bacias hidrográficas a nível nacional registam volumes armazenados "inferiores à média dos últimos 25 anos", assinala a Fenareg. Esta organização destaca os "casos mais dramáticos", nas albufeiras de Odivelas e do Roxo, onde a situação é descrita como "particularmente grave". A primeira regista um volume útil de acesso à água de apenas 31 milhões de metros cúbicos quando a sua capacidade máxima é de 96 milhões. A segunda tem uma reserva de 27 milhões quando a sua capacidade é de 94 milhões de metros cúbicos. Como têm de manter uma reserva de 10% do volume máximo, o chamado "caudal morto", a água não chega para o regadio das culturas Primavera/Verão, que no caso do Roxo é acrescido de mais 4 milhões para o abastecimento público de Beja e Aljustrel.   

O presidente da Associação de Beneficiários do Roxo (ABRoxo), António Parreira, confirmou ao PÚBLICO que "o panorama é negro" mas espera que de Alqueva possa vir a reserva de água necessária para regar os culturas. O problema, acentua, "está no preço da água que é elevado para a maioria das explorações" de pequena e média dimensão.

"Vamos a ver se água vinda de Alqueva pode ser paga ou se, pelo contrário, vai cavar a sepultura de muitos agricultores" antecipa António Parreira receoso que a "pequena margem de manobra" que as explorações têm, não faça com os ganhos com a produção "sejam levados pelo custo da água."

Acresce ainda o contencioso que a ABRroxo mantém há vários anos com a empresa Águas Públicas do Alentejo (APA). A água que esta entidade capta na albufeira do Roxo para garantir o abastecimento público das populações de Beja e Aljustrel não é paga. Mas, pela primeira vez, a associação de regantes vai ter de requisitar água à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), para abastecer o seu sistema de rega. Resta saber " se os agricultores vão ter de pagar a água que a APA vai retirar do Roxo para abastecer o consumo público".  

A Fenareg prevê que "mais de 40.000 hectares de culturas regadas poderão não ter água para esta campanha de rega de 2016", destacando que, "mais de um terço das culturas são permanentes (olival, amendoal e outras árvores de fruta, vinha, etc). As áreas de produção de arroz de Alcácer do Sal "estão também em causa", adverte esta organização.

O abastecimento público também está ameaçado com a escassez de água. Em Castro Verde a câmara local já determinou o encerramento de todos os fontanários públicos "devido ao período de seca" e para evitar "o desperdício e consumos exagerados de água", justificou ao PÚBLICO o presidente da Câmara, Francisco Duarte. O autarca garante que a situação "ainda não é preocupante" mas admite que o "período de seca que se avizinha" possa impor restrições.

Daí as decisões que a autarquia tomou no sentido de "racionalizar" os consumos por recear que o próximo Verão possa ser marcado por cenários de escassez. Com efeito, é a partir da barragem do Monte da Rocha, cuja albufeira apresenta um volume de apenas 34 milhões de metros cúbicos, (capacidade de 104 milhões de metros cúbicos de água) que são abastecidos, para além de Castro Verde, os concelhos de Ourique e Almodôvar.  

Em Mértola já foi necessário recorrer "pontualmente", no final do Inverno, aos auto-tanques para abastecer pequenas povoações mais isoladas da margem direita do Guadiana, confirmou ao PÚBLICO o presidente da Câmara, Jorge Rosa. O problema pode vir a agudizar-se no próximo Verão dado existirem aglomerados populacionais que ainda não estão ligados ao sistema de abastecimento suportado pela barragem do Enxoé que abastece Mértola e Serpa.

Mais "preocupante" é a situação dos criadores de gado, refere o autarca, realçando a falta de água nas pequenas charcas e barragens utilizadas para o abeberamento do gado e que neste momento "ou estão secas ou cobertas de lodo". Jorge Rosa admite que o problema da falta de água se vai colocar "com mais intensidade" nos meses que se seguem.

Entretanto a Fenareg já solicitou uma audiência com o Ministro da Agricultura.

A nível nacional, segundo dados do Sistema Nacional dos Recursos Hídricos, das 60 albufeiras monitorizadas, 28 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e cinco têm disponibilidades inferiores a 40%. Os armazenamentos de Março de 2016 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias históricas para este mês - com destaque para a do Sado -, com excepção das bacias do Lima, Cávado/Ribeiras Costeiras, Ave, Douro e Tejo, que estão acima da média.

Ovibeja potencia "Terra Fértil" através da inovação e agronegócios

 19-04-2016 
  
As novas culturas, o agro-alimentar e as agro-indústrias, equipamentos e tecnologias de ponta, bem como as mais recentes técnicas de marketing vão estar em destaque na 33ª Ovibeja.
 
O evento, que se realiza de 21 a 25 de Abril, potencia a inovação e o agro-negócio num Pavilhão dedicado à temática "Terra Fértil". Um centro de excelência, da promoção e venda do que de melhor se faz no campo e a partir do campo.

 
Uma mostra com um forte cariz empresarial e tecnológico que reúne empresas nacionais e internacionais, marcas, entidades e organizações de produtores que operam na inovação das culturas tradicionais e nas novas culturas e fileiras agrícolas. Em foco vai estar a sua incontornável importância para a afirmação e desenvolvimento do sector agrícola e para a economia agrícola nacional.
 
