segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Incêndios: Governo assegura apoios a agricultores atingidos


O objetivo é restituir "todas as perdas em animais que morram, equipamentos, tratores, alfaias, motores, instalações", informou o ministro da Agricultura

O Governo vai apoiar os agricultores das áreas atingidas pelos incêndios em várias zonas do país com medidas para assegurar a reposição das explorações agrícolas, disse hoje o ministro da Agricultura à Lusa.

"Naturalmente que iremos aplicar às áreas que estão agora a ser atingidas por incêndios as mesmas medidas que aplicámos àquelas que o foram até agora. Isto é, existirão apoios para os agricultores para aquilo que convencionamos chamar a reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas", disse o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, à agência Lusa.

O objetivo é restituir "todas as perdas em animais que morram, equipamentos, tratores, alfaias, motores, instalações", precisou o governante, que falava à margem da apresentação de uma campanha para promoção do consumo de leite, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.


Capoulas Santos indicou que "haverá um conjunto de apoios que subsidiará até 100% do valor dos prejuízos até aos primeiros 5.000 euros e a partir daí haverá um apoio de 50% das despesas elegíveis".

"Essas medidas entrarão em vigor logo que estejam delimitados os perímetros das áreas atingidas", salientou.

O ministro da Agricultura acrescentou, que "como sucedeu há poucos dias, relativamente aos incêndios do mês de julho e de agosto, a portaria será publicada e serão abertos [concursos], durante um período nunca inferior a um mês, para que as pessoas atingidas possam apresentar as suas candidaturas".

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

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