quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Autarca de Viana do Castelo diz que é preciso “impor limites à reflorestação de eucaliptos”


por Ana Rita Costa- 17 Agosto, 2016

O Ministério da Agricultura deve "impor limites à reflorestação de eucaliptos". A posição é de José Maria Costa, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, autarquia que perdeu cerca de 30% da sua área florestal nos incêndios da passada semana. De acordo com o autarca, citado pelo Expresso, "perante situações excecionais, riscos excecionais, os incêndios excecionais, é urgente que haja medidas de exceção".

"É preciso que, de uma vez por todas, se aposte em espécies autóctones, mais resilientes ao fogo e com menos riscos para a população, para os bombeiros e para o ambiente", defende na nota citada pelo semanário.

José Maria Costa pretende também que no "Programa de Reflorestação apresentado recentemente pelo Governo, a plantação de eucaliptos seja interditada". De acordo com o município, a velocidade de propagação dos incêndios da passada semana pode dever-se ao "facto da floresta predominante ser de eucaliptos, uma espécie altamente inflamável e cuja folhagem emite projeções a grandes distâncias e com muita intensidade, o que dificultou a defesa de pessoas e bens e permitiu o alastramento do incêndio a grandes áreas florestais".

Recorde-se que no início deste ano Capoulas Santos, ministro da Agricultura, já havia anunciado aos deputados da Comissão da Agricultura da Assembleia da República a intenção de voltar atrás com a liberalização de plantação de eucaliptos em Portugal, medida aprovada em 2013 durante o Governo PSD-CDS.

Em 2015, cerca de oito em cada dez hectares de floresta plantados em Portugal sem recurso a fundos públicos eram de eucaliptos.

Agri Milk Show pretende “alavancar crescimento do setor leiteiro”


por Ana Rita Costa- 16 Agosto, 2016

É já entre os dias 3 e 6 de novembro que se estreia na Exponor, em Matosinhos, o Agri Milk Show – Feira Internacional do Agro-Negócio Leite e Alimentação, uma iniciativa onde produtores, tecnologia, maquinaria, equipamento agrícola, investigação, biotecnologia e marcas se juntarão para refletir sobre o futuro do setor leiteiro depois do fim das quotas leiteiras da União Europeia.

Numa nota enviada às redações, Carlos Diogo Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Criadores de Raça Frísia, que co-organiza esta feira com a IS INTERNATIONAL, refere que o objetivo da iniciativa é dar "uma injeção de confiança e motivação ao setor para que acreditem no potencial que existe no país, acreditando no futuro e na sustentabilidade do setor. É preciso defender a capacidade instalada e o kow- how avançado existente".

 "O leite é aposta nesta feira de nicho, que quer estar à altura da grandeza do setor em Portugal", sintetiza o diretor do certame, Miguel Corais, da IS INTERNATIONAL, prometendo surpreender o mercado já nesta edição de estreia, na qual estarão presentes todos os agentes envolvidos na fileira, de modo a criar uma "plataforma de negócios e de conhecimento".

Para além de querer tornar-se numa das principais "referências do setor", a Agri Milk Show pretende "ser um fórum de reforço da capacidade de exportação e internacionalização dos diversos operadores económicos ligados ao leite e ao agronegócio, um sector que representa em Portugal mais de mil milhões de euros."

O espaço de exposição do certame está já comercializado em mais de 50% e contará com o 36º Concurso Nacional da Raça Holstein-Frísia.