O Pavilhão Terra Fértil vai ainda contemplar uma zona de apresentações ao dispor dos expositores para a qual foi delineada uma programação própria. Estas iniciativas, que contam com o envolvimento de entidades oficiais, técnicos e peritos dos mais variados setores agrícolas, têm como meta o fortalecimento de relações de proximidade com o público interessado, para identificar e debater os diferentes desafios e oportunidades de um setor em franca expansão.
 
A CONFAGRI irá estar presente no certame com um stand próprio, à entrada do Pavilhão Institucional. Não hesite em visitar-nos. Para garantir uma dinâmica empresarial e de networking vai estar também ao dispor uma zona destinada a reuniões entre empresas (B2B) e potenciais clientes e parceiros (B2C), num contexto de Unique Selling Point, uma abordagem integrada da produção ao consumidor final.
 
Consulte aqui o Programa http://www.ovibeja.pt/programa
 
Fonte: CONFAGRI

Novas medidas contra Xylella fastidiosa

  19-04-2016 
 

 
Os especialistas dos Estados-membros aprovaram, na sexta-feira passada, medidas adicionais contra Xylella fastidiosa, uma das bactérias conhecidas mais perigosas no mundo das plantas.
 
Com as novas medidas são actualizados alguns elementos das disposições de emergência existentes, aprovados em Maio de 2015. Em particular, tem em conta a evolução da Xylella fastidiosa no território italiano e o facto de novos surtos registados na zona circundante à infectada província de Lecce desde a adopção das últimas medidas de emergência em 2015.
 
As novas medidas aprovadas preveem uma área mais ampliada de demarcação de forma a evitar uma maior propagação da bactéria no resto do território da União Europeia.
 
Fonte: Agrodigital

China confirma-se como o segundo maior vinhedo do mundo

 19-04-2016 
 

 
O director-geral da Organização Internacional da Vinha e do Vinho apresentou a 18 de Abril, em Paris, os elementos informáticos sobre o "potencial de produção de vinho, o balanço da colheita, situação do mercado e os intercâmbios internacionais em 2015".

Principalmente na China a na Nova Zelândia os vinhedos continuam em crescimento. Em troca, o comunitário tem vindo a diminuidor ligeiramente e Espanha permanece, sem dúvida, na cabeça no que respeita a superfícies cultivadas com mais de 1 milhão de hectares (ha), seguida pela China, com 0,81 ha, e da França com 0,78 ha.

A produção mundial de vinho foi relativamente alta em 2015, alcançou os 274,4 milhões de hectolitros, ou seja, mais 5,8 milhões frente à produção de 2014. Itália, com um crescimento de 12 por cento em relação ao ano anterior, é o primeiro produtor mundial, com 49,5 milhões de hectolitros, seguida pela França, com 47,5 e a Espanha, com 37,2 milhões.

Os Estados Unidos registou, pelo terceiro ano consecutivo, um nível de produção elevado, de 22,1 milhões de hectolitros. No hemisfério sul a produção contraiu na Argentina, com 13,4 milhões de hectolitros, mas aumentou no Chile, 12,9 e mantém-se estável na Austrália, com 11,9 milhões. Diminuiu ligeiramente na África do Sul, com um total de 11,2 e na China, com 11 milhões de hectolitros.

O consumo mundial de vinhos em 2015 foi avaliada em 240 milhões de hectolitros, o que implica um pequeno aumento, de mais 0,9 milhões em relação ao ano anterior. Desde a crise económica e financeira de 2008, manteve-se estável. Os Estados Unidos, com 31 milhões de hectolitros, confirma a sua posição como primeiro consumidor mundial. O consumo apresenta-se relativamente estável na Itália, de 20 milhões e em Espanha, de 10 milhões, mas na França continua em queda, 27,2 milhões de hectolitros frente a 2014. O nível mundial de consumo na China foi avaliado em 16 milhões de hectolitros, o que implica um ligeiro aumento de 0,5 milhões em comparação a 2014.

No que diz respeito a intercâmbios internacionais verificou-se um aumento em volume e em valor. Em 205, os intercâmbios mundiais de vinho aumentaram 1,8 por cento em volume, 104,3 milhões de hectolitros, mas em valor ainda mais, de 10,6 por cento, em relação a 2014, quando registou um total de 23.300 milhões euros.

Fonte: Agrodigital

Amendoeiras começam a disputar com as oliveiras a paisagem alentejana

CARLOS DIAS 19/04/2016 - 09:00

Dentro de três anos estarão plantados em Alqueva sete mil hectares de amendoais, cultura que vai contribuir para "rentabilizar" a água da grande albufeira que continua a ter baixo consumo. Seca na Califórnia dá um empurrão à produção portuguesa.


Apesar do olival intensivo e superintensivo continuar a representar a cultura de maior expressão no regadio de Alqueva, ocupando neste momento uma área superior a 53% nos cerca de 90 mil hectares já infra-estruturados, a cultura de amendoeiras está a mobilizar de forma exponencial o interesse dos agricultores.

O presidente da  Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, realçou na sua intervenção de abertura do seminário "Criar Valor na Mudança" com o regadio, realizado no final da semana passada no auditório da EDIA em Beja, o peso cada vez maior que o amendoal pode vir a assumir na "rentabilização a água de Alqueva". E adiantou que dentro de três anos estarão plantados nos novos blocos de rega "cerca sete mil hectares" desta cultura de frutos secos.

