sábado, 12 de novembro de 2016

New Holland conclui aquisição da Kongskilde Agriculture


por Ana Rita Costa- 2 Novembro, 2016

A New Holland Agriculture adquiriu o negócio agrícola de Forragem e Preparação de Solos da Kongskilde Industries, que faz parte do grupo dinamarquês Group Dansk Landbrugs Grovvareselskab (DLG A.m.b.A.). Esta empresa desenvolve soluções para aplicações agrícolas nos segmentos de lavoura, sementeira e feno sob diversas marcas e vai permitir que a New Holland alargue sua gama de alfaias agrícolas.

"Esta aquisição irá permitir aumentar e otimizar consideravelmente a oferta da New Holland, com o acréscimo de um portefólio de produtos fundamentais. A longa história de liderança da New Holland no âmbito das ferramentas para feno remonta a 1940, quando introduziu nas explorações agrícolas americanas uma importante inovação na colheita de feno, a primeira enfardadeira com atador automático. Ao longo dos anos, a empresa foi motivada pelo seu compromisso visionário de responder aos requisitos dos clientes e desenvolveu uma oferta completa de equipamento de corte, viragem, apanha, enfardamento e empilhamento de feno", refere a empresa em comunicado.

De acordo com a New Holland, este acordo representa um "elemento importante na estratégia" da companhia, nomeadamente ao adicionar equipamento de lavoura e sementeira ao seu portefólio de produtos.

"A aquisição dos segmentos de Lavoura, Sementeira, e Feno & Forragem da Kongskilde acrescenta uma importante gama de produtos que irá ampliar ainda mais a oferta de produtos da New Holland Agriculture no setor da maquinaria agrícola. Entretanto, a rede de concessionários e importadores da Kongskilde vai continuar a ser o ponto de referência para os respetivos clientes. Este acordo irá criar oportunidades de crescimento e uma plataforma sólida para desenvolver o negócio da Kongskilde e das respetivas marcas. Além disso, iremos integrar gradualmente os seus produtos no portefólio da New Holland", sublinha Carlo Lambro, Presidente de Marca da New Holland Agriculture.

Assunção Cristas acusa o Governo de paralisar a agricultura


11/11/2016, 16:41

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou o Governo de paralisar o setor agrícola, argumentando que não há aprovações novas de fundos comunitários nem reembolsos dos projetos já existentes.

Assunção Cristas acusa o governo de ser culpado da paralisação da agricultura.
MARIO CRUZ/LUSA

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou esta sexta-feira o Governo de paralisar o setor agrícola, argumentando que não há aprovações novas de fundos comunitários nem reembolsos dos projetos já existentes, o que é dramático para os agricultores.

Os fundos comunitários estão parados, não há aprovações novas de fundos comunitários e não há reembolsos das despesas que as pessoas vão fazendo na execução dos seus projetos, o que é dramático, porque os agricultores avançam com o seu dinheiro e ficam muitos meses à espera dos reembolsos", afirmou Assunção Cristas.
Numa visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, a ex-ministra da Agricultura do anterior Governo afirmou que "mais uma vez" o PS fica "com uma fotografia muito feia em matéria de agricultura, o que é pena porque o setor estava motivado, mobilizado, cheio de vontade de ir para a frente, em investir bem, em inovar".

Certamente que continuará todo esse esforço e empenho, mas sem a ajuda do Governo e dos fundos comunitários, o que é muito mais difícil", declarou.
Assunção Cristas chegou a cavalo ao Largo do Arneiro, trajando à amazona portuguesa, acompanhada por Veiga Maltez, antigo presidente da Câmara da Golegã em quatro mandatos, independente eleito pelo PS, e presidente da Assembleia Municipal, por um movimento independente.

A líder centrista esteve acompanhada também pelo coordenador autárquico, Domingos Doutel, e pela deputada eleita por Santarém Patrícia Fonseca.

A presidente do CDS recusou pronunciar-se sobre outros assuntos da atualidade, como as questões em torno da administração da Caixa Geral de Depósitos, para se concentrar nos temas do mundo rural.

Tenho vindo todos os anos à Golegã e certamente este ano não deixaria de vir, para dar uma volta, para estar com as pessoas que trabalham todos os dias pelo mundo rural, todos os dias pelo cavalo, que é um dos maravilhosos produtos que o nosso país tem e que tanto pode ser embaixador de Portugal", afirmou.
"O país tem de ser feito de tudo um pouco, não é só de 'startups' tecnológicas, também de tradições, daquilo que corresponde à nossa identidade. O mundo rural representa muito bem essas tradições e pode ajudar a que elas sejam cada vez mais fonte de riqueza para o país", reforçou.
Questionada sobre uma reunião que teve com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, avançada pelo Observador, Cristas recusou revelar o conteúdo do encontro, cuja realização confirmou ter acontecido na quarta-feira.

