terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Portugal defende apoio às regiões ultraperiféricas fora da PAC

Dinheiro Vivo/Lusa 15.01.2018 / 18:52 

O ministro da Agricultura reuniu-se hoje, em Tenerife, com os seus homólogos de Espanha e França. 

O ministro da Agricultura reuniu-se hoje, em Tenerife, com os seus homólogos de Espanha e França, onde acordaram que os apoios à agricultura das Regiões Ultraperiféricas (RUP) deve ser realizado fora da Política Agrícola Comum (PAC). 

"É estratégia destes três países que a negociação sobre o envelope financeiro das regiões ultraperiféricas seja acordado fora do pacote da Política Agrícola Comum", afirmou à Lusa Capoulas Santos, salientando que este é um objetivo a atingir num contexto "muito difícil e onde somos confrontados com as consequências do 'Brexit', que certamente, irão ter um impacto financeiro negativo no futuro orçamento da União Europeia". 

De acordo com o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, trata-se de uma matéria que apenas afeta três Estados-membros e, por isso, é importante que exista "um canal de comunicação" entre os interessados, de modo a ir ao encontro dos objetivos do tratado fundador da União Europeia, que consagra um apoio específico às regiões insulares ou com dupla insularidade, como é o caso da Madeira e dos Açores.


 "Tratou-se de delinear estratégias […] para que os países que têm interesses comuns nestas matérias possam influenciar as políticas europeias […] que, no caso das regiões ultraperiféricas, têm como objetivo principal, garantir os meios financeiros para depois de 2020", sublinhou. De acordo com Capoulas Santos, houve ainda uma reunião da comissão mista, designada "Amigos da Banana", formada por representantes dos Governos das RUP dos três países. 

"Nos últimos anos, a União Europeia tem vindo a proceder a uma abertura de mercado, especialmente da América latina e de África, que tem vindo a provocar uma pressão em baixa sobre os preços da banana europeia, que tem requisitos de qualidade e custos de produção mais elevados e, portanto, essa compensação tem que ser garantida no futuro e daí desde já a importância de manter uma troca de informações entre os países e a Comissão Europeia", considerou.

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