Pedro Janeiro, especialista na Consulai - empresa de consultadoria agro-industrial - partilha do optimismo expresso pelo presidente da EDIA, classificando de "paradigmáticos" os dados relativos ao crescimento da plantação de amendoeiras em Alqueva, convicto que esta se vai tornar a médio prazo "uma referência a seguir ao olival."

A produção intensiva de amêndoas dispõe em Alqueva de áreas adequadas que totalizam 23 mil hectares de bons solos argilosos e com abundância de água. Uma vantagem acrescida quando a Califórnia, onde se concentra mais de 80% da produção mundial deste tipo de fruto de casca rija, "está a ser fustigado por uma seca estrutural que coloca em risco a produção", salientou Pedro Janeiro.  

Os efeitos já se estão a fazer sentir no "aumento da procura do produto e nos preços elevados", sublinha este especialista, referindo que as condições climatéricas adversas naquele ponto do globo aceleraram a deslocalização da produção, abrindo novas oportunidades para outros países, entre os quais Portugal.    

A plantação de amendoeiras "está adequada a Alqueva" se forem usadas as novas variedades de árvores que resistem às geadas recorrentes no Baixo Alentejo por força da humidade criada pelo espelho de água no Alqueva e a massa de ar vinda do litoral atlântico.  

Pedro Janeiro explicou às cerca de duas centenas de agricultores presentes no auditório da EDIA que a área mínima de plantio é de 15 hectares para assegurar um valor líquido "interessante e resiliente". A subida do preço dos frutos de casca rija foi exponencial desde o ano 2000, assim como a produção a nível mundial. Dados da organização espanhola Mesa Nacional de Frutos Secos (MNFS) referem que foram produzidas em 2014 cerca de 1.077.000 toneladas de amêndoa, mais 96% que em 2004 quando a produção se situou nas 550.000 toneladas.

Em 2006, a produção de amêndoa rendeu 3 mil milhões de euros mas em 2014 chegou aos 8,4 mil milhões. Há dois anos, o quilo de miolo de amêndoa ultrapassava os 10 euros.

Brígido Chambra, agricultor da região da Andaluzia, depois de plantar mais de 20 mil hectares de olival está a dedicar-se ao amendoal, tal como outros produtores olivícolas, replicando os modelos intensivo e superintensivo. "Felizmente, no Alentejo, temos a terra que quisermos e água com abundância", assinala o agricultor espanhol que diz estar a experimentar novas variedades de amendoeiras para as adequar "às mais de duas dezenas de microclimas que existem na região", realça. Numa primeira fase, o produtor andaluz vai plantar entre 400/500 por hectare mas pretende chegar às cerca de mil árvores para produzir amêndoa a um euro o quilo no superintensivo. "Plantar o máximo volume de árvores por hectare no melhor tempo possível e recorrendo à apanha mecanizada" é o seu conceito de negócio, diz.

Pretende plantar 1000 hectares de amendoal no Alentejo, frisando que as variedades ibéricas deste fruto de casca rija "tem mais valor pela sua qualidade superior". Esta afirmação foi corroborada por um produtor de amendoal em superintensivo que revelou aos presentes a confidência que ouviu de um californiano: "Nós (californianos) produzimos muita amêndoa, mas só consumimos a que é produzida na Península Ibérica que é muito melhor que a nossa."

Daniel Montes, um jovem agricultor, tem uma plantação de 30 hectares de amendoal em Alqueva mas só vai mais além quando fizer a experimentação das variedades adequadas às características "edafoclimáticas do regadio". E antecipa o cenário que considera inevitável: "As pragas e as doenças vão ser um dos principais problemas", fenómeno que lhe suscitou uma advertência: "Vamos ter dificuldades na indicação química para estancar as pragas no Alentejo e adaptar os produtos aos nossos microclimas", alerta o agricultor, defendendo o recurso a um meio natural: as abelhas. "São necessárias até cinco colmeias por hectare" defende, referindo que a presença destes insectos numa plantação de amendoeiras "têm um peso até 30% na produtividade" alcançada.

A MNFS refere que os Estados Unidos da América são os maiores produtores mundiais, com 834.000 toneladas de produção de amêndoa por ano, seguindo-se a Austrália, com 65.000 , e Espanha, com 48.000. A produção em Portugal foi, em 2015, de 14 mil toneladas. Contudo, a Espanha detém a maior área cultivada a nível mundial, com 540 mil hectares para os pouco mais de 400 mil na Califórnia.

Tanto nos Estados Unidos como na Austrália as plantações estão localizadas em solos férteis de regadio com produções que oscilam entre os 2000 e 3000 quilos por hectare. Em Espanha a média é de 150 quilos. Nos amendoais de sequeiro, que é o caso do Algarve e de outros locais no país, a produção média ronda os 15 quilos por hectare.