Ministro afirma que Portugal está a recuperar atraso no financiamento da Agricultura


11/11/2016, 16:39

O ministro da Agricultura disse que o país atingiu os 24% de execução dos fundos do Programa de Desenvolvimento Rural, tendo recuperado o atraso existente.

Portugal estará a recuperar o atraso que tem no financiamento da agricultura, diz ministro
PAULO CUNHA/LUSA

O ministro da Agricultura disse esta sexta-feira na Golegã que o país atingiu os 24% de execução dos fundos do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), tendo recuperado o atraso e sendo o 5.º dos 28 Estados-membros com melhor execução.

Capoulas Santos falava durante a cerimónia que esta sexta-feira assinalou os 30 anos da Agrotejo — União Agrícola do Norte do Vale do Tejo, entidade que agraciou com a "medalha de honra" do ministério, num dia que dedicou à Feira Nacional do Cavalo/Feira de São Martinho, que decorre até domingo na Golegã.

Referindo o aumento de 100 milhões de euros de despesa pública orçamentada para 2017 (662 milhões de euros) em relação à despendida este ano, o ministro afirmou que o Governo tem feito um esforço para colocar o PDR, principal instrumento de fundos para a agricultura, "em velocidade cruzeiro", recuperando o atraso que disse ter encontrado quando entrou em funções há um ano.

Capoulas Santos afirmou que nos primeiros dez meses do ano a execução financeira anual atingiu os 77% (434 milhões de euros), sendo atualmente Portugal o 5.º país dos 28 Estados-membros com melhor execução.

Repetindo que quando tomou posse, em novembro de 2015, havia "zero projetos de investimento contratados no âmbito do PDR 2020", o ministro afirmou que até ao momento foram analisadas mais de 20.000 candidaturas, estando 7.200 projetos de investimento na agricultura e na agroindústria "já a pagamento", num montante global de 750 milhões de euros (450 milhões de despesa pública).

O responsável pela pasta da agricultura disse esperar ter a situação dos cerca de 30.000 projetos que foram entrando nos sucessivos avisos de abertura "completamente normalizada até ao final do primeiro trimestre" de 2017.

Já se avançou imenso e em relação a pagamentos só no mês de outubro pagaram-se cerca de 520 milhões de euros aos agricultores", antecipando o pagamento das ajudas na ordem dos 70%, no que foi "provavelmente o maior pagamento de sempre", disse.
Capoulas Santos afirmou ainda que estão neste momento em negociação 150 processos de internacionalização com três dezenas de países, referindo a abertura recente dos mercados da Costa Rica e da Colômbia e a negociação "muito avançada" com os Estados Unidos da América e com a China.

Sobre o projeto de emparcelamento da Golegã, Azinhaga e Riachos, promovido pela Agrotejo, o ministro afirmou que, sendo o único candidato ao concurso que foi aberto, só depende dos promotores conseguir os 5 milhões de euros disponíveis para avançar com a obra em 2017.

Capoulas Santos afirmou que a distinção da Agrotejo com a medalha de honra do Ministério da Agricultura vem reconhecer a capacidade de liderança e de vontade dos agricultores se organizarem, tornando-se competitivos, num "percurso notável" que "corresponde ao da nossa integração europeia".

A sessão terminou com a entronização do ministro como "romeiro honorário" de S. Martinho – confraria criada há 16 anos para defender as tradições equestres portuguesas -, durante a bênção dos romeiros realizada em frente à igreja matriz da Golegã, tendo Capoulas Santos recebido a capa vermelha cortada ao meio que é colocada sobre o ombro esquerdo.

Sublinhando que a lenda de S. Martinho se baseia "num gesto de solidariedade por aqueles que mais precisam", o ministro disse à Lusa que esses são valores que o "norteiam, também enquanto socialista", e que são "mais necessários do que nunca no mundo conturbado em que vivemos".

Capoulas Santos cruzou-se à saída do edifício com a sua antecessora, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, que compareceu, montada a cavalo e na companhia do anterior presidente da Câmara da Golegã, Veiga Maltez, já no final de uma cerimónia que contou com a presença de outros antigos ministros da Agricultura, como Gomes da Silva e Arlindo Cunha.