Azeite: Alentejo produz 76% da produção nacional



 18 Abril 2016, segunda-feira  AgroflorestalIndústria alimentar

A produção de azeite em Portugal, em 2015, subiu 75% e situa-se já como a maior desde 1961 e o terceiro maior volume dos últimos 100 anos, tendo sido produzidos cerca de 106 mil toneladas de azeite.
azeite
Segundo as previsões da Casa do Azeite – a associação que representa produtores e embaladores de azeite - pode mesmo continuar a acrescer nos próximos quatro anos, algo que o Instituto Nacional de Estatística (INE), já havia previsto também.
Com novos olivais a serem plantados, nos próximos quatro anos Portugal pode chegar às 120, 130 mil toneladas, quando há pouco tempo se esperava atingir só em 2020 a barreira das 100 mil.
Os olivais superintensivos do sul, que usufruem da barragem do Alqueva, têm tido um papel determinante nesta subida.
Neste panorama, o Alentejo produz 76% do azeite nacional que, quando há cerca de dez anos a produção era somente de 11 mil toneladas.
O Alentejo foi mesmo a região que mais cresceu em área de olival, cerca de 170 mil hectares; a nível nacional o crescimento tem sido insignificante.
As exportações valem já a Portugal 436,5 milhões de euros, sendo os mercados principais Brasil e Angola com cerca de 50% do volume total de produção, no entanto, as exportações diminuíram 4% em volume em 2015.
Portugal continua a ser quarto na lista dos maiores produtores europeus, num ranking liderado pela Espanha, seguida da Itália e da Grécia.
Fonte: Tribuna do Alentejo 

Jovem agricultor mais inovador da Europa é de Ferreira do Alentejo



 15 Abril 2016, sexta-feira  ViticulturaAgricultura

Henrique Silvestre Ferreira é o jovem agricultor mais inovador da Europa.
henrique silvestre
Segue a tradição agrícola da família e dedica-se à produção de uvas sem grainha em Ferreira do Alentejo.
A distinção foi entregue no Parlamento Europeu depois de um concurso que envolveu agricultores de toda a Europa.
O projeto foi distinguido pela conciliação entre a inovação e a tradição e, também pela preocupação com o desenvolvimento sustentável.
Fonte: SIC 

USDA prevê maior produção e existências de trigo e milho a nível mundial

 13-04-2016 
  
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos aumentou a sua estimativa de produção mundial de trigo na sua última informação

As previsões apontam para mais 820 mil toneladas em relação ao ano anterior, até um valor recorde de 733, 14 milhões de toneladas. Este crescimento procede de melhores resultados na União Europeia, de mais 1,5 milhões de toneladas até o recorde de 160 milhões de toneladas, e na Argentina, mais 300 mil toneladas até 11,2 milhões, no entanto com descida na Etiópia e no Paquistão. Este crescimento da produção em conjunto com a quebra de consumo previsto pode levar a existência recorde no final da campanha de 329,3 milhões de toneladas, mais 1,7 milhões.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou as suas previsões e produção mundial de milho em 2,5 milhões de toneladas em comparação com o mês anterior, até 972,13 milhões de toneladas. Esta subida deve-se à revisão em alta na Argentina, de mais um milhão de toneladas e no México e Sérvia, ambos com mais 500 mil toneladas. As previsões de existências finais da apanha também aumentaram mais dois milhões, até 208,91 milhões de toneladas.

Em relação à produção mundial de soja, mantém-se invariável em 310,2 milhões e toneladas. Os maiores resultados da Argentina compensam as descidas na Índia e os stocks finais da campanha são revistos em alta, com mais 200 mil toneladas, até um total de 79 milhões de toneladas.

Fonte: Agrodigital

Situação da colheita de trigo no mundo

18-04-2016 
  
O mercado cereais sente a pressão das boas condições de colheitas de trigo no mundo, me especial nos Estados Unidos, com uma melhor situação do que o esperado

Apenas, uma queda de rendimento em conjunto com um forte aumento da procura poderá alterar nas cotações, segundo a avaliação de Toño Catón, Director de Culturas Arvenses das Cooperativas Agroalimentarias.

Os Estados Unidos esta campanha cultivaram menos dois milhões de hectares de trigo em relação à passada, porém, dadas as elevadas existências de início da campanha e considerando um rendimento médio, em 2016/2017 conta-se com uma oferta superior a 2015/2016.

Em relação à situação dos trigos na Europa, incluindo o Mar Negro, a situação continua favorável, assinalou Toño Catón. Em França, 92 por cento do trigo está em excelente estado. Na Rússia e na Ucrânia a colheita será menor devido à redução da superfície, já que as culturas avançaram com condições meteorológicas muito desfavoráveis devido à falta de água. Na Ucrânia espera-se uma colheita de trigo de cerca de 18 milhões de toneladas, frente aos 27,27 milhões de 2015. Na Rússia prevê-se uma colheita de 23 milhões de toneladas. O mercado russo de exportação está muito activo já que a desvalorização já que os preços russos resultam muito competitivos, destaca Catón. As exportações russas de trigo chegara a 20,58 milhões de toneladas em Março frente aos 19,5 milhões na mesma data da campanha anterior.

No norte de África, Marrocos atravessa uma situação difícil. A seca pode levar à perda de cerca de metade da colheita de trigo, que poderá ser a pior colheita dos últimos oito anos, ponderando cerca de 3,7 milhões de toneladas frente aos oito milhões da campanha anterior. Marrocos terá que aumentar as suas importações em mais de quatro milhões de toneladas. Perante esta situação, França reviu em alta as suas previsões de exportação em 500 mil toneladas.

O Egipto proibiu as importações desde Abril até Julho, coincidindo com a sua colheita, de forma a promover o consumo de trigo nacional. A última compra foi a seis de Abril, de 60 mil toneladas de trigo francês a um preço de 192,34 dólares a tonelada, o valor mais alto em sete semanas, recorda Catón.

Fonte: Agrodigital

Novo programa de leite e frutas e hortícolas nas escolas começa em Agosto de 2017

 12-04-2016 
 

 
Os Ministros da Agricultora da União Europeia aprovaram o novo programa de leite e frutas e hortícolas nas escolas. As novidades do novo programa, que começa a funcionar a partir de 01 de Agosto de 2017, são mais orçamento, menos carga administrativa e mais formação das crianças em relação aos hábitos alimentares saudáveis, sustentabilidade e resíduos.

A participação dos Estados-membros continua a ser voluntaria, dando prioridade à distribuição entre as escolas de frutas e hortícolas frescas e leite de consumo, apesar dos países terem a possibilidade de complementar a mesma com frutas e hortícolas transformadas e outros lacticínios.

O orçamento total da União Europeia aumentou 250 milhões de euros por ano, dos quais 150 milhões são para frutas e hortícolas, como actualmente, e 100 milhões para o leite e os lacticínios, frente à proposta de 80 milhões de euros.

Fonte: Agrodigital

Ministro da Agricultura defende apoios para o sector do vinho até 2020

13-04-2016 
    
O ministro da Agricultura vai propor, esta quarta-feira, aos seus homólogos europeus do sul que os apoios comunitários para o sector vitivinícola se prolonguem até 2020, segundo uma nota do Governo.

Capoulas Santos vai reunir-se com os ministros da Agricultura dos países do sul da Europa em Verona, Itália, para concertar posições políticas comuns para defender na União Europeia os sectores do vinho e dos hortofrutícolas.

O objectivo de prolongar o programa Vitis, segundo Capoulas Santos, é dar continuidade ao investimento no sector vitivinícola, orientado para a qualidade e para a internacionalização, mantendo os apoios dirigidos para a reestruturação e reconversão das vinhas, bem como promoção de produtos de qualidade em países terceiros.

O encontro decorre à margem da Vinitaly, um certame de vinhos exclusivamente dedicado a profissionais, que reúne nesta 50ª edição quase quatro mil expositores, oriundos de 29 países, entre os quais duas empresas portuguesas exportadoras.

Em 2015, as exportações de vinho português atingiram um valor de 737 milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,6 por cento face ao ano de 2014.

Fonte: Lusa

Evolução desigual do preço do trigo e milho no mercado internacional

12-04-2016 
  
A evolução de preço dos futuros dos cereais da passada semana teve um resultado interessante, devido ao contraste entre o trigo e milho. Enquanto o trigo registou uma evolução semanal no negativo, o milho foi positivo, tanto no Mercado de Futuros de Paris como de Chicago. A evolução de trigo esteve condicionada por uma situação de cultivo, o dólar e dados incorrectos de exportação comunitária, que foram menos da metade que a semana precedente, enquanto a do milho parece depender da perda de credibilidade às elevadas intenções de culturas nos Estados Unidos, que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou, de acordo com a avaliação de Toño Catón, Director de Culturas Arvenses das Cooperativas Agroalimentarias.
 
A semana também recolhe a primeira estimativa do Conselho Internacional e Cereais (CIC) para a campanha 2016/2017, que prevê uma produção mundial de trigo de 713 milhões de toneladas, ou seja, menos 21 milhões de toneladas, mas tendo em conta o menor consumo, as existências finais apenas reduziram em três milhões de toneladas.
 
A oferta de milho também continua elevada, já que o CIC estima uma produção de993 milhões de toneladas, aumentando em 21 milhões o valor da campana anterior. Também com o consumo elevado, as existências finais apenas crescem dois milhões de toneladas.
 
Outra incerteza da semana, destaca Toño Catón, surge com os dados russos sobre o nível recorde que atingirá a oferta de farina de oleaginosas, o que vai impulsionar as exportações de óleos vegetais. Este aumento é consequência do crescimento nas culturas de girassol e soja e da maior capacidade de moagem na Rússia. Segundo a indústria russa, o potencial de moagem na campana de 2015/2016 é de 20,6 milhões de toneladas. A Rússia vai produzir cerca de 13,25 milhões de toneladas de girassol, soja e colza, das quis 9,2 milhões seriam de girassol, 2,8 de soja e 1,25 de colza.  
 
Fonte: Agrodigital

Nas negociações com Mercosul UE apresenta quota de importação de carne de porco com taxa reduzida

 15-04-2016 
  
Em Maio, vão reabrir as negociações entre a União Europeia e Mercosul e cada bloco apresenta as suas ofertas.

No caso da União Europeia (UE), tudo indica que vão propor quotas de importação com taxas reduzidas para alguns produtos agrícolas, um dos quais a carne de proco. Segundo a AHDB, a UE vai oferecer uma quota de três mil toneladas de grandes cortes de carne de porco e uma quota de 9.250 toneladas de qualidade inferior. Nos dois casos, a carne tem que estar livre de ractopamina. A taxa a aplicar seria de 83 euros a tonelada, muito inferior às praticadas fora da quota, que oscilam entre 467 e 869 euros a tonelada.