Voluntários da Corticeira Amorim plantam 2000 sobreiros em Mora



Iniciativa será feita em parceria com a Quercus e decorrerá no próximo sábado, assinalando a plantação de mais de 15000 árvores autóctones pelos colaboradores da empresa

 

Numa iniciativa conjunta, 80 voluntários  da Corticeira Amorim vão plantar 2000 sobreiros em Mora, com o apoio da Quercus. A ação terá lugar no próximo sábado, dia 12 de Novembro, a partir das 10h30m, na Herdade da Barroca, na Freguesia da Pavia, uma propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Mora.

Promovida pelos voluntários da Corticeira Amorim, no âmbito do Programa Escolha Natural da empresa e à luz do Projeto Floresta Comum, da Quercus, esta nova reflorestação resultará num total de 15500 árvores autóctones plantadas em Portugal,  especialmente sobreiros, desde 2011.

Como habitual, os sobreiros foram cedidos pelo Projeto Floresta Comum, mas desta vez a plantação terá lugar  na região do Alentejo, uma das áreas do país onde se encontra uma grande mancha de florestas de sobro e onde aquela que é a Árvore Nacional de Portugal encontra condições ideais de sobrevivência.

Portugal é líder mundial em termos de área de florestas de sobreiros, que estão distribuídas pela Bacia Ocidental do Mediterrâneo e que desempenham um papel muito relevante em termos de retenção de CO2 (estudos recentes apontam para uma capacidade de absorção que pode atingir 14,7 toneladas por hectare/ano), na regulação do ciclo hidrológico, fomentando simultaneamente uma biodiversidade de importância equiparada a regiões como a Amazónia, o Bornéu ou a savana africana.

A Corticeira Amorim é parceira do Projeto Floresta Comum desde o lançamento da iniciativa, apoiada pelas receitas do programa de reciclagem de rolhas Green Cork, que revertem na totalidade para o financiamento da preservação da floresta autóctone portuguesa.

 

Presidente da República incentiva regresso à agricultura


 11.11.2016 08h31

Presidente da República disse hoje no Cadaval que a aposta na agricultura assegura o futuro do país, defendendo que os produtores são "heróis anónimos" ao contribuírem para a riqueza nacional.

"Já toda a gente percebeu a importância da agricultura e o regresso à terra só dá razão àqueles que sempre estiveram ligados à terra a produzir com qualidade e com a preocupação de se associarem", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa num jantar com produtores e exportadores de pera rocha em Pragança, Cadaval.

Para o chefe de Estado, apostar na agricultura é "construir o futuro do país".

Nesse sentido, elogiou o papel dos agricultores enquanto "heróis anónimos", "não só por criarem riqueza, como também por contribuírem para a economia", com o investimento e a exportação de produtos para todo o mundo.

Dando o exemplo da pera rocha, sublinhou que é o produto hortofrutícola com maior saldo positivo na balança comercial, é vendida em mais de 20 países, tem uma produção de 200 mil toneladas, cinco mil produtores e 10 mil hectares de pomares, o que permite "gerar milhares de postos de trabalho".

Para Marcelo Rebelo de Sousa, que admitiu gostar de pera rocha, "valeu a pena e vale a pena" a produção associar-se para tornar o setor mais competitivo.

Lusa

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

97% dos alimentos da União Europeia não apresentam resíduos de fitofarmacêuticos, diz EFSA


por Ana Rita Costa- 2 Novembro, 2016

A conclusão é do mais recente relatório anual da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA): de todas as amostras recolhidas em 2014 na União Europeia, 97% encontravam-se livres de resíduos de produtos fitofarmacêuticos ou continham vestígios que estão dentro dos limites legais.

O estudo analisou cerca de 83 000 amostras de alimentos recolhidos nos 28 Estados-Membros da União Europeia e confirma que a indústria tem cumprido a legislação comunitária. O Diretor Executivo da ANIPLA, António Lopes Dias, refere que a associação está satisfeita com estes resultados e indica que "este estudo vem apenas reconfirmar algo sobre o qual nos batemos diariamente: os produtos alimentares produzidos na Europa têm elevada segurança."

António Lopes Dias espera ainda que estes estudos possam trazer alguma tranquilidade aos cidadãos, porque, "apesar de haver um enorme volume de informação segura e válida sobre segurança na produção dos alimentos, as famílias europeias mostram-se cada vez mais vulneráveis a campanhas agressivas de contrainformação e desinformação contra a indústria agroalimentar. São campanhas que apresentam factos pouco fundamentados e estudos pouco claros, que colocam em causa métodos e práticas de uma indústria séria e segura que atua sobre intenso escrutínio das agências europeias"

As conclusões mostram ainda que das amostras aos alimentos para bebés, 91,8% continham valores não quantificáveis de resíduos de pesticidas. Jose Vicente Tarazona, Head of Unit na EFSA, explica em comunicado que "as elevadas taxas de conformidade registadas para 2014 estão em conformidade com os resultados dos anos anteriores, o que significa que a UE continua a proteger os consumidores".