Caso estas quotas sejam aceites e os países do Mercosul as usarem a 100 por cento, supõe um aumento na importação de carne de porco em 50 por cento, já que em 2015 as importações foram de oito mil toneladas. De acordo com a AHDB, estas quantidades continuam pequenas e não afectam em demasiado o sector da carne de proco, apesar de nestes momentos de crise, qualquer carne adicional pode afectar. No entanto, o mais preocupante será a possibilidade de criar um precedente nas negociações de acordos com outros países como os Estados Unidos no TTIP.

Fonte: Agrodigital

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Projeto "Fruta Feia" chega ao Porto em maio



 16 Abril 2016, sábado  Hortofruticultura & FloriculturaIndústria alimentar

A Fruta Feia está a preparar a sua chegada à cidade do Porto, o que deverá acontecer já em maio, de acordo com os promotores.
fruta feia
A iniciativa procura consumidores que possam estar interessados em «consumir e evitar o desperdício de fruta e legumes» mas também agricultores da região que não conseguem escoar, devido à aparência, as suas frutas e hortaliças.
O projeto Fruta Feia arrancou em novembro de 2013 e tem como objetivo canalizar uma parte da produção fruto-hortícola desperdiçada até aos consumidores – a chamada fruta feia, que apesar de ser saborosa e de qualidade tem aspeto imperfeito em termos de cor, formato e calibre.
Segundo os autores da iniciativa, o Fruta Feia já evitou o desperdício de 239.785 quilos ds frutas e hortaliças.
Hoje, a Fruta Feia conta com dois pontos de entrega em Lisboa e um na Parede, 51 agricultores, 800 consumidores associados. Todas as semanas, o projeto evita que cerca de 4 toneladas de fruto-hortícolas vão parar ao lixo. Em breve vai chegar também ao Porto.

Leite: governo vai pagar 30 a 40 euros por animal



 18 Abril 2016, segunda-feira  Produção Animal

O Governo prevê pagar, a partir de outubro de 2016, 30 a 40 euros por animal aos produtores de leite como ajuda pelos prejuízos causados pelo fim do sistema de quotas na União Europeia (UE), adiantou o secretário de Estado da Agricultura.
À margem de uma conferência sobre que desafios o setor leiteiro enfrenta com a liberalização do mercado, em Vila do Conde, Luís Medeiros Vieira, apontou ainda o mês de maio como data para a abertura de uma linha de crédito de 20 milhões de euros para ajudar explorações agrícolas.
«O Governo, numa posição de solidariedade, deferiu um conjunto de medidas entre as quais a isenção do pagamento de Segurança Social em 50% de abril a dezembro (nove meses), uma linha de crédito de 20 milhões dividida numa parte para fundo de maneio, com um ano de carência, e outra para restruturação da dívida, a seis anos com um ano de carência e uma ajuda modelada por animal», lembrou o governante.
Questionado sobre aquela ajuda modelar, Luís Medeiros Vieira explicou que o montante ainda terá que ser calculado mas que começará a ser pago em outubro.
«Será uma ajuda calculada com base nos excedentes do 1º pilar da Política Agrícola Comum (PAC), cujo apuramento final é no final do mês de maio, mas será de oito milhões de euros», disse, apontando um montante «entre 30 e 40 euros» a pagar por animal.
O secretário de Estado com a pasta da agricultura apontou ainda o dedo à UE, reafirmando a necessidade de se rever o fim do sistema de quotas de produção no espaço europeu e a liberalização do mercado.
«Consideramos que este é um problema sobre o qual a UE tem que ter um ponto de vista e postura mais solidária com os produtores de leite e perante uma situação em que se começa a verificar que se devia analisar com mais cuidado o sistema que existia, que controlava o mercado e não exigia muito o dispêndio de verbas por parte da UE», disse.
Fonte: Lusa (via Agronegocios.eu).

Parlamento renova licença do glifosato por mais 7 anos



 14 Abril 2016, quinta-feira  Política AgrícolaAgricultura

O Parlamento Europeu adotou esta quarta-feira uma resolução, não vinculativa, que apela a que a licença da União Europeia para o uso de glifosato se limite a um período de sete anos em vez dos 15 inicialmente propostos pelo executivo comunitário.
A substância é empregue em herbicidas usados nos meios rurais e urbanos para destruir ervas daninhas e tem propriedades cancerígenas.
Os eurodeputados do Grupo dos Verdes fizeram colheitas de urina entre os pares para analisar os efeitos do glifosato.
"De acordo com as regras da União Europeia em matéria de pesticidas, o glifosato não poderia ser aprovado porque a Organização Mundial de Saúde refere que é potencialmente cancerígeno", disse, em entrevista à Euronews, a eurodeputada alemã do Grupo dos Verdes, Rebecca Harms.
O comissário europeu com a pasta da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, recusou contribuir para a colheita de urina e explicou porquê: "Considero que tal teste só pode realizar-se no contexto de um estudo clínico com dimensão estatística. Gostaria de evitar jogos políticos, porque os testes pertencem às clínicas não à política."
Entre 18 e 19 de maio espera-se uma decisão sobre a aprovação, ou não, da renovação da licença para o uso da substância.
Em Portugal, o glifosato é o pesticida mais usado e nos últimos anos a tendência tem sido de crescimento.
Fonte: Euronews.

Vida Rural premeia agricultura ‘eficiente’


por Ana Rita Costa- 13 Abril, 2016

Foram entregues ontem (12 de abril), durante uma cerimónia que se realizou no Centro de Congressos do Estoril, no âmbito do AgroIN, os Prémios da Vida Rural, iniciativa que distingue as personalidades, empresas e projetos que mais se destacam na agricultura nacional e que esta edição premiou a gestão eficiente.

O 'Prémio Agricultor Eficiente' foi entregue ao agricultor João Coimbra e a Dardico, agroindústria alentejana especializada na congelação de hortícolas, arrecadou o 'Prémio Agroindústria Eficiente'.

A Torriba, por sua vez, venceu o 'Prémio Organização de Produtores Eficiente' e o Projeto Sanimilho, na vertente rega gota a gota enterrada a 35 cm, foi premiado com o 'Prémio I&D Projeto Eficiência'.

Gonçalo Escudeiro, da Torriba, a receber o 'Prémio Organização de Produtores Eficiente' 
Gonçalo Escudeiro, da Torriba, a receber o 'Prémio Organização de Produtores Eficiente'
Francisco Avillez conquista Prémio Personalidade Armando Sevinate Pinto

O 'Prémio Personalidade Armando Sevinate Pinto', entregue pela primeira vez esta edição, e que representa uma homenagem a Armando Sevinate Pinto, que faleceu o ano passado, foi entregue a Francisco Avillez, que se mostrou honrado por ser o primeiro a receber o prémio com o nome de uma pessoa que "foi alguém muito importante na minha vida".

António Sevinate Pinto, irmão de Armando Sevinate Pinto, entregou este Prémio em nome da família e fez questão de agradecer "a iniciativa de dar ao Prémio Personalidade o nome de Armando Sevinate Pinto. É uma honra, e falo em nome da família, e uma excelente forma de preservar o seu nome e a sua obra. É um prazer imenso entregar o primeiro Prémio Personalidade Armando Sevinate Pinto ao Prof. Francisco Avillez, cuja carreira esteve durante décadas ligada à do meu irmão, ligando-os principalmente uma profunda amizade. Não há nenhum agricultor que não conheça, pelo menos o nome, de Francisco Avillez. Foi um verdadeiro Professor de todos os agricultores e técnicos."

Já Francisco Avillez sublinhou: "Agradeço muitíssimo este prémio com o nome do Armando Sevinate Pinto, mas gostaria que não houvesse prémio com o seu nome porque significaria que ele ainda estaria connosco. O Armando foi alguém muito importante na minha vida e sei que ele também ficaria muito satisfeito por ser eu a receber este primeiro prémio com o seu nome".

Da Madeira chega um novo vinho feito exclusivamente por mulheres



 11 Abril 2016, segunda-feira  Viticultura

Duas engenheiras agrónomas e uma enóloga são responsáveis pela mais jovem marca de vinho Madeira no mercado, o Madeira Vintners, o único da região produzido exclusivamente por mulheres e já premiado a nível internacional.
vinhos
A somar três anos, este vinho da Cooperativa Agrícola do Funchal (CAF) foi distinguido do Concurso Internacional 'Vino y Mujer 2016', que se realizou a 30 de março em Madrid, Espanha: na categoria de vinhos generosos ganhou o Prémio Diamante e na classe de meio doce recebeu uma menção honrosa.
As engenheiras agrónomas Micaela Martins e Cristina Nóbrega e a enóloga Lisandra Gonçalves, com idades entre 25 e 27 anos, são as 'obreiras' da marca, que assinala os 65 anos da CAF e teve já 10 mil garrafas a entrar no mercado, repartidas, em igual número, por vinho meio seco e meio doce.
«O Madeira Vintners tinha que apostar pela diferença e pela qualidade e uma das hipóteses que nós pensámos foi precisamente criar um vinho feito apenas por mulheres. Não há interferência de homens», diz o presidente da cooperativa, Coito Pita.
Essa exclusividade, explica o responsável, reflete-se no processo de produção: são as três mulheres que fazem a ligação entre a marca e os agricultores, dando-lhes sugestões quanto ao tratamento das uvas, quando devem ser apanhadas e que grau devem ter, entre outras questões.
São também elas que coordenam a apanha e o transporte da uva; a escolha da uva, que é feita manualmente, cacho a cacho; o envio para as cubas e barricas e o tratamento para vinho Madeira.
«É manifestamente uma equipa exclusivamente feminina que faz todo esse trabalho», acentua Coito Pita.
«Este vinho estagiou três anos e é de castas tinta negra e complexa, maioritariamente tinta negra e 20% de complexa», comenta a engenheira Micaela Martins, formada no Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
A enóloga Lisandra Gonçalves, com experiência na Nova Zelândia e em França, acrescenta que o vinho «esteve a fermentar em cubas e em barricas e depois, a estufar, foi então feita a junção e obteve-se este vinho».
O objetivo, porém, é fazer vinhos de 5 e 10 anos e, um dia, um 'vintage'.
«Espero que, nessa altura, quando estiver velhinho, a Lisandra, a Micaela e a Cristina se lembrem de mim e me convidem para prová-lo», comenta Coito Pita.
Aos homens só cabe, neste processo, o consumo do produto final.
«E termos o privilégio de saborear uma coisa que é feito por elas», sublinha o responsável.
A CAF compra diretamente a uva aos agricultores, garantindo a absorção, a 40 viticultores, de 100 das cerca de quatro mil toneladas de uva produzidas anualmente na região.
A cooperativa foi fundada por agricultores em 1951 e, com várias delegações no arquipélago da Madeira, comercializa todo o tipo de alfaias, adubos e sementes.
Aproveitando apoios comunitários, ingressou, em 2012, na produção de vinho, tendo investido nesta atividade 1,6 milhões de euros, 937 mil dos quais vieram da União Europeia.
Fonte: Lusa 

Feira Nacional da Floresta em Pombal



 07 Abril 2016, quinta-feira  Agroflorestal

Pombal recebe, entre 22 e 25 de abril de 2016, a Feira Nacional da Floresta, um evento organizado pela Câmara local.