Olivicultores do Sul preocupados com execução do PDR 2020


por Ana Rita Costa- 9 Novembro, 2016

A Olivum – Associação de Olivicultores do Sul está preocupada com a execução do PDR 2020, nomeadamente "no que respeita a alguns atrasos na análise aos projetos submetidos". Numa nota enviada esta semana às redações, a associação refere que existe um "desajuste de critérios de elegibilidade que penalizam os olivicultores e o setor em geral."

"A Olivicultura tem sido um dos maiores exemplos de modernização e investimento agrícola no país, onde se destaca a zona sul alentejana, sendo prova evidente o facto de a cultura representar mais de 50% da área abrangida pelo perímetro de rega do Alqueva e ter contribuído decisivamente para os elevados níveis de produção atingidos por Portugal na passada campanha, que permitiram superar os históricos níveis de produção da década de 50 do século passado. A produtividade agora alcançada, graças aos investimentos recentemente feitos no setor, permite que Portugal se posicione no panorama mundial como um país exportador de azeite de qualidade, contribuindo favoravelmente com essas exportações (sobretudo para Espanha e Itália) para o equilíbrio da balança comercial do país", defende a Olivum em comunicado.

De acordo com a associação é "imperativo" que sejam "revistos e reajustados os critérios de hierarquização que estão a ser utilizados nas candidaturas, sendo claramente penalizadores para o setor da olivicultura".

A Olivum acredita que embora alguns desses critérios sejam "legítimos e adequados a outro tipo de culturas/atividades", não estão adaptados à "realidade da olivicultura moderna". "Assim, os projetos de investimento nos novos olivais apenas poderão aspirar a uma pontuação máxima de 60% da VGO (12 pontos) o que, atendendo às baixas dotações orçamentais e aos inúmeros projetos apresentados, faz com que o setor fique praticamente excluído de ajudas no âmbito deste programa PDR2020, pelo que se torna imperativo salientar a necessidade de reajustes que não travem a dinâmica do setor", sublinha.

Nesse sentido, a associação diz já ter alertado o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, pedindo uma "discussão positiva sobre este tema, com vista à construção de uma solução para os problemas apresentados, realçando que ao manterem-se as regras de candidatura do PDR2020 os olivicultores saem objetivamente enfraquecidos e em desvantagem aos demais agricultores."

Sapec Agro vende unidade agrícola


por Ana Rita Costa- 8 Novembro, 2016

A Sapec chegou a acordo para vender a sua unidade de produtos agrícolas ao fundo de private equity Bridgepoint. De acordo com o Jornal de Negócios, a operação está avaliada em 456 milhões de euros e pode fazer deste um dos maiores negócios do ano em Portugal.

O Grupo Sapec já havia anunciado a sua intenção de alienar a unidade agrícola do seu negócio, mas parece que o acordo só agora chegou. Como explica o Jornal de Negócios, as empresas que serão vendidas estão "integradas na portuguesa Sapec Agro e espanhola Trade Corporation International", sendo que 318,38 milhões de euros dizem respeito aos ativos da companhia e o restante valor é dívida.

O negócio está agora sujeito à aprovação das autoridades reguladoras, mas de acordo com as empresas não deverão ser colocados problemas de regulação. A Sapec Agro é conhecida pela distribuição de produtos como herbicidas, fungicidas e inseticidas e em 2015 arrecadou receitas de 223 milhões de euros.

Eric van Innis, CEO da Sapec Agro Business, que continuará a liderar o negócio na nova estrutura acionista refere que "considero esta transação, por um lado como um reconhecimento dum trabalho bem feito de toda uma equipa de pessoas e profissionais e, por outro, como uma prova muito forte de confiança do novo acionista nesta mesma equipa, que vai ter de corresponder e respeitá-lo. O novo acionista partilha as nossas ambições e o objetivo passa por acelerar o crescimento do nosso negócio criando oportunidades em novos mercados, lançando novos desenvolvimentos e novas soluções agrícolas para os nossos clientes. Estes são tempos muito entusiasmantes para a Sapec Agro Business e para os seus clientes, num mercado muito atrativo e em crescimento".

Este tem sido um ano em grande para as empresas do setor. No início de setembro, e depois de um longo 'namoro', a Bayer chegou finalmente a acordo para a compra da Monsanto por 59 mil milhões de euros.