O evento é apoiado pela Cooperativa Agrícola do Concelho de Pombal, Associação de Produtores Florestais de Pombal (APF) e Associação de Desenvolvimento e Iniciativas Locais de Pombal (ADILPOM).
Segundo os promotores da iniciativa, os objetivos da Feira visam «evidenciar o papel da floresta na propulsão da economia, do emprego e do desenvolvimento sustentável, sensibilizar públicos alargados para a sua defesa e proteção, promover debate e informação em diferentes aspetos ligados à fileira da floresta e promover Pombal como centro de exposições do setor florestal».


Portugal vai liderar Rede Europeia de Cidades do Vinho


Abril 05
12:18
2016

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) foi eleita para liderar a Rede Europeia de Cidades do Vinho, com o autarca alentejano de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, a assumir a presidência.

O acto eleitoral, que culminou na escolha da candidatura da AMPV, teve lugar na assembleia-geral da Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN), que decorreu na localidade italiana de Valdobbiadene.

Em comunicado, a AMPV revelou que o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, foi eleito como presidente da RECEVIN e que também os autarcas dos municípios de Cartaxo, Lamego e Palmela vão integrar o conselho de administração da rede europeia.

Na assembleia-geral da RECEVIN, ficou também decidido que todas as cidades portuguesas associadas da AMPV vão passar a integrar esta rede europeia de cidades do vinho.

José Calixto, o novo presidente da RECEVIN, sucedendo no cargo ao italiano Pietro Iadanza, assumiu que, entre outras propostas, pretende estabelecer uma estrutura de acesso aos fundos comunitários, assim como constituir as Rotas do Vinho da Europa.

No seu mandato à frente da RECEVIN, o autarca alentejano, citado pela Câmara de Reguengos de Monsaraz, destacou que vai também trabalhar o enoturismo com todos os parceiros europeus e criar uma rede de Museus do Vinho da Europa e uma grande base de dados dos territórios vinhateiros da Europa.


A Rede Europeia das Cidades do Vinho integra cidades da Alemanha, Áustria, Bulgária, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Portugal e Sérvia, conhecidas pela qualidade da sua produção de vinho.

LUSA

Ministro da Agricultura anuncia rotulagem obrigatória da carne de porco

Abril 05
12:54
2016

Capoulas Santos anunciou, em Braga, que o Governo vai obrigar à rotulagem da carne de porco, para que os consumidores portugueses saibam se é importada ou nacional.

Acrescentou que também já apelou à indústria de lacticínios para que, nos pacotes de leite, queijo e manteiga, seja claramente posta a identificação nacional, eventualmente até a bandeira nacional. Na carne de porco, a rotulagem será obrigatória, temos base legal para essa imposição. Nos produtos lácteos, a regulamentação comunitária não nos permite uma determinação com essa clareza, mas nada impede à indústria de o fazer.

Em relação às importações, disse que vai ser apertada a fiscalização, para que os produtos entrem em Portugal em respeito pelas regras da União Europeia.

Capoulas Santos adiantou que o Governo está a trabalhar numa linha de crédito de pelo menos 20 milhões de euros para acudir aos problemas de tesouraria e endividamento dos empresários dos sectores do leite e da suinicultura.

LUSA

Governo garante que o Plano de Desenvolvimento Rural está desbloqueado


Abril 05
12:56
2016

O Ministro da Agricultura garantiu que o Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) está desbloqueado, depois de dois anos parado e que brevemente serão contratados cerca de mil projectos, na ordem de 263 milhões de euros, dos 24 mil candidatos aquele programa.

De visita à Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, em Braga, Capoulas Santos explicou que, depois de em 2014 e 2015, o PDR ter estado bloqueado, foi agora dado o primeiro passo para a sua execução.

Afirmou que temos candidatados cerca de 24 mil projectos ao chamado PDR, que tem estado bloqueado, ou seja, em 2014 e 2015 não houve nenhum projecto de investimento aprovado. Essa situação acaba de ser desbloqueada e até ao final da próxima semana, estarão contratados cerca de 1000 projectos do PDR, que corresponderão a um investimento na ordem de 263 milhões de euros nas explorações agrícolas, na agro-indústria e para jovens agricultares.

Dos cerca de 1000 projectos a aprovar, 600 são para investimentos em explorações agrícolas, correspondendo a 130 milhões de euros, 400 são para jovens agricultores (80 milhões de euros) e 85 para a agro-indústria (82 milhões de euros).

Segundo o titular da pasta da Agricultura, Portugal tem 600 milhões de euros disponíveis para o PDR, sendo que 90 milhões são fundos próprios, disponibilizados pelo Orçamento de Estado e o restante são fundos comunitários.

LUSA